Iberdrola lança tarifário com energia 100% verde para PME

O novo plano BTE – Energia Verde e destina-se ao segmento empresarial com consumo de tensão Baixa Tensão Especial, garantindo um fornecimento de energia com origem certificada de fontes renováveis.

A elétrica espanhola Iberdrola apresenta esta quarta-feira um novo plano de fornecimento de energia elétrica para clientes de pequenas e médias empresas com “eletricidade 100% verde”, sem custos adicionais e com três tipos de desconto associados a esta oferta tarifária, garante a empresa.

O novo plano chama-se BTE – Energia Verde e destina-se ao segmento empresarial com consumo de tensão Baixa Tensão Especial (BTE), garantindo um fornecimento de energia com origem certificada de fontes 100% renováveis. Associadas ao tarifário estão três tipologias de desconto, que variam entre 5 a 8% no preço de energia, adaptáveis ao seu perfil de consumo e que “permitem poupar nos períodos de maior consumo”.

“Este plano junta dois objetivos fundamentais da Iberdrola: apresentar as melhores soluções de mercado e disponibilizar energia verde ao maior número de clientes possível. Se queremos avançar na transição energética, temos de criar condições reais e competitivas para os consumidores. É dever do setor energético criar soluções verdes que permitam às empresas serem competitivas nos mercados nacional e internacional, sobretudo nesta fase e de retoma económica. Este é o momento de criar uma economia mais verde, mais sustentável e mais competitiva”, explicam Frederico Teotónio Pereira e Miguel Lara, gestores do segmento de pequenas e médias empresas da Iberdrola Portugal, em comunicado.

De acordo com o mais recente boletim da ERSE, no mercado liberalizado em Portugal a Iberdrola lidera no segmento dos grandes consumidores com uma quota de mercado (que aumentou em fevereiro de 2021), de 26%. Já no segmento de pequenos negócios, a empresa surge em terceiro lugar, depois da EDP e da Endesa, com uma quota de 6,3%, tendo em fevereiro registado mesmo uma diminuição de dois pontos percentuais.

Comparando com o mês homólogo (fevereiro de 2020), a queda já é mais acentuada e a Iberdrola viu cair a sua carteira de clientes de pequenos negócios 4,7 pontos percentuais no espaço de um ano.

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Bitcoin afunda 18%. Já vale menos de 35 mil dólares

Elon Musk e a China estão a agitar o mercado das criptomoedas. A bitcoin está a afundar, negociando já abaixo da fasquia dos 35 mil dólares.

A criptomoeda mais popular do mundo está em queda acentuada. Anulou todos os ganhos obtidos desde fevereiro, altura em que Elon Musk anunciou que a Tesla iria aceitar pagamentos em bitcoin, apresentando uma desvalorização de mais de 45% face ao recorde para cotar abaixo dos 35 mil dólares. Elon Musk voltou a agitar os mercados, mas a China também tem a sua parte da culpa nesta queda.

A bitcoin já soma uma queda de mais de 45% desde o máximo histórico de quase 65 mil dólares alcançado em abril, seguindo a cotar na casa dos 34,5 mil dólares. Está a negociar nos 34.241,51 dólares, cotação abaixo da que estava antes de a Tesla anunciar que as pessoas iriam poder compras os seus automóveis e pagar com esta moeda.

Um dos motivos para esta desvalorização é Elon Musk. O fundador da Tesla escreveu na semana passada no Twitter que a empresa não iria aceitar mais pagamentos em bitcoin, justificando esta decisão com preocupações ambientais. “Bitcoin. Estamos preocupados com o rápido aumento do uso de combustíveis fósseis na mineração e transações com bitcoin, especialmente carvão, que causa as piores emissões”, escreveu.

“As criptomoedas são uma boa ideia a muitos níveis e acreditamos que têm um futuro promissor, mas isso não pode trazer um grande custo para o ambiente”, acrescentou, anunciando, assim, que a Tesla não iria aceitar mais aceitar pagamentos com esta moeda. Musk disse ainda que a empresa estava a analisar outras criptomoedas que usam menos de 1% de energia que a bitcoin.

Depois desse anúncio, a moeda virtual mais famosa do mundo caiu mais de 15% e, desde então, a tendência acentuou-se. O sentimento alastrou-se a outras moedas virtuais, como o Ether, que segue a desvalorizar cerca de 26% para 2.495,46 dólares.

Contudo, depois deste tweet, Elon Musk voltou ao Twitter e acabou por criar confusão entre os investidores. “Para esclarecer, eu acredito seriamente nas criptomoedas, mas não posso aceitar um aumento massivo do uso de combustíveis fósseis, especialmente carvão”, escreveu no dia seguinte, a 13 de maio. “Trabalhar com sistemas Doge para melhorar a eficiência das transações do sistema. Potencialmente promissor”, acrescentou.

Esta terça-feira, a castigar ainda mais a bitcoin, mas também a Ether, está o facto de o Banco Popular da China ter proibido as instituições financeiras e empresas de pagamentos do país de oferecerem serviços relacionados com transações de criptomoedas. Com esta nova regra, Pequim proíbe, assim, os cidadãos de possuírem criptomoedas.

“Recentemente, os preços das criptomoedas dispararam e o comércio especulativo voltou, prejudicando seriamente a segurança da propriedade das pessoas e perturbando a ordem económica e financeira”, referiu o Governo chinês, em comunicado.

(Notícia atualizada às 15h06 com novas cotações)

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Da banca ao futebol, #TodosJuntos no apoio alimentar aos mais desprotegidos

  • Lusa
  • 19 Maio 2021

A campanha começa já com dois milhões de euros angariados. Fazem parte da campanha os maiores bancos do país, empresas de telecomunicações, comunicação social, retalho e até a FPF e a Liga.

Dez bancos e mais de 30 empresas lançam esta quarta-feira uma campanha de angariação de fundos para apoio alimentar às famílias mais desprotegidas, no contexto da crise causada pela pandemia da Covid-19, que decorrerá sob o lema #TodosJuntos.

Os 10 bancos comprometeram-se com uma contribuição total de cerca de 1,8 milhões de euros e convidaram a associar-se à iniciativa mais de 30 empresas, que contribuíram com donativos financeiros e bens alimentares, segundo um comunicado divulgado pelos promotores da iniciativa.

A campanha inicia-se assim com mais de dois milhões de euros já angariados, segundo a mesma fonte.

O BPI/Fundação “la Caixa”, o Montepio, o Santander, a Caixa Geral Depósitos, o Crédito Agrícola, o Millennium BCP/Fundação Millennium BCP, o Novo Banco, o Bankinter, o BBVA e o Banco Carregosa associaram-se, assim, “pela primeira vez, para organizar uma iniciativa de solidariedade centrada no apoio alimentar às famílias mais desprotegidas, no contexto da presente crise”, lê-se no comunicado.

Para desenvolver esta iniciativa solidária, os 10 bancos estabeleceram uma parceria com empresas como a BBDO, Cofina Media, COSEC, Deloitte, Exporplás, Global Media, Grupo Bel, Grupo Renascença, Impresa, JCDECAUX, Lactogal, Logoplaste, Media Capital, MEO, NOS, Observador, Prio, Público, RTP, Visabeira e Vodafone, entre outras.

A Federação Portuguesa de Futebol, Fundação do Futebol – Liga Portugal e os principais grupos de comunicação social aderem à iniciativa #TodosJuntos com uma campanha de mobilização de donativos de cidadãos, empresas e instituições, que decorrerá entre esta quarta-feira e 2 de junho de 2021.

O Continente, Pingo Doce, Sr. Bacalhau e Sumol + Compal contribuíram com bens alimentares.

“A iniciativa vai mobilizar recursos financeiros significativos para apoiar organizações que disponham de uma infraestrutura montada, com capacidade para chegar de imediato às pessoas concretas que enfrentam maiores dificuldades, em condições de controlo e auditoria exigentes”, informaram os promotores.

O montante total angariado no final da campanha permitirá a aquisição de alimentos básicos, como leite, cereais, arroz, azeite, feijão, massa, atum. Do total, 20% será destinado a apoiar as necessidades das famílias relacionadas com medicamentos.

Foi selecionada como plataforma de distribuição a Rede de Emergência Alimentar, lançada pela ENTRAJUDA para dar resposta às situações de carência resultantes do impacto da pandemia, articulada nos Bancos Alimentares e que integra cerca de 2.700 instituições e entidades em todo o país.

As doações de valores devem ser efetuadas através do Multibanco, MBWay ou através das contas-pacote dos respetivos bancos. Ou, poderá contribuir com um euro (mais IVA) através de uma chamada de valor acrescentado – as operadoras abdicam de qualquer receita com estas chamadas.

De acordo com a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, existem cerca de 450 mil pessoas que precisam de receber apoio alimentar diário.

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Pioneiros das OTRV recebem hoje “cheque” de 750 milhões

38.630 aforradores que investiram 750 milhões de euros na primeira emissão de todas das OTRV vão receber hoje o "cheque" do IGCP.

Lançadas há cinco anos como “uma nova oportunidade para a sua poupança“, as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) vieram abrir a porta da dívida de longo prazo aos pequenos investidores. Atraíram muitos investidores com os juros elevados que ofereciam, captando milhões de euros das poupanças que agora são devolvidas. O prazo chegou ao fim, é hora do reembolso.

A novidade nos produtos de aforro do Estado levou Cristina Casalinho a ser cautelosa no lançamento da primeira operação de financiamento através das OTRV. Começou nos 350 milhões de euros, mas a forte procura fez disparar a colocação para os 750 milhões. E o sucesso destes títulos, perante os tradicionais Certificados de Aforro ou do Tesouro, ficou patente no resultado final da emissão: a procura superou a oferta em 1,62 vezes.

Foram as taxas que atraíram muitos aforradores para as OTRV. Pagavam bem mais que os certificados, oferecendo à data um prémio de 2,2% acima da Euribor a seis meses que, então, era ainda positiva. Uma rentabilidade bruta elevada, que tinha como referência a yield da dívida nos mercados para a mesma maturidade, os cinco anos, com a vantagem de o investimento mínimo ser de apenas 1.000 euros — mas a desvantagem de ter de pagar comissões aos bancos.

Resultado? 38.630 aforradores. Foi este o número de investidores que confiaram parte das suas poupanças ao IGCP, esperando receber juros de seis em seis meses, e, claro, o investimento total no fim do prazo. A maior parte fez investimentos até dez mil euros, mas houve 46 que aplicaram mais de 500 mil euros.

Todo esse dinheiro vai entrar agora na conta destes investidores. Os cinco anos terminaram, sendo que de acordo com o prospeto publicado à data o dia de liquidação é hoje, 19 de maio de 2021.

Da euforia ao esquecimento

O sucesso da primeira emissão de OTRV, que agora chegou ao fim, levou Cristina Casalinho a repetir a dose. De tempos a tempos, além dos restantes produtos, o IGCP passou a realizar operações de financiamento através destes títulos, passando mesmo a serem detalhados os montantes que se previa captar ano após ano nos Orçamentos do Estado.

Foi assim em 2017, em 2018, mas à medida que os juros da dívida portuguesa foram recuando nos mercados, a atratividade das OTRV foi-se esmorecendo. E chegou ao ponto em que o prémio teria de ser tão baixo que com tantas comissões não seria atrativo para os aforradores. Em 2019 ainda esteve prevista uma operação, mas acabou cancelada. E em 2020, com o país com juros negativos também não houve, tendo desaparecido do programa de financiamento para este ano.

A última operação foi realizada em 2018, na altura já com um prazo mais dilatado, de sete anos, contabilizando-se um total de 7.950 milhões de euros obtidos pelo IGCP com este produto.

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Vendas de carros novos na Europa disparam 256%

  • ECO
  • 19 Maio 2021

As vendas de automóveis na Europa aumentaram, mas a procura ainda está aquém dos níveis pré-pandémicos. As preocupações da indústria passaram a ser com a produção, devido à escassez mundial de chips.

As vendas de automóveis no mercado europeu dispararam 256% em abril, comparando com o mesmo mês de 2020 que foi o pior desde que se começaram a recolher dados, em 1990, noticia a Bloomberg. A preocupação agora é a escassez de chips.

Há sinais, na Europa, de que os fabricantes de automóveis estão já a beneficiar da vacinação contra a Covid-19 que tem permitido que os trabalhadores começam a regressar aos escritórios, utilizando o carro. No Reino Unido, por exemplo, a utilização de automóveis está a regressar a níveis pré-pandémicos muito antes da recuperação nos transportes públicos.

Segundo a Associação dos Fabricantes de Automóveis Europeus, as vendas ficaram, ainda assim, cerca de 14% abaixo da média mensal da indústria na década anterior à pandemia.

No entanto a indústria está agora preocupada com a produção, devido à escassez mundial de chips. Tanto a Volkswagen como a Stellantis — os dois maiores fabricantes de automóveis da Europa — preveem que a escassez de chips seja maior neste trimestre do que nos primeiros três meses do ano.

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Nas notícias lá fora: Vendas de carros, bitcoin e a Covid

  • ECO
  • 19 Maio 2021

Do turismo no Reino Unido, passando pelos registos de automóveis na Europa até à desvalorização da bitcoin, veja as notícias que estão a marcar o dia lá fora.

A marcar o dia lá fora está a notícia de que a Oxford e a AstraZeneca estão a estudar uma terceira dose da vacina para reforçar o combate ao coronavírus, ao mesmo tempo que os britânicos se preparam para viajar em férias para o estrangeiro, enfrentando longas filas nos aeroportos no regresso a casa. Destaque ainda para os registos de novos carros na Europa, que disparam 256%, e para a forte queda da bitcoin. Está a valer menos de 40 mil dólares.

Financial Times

Terceira dose da vacina Oxford/AstraZeneca com resultados positivos

Um estudo concluiu que uma terceira dose da vacina Oxford/AstraZeneca contra o coronavírus funciona bem como um reforço contra a doença, podendo “acabar com quase qualquer variante”, apesar das preocupações que existem. Alguns cientistas receiam que o uso repetido do vetor de adenovírus (componente da vacina) possa impedir o sistema imunitário de reconhecer o coronavírus. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Guardian

Britânicos enfrentam filas de quatro horas no regresso das férias

Os britânicos que voam para o estrangeiro estão enfrentar longas filas no regresso a casa, em salas apertadas e mal ventiladas. No aeroporto de Heathrow, em Londres, são muitos os passageiros a reclamarem, afirmando estarem “com medo” de ficarem infetados com Covid-19 enquanto esperam pela verificação dos testes à Covid-19 e obrigações de quarentena. A tendência é para piorar cada vez mais com o aproximar do verão. O processo que, numa altura normal demora 15 minutos, poderá levar até quatro horas no pico do tempo quente. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Vendas de carros novos na Europa disparam 256%

As vendas de automóveis no mercado europeu dispararam 256% em abril, comparando com o mesmo mês de 2020 que foi o pior desde que se começaram a recolher dados, em 1990. Segundo a Associação dos Fabricantes de Automóveis Europeus, as vendas ficaram, ainda assim, cerca de 14% abaixo da média mensal da indústria na década anterior à pandemia. As preocupações da indústria passaram a ser com a produção, devido à escassez mundial de chips. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

El País

Uma casa por menos de 100 mil euros em Madrid? É complicado

A percentagem de casas abaixo de 100 mil euros nas capitais de província aumentou de 17,6% em fevereiro de 2020 para 18,1% em março de 2021, mostra um estudo do Idealista. Contudo, nas nas grandes cidades, essa percentagem é ainda mais pequena. Em Madrid, apenas 4% das casas valem menos de 100 mil euros, sendo o valor ainda mais baixo em Barcelona, Bilbao, Cádiz, Palma, San Sebastián e Vitória. Ou seja, a crise da Covid-19 quase não melhorou o acesso à habitação em Espanha. Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Bloomberg

Bitcoin afunda. Apaga todos os ganhos desde a pandemia

A bitcoin apagou todos os ganhos obtidos desde 8 de fevereiro, dia em que a Tesla anunciou que iria aceitar esta moeda virtual como forma de pagamento. A maior criptomoeda do mundo caiu cerca de 40% depois do recorde de quase 65.000 dólares e estava a ser negociada em torno dos 39.360 dólares nesta madrugada. A alimentar a volatilidade da bitcoin está o próprio CEO da Tesla, Elon Musk, depois de ter revertido o anúncio feito em fevereiro do ano passado. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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Estas são as 13 implicações do baixo custo de descarbonização em Portugal, diz McKinsey

  • Capital Verde
  • 19 Maio 2021

O estudo "Net-Zero Portugal – Caminhos de Portugal para a descarbonização”, elaborado pela McKinsey com o BCSD Portugal, diz que Portugal tem um "potencial de descarbonização a baixo custo".

De acordo com o estudo “Net-Zero Portugal – Caminhos de Portugal para a descarbonização”, elaborado recentemente pela McKinsey & Company, com a colaboração do BCSD Portugal, Portugal tem um “potencial de descarbonização a baixo custo, relativamente aos restantes países europeus, podendo assim contribuir para o caminho de descarbonização mais eficiente da União Europeia”.

Diz também o estudo que “a descarbonização vai exigir de Portugal um investimento inicial que poderá ter um peso de cerca de 7% do PIB ao ano, maioritariamente redirecionado de tecnologias com elevada pegada carbónica. Por outro lado, a alteração dos fluxos de capital no mundo poderá criar oportunidades de crescimento até 10-15% do PIB português”.

Conheça as 13 principais implicações do baixo custo de descarbonização em Portugal, segundo o estudo

1. Portugal pode atingir o “net zero” até 2050, sendo uma ambição maior viável

  • O setor eletroprodutor e os veículos elétricos irão liderar a descarbonização até 2030, e de forma mais rápida do que na UE, com os transportes mais pesados e a indústria a liderar após 2030.
  • A floresta terá um maior impacto do que na UE, permitindo gerir e equilibrar os esforços de descarbonização noutros setores.
  • O potencial de baixo custo de sequestro de emissões em Portugal possibilita atingir o “net zero” antes de 2050, mantendo o esforço dos setores emissores comparável aos congéneres europeus e contribuindo para a trajetória de menor custo da UE.

2. Clima mediterrânico em risco no caminho atual, ameaçando principalmente os setores do turismo e agricultura

  • Potencial de mais de seis meses de seca por ano até 2050.
  • Na agricultura, no setor da vitivinicultura, por exemplo, as capacidades de vinificação estão ameaçadas, estando certas áreas em risco de colapso.
  • Em relação aos incêndios florestais prevê-se que a área ardida possa duplicar até 2050.
  • O turismo poderá colapsar com o aumento do número de dias com temperaturas superiores a 37 ºC.

3. É necessário um afastamento claro e urgente das trajetórias atuais

  • Portugal precisa de aumentar a velocidade de descarbonização em cerca de 20% (face ao registado entre 2005 e 2019)
  • O país apresenta:

-Emissões mais baixas per capita – 5,4 tonelada de CO2 equivalente per capita face a 8,5 toneladas na Europa.

-A intensidade carbónica da eletricidade mais baixa, cerca de 200 toneladas de CO2e por GWh face 300 toneladas na UE, maioritariamente devido ao menor peso do carvão.

-Maior contribuição dos transportes, com veículos ligeiros de mercadorias com um peso maior e veículos pesados um peso menor.

Maior contribuição da indústria, sendo o cimento e os resíduos mais relevantes, enquanto o ferro, o aço e a mineração são menos relevantes.

Menor peso das emissões dos edifícios devido a um menor consumo de energia e, proporcionalmente maior em biomassa, quando comparado com outros combustíveis fósseis.

4. São necessárias 5-6 vezes mais adições de capacidade eólica e solar por ano para eletrificar a economia

  • A eletrificação e as energias limpas são fulcrais. O ritmo de adições anuais recente de capacidade solar e eólica não é suficiente para permitir a eletrificação limpa crescente de por exemplo veículos elétricos a bateria.

5. Tecnologias existentes são responsáveis pela maior parte da descarbonização, mas não são suficientes, sendo necessárias novas cadeias de valor (CCUS, H2 verde, outras)

  • Verifica-se a dependência de tecnologias que precisam de atingir maturidade e escala custo-eficiente, em que, apesar de ser necessária mais pesquisa, Portugal poderá ter vantagens competitivas, como o hidrogénio verde, combustíveis com baixo teor de carbono e CCUS (captura, utilização e/ou armazenamento de carbono).
  • No hidrogénio verde poderá ser competitivo graças ao baixo custo, pelo menos inicial, das energias renováveis na Península Ibérica. Potencial utilização como combustível para transporte rodoviário pesado, caldeiras e fornos industriais.
  • No CCUS, para além do maior peso do setor do cimento em Portugal (e Ibéria), principal potencial utilizador desta tecnologia, Portugal apresenta grande capacidade de armazenamento custo eficaz em locais offshore (4 gigatoneladas de CO2); CCUS poderá ser também uma solução custo eficaz para o setor eletroprodutor.
  • Nos combustíveis de baixo carbono, tais como os combustíveis sintéticos ou a biomassa produzida de forma sustentável, as vantagens competitivas poderão vir das tecnologias anteriores, mas também de um maior potencial de produção de biomassa. Apresentam também potencial utilização como combustível para caldeiras e fornos, e para a aviação.

6. A floresta e uso do solo é fundamental para sequestrar emissões, sendo os incêndios um maior motivo de preocupação

  • A absorção florestal apresenta um elevado potencial, exigindo uma estratégia clara de uso do solo, que assegure a descarbonização ao mesmo tempo que mantém o foco noutras prioridades, como por exemplo a biodiversidade.
  • O aumento do risco de incêndio devido às alterações climáticas eleva o impacto dos incêndios florestais.

7. Alterações comportamentais [não incluídas no caminho de baixo custo] podem facilitar o caminho, reduzindo as emissões em mais de 10%

8. Maior foco na circularidade e fornecedores “net zero”

  • Taxas de reciclagem muito baixas em Portugal recuperam rapidamente relativamente à média europeia.
  • As preocupações ambientais motivam a redução, a reutilização e a reciclagem

9. Redução do desperdício alimentar

  • O objetivo da ONU é reduzir o desperdício alimentar em 50% é atingido em Portugal, considerando que 15-20% da produção anual de alimentos é desperdiçada.

10. Adoção mais rápida de veículos elétricos

  • Os incentivos colocam o custo total de posse de um veículo elétrico abaixo do dos automóveis com motor de combustão interna.
  • O crescimento contínuo dos modelos de veículos elétricos responde às preferências da procura.
  • Mudanças de estilo de vida adicionais como, por exemplo, alterações na dieta alimentar, nomeadamente com a diminuição no consumo de carne de vaca, a utilização de novos materiais de construção e a utilização de transportes públicos, poderão diminuir o custo da transição.

11. O CAPEX incremental representa cerca de 1% do PIB, trazendo poupanças significativas

  • 7% terão de ser investidos em tecnologia de baixo carbono (6 pontos percentuais realocados de tecnologias de elevado carbono, 1 ponto percentual incremental). São esperadas poupanças que excedem largamente os custos.

12. Oportunidade para capturar 10-15% de crescimento do PIB através da localização, crescimento, investimento em clusters de I&D

Oportunidade de localizar e escalar ainda mais as cadeias de valor existentes, ou até de criar novas vantagens competitivas em cadeias de valor novas, como CCUS, hidrogénio verde e combustíveis de baixo carbono.

13. É necessária uma ação decisiva dos setores privado e público e da sociedade civil

  • É fundamental que todos os stakeholders atuem para abordar a complexidade e a multidisciplinaridade da mudança necessária.

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Comércio mundial recupera e chega a atingir níveis pré-pandémicos

  • Lusa
  • 19 Maio 2021

O comércio de mercadorias aumentou 3% nos primeiros três meses deste ano face ao primeiro trimestre de 2019 e 10% face a 2020. As exportações da Ásia Oriental foram as que mais recuperaram.

O comércio mundial recuperou para níveis inesperados no primeiro trimestre de 2021, ultrapassando níveis pré-pandémicos, uma recuperação impulsionada pelo comércio de bens, mas não de serviços, ainda a sofrer os efeitos da crise.

O comércio de mercadorias aumentou 3% nos primeiros três meses deste ano, em comparação com o primeiro trimestre de 2019, tendo sido os setores relacionados de alguma forma com a pandemia que registaram os melhores resultados, de acordo com um estudo da Agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês).

A UNCTAD divulgou, esta quarta-feira, dados atualizados sobre o desempenho do comércio global, revelando que aumentou 10% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2020, e 4% em comparação com o quarto trimestre de 2019.

As exportações da Ásia Oriental, particularmente da China, foram as que mais recuperaram, graças à rapidez com que os países daquela região controlaram a propagação do coronavírus, permitindo-lhes tirar rapidamente partido da procura que foi criada em torno de produtos associados de alguma forma à pandemia.

A análise sugere que a recuperação noutras regiões do mundo tem sido mais lenta, embora não forneça dados específicos.

Os economistas da UNCTAD estimam que a recuperação continuará no segundo trimestre deste ano e que o comércio mundial poderá encerrar o ano com um crescimento de 16%, embora reconheçam que existem muitas incertezas envolvidas.

Já no segundo trimestre, estima-se que o valor do comércio global, incluindo bens e serviços, atinja os 6,6 biliões de dólares (5,4 biliões de euros), 31% acima do ponto mais baixo do mesmo período em 2020 e 3% acima dos níveis pré-pandémicos.

Quando comparado com um período normal, como 2019, a maior progressão do comércio entre janeiro e março foi observada em produtos agrícolas (18%) e farmacêuticos (27%), equipamento de telecomunicações (20%), maquinaria (19%) e minerais (33%).

O único setor onde a queda se manteve foi nos transportes, particularmente o aéreo, com uma queda bastante acentuada em relação aos anos recentes antes da pandemia (-34%) e mesmo de 19% quando comparado com o primeiro trimestre de 2020.

Tudo isto reflete em grande parte as mudanças nos hábitos de consumo durante a pandemia, o que levou a um aumento da procura de produtos de saúde, serviços digitais, comunicações e equipamento tecnológico para trabalhar a partir de casa.

À exceção da indústria dos transportes, que foi duramente atingida por restrições às viagens, a UNCTAD prevê para este ano uma recuperação económica, largamente apoiada por pacotes de estímulo fiscal nos países desenvolvidos.

O aumento dos preços das mercadorias também contribuirá para um aumento do valor do comércio este ano.

A recuperação não deverá ter a mesma força em todo o lado, esperando-se que a China e os Estados Unidos liderem o caminho e que os países cujas economias estão integradas com as suas sejam influenciados positivamente. Este deverá ser o caso dos países da Ásia Oriental, México e Canadá, assinalou a UNCTAD.

Os peritos assumem que os governos farão uso de todas as políticas públicas possíveis para estimular a recuperação das suas economias, mas, considerando as atuais fricções políticas entre várias potências comerciais, acreditam que tal pode resultar em medidas restritivas do comércio.

Outro risco identificado é que o empréstimo significativo a que os países tiveram de recorrer para sustentar as economias durante a pandemia possa resultar em instabilidade financeira.

Por fim, o organismo advertiu que qualquer aumento das taxas de juro pode aumentar a pressão sobre os empréstimos públicos e privados, e ter repercussões negativas sobre os fluxos de investimento e comércio internacional. Isto seria particularmente verdade para os países em desenvolvimento, que têm uma margem de manobra fiscal muito limitada.

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Bolsa de Lisboa cai mais de 1% em dia negativo na Europa

A praça portuguesa acompanha a tendência negativa das restantes bolsas europeias. O BCP lidera as quedas num dia de descidas generalizadas na bolsa de Lisboa.

Após cinco sessões em alta, a bolsa nacional está em queda. A praça portuguesa acompanha a tendência negativa das restantes bolsas europeias, que seguem as perdas registadas nos mercados asiáticos, pressionada pela queda dos títulos do setor energético. O BCP quebra o ciclo de ganhos

Depois das quedas de mais de 1% das bolsas asiáticas, como a do Japão, que cedeu 1,28%, o Stoxx 600, índice de referência das bolsas do Velho Continente, cai 1%. A generalidade dos índices europeus recua com renovados receios dos investidores quanto à inflação.

Em Lisboa, o PSI-20 recua 1,04%, para cotar nos 5.224,07 pontos, corrigindo de uma série de cinco sessões consecutivas de ganhos. Das 18 cotadas, apenas duas escapam.

O setor da energia destaca-se nas quedas, com a Galp Energia a perder mais de 1,5%, num dia de queda para os preços do petróleo. A EDP Renováveis também recua mais de 1%, assim como a EDP.

A pesar na bolsa está também o BCP. Depois de uma longa série de ganhos, em que valorizou mais de 30%, as ações do banco liderado por Miguel Maya estão a perder 1,8% para os 16,32 cêntimos.

Nota negativa ainda para a Altri e a Navigator, empresas mais expostas aos mercados internacionais, que também recuam mais de 1%, enquanto do lado dos ganhos destaque apenas para a Ramada e a Pharol.

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Hoje nas notícias: Erro do Fisco, ciclovias e horas extra

  • ECO
  • 19 Maio 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Um erro informático do Fisco obriga a devolução de reembolsos do IRS. Destaque também para as ciclovias que vão receber 300 milhões e para Luís Filipe Vieira, que viu a sua auditoria alargada à sua empresa a Imosteps. O dia fica ainda marcado pelos profissionais de saúde que já esgotaram as horas extra deste ano e pelo aviso do SIS para a possibilidade de acontecerem ataques a interesses judaicos em Portugal.

Erro informático do Fisco obriga a devolução de reembolsos do IRS

Um erro de leitura do sistema informático fez com que o Fisco não tivesse em conta todos os valores declarados por contribuintes da categoria B com contabilidade organizada. O que significa que a fatura final é mais favorável aos sujeitos passivos do que deveria ser. Ou seja, as liquidações saíram erradas e já foram feitos reembolsos que terão de ser devolvidos à Autoridade Tributária e Aduaneira. O erro foi detetado na semana passada e já foram suspensas as liquidações das declarações em causa. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Ciclovias recebem 300 milhões de euros de programas regionais

O “Plano Nacional de Investimentos prevê 300 milhões para a mobilidade sustentável, em particular as ciclovias”, diz o secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro. Segundo o governante, as verbas estarão incluídas no próximo orçamento plurianual e nos programas operacionais regionais. E acrescentou: “estas matérias devem estar integradas nos instrumentos de gestão territorial e têm de ter maturidade para que, quando as verbas estiverem disponíveis, as autarquias tenham condições para avançar com os projetos”. Leia a entrevista completa no Público (acesso pago).

Auditoria alargada às dívidas de Luís Filipe Vieira

A auditoria à reestruturação da dívida contraída por Luís Filipe Vieira, a pedido do Fundo de Resolução ao Novo Banco, vai também incluir a Imosteps, empresa detida pelo empresário, revelou o vice-governador do Banco de Portugal. A Imosteps ficou de fora da reestruturação referida e foi vendida por 10% do valor da dívida de 54 milhões de euros, mas acabou por ser comprada por oito milhões de euros por um sócio de Vieira, José António dos Santos, conhecido por “Rei dos Frangos”. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Médicos e enfermeiros esgotaram em quatro meses as horas extra

Só entre janeiro e abril, os profissionais de saúde já fizeram 8,2 milhões de horas extra, num aumento de 73% face ao período homólogo de 2020, altura em que se deu a primeira vaga da pandemia. A situação é de tal ordem que, neste momento, há médicos e enfermeiros que já ultrapassaram o limite anual. Dados do portal de monitorização do SNS mostram que, até abril, contavam-se mais 3,5 milhões de horas suplementares trabalhadas, a maioria em serviço extraordinário diurno e noturno. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

SIS alerta para potenciais ataques a interesses judaicos em Portugal

O Serviço de Informações de Segurança (SIS) enviou um relatório para as forças de segurança nacionais a alertar para a possibilidade de acontecerem ataques a interesses judaicos em Portugal, na sequência do crescimento da violência na Faixa de Gaza. No documento, o SIS pede que se adotem medidas preventivas. Situação implica que exista uma missão de proteção e segurança a pessoas ou instalações que sejam potenciais alvos para atentados. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

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Erro do Fisco obriga à devolução de reembolsos do IRS

  • ECO
  • 19 Maio 2021

Em causa está um "erro de leitura" por parte do Fisco nos cálculos do imposto a pagar pelos contribuintes da categoria B com contabilidade organizada.

A Autoridade Tributária (AT) cometeu erros no cálculo dos rendimentos dos contribuintes de categoria B com contabilidade organizada e, no momento de fazer as contas, acabou por beneficiá-los, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). Estão, assim, a ser feitos reembolsos que não deveriam acontecer e que terão de ser devolvidos ao Fisco por estes contributos.

Fonte oficial da AT explica àquele jornal que “o problema teve origem num erro de ‘leitura’ para efeitos de liquidação de um campo respeitante ao lucro tributável indicado no anexo C da modelo 3“. Este erro acabou por ser detetado pelos serviços na semana passada, tendo-se suspendido as liquidações de declarações com anexo C, o da contabilidade organizada.

A mesma fonte adianta que foram identificadas “911 declarações que foram liquidadas com o erro em causa e notificadas aos contribuintes” e que, por isso, estão a ser feitos os respetivos reembolsos. A bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados refere que pode tratar-se de “um erro do sistema, mas é muito grave”. “No limite as pessoas podem até ter gasto já o dinheiro do reembolso, que terão de devolver”, acrescenta Paula Franco.

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Contratos a prazo no Estado com novo recorde de mais de 90 mil

Cerca de um em cada oito funcionários públicos tem um contrato a termo, segundo dados referentes ao primeiro trimestre deste ano.

O número de funcionários públicos com contrato a termo está a aumentar há dois trimestres, tendo atingido um máximo em março deste ano. Existem atualmente mais de 90 mil trabalhadores nas Administrações Públicas nesta situação, valor nunca antes atingido, pelo menos desde o início da série estatística, há quase dez anos.

Os funcionários públicos com contrato a termo a março de 2021 eram 93.037, segundo a Síntese Estatística do Emprego Público divulgada esta segunda-feira, número que representa um aumento de 3.208 em cadeia, isto é, face ao trimestre anterior. Em dezembro do ano passado estavam 89.829 pessoas nesta situação, o que tinha já sido uma subida de quase 15 mil face a setembro.

Funcionários públicos com contrato a termo

Fonte: DGAEP. (p: dados provisórios)

Fazendo a comparação com março do ano passado, aí eram cerca de 78 mil os funcionários das Administrações Públicas com contrato a termo, pelo que a subida é de aproximadamente 15 mil pessoas num ano.

“O aumento do número de contratos a termo na Administração Pública justifica-se com a necessidade de reforçar as áreas prestacionais para dar resposta à crise pandémica, designadamente o SNS na Saúde e o corpo docente para consolidar e recuperar aprendizagens ou para substituir eventuais baixas na Educação”, explica fonte oficial do Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública ao ECO.

Já o número total de funcionários públicos aumentou no primeiro trimestre deste ano, para se fixar nos 725.775 postos de trabalho. Contas feitas, entre todos estes trabalhadores, 12,8% têm um contrato a termo. Quer isto dizer que cerca de um em cada oito funcionários públicos tinha este vínculo no final de março.

Quanto às outras modalidades de vínculo, a grande maioria (537.589) tem contrato por tempo indeterminado. Já cerca de 10% está num cargo por nomeação, enquanto para 21.814 pessoas o vínculo é de Comissão de Serviço no âmbito da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas e do Código de Trabalho, Cargo Político ou Mandato.

Educação concentra mais trabalhadores com contrato a termo

Olhando para os setores das administrações públicas, é então na Educação que se concentram mais trabalhadores com este vínculo: 34.328 a 31 de março de 2021, segundo os dados da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP). Desta forma, mais de um terço dos funcionários com contrato a termo encontram-se neste setor.

Segue-se o setor empresarial do Estado, que inclui todas as entidades reclassificadas no setor das administrações públicas em contas nacionais, e onde se destacam os hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Neste setor há 18.151 trabalhadores com este contrato.

A ministra da Saúde adiantou, esta quarta-feira no Parlamento, que a proporção das contratações com termo face àquelas por tempo indeterminado, no setor, “tem-se mantido constante”, sendo que em abril de 2021 existiam “92% de contratos sem termo contra 8% de contratos a termo, excluindo daqui o efeito da contratação de médicos internos que têm um vínculo específico”. Já se considerarmos estes médicos, a proporção é de 86% de contratos sem termo.

De sinalizar que Saúde e Educação foram precisamente as áreas que mais contribuíram para o aumento no número de funcionários públicos no trimestre terminado em março. Face ao trimestre anterior, “na Educação destaca-se o aumento de docentes e educadores de infância, bem como de assistentes operacionais”, nota a DGAEP, enquanto no setor empresarial o destaque vai para as carreiras de médico, assistente operacional e enfermeiro.

Já o terceiro setor com mais profissionais com este vínculo é Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, área onde se incluem, por exemplo, trabalhadores das universidades. São 15.744 os trabalhadores com um contrato a termo neste setor.

(Notícia atualizada às 11h18 com mais informação)

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