“Impossível” retirar todos os ocidentais do Afeganistão até final do mês, avisa Borrell

  • Lusa
  • 22 Agosto 2021

"O problema” está no “acesso ao aeroporto [devido às] medidas de controlo e segurança dos americanos”, diz o chefe da diplomacia europeu, Josep Borrell

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse este sábado que é “impossível” fazer sair todos os estrangeiros ocidentais que estão no Afeganistão até final do mês, criticando as medidas de segurança impostas pelos norte-americanos no acesso ao aeroporto.

“É matematicamente impossível”, disse Borrell em entrevista por telefone à agência France-Presse, na qual vincou que “o problema” está no “acesso ao aeroporto [devido às] medidas de controlo e segurança dos americanos”, que “são muito fortes”.

Borrell acrescentou: “Nós queixámo-nos, pedimos-lhes que mostrassem mais flexibilidade, porque não conseguimos acesso para as nossas pessoas”.

A delegação da União Europeia em Cabul tem cerca de 400 funcionários afegãos e respetivas famílias, a quem foi prometida ajuda para saírem do país, mas até agora apenas 150 pessoas chegaram a Madrid, o local escolhido para acolher estes funcionários.

“Estes são o pessoal ativo, mas o número de afegãos que trabalhou connosco nos últimos 20 anos é muito superior“, acrescentou o responsável, explicando que um dos aeroportos está inutilizado.

“Cabul tem dois aeroportos, o aeroporto civil está nas mãos dos talibãs e não tem voos de partida, os americanos controlam o aeroporto militar, e os aviões embarcam as pessoas que estão no asfalto, no avião que chegou hoje a Madrid, um terço dos passageiros era americano”, explicou.

A Europa, apontou, “não tem capacidade militar para ocupar e assegurar o controlo do aeroporto militar, os talibãs vão assumir o controlo” quando os seis mil militares norte-americanos e britânicos deixarem, em 31 de agosto, o aeroporto, avançou, salientando que é preciso falar com os talibãs para conseguir ir buscar as pessoas.

Se queres tirar o teu ‘pessoal’, tens de falar com os talibãs, todos procuram acordo com os talibãs, nós temos contactos com os talibãs, mas não com a sua liderança, e isso não é o mesmo que reconhecer o regime”, concluiu.

Os talibãs conquistaram a capital do Afeganistão, Cabul, no domingo, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO do país.

EUA retiraram 3.800 pessoas do Afeganistão nas últimas 24 horas

Os cidadãos norte-americanos no Afeganistão devem evitar deslocar-se ao aeroporto de Cabul, devido a “potenciais ameaças à segurança”, instou a Embaixada dos Estados Unidos naquele país, no sábado.

A natureza das ameaças não foi especificada, mas um funcionário da Casa Branca, citado pela agência France-Presse (AFP), disse que o Presidente norte-americano, Joe Biden, discutiu na manhã de sábado com funcionários da administração “a situação de segurança no Afeganistão e as operações de combate ao terrorismo”, incluindo contra o Estado Islâmico.

O boletim publicado no site da embaixada norte-americana alertava para “potenciais ameaças à segurança no exterior dos portões do aeroporto de Cabul”.

Aconselhamos os cidadãos americanos a não viajarem para o aeroporto e a evitarem os portões do aeroporto neste momento, a menos que recebam instruções individuais de um funcionário do governo dos EUA”, escreveu a embaixada.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, recusou dar mais informações sobre a natureza das ameaças, dizendo apenas que a situação na capital afegã é muito “flutuante” e que os riscos podem evoluir “de hora a hora”.

“Continuamos a ter comunicações regulares com os líderes talibãs em Cabul, incluindo os responsáveis pelos pontos de passagem no aeroporto”, disse o porta-voz, em conferência de imprensa.

Os Estados Unidos retiraram cerca de 17.000 pessoas do país desde que a operação de resgate começou, em 14 de agosto, incluindo 2.500 cidadãos americanos, disse no sábado o subdiretor de logística do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, general Hank Taylor. Nas últimas 24 horas, cerca de 3.800 pessoas foram transportadas em 38 voos.

Apesar do aviso da embaixada, cidadãos norte-americanos que se apresentem no aeroporto serão acolhidos pelos serviços de resgate, disse o general.

As tropas dos EUA, que coordenam as operações de saída do país, após a tomada de poder pelos talibãs, tiveram de suspender os voos por algumas horas, na sexta-feira, porque os centros de acolhimento no Qatar estavam sem espaço para receber as pessoas.

O Presidente norte-americano foi alvo de críticas pela situação caótica nas operações de resgate.

No sábado, o ex-presidente Donald Trump acusou Biden de “incompetência grosseira” na “retirada falhada”, elogiando os talibãs, que considerou “grandes negociadores” e “combatentes duros”.

“Isto não deveria ter acontecido. Tudo o que ele tinha de fazer era deixar os soldados no local até que todos estivessem fora – os nossos cidadãos, as nossas armas – e depois bombardear as bases”, disse Trump, durante um comício no Alabama, citado pela AFP.

Foi sob a liderança de Trump que os EUA assinaram um acordo com os talibãs, em fevereiro de 2020, ao abrigo do qual Washington aceitou retirar as forças militares do Afeganistão.

Em troca, os talibãs comprometeram-se a encetar negociações de paz com o governo afegão, a abster-se de atacar as forças norte-americanas e os seus interesses no Afeganistão e a cortar todos os laços com a Al-Qaeda.

Os talibãs conquistaram Cabul no dia 15 de agosto, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001.

A tomada da capital põe fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.

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Endividamento da economia já subiu 35 mil milhões desde o início da pandemia

Desde o final de fevereiro, o endividamento dos cidadãos, do Estado e das empresas já aumentou 35 mil milhões de euros. É preciso recuar ao período da troika para ver aumentos maiores.

35.051.000.000 euros. É este o acréscimo acumulado de endividamento da economia desde que a pandemia chegou a Portugal, de acordo com os cálculos do ECO com base nos dados do Banco de Portugal. Um ano e meio depois de a Covid-19 ter chegado sem aviso, os cidadãos e as empresas estão mais endividados, mas foi principalmente o Estado — que é financiado pelos cidadãos e as empresas — a arcar com a maior parte da dívida, a qual serviu para ajudar a manter à tona o setor privado durante os dois confinamentos.

A maioria do acréscimo do endividamento está nas costas do setor público: foi responsável por mais 27,4 mil milhões de euros de dívida entre fevereiro de 2020 e junho de 2021. Nesse período, o défice orçamental disparou por causa dos apoios à economia, as necessidades de financiamento aumentaram significativamente e a dívida pública na ótica de Maastricht voltou a máximos históricos.

Endividamento da economia cresceu 35 mil milhões desde fevereiro de 2020

Fonte: Banco de Portugal.

Segundo cálculos do banco central, o papel Estado com as medidas de ajuda aos cidadãos e às empresas ajudou a conter o impacto da crise, apesar de não ter compensado totalmente. “As administrações públicas suportaram cerca de 85% da perda de rendimento nacional“, escreviam os economistas do banco central no boletim económico de maio, notando que “esta é uma percentagem muito superior ao peso deste setor no rendimento disponível bruto nacional nos últimos cinco anos”.

Endividamento do setor público foi o que mais cresceu durante a pandemia

Fonte: Banco de Portugal.

Os restantes cerca de oito mil milhões de euros que perfazem os 35 mil milhões de euros estão divididos entre os cidadãos e as empresas: mais três mil milhões de euros e mais 4,6 mil milhões de euros, respetivamente.

Endividamento das empresas cresceu 4,6 mil milhões de euros

Fonte: Banco de Portugal.

Os dados do banco central mostram ainda que o primeiro semestre de 2021, o qual incluiu um segundo confinamento, levou a um maior acréscimo de endividamento (14,1 mil milhões de euros) do que o primeiro semestre de 2020 (8,4 mil milhões de euros), no qual só se começou a sentir o impacto da pandemia em março.

Porém, até ao momento o semestre com maior subida de endividamento durante a pandemia foi o segundo semestre de 2020 em que a dívida da economia portuguesa cresceu 15,5 mil milhões de euros.

É preciso recuar ao período da troika para assistir a subidas semestrais tão significativas do endividamento da economia. O maior salto deu-se no primeiro semestre de 2011 quando Portugal recebeu o empréstimo de 78 mil milhões de euros na sequência do pedido de resgate financeiro.

Em termos percentuais, face ao PIB, o endividamento da economia — que tinha vindo a cair nos anos que precederam a pandemia — fechou o primeiro trimestre de 2021 nos 375,71%, em máximos do segundo trimestre de 2017 (378%). Como o PIB cresceu no segundo trimestre, é expectável que o rácio possa ter caído, mas o Banco de Portugal só atualizará esse número a 21 de setembro.

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PSD pede audição de peritos sobre uso de máscaras

  • Lusa
  • 22 Agosto 2021

A decisão sobre a manutenção ou fim do uso de máscara "não é exclusivamente do foro político". PSD quer ouvir o grupo de epidemiologia da DGS.

O PSD quer ouvir, com urgência, os especialistas em epidemiologia da Direção-Geral de Saúde (DGS) sobre o uso obrigatório de máscaras por causa da covid-19.

Num requerimento, divulgado este sábado, o grupo parlamentar do PSD sustenta que a decisão sobre a manutenção ou fim do uso de máscara “não é exclusivamente do foro político, uma vez que pode ter consequências para a saúde pública, pelo que deve ser tomada com sustentação científica”.

Como tal, é pedida, com carácter de urgência, uma audição parlamentar do grupo de epidemiologia da DGS, de “peritos que têm participado nas reuniões do Infarmed, que têm contribuído para sustentar cientificamente a tomada de decisão política do Governo”.

O pedido do PSD surge um dia depois de a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, ter afirmado que o fim do uso obrigatório de máscara nos espaços públicos será decidido na Assembleia da República.

Feito o requerimento, o PSD considera que “é de extrema importância que esta audição ocorra antes de dia 12 de Setembro, data em que deixa de estar em vigor a lei que obriga ao uso de máscaras”.

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118 mil jovens receberam a vacina contra a Covid-19 no sábado

  • Lusa
  • 22 Agosto 2021

Para todo o fim de semana estavam agendadas cerca de 110 mil vacinações, pelo que o primeiro dia da vacinação dos mais jovens entre os 12 e 15 anos "supera muito as expectativas”.

Cerca de 118 mil jovens já estavam vacinados às 17:00 de sábado, segundo informação de fonte da task-force da vacinação contra a covid-19.

De acordo com a fonte do grupo que coordena o plano de vacinação, para todo o fim de semana estavam agendadas cerca de 110 mil vacinações, pelo que o dia, segundo a fonte, “supera muito as expectativas”.

A vacinação contra a covid-19 de crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos começou este sábado, no primeiro de dois fins de semana dedicados a esta faixa etária.

Para este primeiro fim de semana estavam agendadas cerca de 110 mil pessoas, mas além dos que fizeram o pedido de autoagendamento, e os que tenham sido chamados pelos serviços de saúde, a task-force que coordena o programa de vacinação decidiu abrir também a modalidade “casa aberta”, à semelhança do que aconteceu no fim de semana anterior com os jovens de 16 e 17 anos.

As datas para a toma da segunda dose também já estão definidas. No fim de semana de 11 e 12 de setembro, os jovens entre os 12 e os 15 anos estarão de regresso para completar a vacinação, mesmo antes do início do ano letivo.

A vacinação desta faixa etária vai continuar no fim de semana de 28 e 29 de agosto, estando aberto o autoagendamento para essas datas até sábado, que abrange também a faixa etária dos 16 e 17 anos.

De acordo com o calendário definido pela task-force’ o objetivo é concluir o processo de vacinação dos jovens até 19 de setembro, perto do início do ano letivo. É nesse fim de semana que serão administradas as segundas doses do próximo ‘turno’.

A recomendação da Direção Geral de Saúde para a vacinação universal das crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos foi conhecida em 10 de agosto, deixando assim de ficar circunscrita a situações específicas, como os casos em que existam doenças de risco para a covid-19.

A campanha de vacinação contra a covid-19 iniciou-se em Portugal em 27 de dezembro de 2020, sendo administradas atualmente as vacinas de dose única (Janssen) e de dose dupla (Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca). Na quinta-feira, o país atingiu os 70% de população com a vacinação completa contra a covid-19.

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(NOT) A Silly Season com a diretora de marketing da Yunit

Andreia Jotta acaba de assumir os comandos do marketing e das parcerias da Yunit Consulting, um verão de mudanças como nos conta nesta conversa nada silly.

Nos últimos anos esteve à frente do marketing e da comunicação da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), onde teve como missão ajudar as marcas nacionais a conquistar Portugal e novos mercados. A missão continua, mas agora à frente da Yunit Consulting.

Para Andreia Jotta este também está a ser um verão de mudanças e de novos desafios, como nos conta nesta (NOT) A Silly Season.

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Tiago Barbosa Ribeiro vai apresentar queixa por atos de vandalismo

  • Lusa
  • 21 Agosto 2021

Um outdoor de campanha, instalado na Rotunda do Bessa, foi "completamente rasgado”, avança o gabinete do candidato socialista à câmara do Porto.

A candidatura de Tiago Barbosa Ribeiro (PS) à Câmara do Porto vai apresentar na próxima semana uma queixa no Ministério Público sobre a “vandalização de estruturas de campanha”, disse este sábado à Lusa fonte da assessoria do candidato.

A mesma fonte confirmou que a queixa a apresentar “será contra desconhecidos”. Em comunicado, a candidatura revela que “na última noite, um outdoor da campanha eleitoral do PS para as eleições autárquicas, instalado na Rotunda do Bessa, foi completamente rasgado”.

Acrescenta a nota de imprensa que “ao longo das últimas semanas, outros ‘outdoors’ foram vandalizados com tinta, de forma claramente articulada e organizada”, e que um outro outdoor’ instalado na Avenida Fernão de Magalhães, foi igualmente rasgado.

“Até agora substituímos todos, procedimento que continuaremos a adotar, mas é tempo de dizer basta. É preciso acabar com o clima de intolerância e sectarismo que uns poucos covardes, pela calada da noite, tentam instalar na cidade”, reagiu o partido. A candidatura afirma que os atos praticados não “intimidam”.

“O populismo antipartidos faz o seu caminho, mas jamais terá a complacência do PS. Temos feito um trabalho diário com grande adesão dos portuenses, que em nada reflete este tipo de atitudes. O Porto é e continuará a ser a cidade das liberdades!”, lê-se ainda no comunicado.

Enfatizando tratar-se de “atos criminosos”, a candidatura garante que “não deixará de assumir em relação a esta matéria novas diligências, se estas se vierem a impor”.

A lista do PS à Câmara do Porto conta com seis homens e sete mulheres nos lugares efetivos, entre as quais a deputada à Assembleia da República Rosário Gamboa.

Além de Tiago Barbosa Ribeiro, à Câmara do Porto são já conhecidas as candidaturas de Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Vladimiro Feliz (PSD), Bebiana Cunha (PAN), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), António Fonseca (Chega), Bruno Rebelo (Ergue-te), Diamantino Raposinho (Livre) e a recandidatura do independente Rui Moreira.

A Câmara do Porto é liderada por Rui Moreira, cujo movimento elegeu sete mandatos nas autárquicas de 2017, aos quais se somam quatro eleitos do PS, um do PSD e um da CDU.

As eleições autárquicas estão marcadas para 26 de setembro.

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“Nem um único euro” de ajuda ao regime talibã, diz Von der Leyen

  • ECO
  • 21 Agosto 2021

A presidente da Comissão Europeia avança que o fundo de mil milhões de ajuda ao desenvolvimento do Afeganistão está condicionado a condições muito restritas.

A União Europeia não vai libertar “um único euro de ajuda ao desenvolvimento” a um regime que “nega direitos a mulheres e crianças e o direto à educação e uma carreira”, avisou este sábado Ursula Von der Leyen, durante uma visita à base aérea de Torrejón, em Espanha. A presidente da Comissão Europeia, no entanto, disse que iria “ouvir os talibãs”, mas que as decisões europeias seriam tomadas não pelas palavras do regime afegão, mas pelos seus “atos”.

Ao lado do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, e do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, Von der Leyen lembrou que há um fundo de mil milhões de euros para ajuda ao desenvolvimento ao Afeganistão, para os próximos sete anos, mas que só serão libertados em condições restritas: “Respeito pelos direitos humanos, bom tratamento das minorias e respeito pelos direitos das mulheres e meninas, entre outros”.

 

A presidente da Comissão Europeia afirmou ainda que “não há conversações políticas com os talibãs, nem reconhecimento” do regime, mas existem “contactos operacionais”, o que é algo completamente “diferente”, acrescentou depois na conferência de imprensa.

Torrejón, perto de Madrid, pode acolher, segundo Sánchez, cerca de 800 afegãos. “O mais importante é dar resposta à parte da população afegã que quer sair” o país, disse o presidente do governo espanhol. Este sábado devem chegar a esta base dois aviões com pessoal dos serviços diplomáticos europeus e norte-americanos.

Até ao momento, segundo o jornal cincodias, aterraram nesta base quatro aviões: dois das forças armadas espanholas, com um total de 158 afegãos a bordo, um com origem em França, com 38 afegãos, e outro de Itália, com mais 30 pessoas. Neste centro provisório está previsto que os afegãos fiquem 72 horas, antes de serem distribuídos por centros de acolhimento de Espanha e Europa.

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Quem são os gestores norte-americanos mais bem pagos?

  • Carolina Bento
  • 21 Agosto 2021

A pandemia não afetou os salários dos gestores da mesma forma que a crise económica influenciou os dos demais. Da Tesla à Apple, estes executivos destacam-se com as maiores remunerações em 2020.

Ainda que 2020 tenha sido o ano do início da pandemia e, consequentemente, de uma crise económica internacional, o “sonho americano” continuou vivo. Quem o alimenta são os 10 gestores norte-americanos – cinco homens e cinco mulheres – mais bem pagos no ano passado.

O índice de riqueza da Bloomberg mostra quem são os executivos com as remunerações mais elevadas no ano passado, entre salários, bónus discricionários e de desempenho, pensões, ações, subsídios recebidos e compensação diferida.

Os 10 primeiros nomes que surgem na lista são todos homens e recebem, em média, 144 vezes mais do que um funcionário regular. Mas, afinal, quem são os cinco homens e as cinco mulheres com as maiores remunerações de 2020?

Lista continua liderada por homens

Tal como a Bloomberg frisa, o ranking de CEO mais bem pagos do mundo continua a ser maioritariamente dominada por homens caucasianos. Entre a tecnologia, imobiliário e saúde, estes são os cinco CEO que mais receberam em 2020.

Elon Musk

No topo da lista surge Elon Musk, considerado o homem mais rico do mundo. O dono da Tesla e da SpaceX foi o CEO norte-americano mais bem pago do mundo em 2020, tendo arrecadado 6 mil milhões de dólares só no ano passado, segundo o ranking da Bloomberg. Musk permanece o CEO mais bem pago há três anos consecutivos.

Elon Musk, TeslaDavid Paul Morris/Bloomberg

Nascido na África do Sul, em 1971, conseguiu mais tarde a nacionalidade canadiana e norte-americana, esta última desde 2002. Depois de ter sofrido bullying na escola e de ter fugido da África do Sul para evitar servir no exército do apartheid, Musk mudou-se para o Canadá. No país, começou os estudos superiores na Universidade de Queens, em Ontário. Acabou por se mudar para os Estados Unidos, onde se formou na Universidade de Pensilvânia, em Economia, Física e Artes.

Na Tesla Motors, Musk destacou-se com a produção de um carro elétrico, tendo as suas preocupações com o uso de energias renováveis se refletido na compra da SolarCity. A empresa, criada em 2006, produz baterias recarregáveis movidas a energia solar.

A SpaceX, empresa que fundou em 2002, foi responsável pelo primeiro lançamento de um foguetão privado para o espaço, o Falcon 1 em 2008. Por agora, o objetivo de Musk é enviar astronautas a Marte, em parceria com a NASA, até 2025. O CEO é também um dos “pais” da PayPal, da The Boring Company, Neuralink e da OpenAI.

Mike Pykosz

Mike Pykosz é o segundo CEO que mais dinheiro levou para casa em 2020, nos Estados Unidos, com 568 milhões de dólares. Estudou na Universidade de Notre Dame e, mais tarde, na Universidade de Harvard. Foi diretor no Boston Consulting Group durante cinco anos. Há oito anos, fundou a Oak Street Health, uma rede de centros de cuidados primários direcionados. Os centros são específicos para cuidados médicos de idosos e os serviços estão disponíveis exclusivamente para clientes da Medicare. Abriu a primeira clínica em Chicago e, hoje, existem 100 espalhadas pelos vários estados do país.

Trevor Bezdek e Douglas Hirsch

Ambos CEO’s da mesma empresa, Trevor Bezdek e Douglas Hirsch ocupam o terceiro e quarto lugar no ranking, respetivamente, e cada um acumulou cerca de 497 milhões de dólares, em 2020. Estão à frente da GoodRx Holdings, uma empresa que disponibiliza uma plataforma de medicina à distância, juntamente com um website e uma app que ajuda os clientes a verificar os preços de medicamentos que lhes são prescritos e lhes dá descontos na compra dos fármacos. A GoodRx funciona desde 2011 e foi criada na Califórnia, tendo crescido em receitas, clientes e parcerias.

Eric Wu

Em quinto lugar no ranking surge Eric Wu, CEO da Opendoor Technologies, que recebeu 388 milhões de dólares no ano passado. Em 2014, foi um dos fundadores da empresa imobiliária, que permite comprar e vender uma casa online. Antes disso, Wu já tinha fundado a Movity.com, na qual também foi CEO. Estudou na Universidade de Arizona, onde se formou em Economia e Ciências.

Estas são as cinco mulheres CEO mais ricas

É preciso descer até ao 34.º lugar na lista para encontrar a primeira mulher nesta ranking. As cinco gestoras que mais dinheiro levaram para casa, no fim do ano passado, destacam-se na ciência, telecomunicações e também na área tecnológica.

Carrie Wheeler

Carrie Wheeler recebeu mais de 100 milhões de dólares em 2020, tornando-se na executiva mais bem paga na lista. É CFO (Chief Financial Officer) da Opendoor Tecnhologies. Estudou na Universidade de Queens, no Canadá, onde se formou em Comércio. Trabalha na empresa de Wu há dois anos, mas já tem uma vasta experiência em empresas como a rede de lojas Dollar Tree, o grupo Api e a empresa têxtil J.Crew, onde esteve durante sete anos.

Véronique Lecault

Lecault é a 40º que recebeu mais em 2020 no ranking, mas apenas a segunda mulher a surgir na lista. Estudou na Universidade de Ottawa e em British Columbia, onde se tornou cientista e engenheira. Depois de se ter dedicado à investigação, foi uma das fundadoras da AbCellera Biologics, onde hoje é COO (Chief Operating Officer). A empresa investiga o sistema imunitário dos pacientes, para fazer medicamentos e tratamentos clínicos a partir de anticorpos.

Safra Catz

epa05675574 Safra Catz, CEO of Oracle, arrives at Trump Tower in New York, New York, USA, 14 December 2016. EPA/Albin Lohr-Jones / POOLEPA/Albin Lohr-Jones

A terceira mulher com salário mais elevado é a CEO da Oracle, Safra Catz. Com 69 milhões de dólares, é a 48ª pessoa a surgir no ranking de CEO’s e executivos mais ricos em 2020. Tem dupla nacionalidade, sendo israelita por nascimento. Aos seis anos, mudou-se com a família para os Estados Unidos e acabou os estudos em 1986, na Universidade de Pensilvânia. Catz começou a trabalhar na Oracle em 1999 até se tornar CEO, ao mesmo tempo que é diretora da Walt Disney Company. A Oracle é uma empresa norte-americana multinacional, na área da tecnologia e informática, que desenvolve e vende hardware e software.

Sendo republicana, apoiou a campanha de Donald Trump e, em 2016, foi apontada como uma das potenciais novas funcionárias da administração do antigo presidente. Em 2020, doou cerca de 125.000 dólares para financiar a campanha de reeleição.

Deirdre O’Brien e Kate Adams

O’Brien e Adams trabalham na Apple, tendo recebido ambas 45 milhões de dólares em 2020. Deidre trabalha há 30 anos na Apple e tomou o controlo dos recursos humanos da empresa, desde o recrutamento de talento até à gestão das centenas de trabalhadores. Em 2019, após a saída de Angela Ahrendts, O’Brien ficou com o cargo de vice-presidente sénior de retalho, o que significa a coordenação de 500 lojas, espalhadas um pouco por todo o mundo, nas quais trabalham milhares de pessoas.

Kate Adams está na Apple desde 2017, depois de ter saído da empresa Honeywell. Sendo vice-presidente de segurança legal e global, Adams gere todos os assuntos relacionados com privacidade, processos de litigação, segurança global, propriedade intelectual, entre outros aspetos. Antes de passar para direito organizacional, trabalhou no Supremo Tribunal de Justiça e no Departamento de Justiça do Governo.

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Grécia ergue muro na fronteira com Turquia

  • ECO
  • 21 Agosto 2021

Ao longo de 40 quilómetros, a Grécia terminou a construção de um "muro" na fronteira com a Turquia já a antecipar um fluxo de migrantes afegãos.

O governo grego terminou a última parcela da construção de um ‘muro’ de 40 quilómetros ao longo da fronteira com a Turquia, com receio de uma vaga de migrantes. “Não podemos esperar, passivamente, por um possível impacto”, disse, numa visita à região de Evros, o ministro grego Michalis Chrisochoidis, numa referência à possível vaga de migrantes afegãos.

O ‘muro’, no entanto, começou a ser construído há cerca de oito anos e a sua ampliação foi decidida no final do ano passado, muitos antes da entrada dos talibãs em Cabul. Os últimos km da vedação grega — termo preferido a muro — foram concluídos esta sexta-feira e incluem um sistema de monitorização high-tech. O custo estimado é de 63 milhões de euros.

Os sinais de nervosismo na Grécia voltaram a aumentar esta semana quando o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, advertiu que a Turquia não será um “armazém de refugiados da Europa”. Em conversa telefónica com o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, Erdogan avisou que a situação no Afeganistão pode “ser um desafio sério para todos”.

A Turquia acolhe cerca de 3,6 milhões de refugiados sírios e cerca de meio milhão de afegãos, segundo a Lusa. “A Europa transformou-se no centro de atração de milhões de pessoas, está a fechar as suas fronteiras e não pode ficar à margem deste problema”, acrescentou Erdogan.

A Grécia esteve na linha da frente da crise de migrantes em 2015, quando um milhão de pessoas fugiu da Síria e outros países Médio Oriente. O fluxo só foi travado, em 2016, quando a União Europeia fechou um acordo financeiro com Ancara. “As nossas fronteiras vão permanecer invioláveis”, garantiu o ministro grego Chrisochoidis.

No espaço de poucas semanas, a Grécia é o segundo país da União Europeia a defender a construção de uma barreira na fronteira externa do bloco comunitário, para travar a entrada de migrantes. Também a Lituânia está a erguer uma vedação de quatro metros de altura, ao longo de 508 quilómetros, na fronteira com a Bielorússia.

Em ambos os projetos, a Comissão Europeia recusou financiamento e manteve a a posição de recusar apoiar a construção de muros ou vedações. Mas já fez saber que, pelo menos para o caso lituano, irá enviar uma ajuda de emergência de 36,7 milhões de euros para ajudar a capacidade de acolhimento face ao “número excecional” de migrantes ilegais que estão a chegar ao país báltico.

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Há mais 2.676 casos de covid-19 e oito mortes. Internamentos descem

  • ECO
  • 21 Agosto 2021

Os internamentos por infeção de coronavírus desceram para 681, dos quais 145 (mais dois) em cuidados intensivos.

Nas últimas 24 horas foram identificados mais 2.676 novos casos de coronavírus em Portugal, elevando para 1.017.308 o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), deste sábado, indica também que morreram mais oito pessoas.

Os internamentos voltaram a cair para 681 pessoas hospitalizadas (menos seis em termos diários), das quais 145 em cuidados intensivos (mais duas). Os casos ativos e em vigilância das autoridades baixaram também para 44.588 (menos 328 que na véspera) e 50.638 (menos 389).

O número de recuperados da doença subiu para 955.090, mais 2.996 que no dia anterior.

A região Norte esteve, no último dia, no epicentro das novas infeções por Covid, com 34% do total no país (911 novos casos), seguido de perto por Lisboa com 33% (885). Mas foi na região da capital que se registaram seis das 8 mortes por Covid, três vezes mais que no norte (2).

A região Centro teve 410 novos casos, mais que o Algarve e Alentejo com 232 e 136, respetivamente. Mas não houve qualquer baixa nestas regiões por Covid-19. Também nas ilhas não houve mortes a registar, mas a Madeira identificou mais 52 casos e os Açores outros 48.

Por género, os homens morreram mais que as mulheres da doença, na proporção de 9.259 versus 8.371, ainda que no total de casos elas tenham sido mais infetadas. Ainda que o grupo etário dos 40 aos 49 tenha o maior número de casos de infeção, é na faixa acima dos 80 anos que se continuam a registar mais mortes por Covid-19 — mais de 62% dos óbitos, segundo dados da DGS.

 

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China formaliza política de três filhos por casal

  • Lusa
  • 21 Agosto 2021

A China praticou a política “um casal, um filho” entre 1979 e 2015. Depois, em 2016, passou a permitir dois filhos por casal. Com o envelhecimento mais rápido o que o previsto, fasquia sobe para 3.

A China formalizou a alteração legislativa que autoriza os casais a terem até três filhos, em vez de dois, depois de o último censo demográfico ter revelado uma forte desaceleração no crescimento populacional.

A decisão tinha sido anunciada em maio, e foi formalizada com a aprovação, na sexta-feira, de uma emenda à Lei da População e Planeamento Familiar pelo comité permanente do Congresso Nacional do Povo.

A emenda anula as medidas restritivas que estavam em vigor, incluindo as multas a casais que tivessem mais filhos do que os permitidos por lei, segundo a agência oficial Xinhua.

Com as alterações, as autoridades locais passam a oferecer licença parental para promover os direitos das mulheres no emprego e está prevista a criação de mais infantários em áreas públicas e locais de trabalho.

A China praticou a política “um casal, um filho” entre 1979 e 2015, para desacelerar o crescimento da sua população e preservar os recursos escassos para a sua economia em expansão.

Em 2016, passou a permitir dois filhos por casal, mas acabou por subir o limite para três, este ano, devido à baixa taxa de natalidade.

No entanto, os casais permanecem reticentes em ter mais filhos, face aos elevados custos de vida e discriminação das empresas contra as mães.

A queda na taxa de natalidade é vista pelos dirigentes chineses como uma grande ameaça ao progresso económico e à estabilidade social no país asiático.

No início de maio, os resultados do censo realizado em 2020 revelaram um envelhecimento mais rápido do que o esperado da população chinesa.

A população aumentou em 72 milhões de pessoas nos últimos 10 anos, para 1.411 milhões, segundo os dados oficiais.

O crescimento médio anual fixou-se em 0,53%, em termos homólogos, uma queda de 0,04%, em relação à década anterior.

No ano passado, marcado pela pandemia de covid-19, o número de nascimentos caiu para 12 milhões, face a 14,65 milhões, em 2019, quando a taxa de natalidade (10,48 por 1.000) foi já a menor desde a fundação da República Popular da China, em 1949.

A queda de nascimentos em 2020 ocorreu pelo quarto ano consecutivo.

A taxa de fecundidade fixou-se em 1,3 filhos por mulher, em 2020, abaixo dos 2,1 estimados pelas Nações Unidas para manter uma população estável.

As autoridades chinesas admitiram que o número de nascimentos na China vai continuar a cair em 2021.

Mas o vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde, Yu Xuejun, disse, em julho, acreditar que a tendência de queda será invertida no “curto prazo”, libertando o “potencial da fertilidade” na China.

O sucesso dependerá de as políticas de apoio às famílias “serem implementadas de maneira adequada”, disse Yu na altura.

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Marca espanhola de motas elétricas Velca chega a Portugal

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Agosto 2021

A Velca Motor, empresa espanhola de motas elétricas, chegou a Portugal com o objetivo de transportar os portugueses de "uma forma menos poluente, mais rápida, barata e eficaz".

Cerca de um ano após a sua criação, a marca espanhola Velca Motor chegou a Portugal com a ambição de ser uma marca de referência na área da mobilidade elétrica e liderar o mercado de motas elétricas no país, à semelhança do que já acontece em Espanha.

Em declarações ao ECO, a empresa espanhola explica que o seu objetivo é ser uma “marca acessível que elimine as preocupações associadas à compra de veículos”. “Queremos proporcionar aos cidadãos portugueses uma forma menos poluente, mais rápida, barata e eficaz de se deslocarem na cidade. As nossas motas são uma alternativa mais ecológica aos meios tradicionais que hoje vemos na cidade que funcionam com combustíveis”, afirmou.

Por enquanto, a marca não terá espaços de venda físicos em Portugal, mas estará presente através dos meios digitais e também em ações por todo o país, tendo já obtido as primeiras encomendas. A chegada a Portugal marca a primeira fase de expansão, que irá continuar até ao final de 2021 noutros países da Europa, nos Estados Unidos e na América Latina.

Criada em fevereiro de 2020 por ex-trabalhadores da startup de scooters elétricas Voi, a Velca tem o maior número de registos de ciclomotores elétricos no país vizinho. Com uma autonomia de até 120 quilómetros, as motas elétricas da Velca consomem, em média, 30 cêntimos por 100 quilómetros. Os preços de cada um dos quatro modelos são iguais aos praticados em Espanha: 3.400 euros pela scooter Tramontana, 5.200 euros pela Tramontana S, 3.900 euros pela Calima e 2.500 euros pela Bora.

Além do conceito e design “muito atrativos”, o gestor da empresa em Portugal, Filipe Figueiredo, atribui o rápido sucesso da marca à sua “extensa rede de assistência técnica em toda a Península Ibérica“. “A presença da Velca em Portugal representa uma oportunidade de crescimento para a marca num mercado muito ‘desperto’ para a mobilidade elétrica”, disse Filipe Figueiredo.

 

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