Oliver Bäte, CEO Allianz: “As leis da física aplicam-se novamente”

  • ECO Seguros
  • 6 Novembro 2022

O CEO falou sobre as perspectivas dos mercados obrigacionistas, a importância da liquidez para os investidores e a necessidade da Alemanha de reinventar o seu modelo de negócio.

O CEO da Alianz, Oliver Bäte falou com o canal americano Bloomberg sobre as perspetivas dos mercados obrigacionistas, a importância da liquidez para os investidores, e a necessidade da Alemanha reinventar o seu modelo de negócio.

“Esta é uma saída de 15 anos de facilidade quantitativa” disse Oliver Baete, CEO Allianz.

Segundo o líder, a Allianz está satisfeita com a parceria com um dos maiores clubes de futebol do mundo, Bayern de Munique, do qual beneficia como patrocinador. O investimento na Pimco, uma empresa americana de gestão de investimentos centrada na gestão ativa de rendimentos fixos, foi uma boa ideia. O CEO tinha dúvidas, devido ao “modelo de negócio com duração muito longa”. Mas afirmou: “Pensamos que será fantástico para a Pimco e para nós, nos próximos anos, quando as taxas de juro estabilizarem porque o capital voltará a fluir para as obrigações”.

Mencionou as taxas de juro. Oliver Bäte pensa que o fator é positivo, dado que, na sua opinião, “esta é uma saída de 15 anos de facilidade quantitativa. Não há preço para o risco, nada. Sem disciplina fiscal, sem disciplina monetária. E, de repente, está de volta. As pessoas têm de se habituar ao facto de que as leis da física se aplicam novamente, mesmo aos governos”, disse.

O especialista continuou: “a situação crítica com os fundos de pensões britânicos é conhecida há anos e nada aconteceu nos mercados. Agora há pânico em relação à inflação. As pessoas começaram a reavaliar fundamentalmente os ativos e não apenas os títulos. A propósito, ainda nem sequer estamos no meio de uma reavaliação de ativos. Acabámos de assistir a uma revalorização de capital, o resto virá agora”. Bäte pede para que se olhe para os modelos teóricos sobre inflação e que se pergunte como é que a inflação ficou tão adormecida, em primeiro lugar.

Relativamente à crise energética na Europa, o CEO está otimista: “a Europa sobreviverá ao inverno e a Alemanha reinventará o seu modelo de negócio. As matérias-primas baratas provenientes da Rússia e as exportações bem-sucedidas para a China e os EUA foram-se”, disse o líder.

Mas o CEO da Allianz encontra-se, atualmente, na imprensa alemã, no centro de uma controvérsia. De acordo com a publicação VM, especializada em seguros, em setembro, o CEO apontou o Ministro da Economia Robert Habeck e a Ministra da Defesa Christine Lambrecht como incompetentes. Agora, o Wirtschaftswoche publicou um vídeo partilhado pela Allianz brasileira, e anteriormente acessível ao público (e desde então removido), de um evento interno em maio de 2022, no qual Bäte insulta a Alliance IT e acusa as autoridades dos EUA de comportamento injusto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EIOPA: setor de seguros resiliente mesmo quando os riscos macro, de mercado e ciber abundam

  • ECO Seguros
  • 6 Novembro 2022

As seguradoras estão atualmente mais preocupadas com os riscos macro, de mercado e de digitalização. Outras categorias de risco, tais como seguros e rentabilidade, permanecem a níveis médios.

A exposição das seguradoras aos riscos macro, de mercado e de digitalização são atualmente as principais preocupações para o setor dos seguros, de acordo com o Painel de Risco publicado pela Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA). As outras categorias de risco, tais como os seguros, os riscos de rentabilidade e solvência mantêm-se a níveis médios.

O Painel de Risco da EIOPA, baseado nos dados de Solvência II, resume os principais riscos e vulnerabilidades no setor dos seguros da União Europeia através de um conjunto de indicadores de risco sobre o primeiro trimestre de 2022. Os dados baseiam-se na estabilidade financeira e nos relatórios prudenciais recolhidos de 93 grupos de seguros e 2182 empresas de seguros individuais.

Os riscos relacionados com as macros continuam a ser uma fonte importante de preocupação. O crescimento previsto do PIB a nível mundial diminuiu ainda mais até ao segundo trimestre de 2023, enquanto as previsões de inflação para as principais áreas geográficas permanecem elevadas. Os bancos centrais estão a ajustar os seus instrumentos: a taxa média global de política aumentou enquanto as aquisições de ativos continuam a um ritmo mais lento e irão abrandar ainda mais. As taxas de swap a 10 anos aumentaram entre moedas.

Os riscos de mercado estão atualmente a um nível elevado. A volatilidade no mercado obrigacionista aumentou e manteve-se a níveis elevados nos mercados de ações. Os preços dos imóveis mostraram um ligeiro aumento. A exposição mediana das seguradoras às obrigações diminuiu ligeiramente, e a exposição às ações permaneceu relativamente inalterada e a exposição à propriedade aumentou ligeiramente no primeiro trimestre de 2022. Os riscos de crédito permanecem relativamente moderados, mas os spreads dos CDS aumentaram ainda mais para as obrigações financeiras não garantidas e não financeiras de empresas e a exposição mediana a ativos abaixo da categoria de investimento (com um escalão de qualidade de crédito superior a 3) aumentou ligeiramente.

Os riscos de rentabilidade e solvabilidade mantêm-se a um nível médio. Dada a tendência crescente das taxas de juro desde o início do ano, a posição de solvência das empresas de vida aumentou e a posição de solvência dos grupos caiu. Os riscos de seguros mantiveram-se a um nível médio durante o 1º trimestre de 2022. O rendimento médio do investimento das companhias de seguros de vida diminuiu. O crescimento homólogo dos prémios para os seguros Não Vida registou um aumento substancial, ao mesmo tempo que para os seguros de vida se observou uma ligeira diminuição.

As perceções do mercado mantêm-se a um nível médio. As ações de seguros Não Vida tiveram um desempenho ligeiramente superior ao do mercado de ações, e os retornos das ações de seguros de vida se mantiveram em linha. O rácio do preço mediano dos prémios diminuiu. As classificações das seguradoras não sofreram alterações.

Os riscos climáticos mantêm-se a um nível médio. As seguradoras aumentaram ligeiramente a percentagem de obrigações verdes na sua carteira de ativos, enquanto o seu rácio de investimentos em obrigações verdes de todo o universo das obrigações verdes diminuiu ligeiramente. O crescimento Y-O-Y das obrigações verdes nas carteiras das seguradoras aumentou ligeiramente, enquanto o crescimento das obrigações verdes em circulação diminuiu.

A digitalização e os riscos cibernéticos estão a um nível elevado. A materialidade destes riscos para os seguros, avaliada pelos supervisores, aumentou dado o ressurgimento de questões de cibersegurança e as preocupações de um conflito geopolítico híbrido.

O Painel de Riscos publicado pela EIOPA pode ser consultado aqui.

 

 

 

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Holanda termina seguros de crédito para exportações de combustível fóssil

  • ECO Seguros
  • 6 Novembro 2022

Novos projectos de combustíveis fósseis de empresas holandesas no estrangeiro não receberão seguro a menos que estejam de acordo com o objectivo internacional de limitar o aquecimento global.

O governo holandês anunciou que vai deixar de disponibilizar, a empresas e bancos, seguros de crédito para exportações no setor dos combustíveis fósseis a partir de 1 de janeiro, dando seguimento a uma promessa feita na conferência climática COP-26 em Glasgow.

Numa declaração a anunciar a mudança, o Ministério das Finanças chamou-lhe um “passo importante” e observou que o governo ainda está em diálogo com outros países que assumiram o mesmo compromisso “a fim de garantir, tanto quanto possível, a igualdade de condições”.

Cerca de 20 países, incluindo a Alemanha, os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e o Canadá, assumiram compromissos semelhantes, mas apenas alguns, incluindo a França, os implementaram, até agora, na política.

Como a maioria das nações industriais, os Países Baixos concedem seguros estatais de crédito à exportação (ICE) sobre exportações qualificadas quando os seguros privados são insuficientes, geralmente em grandes transações ou exportações para países em desenvolvimento.

Quando a promessa foi anunciada em 2021, o Gabinete disse que o fez sabendo que colocaria os exportadores holandeses em desvantagem competitiva em relação aos exportadores dos países que ainda oferecem esse seguro.

Em 2021, o Estado holandês assumiu 7,3 mil milhões de euros em novas obrigações de ICE, disse um porta-voz do Ministério das Finanças. O ministério não dispõe de dados para o setor dos combustíveis fósseis.

Segundo o Statistics Netherlands (CBS), o petróleo e os produtos petrolíferos representaram 9,3% das exportações holandesas em 2021, com um valor comercial de 54,7 mil milhões de euros.

O Ministério das Finanças disse que os Países Baixos poderiam reconsiderar a política se outros países não cumprissem as suas promessas COP-26.

Os exportadores holandeses solicitam a ECI estatal através da seguradora de crédito comercial privada Atradius, parte do Grupo Catala Occidente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Recurso da Generali reduz indemnização por morte para 99 mil euros

  • ECO Seguros
  • 6 Novembro 2022

O Tribunal da Relação de Guimarães apoia-se na jurisprudência para reduzir para menos de 100 mil euros uma indemnização por morte de octogenária em acidente de viação.

O Tribunal da Relação de Guimarães, confirmou uma sentença que obriga a Generali a indemnizar familiares e herdeiros de uma mulher de 85 anos que morreu, em 2013, após a viatura em que seguia, guiada por uma funcionária do Centro Social e Paroquial de Santa Maria Maior, em Viana do Castelo, ter embatido num camião que estava estacionado na via, noticiou o jornal O Minho.

No recurso da decisão de primeira instância, que determinou a desatenção da condutora como causa do sinistro, a seguradora alegou que o montante da indemnização era exagerado uma vez que, quando chegou ao Hospital, após o sinistro, a vítima não tinha qualquer fratura.

No entanto acórdão da Relação refere que o médico que fez a autópsia à vítima “concretizou que as pessoas não morrem de fraturas, morrem por lesão dos órgãos que estão dentro da caixa torácica; a vítima morreu porque teve contusão pulmonar na sequência provavelmente de uma contusão, o que teve uma evolução de três dias”.

A indemnização final estabelecida foi de 99 mil euros, enquanto na petição inicial a família pretendia uma reparação no valor de 124 mil euros.

Segundo o jornal, o tribunal da Relação acentuou que a jurisprudência atual no tocante à indemnização do dano de perda da vida é fixada com recurso à equidade, e está à procura de uma certa uniformização de critérios. “Há mais de 10 anos que o Supremo Tribunal de Justiça vem fixando valores entre os 50 mil euros e os 80 mil, em alguns casos, especialmente de jovens, 100 mil ou mais, não se se nos afigurando deste modo excessiva a indemnização fixada na sentença recorrida”, concluiu o acórdão da Relação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Guterres diz que “planeta está a enviar um sinal de sofrimento” na abertura da COP27

  • Lusa
  • 6 Novembro 2022

O secretário-geral das Nações Unidas referiu-se a uma situação “crónica do caos climático”, numa mensagem aos participantes da COP27.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, avisou hoje que o “planeta está a enviar um sinal de sofrimento”, numa mensagem vídeo enviada aos participantes na Cimeira do Clima COP27, no Egito, que arrancou de manhã.

“No momento em que arranca a COP27, o nosso planeta está a enviar um sinal de sofrimento”, afirmou Guterres, citado pela agência de notícias AFP, referindo-se a uma situação “crónica do caos climático”.

A conferência climática da ONU arrancou hoje, em Sharm el-Sheikh, no Egito, com um novo alerta sobre a aceleração do aquecimento global, cujo financiamento dos danos a países pobres está pela primeira vez, oficialmente, na lista dos debates. Segundo dados divulgados hoje pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), os oito anos entre 2015 e 2022 serão os mais quentes já registados.

Até 18 de novembro, delegados de quase 200 países tentarão dar um novo fôlego à luta contra o aquecimento global, enquanto as múltiplas e inter-relacionadas crises que abalam o mundo – guerra na Ucrânia, inflação e ameaça de recessão, crise alimentar – levantam receios de que o tema vai ficar em segundo plano.

“Vamos implementar juntos [os nossos compromissos] para a humanidade e para o nosso planeta”, apontou o ministro egípcio Sameh Choukri, que preside à cimeira.

Os impactos das alterações climáticas têm-se multiplicado, como mostram os diversos desastres que atingiram o planeta em 2022, desde as inundações históricas no Paquistão, às repetidas ondas de calor na Europa, além de furacões, incêndios, ou secas. Os custos daqueles desastres já rondam as dezenas de milhares de milhões de euros, pelos quais os países do sul do globo, mais afetados, reivindicam uma compensação financeira.

O tema delicado das “perdas e danos” foi oficialmente adicionado à agenda das discussões, durante a cerimónia de abertura, enquanto até então era apenas objeto de diálogo previsto até 2024. “O sucesso ou fracasso da COP27 será julgado [conforme se alcance ou não] um acordo sobre este mecanismo de financiamento de perdas e danos”, alertou Munir Akram, embaixador do Paquistão na ONU e presidente do G77 + China, que representa mais de 130 países emergentes e pobres.

A desconfiança dos países em desenvolvimento é forte, enquanto não se cumpre a promessa dos países do norte de aumentar para 100.000 milhões de dólares por ano, a partir de 2020, a ajuda aos do sul, para reduzirem as emissões e se prepararem para os impactos.

Outra questão premente nas discussões prende-se com evitar um recuo nos compromissos de redução de emissões, que, mesmo assim, ainda são insuficientes. Apenas 29 países apresentaram planos de redução aprimorados desde a COP de 2021, em Glasgow, na Escócia, embora tenham assumido o compromisso de o fazer.

Decisores políticos, académicos e organizações não-governamentais reúnem-se entre hoje e 18 de novembro em Sharm el-Sheikh, no Egito, na 27.ª cimeira da ONU sobre alterações climáticas (COP27), para tentar travar o aquecimento do planeta, limitando o aquecimento global a 2ºC (graus celsius), e se possível a 1,5ºC, acima dos valores médios da época pré-industrial. Líderes como o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmaram a presença, e o Governo português vai ser representado pelo primeiro-ministro, António Costa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo tenciona continuar a reduzir portagens em 2023

  • Lusa
  • 6 Novembro 2022

A ministra da Coesão Territorial salienta que “consta do programa do Governo a redução das portagens", pelo que a intenção é continuar com esta medida no interior do país.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse este domingo, na Guarda, que o Governo tenciona continuar “a reduzir as portagens” no próximo ano, nas autoestradas dos territórios do interior do país. “Consta do programa do Governo a redução das portagens. É nossa intenção continuar, para o ano, a reduzir as portagens”, disse hoje Ana Abrunhosa aos jornalistas.

A ministra da Coesão Territorial falava na Guarda, na véspera de mais uma ação de protesto da Plataforma P’la Reposição das Scut A23 e A25, à margem da inauguração dos Passadiços do Mondego, que estão integrados no Parque Natural da Serra da Estrela e no Estrela Geopark Mundial da UNESCO.

“Nós estamos num contexto em que reduzir as portagens não é suficiente. Nós estamos num contexto de crise energética. Nós não podemos fomentar o uso do automóvel. Nós, bem sabemos que nestes territórios [do interior] não há alternativa, ou seja, não há transporte público. E, por isso, em simultâneo vamos trabalhar também em projetos de mobilidade e de acessibilidade”, acrescentou.

Ana Abrunhosa explicou que nos territórios do interior, um município quando lança um concurso público para transportes coletivos, o mesmo não é apelativo e “é importante que esse trabalho seja feito ao nível da Comunidade Intermunicipal, porque tem mais escala e torna muito mais atrativo [o concurso] aos operadores privados”.

Também lembrou que existem dois programas que visam fomentar o acesso ao transporte público e a oferta de transporte público: o programa PART (Programa de Apoio à Redução Tarifária) e o programa PROTRANS (Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público).

Segundo a governante, está prevista uma norma programática no Orçamento do Estado para que durante o primeiro trimestre de 2023 “se trabalhe num programa de mobilidade para a coesão”, que envolve a mobilidade ao nível dos transportes públicos ao nível das Comunidades Intermunicipais, o fomento do uso das viaturas elétricas e “a redução das portagens no interior e na A22 [autoestrada 22]”.

Ana Abrunhosa explicou, ainda, que é necessário trabalhar com as autarquias num programa de transportes coletivos e ao nível do denominado “transporte a pedido”.

Sobre o protesto marcado para segunda-feira pela Plataforma P’la Reposição das Scut A23 e A25, a ministra da Coesão Territorial não se pronunciou, referindo que “é um direito das pessoas continuar a lutar por aquilo que sentem que têm direito”.

A Plataforma vai realizar, na segunda-feira, uma ação com buzinões em várias localidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente no Fundão (Zona do Mercado, às 09:00), Castelo Branco (Rotunda Europa, às 09:00), Covilhã (Rotunda das Oliveiras, às 16:30), Guarda (Rotunda da Central de Camionagem, às 17:30), Seia (Rotunda do Pingo Doce, às 08:45) e Vilar Formoso (na antiga fronteira, às 11:30).

A Plataforma P’la Reposição das Scut A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.

Além destas, há várias outras entidades que estão representadas no Conselho Geral, que é um órgão consultivo. A A23, também identificada por Autoestrada da Beira Interior, liga Guarda a Torres Novas (A1). A A25 (Autoestrada Beiras Litoral e Alta) assegura a ligação entre Aveiro e a fronteira de Vilar Formoso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Von der Leyen anuncia apoio de 18 mil milhões de euros à Ucrânia para 2023

  • Lusa
  • 6 Novembro 2022

Segundo a proposta da Comissão Europeia, o dinheiro segue para Kiev na forma de empréstimos de longo prazo em condições muito favoráveis e cobrindo os custos de juros.

A presidente da Comissão Europeia anunciou este domingo ao presidente da Ucrânia, a proposta para apoiar o seu país, com empréstimos de 1,5 mil milhões de euros mensais, até um total de 18 mil milhões de euros, durante 2023.

Em comunicado, a Comissão Europeia (CE) informou que a conversa telefónica entre os dois dirigentes, Ursula von der Leyen e Volodimir Zelensky esteve focada em como “garantir apoio financeiro à Ucrânia nos próximos meses” devido à importância, reconhecida por ambos, de “garantir um financiamento previsível e regular o funções essenciais do Estado.

“A presidente von der Leyen informou ao presidente Zelensky que esta semana proporia um grande pacote financeiro da UE, de até 1,5 mil milhões de euros por mês, para um total de até 18 mil milhões de euros, o que contribuiria significativamente para atender às necessidades de financiamento da Ucrânia para 2023″, sublinhou a CE.

Adianta ainda que o dinheiro segue para Kiev na forma de empréstimos de longo prazo em condições muito favoráveis e cobrindo os custos de juros, e o objetivo é também servir “para apoiar as reformas da Ucrânia e o seu caminho para a adesão à UE”.

Os líderes dos 27 falaram na sua última reunião, há duas semanas, sobre a possibilidade de conceder esse valor mensal à Ucrânia, que os informou que precisa de aproximadamente “três mil milhões a quatro mil milhões de euros por mês”, para ter “recursos suficientes para o básico.”

“O pacote financeiro da UE terá de ser acompanhado por um apoio semelhante de outros grandes doadores“, realçou o Executivo Comunitário, que também confirmou “trabalhos em curso” para continuar a fornecer ajuda humanitária imediata, especialmente durante o inverno, e que “a UE está pronta para apoiar a Ucrânia a longo prazo”.

Além disso, a UE espera continuar o pagamento este ano da assistência macrofinanceira de nove mil milhões prometida a Kiev.

Desde o início do ano, o país recebeu um apoio total, a nível europeu, de 19 mil milhões de euros. Na conversa telefónica, Von der Leyen e Zelensky também falaram sobre as exportações agrícolas ucranianas e o acordo sobre a Iniciativa de Cereais do Mar Negro, para continuar a permitir a saída de alimentos.

Discutiram ainda planos para expandir as capacidades das Rotas de Solidariedade UE-Ucrânia, utilizadas até agora para transportar a grande maioria das exportações agrícolas e não agrícolas ucranianas desde o início da guerra e sobre o reforço das sanções contra Moscovo pela invasão, bem como o apoio do Irão à agressão russa e as respetivas respostas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra Ana Abrunhosa desdramatiza aviso de Marcelo: “Não há melindres”

  • Lusa
  • 6 Novembro 2022

Ministra desdramatiza declarações de Marcelo Rebelo de Sousa e considera que o "Presidente faz o seu papel, que é exigir ao Governo que faça trabalho”.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse hoje que “não há melindres” com o Presidente da República por dizer que não a perdoará se a taxa de execução dos fundos europeus não é aquela que acha que deve ser.

“Partilhamos totalmente da preocupação e da pressão do senhor Presidente da República [PR]. O senhor Presidente, por diversas vezes, transmite [a sua opinião] em privado e em público. Desta vez, teve maior visibilidade”, disse hoje Ana Abrunhosa aos jornalistas.

A ministra da Coesão Territorial falava na Guarda, à margem da inauguração dos Passadiços do Mondego, que estão integrados no Parque Natural da Serra da Estrela e no Estrela Geopark Mundial da UNESCO.

“Não há melindres, há uma partilha de preocupações e há uma partilha da ambição de aproveitarmos bem estes fundos [europeus] que nós temos à nossa disposição. E não vale a pena dramatizar, não vale a pena, porque o senhor Presidente faz o seu papel, que é exigir ao Governo que faça trabalho”, disse, quando confrontada com as declarações do PR.

No sábado, na Trofa, no dia em que foram inaugurados os Paços do Concelho de um município criado há 24 anos, Marcelo Rebelo de Sousa começou o discurso dirigindo-se a Ana Abrunhosa a quem, disse, queria dizer “duas coisas”.

“E como não tenho tido oportunidade de o dizer digo-lhe hoje. Quando aceitamos funções políticas sabemos que é para o bom e para o mal. Não somos obrigados a aceitar. Sabemos que são difíceis, são árduas, que estão sujeitas a um controlo e a um escrutínio crescente – a democracia é isso – e há dias bons e dias maus, dias felizes e dias infelizes. A proporção é dois dias felizes por 10 dias infelizes”, referiu.

E prosseguiu, ainda dirigido à ministra, com um aviso sobre a execução dos fundos europeus. “Este é um dia super feliz, mas há dias super infelizes. E verdadeiramente super infeliz para si será o dia em que eu descubra que a taxa de execução dos fundos europeus não é aquela que eu acho que deve ser. Nesse caso não lhe perdoo. Espero que esse dia não chegue, mas estarei atento para o caso de chegar”, declarou.

Hoje, a ministra explicou aos jornalistas que a intervenção do PR “foi num ambiente muito informal” e que a sua preocupação é “perfeitamente legítima”. “Estamos num momento em que temos recursos financeiros à nossa disposição, muitos recursos financeiros, mas todos também sabemos, e não é só no nosso país que o setor da construção é um setor onde os preços aumentam todas as semanas, muitas das vezes os concursos ficam desertos, portanto, a execução dos projetos demora mais do que aquilo que desejamos”, justificou.

Acrescentou que a preocupação do PR sobre os fundos europeus “é legítima” e a forma informal como se dirigiu à ministra “é porque tem amizade”. “Eu já ouvi muitas vezes o senhor Presidente da República a preocupar-se com a execução dos fundos”, disse.

Ana Abrunhosa explicou, ainda, que as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa foram feitas após a sua intervenção onde disse que o projeto inaugurado na Trofa tinha usado fundos europeus, tinha feito uma homenagem aos autarcas e “referido que a vida pública é uma vida de grande entrega, de grandes dificuldades e exposição”. “Portanto, nessa sequência, é normal que o senhor Presidente da República tenha feito a intervenção que fez”, rematou.

A ministra da Coesão Territorial referiu também que o Governo “está atento” aos fundos comunitários e “está sempre preocupado”. Apontou, no entanto, que a responsabilidade da execução dos fundos comunitários “é a diferentes níveis”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Airbus explica combustível verde da aviação aos miúdos

Combustível sustentável para aviões pode ser feito a partir de materiais como algas, hidrogénio ou resíduos como óleo de cozinha utilizado.

Quem olhar para o céu nos próximos tempos pode não ver muitas diferenças para hoje, mas a verdade é que o que faz os aviões voar vai mudar. Os novos combustíveis sustentáveis para a aviação, feitos a partir de matérias como algas ou hidrogénio, que vão substituir os combustíveis fósseis já estão a ser desenvolvidos e vão ajudar a reduzir as emissões de CO2.

A explicação é dada pela Airbus, numa série que tem como objetivo explicar às crianças os combustíveis do futuro. Isto já que o combustível utilizado atualmente “vem dos restos de plantas e animais que viveram há milhões de anos” e liberta um gás para o ar, dióxido de carbono (CO2), cujas emissões em grande quantidade não são boas para a saúde do planeta.

Já o novo combustível verde para aviação é feito de coisas como algas e resíduos como óleo de cozinha usado, que pode dar força a aviões até dos maiores.

Pode também ser feita uma combinação de CO2 com hidrogénio, para as aeronaves de médio porte. O hidrogénio já foi usado como combustível para ir para o espaço ou até para balões, mas está agora a ser desenvolvido para aviões. Já para aviões pequenos que apenas voam curtas distâncias, podem ser usadas baterias de hidrogénio.

Os cientistas estão a trabalhar nestas soluções, que podem levar a menos emissões de dióxido de carbono, podendo mesmo a representar até cinco vezes menos de emissões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Convenção eletiva da Iniciativa Liberal adiada para janeiro

  • Lusa
  • 6 Novembro 2022

O Conselho Nacional do partido aprovou uma moção que dita o adiamento da convenção que estava inicialmente prevista para dezembro.

A convenção eletiva da Iniciativa Liberal (IL) foi adiada para janeiro, tendo o Conselho Nacional aprovado uma moção para que esta reunião magna do partido de realize a partir de 20 desse mês.

Antes de interromper para almoço, os conselheiros que estão reunidos em Coimbra aprovaram uma moção de Paulo Lopes que dita o adiamento da convenção que estava inicialmente prevista para dezembro, ficando para a tarde a decisão do local e da data precisa. Segundo fontes do partido adiantaram à Lusa, a moção aprovada refere que a reunião magna dos liberais só pode ser realizada depois de 20 de janeiro, inclusive.

Depois de conhecida no dia 23 de outubro a realização das eleições antecipadas para a liderança da IL e a decisão de João Cotrim Figueiredo não se recandidatar ao cargo, foi da bancada parlamentar e da atual comissão executiva que saíram os candidatos à sucessão até agora conhecidos: Rui Rocha e Carla Castro.

À entrada para a reunião de hoje, os dois candidatos à liderança na Iniciativa Liberal convergiram na necessidade de uma revisão dos estatutos do partido que permita reduzir o peso das inerências no conselho nacional.

Os conselheiros liberais estão a discutir o regimento e a data da VII Convenção Nacional da IL, estando previsto que a presidente do Conselho Nacional, Mariana Leitão, faça declarações aos jornalistas no final para apresentar as conclusões da reunião. Rui Rocha e Carla Castro estão nesta reunião já que têm assento neste órgão por fazerem parte da Comissão Executiva, assumindo posições diferentes quanto ao calendário.

Rui Rocha tinha adiantado à Lusa que ia apresentar uma proposta ao Conselho Nacional para que a convenção eletiva se realizasse em janeiro e não em dezembro, como estava previsto, considerando que o único condicionamento destas eleições internas seria “insistir num calendário mais curto” e recusar este adiamento.

Já Carla Castro, que inicialmente defendeu que não havia necessidade de adiar esta convenção, revelou esta semana à Lusa que não vai propor qualquer data e acatará a decisão do Conselho Nacional, abstendo-se nas votações sobre o calendário eleitoral.

Rui Rocha conta com o apoio de João Cotrim Figueiredo que vê no deputado a “pessoa certa” para liderar o partido nesta nova fase. Entre o grupo parlamentar, que desde as eleições deste ano é composto por oito deputados, Rui Rocha tem ainda o apoio de Bernardo Blanco, Patrícia Gilvaz e Joana Cordeiro.

Carlos Guimarães Pinto, deputado e antigo presidente da IL, reiterou, em declarações à Lusa, que não apoiará qualquer candidatura, uma vez que, quando deixou a liderança em 2019, decidiu que não se iria “intrometer na política interna” dos liberais.

Posição diferente assumiu o primeiro presidente dos liberais, Miguel Ferreira da Silva, que anunciou o apoio a Carla Castro para presidente do partido. A mesma preferência foi manifestada pelo antigo candidato presidencial apoiado pelos liberais, Tiago Mayan Gonçalves, embora remetendo uma posição definitiva para depois de se conhecerem as equipas e os programas. O líder parlamentar Rodrigo Saraiva reservou “para mais tarde” um eventual apoio a um dos concorrentes.

Antes desta antecipação de eleições para a comissão executiva, a VII Convenção Nacional destinava-se apenas a eleger os membros do conselho nacional, do conselho de jurisdição e do conselho de fiscalização uma vez que os calendários estavam desfasados.

Na última convenção, em dezembro de 2021, a lista única de João Cotrim Figueiredo à comissão executiva da IL foi eleita com 94% dos votos, sendo assim o presidente reeleito para um novo mandato à frente dos destinos liberais.

Em 08 de dezembro de 2019, na reunião magna em Pombal em que foi eleito para o primeiro mandato, Cotrim Figueiredo, também em candidatura única, recolheu então 96% dos votos na III Convenção Nacional do partido. Cotrim Figueiredo, ainda como independente, foi o primeiro deputado eleito da IL, em 2019, então como deputado único, tendo nas eleições legislativas antecipadas deste ano o partido conseguido passar de um para oito deputados, tornando-se na quarta força política.

(Notícia atualizada às 17h35)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PRR

Marcelo vai perdoar? Execução do PRR está nos 6%

Mais de metade dos fundos do PRR estão aprovados e alocados, mas apenas 6% do total foi pago. Transição digital é a área mais avançada.

Depois de vários apelos públicos, o Presidente da República decidiu lançar um aviso pessoal à ministra da Coesão Territorial para acelerar a execução dos fundos europeus, especificamente do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), quando, na verdade, a tutela é de outra ministra, Mariana Vieira da Silva. E quais são, afinal, os números? Já se ultrapassou a barreira dos mil milhões em pagamentos, mas a execução está ainda apenas pelos 6%.

A ministra da Presidência, que tem a tutela do PRR, anunciou na sexta-feira que tinha sido ultrapassada a “barreira dos mil milhões de euros pagos em matéria de PRR“, tendo “neste momento mais de 58% do total dos fundos do PRR alocados, contratados no seguimento de concursos”. Mariana Vieira da Silva salientou que “isto significa um avanço maior na execução do PRR que vai prosseguir nos próximos meses”.

Esta garantia não foi, no entanto, suficiente para Marcelo Rebelo de Sousa, que na inauguração do novo edifício da Câmara Municipal da Trofa, assinalou um dia “super feliz“, mas aproveitou para uma declaração surpreendentemente dura sobre um dia “super infeliz”: “Para si [Ana Abrunhosa], é o dia em que eu descubra que a taxa de execução dos fundos não é a que deveria ser e nesse caso não lhe perdoo”.

Olhando para a página da estrutura de missão do PRR, é possível verificar que do montante contratado, que atinge os 16,6 mil milhões de euros, apenas foi pago 6% (1.007 milhões de euros). Tal como a ministra da Presidência assinalou, já foi aprovado mais de metade, mas a execução ainda não atingiu os dois dígitos.

Vendo por categorias, é a transição digital que está mais avançada. Foi pago já 15% do total, o que corresponde a 374 milhões de euros. Segue-se a transição climática, área na qual o montante pago é de 8%, traduzindo-se em 256 milhões de euros.

É a chamada “resiliência” que fica mais atrás, tendo a maior fatia do bolo para cobrir (11,1 mil milhões de euros). Foram pagos 3% do total contratado, correspondendo a 377 milhões de euros.

Mariana Vieira da Silva avançou que o Governo vai iniciar a negociação com a Comissão Europeia para a revisão do PRR em janeiro, “estando neste momento a desenvolver o trabalho técnico no âmbito desta renegociação”. O objetivo é “garantir o pleno aproveitamento de fundos europeus”, tendo em conta que o contexto atual coloca “constrangimentos” devido às dificuldades no acesso a matérias-primas e inflação elevada.

Portugal recebeu o primeiro pagamento do PRR, no total de 1,2 mil milhões de euros (553 milhões de euros de subvenções e 609 milhões de euros de empréstimos) a 9 de maio. Em setembro, foi submetido o segundo pedido de pagamento, de 1,8 mil milhões de euros líquidos, que será agora sujeito a avaliação da Comissão Europeia.

A estes valores acresce o adiantamento feito em agosto de 2021, sendo que quando se concretizar o segundo pagamento, Portugal terá recebido 31% da dotação do PRR, ou seja, o total acumulado de 5.141 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo vai pagar mais a unidades de cuidados continuados integrados

Atualização de preços das unidades de cuidados continuados integrados reflete "impacto do aumento de custos nas instituições" e tem como objetivo "contribuir para a sustentabilidade do setor".

O Governo decidiu atualizar as tabelas de preço para as unidades integradas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2022. Estas unidades vão assim receber um “reforço extraordinário do financiamento por parte do Estado” este ano, sendo que as tabelas ficam também já atualizadas para o próximo ano.

“Através de uma portaria do Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho e Segurança Social e Ministério das Finanças, que será publicada ainda esta semana, o Governo fixa novos valores de remuneração dos internamentos de utentes encaminhados para a RNCCI, com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2022, reconhecendo o impacto do aumento de custos nas instituições e tendo como objetivo contribuir para a sustentabilidade do setor”, anunciou o Ministério, em comunicado enviado este domingo.

O Governo decidiu também avançar com um “aumento extraordinário dos preços aplicáveis às unidades de média duração e reabilitação (UMDR) e às unidades de longa duração e manutenção (ULDM), ajustando os preços aos custos de funcionamento destas respostas”. “Em termos globais, a atualização do preço corresponde a um aumento de 5,5% e 15,3%, respetivamente, vigorando até ao final de 2023″, adiantam.

O Ministério da Saúde indica ainda que vai alargar o suplemento de 25 euros na diária de internamento “sempre que os utentes tenham diagnóstico de úlcera de pressão, maioritariamente acamados, passando a aplicar-se este pagamento adicional, até aqui para doentes transferidos dos hospitais, a utentes que já eram seguidos para esse efeito pelas equipas dos cuidados primários”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.