EUA impõem novas restrições a mais 33 empresas chinesas

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2022

A maioria das empresas sinalizadas são empresas de material eletrónico, mas também incluem empresas de ótica, uma empresa de lâminas de turbina e laboratórios em universidades.

O Governo dos Estados Unidos vai restringir a capacidade de 33 empresas chinesas, cuja legitimidade não pode ser verificada, de receber exportações dos EUA, e também exigir diligências extra de empresas norte-americanas com quem negoceiam.

O Departamento de Comércio norte-americano disse esta segunda-feira que aumentou o número de empresas na sua lista de organizações “não verificadas” – uma lista de empresas de todo o mundo que estão sujeitas a um controlo de exportação mais rigoroso, devido a as autoridades não conseguirem fazer as verificações habituais.

“A capacidade de verificar a legitimidade e a confiabilidade das partes estrangeiras que recebem exportações dos EUA (…) é um princípio fundamental do nosso sistema de controlo de exportações”, explicou Matthew Axelrod, secretário assistente do departamento para fiscalização de exportações.

Axelrod acrescentou que a adição de 33 empresas da República Popular da China (RPC) à lista “ajudará os exportadores dos EUA a proceder às devidas diligências e a avaliar o risco da transação, e sinalizará ao Governo da RPC a importância da sua cooperação na programação de verificações de uso final”.

A maioria das empresas sinalizadas são empresas de material eletrónico, mas também incluem empresas de ótica, uma empresa de lâminas de turbina, laboratórios em universidades e outras.

A adição das 33 empresas chinesas eleva o número total de entidades listadas para aproximadamente 175. Outras nações com empresas na lista “não verificada” incluem a Rússia e os Emirados Árabes Unidos.

O anúncio ocorre no momento em que Pequim ocupa a atenção global, ao acolher os Jogos Olímpicos de Inverno, e segue-se a um discurso, na semana passada, do diretor do FBI, Christopher Wray, onde este informou que, a cada 12 horas, a sua agência estava a abrir investigações relacionadas com operações de informação chinesas.

Wray avisou que nenhum país apresenta uma “ameaça mais grave” aos interesses norte-americanos do que a China.Pequim tem rejeitado repetidamente as acusações do Governo dos EUA, dizendo que Washington fez denúncias infundadas e difamações maliciosas.

A ação do Departamento de Comércio alerta os exportadores dos EUA de que agora precisarão de uma licença especial, se quiserem enviar produtos para qualquer uma das empresas da lista, numa medida que visa aconselhar a China de que deve permitir verificações e inspeções dos EUA às empresas, se quiser que elas saiam da lista.

O Departamento de Comércio realiza verificações de algumas empresas estrangeiras, ou “utilizadores finais”, que recebem remessas de dentro dos EUA, para garantir que as empresas existem e que os negócios são legítimos.

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