Após falhar venda a árabes, Banco Efisa atrai interesse português
A FIRMA, de Bernardo Theotónio-Pereira e Francisco Mendes-Palma, pretende adquirir a licença bancária do banco do antigo BPN. É a terceira tentativa de venda do Efisa desde 2015.
Depois de falhada a venda ao grupo árabe IIBG, o Banco Efisa atrai agora o interesse português. A FIRMA, de Bernardo Theotónio-Pereira e Francisco Mendes-Palma, pretende adquirir a licença bancária do banco ex-BPN para lançar uma nova instituição financeira “de capital nacional com parceiros internacionais e totalmente digital”, segundo adianta ao ECO.
“Após vários contactos com os parceiros internacionais de banca de investimento da FIRMA, existe o forte interesse estratégico para a aquisição de um banco ou licença bancária nacional para a execução e implementação da visão de “investment & merchant bank” que a FIRMA concebeu no primeiro semestre de 2020”, acrescenta esta agência de investimento e negócios.
O alvo está definido: o Banco Efisa. A FIRMA não quer avançar para já com os valores que estão em cima da mesa neste momento. A Parvalorem não respondeu até à publicação do artigo.
O banco está novamente no mercado depois de ter caído o negócio de 27 milhões de euros com o grupo do Bahrein IIBG Holdings. A operação foi chumbada pelo Banco de Portugal por não estarem reunidas as condições para a sua aprovação, de acordo com o Jornal Económico.
Esta é mesmo a terceira tentativa de venda, depois de não se ter concretizado a alienação do banco à Pivot, constituída por um grupo de investidores onde se incluía a Aethel, de Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, ou o ex-ministro Miguel Relvas, em 2015. A oferta era de 38,3 milhões de euros, mas o Banco Central Europeu (BCE) nunca chegou a dar luz verde à operação.
O Banco Efisa fechou 2020 com capitais próprios de 28,5 milhões de euros, uma descida de 2,2 milhões em relação ao ano anterior e que se deveu aos prejuízos naquele montante. Gere um ativo superior a 30 milhões.
Para a FIRMA, que desde 2016 já esteve presente em transações de mais de mil milhões de euros, a nova instituição financeira deverá responder “com rapidez e eficácia” aos “problemas de liquidez e financiamento das empresas nacionais e/ou atuar em Portugal”.
Bernardo Theotónio-Pereira e Francisco Mendes-Palma salientam que “a FIRMA tem a responsabilidade de gerar em Portugal o que não existe e estar focada em trazer o bom dinheiro e, por isso, o bom investimento para o tecido empresarial nacional”.
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