PRR

Montenegro critica Governo “deslumbrado” e em “contramão” com a realidade

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2022

Luís Montenegro diz que não faz sentido que o Governo faça “gala” no anúncio da segunda tranche do PRR porque a execução está atrasada e no terreno existe um “descontentamento generalizado”.

O líder do PSD, Luís Montenegro, criticou esta sexta-feira a “festa” e o “deslumbramento” do Governo em relação ao pagamento da segunda tranche do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sublinhando que o executivo está em “contramão” com a realidade.

Fico preocupado com um Governo, que, a par do seu líder, se apresenta deslumbrado com a apresentação de algumas notícias, que não têm efetivamente correspondência com a realidade. Acho até um bocadinho problemático que nós tenhamos um Governo que, enfim, faça uma festa por receber uma segunda tranche de um programa que está atrasado”, afirmou.

Luís Montenegro falava aos jornalistas no fim de uma visita à Universidade da Beira Interior, na Covilhã, onde se deslocou no âmbito do programa “Sentir Portugal”, que iniciou no domingo no distrito de Castelo Branco. Num balanço final, Luís Montenegro fez questão de salientar que encontrou um território com “potencial de recuperação e resiliência”, tendo aproveitado essa classificação para fazer a ponte com o anúncio de que a Comissão Europeia aprovou segundo desembolso a Portugal no âmbito do PRR, mostrando-se “preocupado” com as reações de satisfação.

Para Luís Montenegro não faz sentido que o Governo faça “gala” no anúncio quando, segundo voltou a reiterar, a execução do PRR está atrasada e no terreno existe um “descontentamento generalizado”. “Há uma contradição com o que nós encontramos no terreno”, disse.

Destacando que empresários e responsáveis de instituições públicas garantem que não veem chegar os apoios e até presidente da República e o Governador do Banco de Portugal já manifestaram apreensão e preocupação com o atraso na execução do PRR, o líder do PSD frisou que só o Governo se mostra “satisfeito” e comparou esta atitude como um carro que segue em contramão acreditando que é o único que está certo.

Faz lembrar aquela situação em que todos os carros, numa autoestrada, vão numa determinada direção e vem um carro em contramão e esse carro pensa que vai no sentido correto. Portanto, nós temos um Governo em contramão com a realidade do país”, afirmou.

O líder dos sociais-democratas considerou ainda que o distanciamento do Governo relativamente à realidade também se verifica no que concerne ao crescimento económico e às previsões divulgadas pelo Banco de Portugal. “Nós temos um Governo que está satisfeitíssimo com o crescimento económico deste ano. Que vai fazer uma festa (…) que vai fazer uma festa com a economia, com a contenção do défice público, mas é preciso olhar para toda a fita do tempo”, referiu.

Luís Montenegro destacou que, em 2021, Portugal esteve entre os países que menos recuperaram e frisou que os resultados de 2022 são mais positivos porque o ponto de partida era muito baixo, sendo que para 2023 as previsões já apontam que Portugal será um dos países que crescerá menos.

Por isso, o líder do PSD voltou a defender que Portugal tem de ser mais ambicioso e que tende lutar para estar no topo da tabela e não na cauda da Europa.

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Costa salienta mais 150 milhões de euros para apoiar o setor social

  • Lusa e ECO
  • 16 Dezembro 2022

O primeiro-ministro anunciou reforço extraordinário de 75 milhões do Estado ao setor social e solidário e, mais 75 milhões, mas a título permanente, para estas instituições enfrentarem a inflação.

O primeiro-ministro salientou esta sexta-feira o reforço extraordinário de 75 milhões do Estado ao setor social e solidário, e a atualização de igual montante, mas a título permanente, para estas instituições fazerem face às consequências da inflação.

António Costa falava no encerramento de uma sessão destinada a apresentar o apoio extraordinário que o Governo vai destinar ao setor social e solidário, que decorreu em Lisboa e que foi aberta com uma intervenção da ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho.

“Não podemos ignorar as circunstâncias tão exigentes e difíceis em consequência de uma inflação que não tínhamos memória há 30 anos. Obviamente, quem está na linha da frente do impacto destas consequências é, naturalmente, o conjunto de instituições como as do setor solidário e social. Desde logo, porque aumentando as necessidades dos cidadãos, aumentam logo as solicitações que lhes são dirigidas”, assinalou. Por outro lado, António Costa indicou que os custos da atividade destas instituições de solidariedade social “também sofrem com o impacto da inflação”.

“Como temos feito no passado, designadamente nos dois anos da pandemia da covid-19, é lado a lado que temos de suprir as dificuldades”, advogou, antes de se referir à atualização em 8% das prestações sociais mínimas e das pensões mais baixas, e o aumento de 7,8% do salário mínimo nacional – medidas “fundamentais para combater o risco de pobreza”.

Em relação às instituições privadas de solidariedade social (IPSS), o líder do executivo disse que primeiro foi transferida uma dotação de 19,4 milhões de euros para procurar mitigar o impacto do aumento dos custos dos combustíveis e dos bens alimentares.

“Esta adenda que agora assinamos consagra duas mudanças muito importantes: uma atualização significativa, permanente, no próximo ano, de 75 milhões de euros, de reforço da comparticipação do Estado; e um apoio extraordinário, quer relativo a 2022, quer para 2023, pago com antecipação, ainda este mês, de mais 75 milhões de euros”, salientou.

Em comunicado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) detalha que para este setor enfrentas os custos com a inflação, o “Governo atribuiu um novo apoio extraordinário referente ao ano de 2022, no montante de 37,9 milhões de euros, que serão pagos ainda durante o mês de dezembro”. E, para 2023, foi definido uma valor de 38,1 milhões de euros.

A nota do ministério liderado por Ana Mendes Godinho recorda que este ano já tinham sido “pagos outros dois apoios extraordinários ao setor social de 18 milhões de euros, para fazer face ao aumento dos bens alimentares, e de 3 milhões de euros, para apoio ao aumento dos custos com combustíveis”.

De acordo com o primeiro-ministro, no Plano de Recuperação e Resiliência, está prevista uma verba de 205 milhões de euros para que as instituições privadas de solidariedade social desenvolvam a rede nacional de cuidados continuados integrados e de cuidados paliativos.

Há mais 417 milhões de euros para a requalificação e alargamento das redes de equipamentos sociais, para uma nova geração de apoios domiciliários, para o desenvolvimento de um projeto piloto de radar social e, ainda, no âmbito da mobilidade verde, para a aquisição de viaturas 100% elétricas.

“Gostaria de agradecer a extraordinária mobilização que estas instituições revelaram e que permitiu a Portugal cumprir um dos marcos fundamentais que levou a Comissão Europeia a aprovar hoje o pagamento da segunda tranche do PRR”, acrescentou.

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Rácios de capital já “excedem os novos requisitos mínimos” do BCE, diz CGD

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2022

Os rácios de capital "excedem os novos requisitos mínimos exigidos em matéria de CET1, Tier 1 e Capital Total com margens muito significativas", refere a CGD.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse esta sexta-feira que os seus rácios de capital “excedem os novos requisitos mínimos exigidos” em matéria de Common Equity Tier 1 (CET1), depois da divulgação destes valores pelo Banco Central Europeu (BCE).

“Tendo recebido a decisão do BCE sobre os requisitos mínimos prudenciais em vigor para 2023, com base nos resultados do Supervisory Review and Evaluation Process (SREP), bem como a comunicação do Banco de Portugal acerca da reserva adicional de fundos próprios que lhe é exigida na qualidade de ‘Outra Instituição de Importância Sistémica’ (O-SII), a Caixa Geral de Depósitos, S.A. informa acerca dos requisitos mínimos prudenciais a observar, em base consolidada, em 2023, determinados em função do valor total dos ativos ponderados pelo risco (RWA)”, disse o banco público, em comunicado publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

De acordo com a CGD, os buffers’ (almofadas de capital) “incluem a Reserva de Conservação de Fundos Próprios (2,5%), a Reserva Contra Cíclica (0%) e a Reserva para ‘Outras Instituições de Importância Sistémica’ (1%)”. Assim, “o requisito de Pilar 2 para a CGD em 2023 é de 1,9%, o que representa uma redução de 10 p.b. [pontos base] face a 2022 e de 35 p.b. face a 2021 (duas revisões consecutivas em baixa), refletindo, dessa forma, uma continuada melhoria da perceção que o supervisor tem sobre o risco global da instituição”.

De acordo com a CGD, “os rácios de capital da Caixa, com referência a 30 de setembro de 2022, excedem os novos requisitos mínimos exigidos em matéria de CET1, Tier 1 e Capital Total com margens muito significativas (9,6 p.p., 7,8 p.p. e 6,7 p.p., respetivamente), evidenciando a solvabilidade robusta da instituição”. Os rácios de capital são indicadores de solvabilidade de um banco, sendo contabilizados em função dos ativos ponderados pelo risco.

O Common Equity Tier 1 é uma medida de avaliação da solvabilidade de um banco.

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Marcelo promulga valorização salarial dos funcionários públicos

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2022

O diploma foi aprovado em Conselho de Ministros em 24 de novembro e fixa a base remuneratória da administração pública em 761,58 euros no próximo ano.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou esta sexta-feira o diploma que prevê aumentos salariais dos trabalhadores da administração pública de pelo menos 52 euros em 2023 e a valorização das carreiras.

Segundo uma nota publicada no ‘site’ da Presidência da República, o chefe de Estado promulgou o “diploma que, ao abrigo da autorização legislativa concedida pelo artigo 180.º da Lei n.º 12/2022, de 27 de junho, aprova medidas de valorização dos trabalhadores em funções públicas”.

O diploma foi aprovado em Conselho de Ministros em 24 de novembro e fixa a base remuneratória da administração pública em 761,58 euros no próximo ano e estabelece uma atualização das remunerações em cerca de 52 euros ou de 2% para todos os trabalhadores.

Na prática, os funcionários públicos com salários até cerca de 2.700 euros brutos vão ter um aumento mínimo de cerca de 52 euros e, acima desse valor, a atualização salarial será de 2% (superior a 52 euros).

Além das atualizações salariais, o diploma aprova medidas de valorização dos trabalhadores, nomeadamente alterações dos níveis remuneratórios das carreiras gerais de técnico superior, assistente técnico e assistente operacional.

Prevê ainda a valorização das carreiras especiais revistas de grau de complexidade 2, que se encontram comprimidas pela base remuneratória da administração pública.

O diploma estabelece também a regra de acumulação de pontos sobrantes do sistema de avaliação de desempenho (SIADAP), para efeitos de alteração do posicionamento remuneratório, com início no ciclo avaliativo de 2021/22.

As medidas resultam de um acordo plurianual entre o Governo e as estruturas sindicais da UGT, a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado.

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Governo abriu aviso do PRR com dotação de 11 milhões para pesca e aquicultura

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2022

A “dotação de 11 milhões de euros” será distribuída por duas categorias: às embarcações de pesca serão destinados oito milhões de euros e três milhões para restantes tipologias, como indústria.

O Governo abriu esta sexta-feira um aviso no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o setor da pesca e aquicultura, com apoios sob a forma de subsídio não reembolsável e uma dotação de 11 milhões de euros.

Num comunicado, o Ministério da Agricultura e Alimentação adiantou que abriu este novo aviso, explicando que “os apoios a conceder no âmbito deste aviso constituem um subsídio não reembolsável” com “uma dotação de 11 milhões de euros” distribuídos por duas categorias.

Assim, às embarcações de pesca serão destinados oito milhões de euros e três milhões de euros para restantes tipologias (indústria de transformação e aquicultura), de acordo com o comunicado.

“Com a abertura deste 2.º aviso, reforçam-se os apoios destinados à transição verde e digital e segurança nas pescas”, garantiu a tutela, destacando que “este apoio dá continuidade à linha estratégica do Governo, que aposta na inovação, na modernização dos processos, na redução da pegada de carbono e na economia circular das empresas e organizações da fileira do pescado, abrangendo a pesca, a aquicultura e indústria transformadora”.

De acordo com o Governo, “estas medidas visam tornar a fileira do pescado mais competitiva, promovendo a execução de projetos geradores de mais emprego, ambientalmente mais sustentáveis, com contributos para uma eficiente transição energética e digital do setor”.

Na mesma nota, o ministério disse ainda que, ao abrigo do presente aviso, “podem ser apresentados projetos por beneficiários PME (Pequenas e Médias Empresas) certificadas, cuja missão esteja relacionada com o exercício de atividades ligadas ao setor da pesca e da aquicultura”.

As PME em causa devem estar enquadradas numa das seguintes tipologias: digitalização e/ou modernização de processos, de atos declarativos e de documentação estatutária; eficiência energética; redução de emissões e propulsão elétrica e/ou híbrida; segurança e habitabilidade a bordo de embarcações de pesca; melhoria das condições de trabalho nas instalações de aquicultura e indústria transformadora; casco com novos formatos e materiais de baixa fricção ao deslocamento que permitam reduzir o consumo energético; economia circular no setor das pescas e aquicultura.

As candidaturas a este aviso poderão ser submetidas entre as 17:00 de hoje e as 17:00 do dia 15 de fevereiro de 2023. “Recorda-se que o 1.º aviso, que decorreu entre dezembro de 2021 e março de 2022, representou um valor de investimento aprovado de 22,5 milhões de euros e correspondeu a um apoio público aprovado de 10,4 milhões de euros, ultrapassando, com a dotação agora disponibilizada, 21 milhões de euros totalmente destinados ao setor privado”, concluiu a tutela.

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Costa pede desculpa por “expressão infeliz” em relação a Carlos Moedas

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2022

"Fiz um à parte irritado, não devia ter feito e peço desculpa", disse o primeiro-ministro diz que lamenta a "expressão infeliz, depois de quase 14 horas de reunião" no Conselho Europeu.

O primeiro-ministro pediu esta sexta-feira desculpa pela “expressão infeliz” que usou em reação a uma pergunta sobre as razões para não ter contactado o presidente da Câmara de Lisboa após as inundações ocorridas nos últimos dias.

Na quinta-feira à noite, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, o primeiro-ministro foi questionado sobre as razões que o levaram a não efetuar qualquer contacto com o presidente da Câmara de Lisboa, depois de a capital portuguesa ter registado grandes inundações em consequência de fortes chuvas.

Já após essa conferência de imprensa, sem microfone, desabafou junto dos jornalistas: “Posso perguntar porque é que ele [Carlos Moedas] não me telefonou a mim quando tive a minha casa inundada”.

Esta sexta, após ter participado na sessão de apresentação do apoio extraordinário para o setor social e solidário, em Lisboa, o líder do executivo falou sobre esse episódio. “Tive ontem [quinta-feira] uma expressão infeliz, depois de quase 14 horas de reunião. Fiz um à parte irritado, não devia ter feito e peço desculpa”, declarou.

Questionado se já sentiu a necessidade de se retratar junto de Carlos Moedas, o primeiro-ministro respondeu: “Acho que ele próprio já disse que estava o assunto encerrado”.

O primeiro-ministro afirmou ainda que não tem ainda previstas visitas a locais atingidos pelas inundações, realça que não tem o dom da ubiquidade e que o Governo é uma equipa e está a acompanhar a situação. “Neste momento, não tenho previsto”, disse

Costa referiu que “o Governo é uma equipa e, portanto, as ministras da Coesão Territorial [Ana Abrunhosa] e da Presidência [Mariana Vieira da Silva] têm estado em várias áreas”. “O Governo tem estado em contacto permanente com os autarcas. Nem sempre posso estar, não tenho o dom da ubiquidade. Portanto, tenho que me dividir onde devo estar em cada momento e, felizmente, conto com um Governo que é todo ele uma equipa” alegou.

De acordo com o primeiro-ministro, “o Governo organizou-se para responder desta forma e tem estado a trabalhar com as diferentes autarquias, com associações, em particular de comerciantes, porque há muitos estabelecimentos comerciais afetados pela situação”. “Os danos estão a ser identificados e a Proteção Civil respondeu de modo adequado e de acordo com os diferentes escalões que estão definidos”, sustentou.

Já sobre a expressão que usou em relação à Iniciativa Liberal, numa entrevista à revista Visão, falando em “queques que guincham”, António Costa disse tratar-se de “uma expressão coloquial”.

“Essa ideia de que os primeiros-ministros são uma espécie de bonecos de feira, a quem se atiram bolas e que têm de apanhar e de engolir, na vida não é assim. Foi uma resposta que era até um certo elogio ao doutor Cotrim Figueiredo”, declarou, numa alusão ao líder cessante da Iniciativa Liberal.

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Apoios extra a famílias e empresas “excedem em muito” o aumento da receita do IVA, diz Costa

"O conjunto de apoios extraordinários que temos dado às famílias e às empresas excedem em muito aquilo que foi o aumento da receita do IVA", afirmou António Costa.

O primeiro-ministro vê com bons olhos a revisão em alta das estimativas de crescimento do PIB para este ano por parte do Banco de Portugal (BdP), mas sublinha que previsões da inflação suscitam atenção. António Costa garante que apoios dados às famílias “excedem em muito” a receita extraordinária arrecadada pelo Estado devido à escalada de preços.

“As previsões doBdP têm boas noticias e têm noticias que nos devem suscitar atenção”, atirou António Costa em reação às previsões da instituição liderada por Mário Centeno que prevê que a economia portuguesa cresça 6,8% este ano e 1,5% em 2023, isto é, uma previsão mais otimista do que o Governo que aponta para um crescimento de 6,5% em 2022 e 1,3% no próximo ano. “Isso é bom”, acrescentou o líder do Executivo.

No entanto, António Costa sublinha que a revisão em alta da inflação – com o BdP a prever que esta atinja os 8,1% este ano (contra os 7,4% estimados pelo Governo) – suscita atenção. Perante esta margem orçamental e questionado pelos jornalistas sobre se o Executivo não estará a dar tudo o que pode para atenuar o impacto da escala de preços, o primeiro-ministro reitera que Executivo tinha o “compromisso fundamental” de devolver às famílias e empresas a receita extraordinária do IVA ou de outros impostos especiais por via da inflação e garante que “tem cumprido o objetivo fixado”.

“O conjunto de apoios extraordinários que temos dado às famílias e às empresas excedem em muito aquilo que foi o aumento da receita do IVA. Era a receita que tínhamos previsto e a receita extraordinária que resultou do aumento de preços”, rematou o chefe de Governo.

Não obstante, o primeiro-ministro lembra que se vivem tempos de “grande incerteza” pelo que é necessário cautela. “Quem faz um orçamento seja na sua família, empresa ou no Estado tem de estar preparado para o pior e desejando o melhor“, refere, acrescentando que se o Governo não tivesse acautelado margem orçamental quando a guerra começou não estava “em condições de apoiar as famílias”.

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Grupo Hoti viu custos com pessoal subirem 40% desde 2019

Salário bruto pago aos trabalhadores aumentou 40% desde 2019, num esforço feito para reter as pessoas. Mesmo assim, as "dificuldades" de contratação continuam.

O Grupo Hoti Hotéis, representante das marcas Meliá, Tryp, Start Inn e Moxy, também sentiu (e continua a sentir) na pele o problema da escassez de mão-de-obra no turismo. Desde 2019, a quinta maior cadeia hoteleira nacional viu os custos com o pessoal aumentarem 40%, naquele que foi um esforço feito para reter os trabalhadores. Mesmo assim, as “dificuldades” de contratação continuam.

“Desde 2019, tivemos um aumento do custo com o pessoal, per capital, na ordem dos 40%”, isto é, o vencimento bruto pago aos trabalhadores, disse Miguel Proença, CEO do Grupo Hoti, num encontro com jornalistas esta sexta-feira. Estes aumentos, explicou, foram feitos para “reter pessoas”, numa altura em que o setor do turismo sofre com a falta de mão-de-obra.

Antes da pandemia, a cadeia hoteleira contava com 970 colaboradores nos 18 hotéis que tem atualmente em funcionamento e, no início de 2022, eram apenas 790. A pandemia tirou, assim, quase 20% dos trabalhadores. “Na época alta atingimos, sensivelmente, o mesmo número de colaboradores de 2019. Mas continuamos com dificuldade de contratação”, disse Miguel Proença.

O responsável nota que esta falta de pessoal chegou mesmo a refletir-se na qualidade do serviço prestado. “Houve alguns momentos em que sofremos alguns sacrifícios, principalmente no pico das taxas de ocupação”, disse.

Apesar desta dificuldade, 2022 vai encerrar com um volume de negócios recorde: 80 milhões de euros, acima dos 74 milhões de euros registados em 2019, revelou o CEO aos jornalistas. Para 2023, as expectativas apontam para um resultado líquido ainda maior – 89 milhões de euros.

Este resultado deve-se, sobretudo, ao aumento dos preços. “O ano foi marcado por termos conseguido incentivar uma subida do preço médio. Fechámos com um nível de ocupação ligeiramente abaixo de 2019, ou seja, [o resultado] foi totalmente assente no aumento do preço médio“, disse.

Ainda para 2022, o EBITDA deverá encerrar na ordem dos 33 milhões de euros e a ocupação média nos 70%.

Para o futuro, o Grupo Hoti vai entrar no mercado de residence, onde prevê investir cerca de 110 milhões de euros em três projetos de apartamentos – Porto, São João da Madeira e Aveiro. Além disso, tem ainda 100 milhões de euros para a abertura de sete novos hotéis até 2027.

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BCE reduz requisitos de capital ao BPI

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2022

O banco informa que para 2023 existe uma "redução do requisito total de Pilar 2 (1) de 2.0% aplicável em 2022 para 1.9%".

O BPI deve cumprir, a partir de janeiro de 2023, requisitos mínimos de 8,57% para o rácio de capital Common Equity Tier 1 (CET1), de acordo com que o foi determinado pelo Banco Central Europeu (BCE).

Num comunicado, publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BPI informou “ter sido notificado pelo Banco Central Europeu da decisão sobre os requisitos mínimos de capital prudencial e rácio de alavancagem para 2023, na sequência dos resultados do Supervisory Review and Evaluation Process (SREP)”, tendo-se verificado “uma redução do requisito total de Pilar 2 de 2,0% aplicável em 2022 para 1,9% em 2023”.

Por outro lado, destacou, “a partir de 1 de janeiro de 2023, o Banco BPI deve cumprir os requisitos mínimos de 8,57% para o rácio de capital Common Equity Tier 1 (CET1), que inclui o mínimo regulatório de Pilar 1 (4,5%), o requisito de Pilar 2 (1,07%), o ‘buffer‘ [almofada de capital] de conservação de capital (2,5%), o ‘buffer‘ de outras instituições de importância sistémica (0,5%) e o ‘buffer‘ contracíclico (0,00%)”.

De acordo com o BPI, “os requisitos mínimos para o rácio de capital Tier 1 e o rácio de fundos próprios totais são 10,43% e 12,90%, respetivamente”, sendo que “a partir de 01 de janeiro de 2023, o Banco BPI deverá cumprir um requisito mínimo de 3% para o rácio de alavancagem, que inclui 3% de mínimo regulatório de Pilar 1 e um requisito de Pilar 2 de 0%”.

Os rácios de capital são indicadores de solvabilidade de um banco, sendo contabilizados em função dos ativos ponderados pelo risco. O Common Equity Tier 1 é uma medida de avaliação da solvabilidade de um banco.

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EDP arremata lote de linha de transmissão em leilão realizado no Brasil

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2022

A EDP Brasil arrematou o Lote 2, com uma proposta de cerca de 4,4 milhões de euros, para a construção de 188 quilómetros de redes de transmissão no estado brasileiro de Rondônia.

A EDP Brasil arrematou esta sexta-feira um lote para construção de uma linha de transmissão de energia num leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão regulador do setor elétrico brasileiro.

A empresa informou que arrematou o Lote 2 com uma proposta de receita anual permitida (RAP) de 24,9 milhões de reais (cerca de 4,4 milhões de euros), para a construção de 188 quilómetros de redes de transmissão no estado brasileiro de Rondônia.

“Este leilão contou apenas seis lotes, e ganhamos um lote estratégico para a EDP Brasil, pois é praticamente uma continuação da EDP Transmissão Norte, projeto que arrematámos em 2021”, frisou no comunicado afirma João Marques da Cruz, presidente da EDP Brasil.

“Fechamos bem este ano, com ótimos resultados e metas cumpridas. Vamos focar agora em 2023, que com certeza terá oportunidades de alta sinergia com a estratégia de crescimento da EDP no Brasil – distribuição, transmissão e solar”, acrescentou. O Lote 2 será o segundo empreendimento da EDP no estado de Rondônia. A linha de transmissão de 230 kV terá 188 quilómetros de extensão e ligará as cidades de Porto Velho a Abunã.

A empresa destacou que o lote arrematado também tem sinergia com o Lote EDP Transmissão Norte, adquirido pela empresa no Brasil num outro leilão em 2021 e que já possui 22% de avanço de construção.

A EDP Brasil também informou que produziu sua primeira molécula de Hidrogénio Verde (H2V) no país sul-americano numa nova unidade de geração de energia localizada em São Gonçalo do Amarante, no estado do Ceará.

Segundo a empresa, o desenvolvimento deste projeto será um importante marco para a geração de energia limpa no Brasil e faz parte dos compromissos com a transição energética do Grupo EDP. A produção da molécula é a primeira etapa estratégica do desenvolvimento do Projeto Piloto de H2 no Complexo Termelétrico do Pecém (UTE Pecém), cujo lançamento oficial ocorrerá em janeiro de 2023 e que já tem investimento previsto de 42 milhões de reais (7,6 milhões de euros).

O projeto contempla uma central solar com capacidade de 3 MW e um módulo eletrolisador de última geração para produção do combustível com garantia de origem renovável, com capacidade de produzir 250 Nm3/h do gás. “Ainda mais importante do que a produção da primeira molécula é a experiência que essa iniciativa trará para a EDP. Com o conhecimento adquirido, poderemos contribuir de maneira mais assertiva para expandir a produção de hidrogénio verde no país e também para regulamentação do segmento”, concluiu Marques da Cruz, CEO da EDP Brasil.

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Autarquias são “bomba atómica” na cibersegurança. Novas competências criam “tempestade perfeita”

O especialista em cibersegurança Carlos Carvalho, que é CEO da Adyta, está preocupado com a falta de cibersegurança nas autarquias, principalmente no contexto da descentralização de competências.

Cyber Summit 2022 na Abreu Advogados - 09NOV22
Carlos Carvalho, CEO da Adyta, participou na Cyber Summit a 29 de novembroHugo Amaral/ECO

As autarquias são uma “bomba atómica” do ponto de vista cibersegurança em Portugal e as vulnerabilidades vão aumentar à medida que avança o processo de descentralização de competências em curso, considera o especialista em cibersegurança Carlos Carvalho, que é CEO da startup tecnológica Adyta.

“Se falarmos naquilo que é o setor público, o Estado, eu acho que temos aí um tema onde se está a formar a tempestade perfeita, que são as autarquias”, disse o responsável durante um painel inserido na Cyber Summit 2022, uma iniciativa promovida pelo ECO.

“As autarquias, e o Governo até quer passar para lá mais competências ao nível da saúde e da educação, são, a meu ver, uma bomba atómica daquilo que é a proteção, privacidade e segurança em Portugal”, afirmou, num painel sobre a prevenção de ciberataques.

"Nós, numa autarquia, temos tudo de todos. Temos as plantas das casas das pessoas mais importantes do país.”

Carlos Carvalho

CEO da Adyta

Carlos Carvalho detalhou as razões que sustentam esta preocupação: “O corpo técnico não tem formação suficiente para o que hoje se passa ao nível da cibersegurança; os orçamentos não são canalizados para esta área porque não é a área que mais satisfaz os eleitores – desculpem-me, políticos – e, portanto, não é aquela que vai ter mais retorno eleitoral; os próprios prestadores de serviços de software estão mais preocupados com a função do que propriamente com as questões de segurança.”

Dito isto, o CEO da Adyta lembrou que as autarquias processam dados pessoais sensíveis dos cidadãos: “Nós, numa autarquia, temos tudo de todos. Temos as plantas das casas das pessoas mais importantes do país, só para causar aqui alguma ressonância. Se ainda vamos migrar para lá mais dados – e até muitos deles sensíveis –, temos ali mesmo uma tempestade perfeita a formar-se”, reiterou.

Por fim, o responsável indicou que “já há conhecimento de alguns ciberataques que surgiram” em autarquias e que esta é uma tendência que “pode galopar”.

A Adyta é uma startup com sede no Porto que resultou de um spin-off da Universidade do Porto. A empresa comercializa uma solução tecnológica de comunicações seguras e encriptadas, e também presta serviços relacionados com a cibersegurança.

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+M

Cinemas Nos apostam na ativação de marcas. Projeto pode representar 30% das receitas de publicidade

Miguel Magalhães, diretor da Nos Publicidade, enquadra o novo projeto e traça os objetivos.

Até agora os espectadores de cinema contactavam com publicidade no início ou intervalo dos filmes, sempre no ecrã. A partir de hoje, os espaços físicos dos cinemas Nos transformam-se também num meio no qual as marcas podem marcar presença. O projeto chama-se Brand Activation e é um novo programa de relação com as marcas criado pela Nos Publicidade que está esta tarde a ser apresentado a marcas e agências.

“Os cinemas em Portugal são um meio de enorme alcance e com um tipo de engagement com o consumidor muito particular. Sofremos muito com a pandemia em termos de audiência, mas será importante relembrar que, em 2019, tivemos (em attendance) o melhor ano de sempre, com cerca de 15 milhões de espectadores, e que a recuperação desses números faz-se com conteúdos relevantes que consigam cativar de novo as pessoas para as salas. A qualidade dos títulos em 2023 dá-nos a garantia que vamos recuperar as audiências de outros anos. Desta forma, tendo muitas pessoas de novo a circular nos cinemas, num momento de consumo tão especial e com a diversidade de contactos que temos nos cinemas, a ativação tem que ser uma opção para as marcas”, começa por justificar ao +M/ECO Miguel Magalhães, diretor da Nos Publicidade.

Miguel Magalhães, diretor da Nos Publicidade

As expectativas, em termos de receitas, podem ser significativas. “Estamos em fase de lançamento e não temos um número certo, como é evidente, mas o expectável é que, numa primeira fase, possa representar cerca de 10% das nossas receitas e a médio longo prazo, entre 25 a 30%”, avança o responsável.

Nesta primeira semana vão estar presentes, nos cinema do Centro Comercial Colombo, as marcas Carolina Herrera, Delta, Lego, Mimosa, Nintendo e Sogrape. “Estas são marcas nossas parceiras há muito, pelo que a relação é sustentada. A resposta ao nosso desafio foi imediata e entusiasta e as abordagens de cada marca são variadas e demonstram o poder da criatividade aplicada a este novo formato. Apesar das diferentes abordagens, os objetivos, desta vez, são em certa medida transversais e passam essencialmente pela proximidade e convite à experimentação”, explica Miguel Magalhães.

Os formatos com os quais as marcas podem ativar a sua presença não são estanques. “A diversidade do nosso público permite-nos pensar num enorme leque de soluções. As marcas poderão implementar ações muito simples de sampling, passando por naming de salas, ativações específicas de decoração em sala de filmes (infantis, por exemplo) ou ainda ações mais complexas, que garantem maior proximidade ao público que circula nos foyers, podendo ativar a presença em determinado cinema ou na rede Nos. “Dependerá sempre dos objetivos de cada marca e de cada campanha”, diz o responsável.

Quanto ao investimento mínimo necessário para marcar presença, Miguel Magalhães não avança números concretos. “Este ponto tem uma relação direta com os objetivos dos anunciantes e com o tipo de campanha que se pretende implementar. Diria que temos possibilidades para todos. O investimento não será um impedimento para as marcas poderem conquistar este território”, responde.

“O nosso modelo tradicional, de publicidade em ecrã, está assente em attendance. Ou seja, hoje em dia, vendemos contactos, calculados através da attendance que temos em cada sala, a cada dia. A lógica da ativação passa exatamente pelo mesmo modelo”, responde, quando questionado sobre a forma de medição do retorno/audiência.

Este ano, até outubro, o meio cinema captou, via agência de meios, cerca de 870 mil euros em publicidade, um crescimento de 120% em relação ao período homólogo. Apesar do crescimento, estes valores, aos quais o +M/ECO teve acesso, partem de uma base muito baixa e que reflete o período no qual, em virtude da pandemia, a afluência aos cinemas caiu drasticamente.

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