Projeções, ecrãs táteis e comentadores. É assim que as televisões vão seguir a noite eleitoral

As principais estações generalistas e de informação vão acompanhar a noite eleitoral com sondagens à boca das urnas e comentadores variados. E competir para ver quem tem o melhor ecrã "touch".

Depois de darem palco a dezenas de debates entre os candidatos ao longo deste mês, as televisões vão ser o meio escolhido por muitos eleitores para seguir os desenvolvimentos da noite eleitoral. São elas que avançam os resultados de sondagens à boca das urnas e transmitem os discursos dos vencedores e vencidos.

Para estas legislativas antecipadas, RTP1, SIC e TVI, bem como RTP3, SIC Notícias e CNN Portugal estão a preparar emissões especiais na esperança de vencerem as audiências este domingo à noite. O escrutínio provisório logo à noite vai consolidar também a tendência de recurso a ecrãs táteis para análise do detalhe dos resultados, uma “moda” norte-americana que é cada vez mais seguida pelas estações portuguesas.

No canal público, a emissão especial arranca às 18h num simultâneo RTP1 e RTP3. Será conduzida por José Rodrigues dos Santos, Ana Lourenço e João Adelino Faria. “Nesta emissão especial estaremos em direto de todas as frentes partidárias, de norte a sul do país, com uma vasta equipa da RTP mobilizada para que a informação chegue rapidamente aos telespetadores”, promete.

O grupo RTP planeia também apresentar a “grande sondagem” do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica com as primeiras projeções dos resultados eleitorais”. Ao longo da noite, a emissão contará com resultados atualizados, análise e opinião, com a presença de dois painéis de comentadores políticos e um painel de dirigentes de todos os partidos com representação parlamentar.

Entre os nomes que a RTP vai trazer ao pequeno ecrã durante a emissão estão Pedro Adão e Silva, João Soares e Miguel Poiares Maduro. No plano partidário, a estação deverá contar com Augusto Santos Silva (PS), André Coelho Lima (PSD), João Oliveira (CDU), Marisa Matias (BE), Cecília Anacoreta Correia (CDS), Tânia Mesquita (PAN), João Caetano Dias (IL), António Tanger Corrêa (Chega) e Ricardo Sá Fernandes (Livre).

Já o grupo Impresa promete para este domingo “a maior cobertura de uma noite eleitoral”. Logo pelas 11h30, a SIC Notícias foca a ida às urnas. A emissão passa para simultâneo com a SIC generalista às 13h, num jornal apresentado por João Moleira. A tarde eleitoral é acompanhada pelos pivôs Teresa Dimas e Miguel Ribeiro, mas só na SIC Notícias.

Mais ao final do dia, SIC e SIC Notícias voltam a fundir emissões, com o canal generalista a comprometer-se em “manter a emissão” no ar “até que os portugueses saibam os resultados finais”. Madrugada dentro são Rosa Pinto e Rodrigo Pratas quem comandará o programa.

“Os repórteres da SIC estarão em todas as sedes e locais de interesse do país que permitam perceber em tempo real todas as mudanças do dia decisivo, numa operação que envolve todos os meios técnicos da estação”, escreve a Impresa num comunicado. A estação de Paço de Arcos vai contar com a equipa de sondagens do ICS/ISCTE com “trabalho de boca das urnas feito pela GfK/Metris”, com Pedro Magalhães e António Gomes à cabeça. Como comentadores principais, a SIC conta com José Miguel Júdice, Luís Marques Mendes, Ana Gomes e Francisco Louçã.

Quem tem, quem tem… o melhor ecrã tátil

Nestas eleições, a Impresa e a Media Capital vão também competir com ecrãs táteis que permitem uma análise mais detalhada aos resultados, seguindo uma tendência da televisão norte-americana. Depois das experiências nas duas últimas eleições, a SIC vai fazer regressar o ecrã gigante que será operado por Bento Rodrigues. É um Microsoft Surface Hub 2S de 85 polegadas, especifica a empresa.

“À semelhança do que já tinha acontecido nas últimas Presidenciais e nas Autárquicas, a estação [SIC] volta a apostar na utilização extensiva de um ecrã touch que tem permitido a qualidade e diversidade na informação exibida”, avança a Impresa.

Mas a TVI e a CNN Portugal vão igualmente a jogo na competição dos ecrãs táteis gigantes, tendo como trunfo a magic wall original, imortalizada pelo jornalista John King nas eleições dos EUA. O ecrã tátil na noite eleitoral é uma das imagens de marca da CNN Internacional e será “importada” pela Media Capital para Portugal, pela primeira vez este domingo.

“Numa emissão conjunta, a TVI e a CNN Portugal vão acionar todos os dispositivos de informação, bem como os seus profissionais para fazer a cobertura da noite eleitoral. Para a noite de dia 30 de janeiro está a ser preparado o mais moderno e tecnologicamente avançado estúdio de informação do país”, explica a Media Capital num comunicado.

A emissão no domingo das eleições vai ser conduzida pelos jornalistas Judite Sousa, José Alberto Carvalho, Pedro Mourinho, João Póvoa Marinheiro e Sara Pinto. Já a magic wall ficará à responsabilidade de Pedro Benevides, permitindo uma análise mais detalhada aos resultados que forem sendo conhecidos, círculo a círculo.

É na CNN Portugal que a emissão arranca mais cedo. O canal de informação, que chegou ao país no final do ano passado — substituindo a TVI24 — e acompanha pela primeira vez umas eleições portuguesas, fará a cobertura das legislativas desde a abertura das urnas. “A partir das 17h começa então a contagem decrescente para a emissão no estúdio especialmente concebido para o efeito. Já a noite ficará marcada pela cobertura, em simultâneo, da CNN Portugal e da TVI”, lê-se no comunicado da empresa.

Como comentadores principais, a TVI e CNN Portugal contam com Pedro Santana Lopes e Sérgio Sousa Pinto. No “painel partidário”, estarão Bernardino Soares, Manuela Ferreira Leite, Fernando Medina, Joana Mortágua e Diogo Pacheco Amorim. A Media Capital promete ainda “projeções de boca de urna, atualizadas ao longo da noite eleitoral”, por parte da Pitagórica.

“Com um estúdio especialmente concebido para a emissão deste domingo e recorrendo às potencialidades da ferramenta da magic wall, a TVI e a CNN Portugal abrem um novo capítulo na cobertura das noites eleitorais no país”, garante a Media Capital.

Estas legislativas antecipadas têm sido apontadas como das mais imprevisíveis dos últimos anos, com as sondagens a colarem PS e PSD e a incerteza quanto aos cenários de governação que podem emanar dos resultados. Este sufrágio foi espoletado pelo chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022 do Governo PS no final do ano passado, depois de o PCP ter recusado viabilizar o documento. Em conjunto com o voto contra da bancada do Bloco levou à decisão do Presidente da República de dissolver a Assembleia, convocando eleições.

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