Grupo Nabeiro aumenta 5,8% salário de entrada dos colaboradores

Salário mínimo de entrada no grupo fundado por Rui Nabeiro subiu 40 euros em 2022, para um valor 15 euros acima do atual Salário Mínimo Nacional.

O grupo Nabeiro aumentou este ano em 5,8% o salário de entrada dos colaboradores do grupo dono do café Delta e da Adega Mayor, para uma remuneração mínima de 720 euros brutos, valor acima do salário mínimo nacional. O grupo não adianta estimativas de recrutamento para este ano, mas durante os últimos dois anos de pandemia contratou uma média de 300 trabalhadores por ano. Emprega cerca de 3.800 pessoas.

Desde “há uns anos” que no grupo fundado por Rui Nabeiro há uma política de praticar um salário mínimo acima do Salário Mínimo Nacional (SMI), este ano fixado nos 705 euros brutos. “Este ano não foi exceção e voltámos a reiterar essa prática atualizando o salário mínimo do grupo para os 720 euros”, adianta Ana Rita Lopes, diretora de recursos humanos do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, à Pessoas. O valor representa uma subida de 40 euros, ou 5,8%, face à remuneração mínima praticada no grupo no ano anterior (680 euros), e mais 15 euros do que em relação ao valor do SMI para 2022.

Temos cerca de 3.800 colaboradores. Em nenhum momento, o Grupo Nabeiro parou de contratar, mesmo durante estes dois anos de pandemia, tendo feito a entrada para os seus quadros, em média, de cerca de 300 pessoas por ano.

O grupo junta-se assim a uma série de outras empresas, como a dona do Pingo Doce, Lidl, Ikea ou Super Bock que decidiram aumentar as remunerações de entrada dos seus colaboradores, mantendo-as com valores acima do SMI.

2022 será ano de “continuar com um recrutamento ativo”

Com ativos como os cafés Delta, a Delta Q, a Adega Mayor e algumas unidades de turismo e restauração, o grupo serve sobretudo o canal HoReCa – hotéis, restaurantes e cafés — mas apesar do impacto da pandemia neste canal, com fechos e limitações impostas pela crise sanitária, “em nenhum momento o Grupo Nabeiro parou de contratar”.

“Atualmente temos cerca de 3.800 colaboradores. Em nenhum momento, o Grupo Nabeiro parou de contratar, mesmo durante estes dois anos de pandemia, tendo feito a entrada para os seus quadros, em média, de cerca de 300 pessoas por ano”, adianta Ana Rita Lopes. Para este ano, o dono da Delta não adianta estimativas ao nível de recrutamento, mas assegura que manter o “objetivo de continuar com um recrutamento ativo, quer a nível interno com oportunidades de mobilidade interna quer a nível externo”.

As necessidades ao nível de perfis dependem “muito das necessidades que vamos sentindo, do reforço de equipa fruto do desenvolvimento do negócio ou crescimento orgânico ou de substituições de colaboradores que abraçam outros desafios”, refere a diretora de recursos humanos do grupo.

“As oportunidades presentes no nosso site são um espelho desta diversidade, na medida em que ilustram uma diversidade funcional que pode até surpreender alguns candidatos que por vezes nos associam a uma empresa de cafés. Somos hoje em dia muito mais do que café e asseguramos o desenvolvimento de vários negócios, que acreditamos serem parte do nosso futuro e da aposta que temos sempre nos nossos pilares estratégicos, nomeadamente a sustentabilidade e a inovação”, diz ainda.

No site do grupo, para há uma dezena de oportunidades em aberto, para posições que vão desde vendedores, empregados de mesa a auditores, passando por operadores de contact center, coordenadores regionais de assistência técnica ou técnico de controlo de gestão.

Há uma evidente dificuldade de recrutamento. De forma a dar resposta a esse desafio, estamos a apostar na criação de parcerias com escolas profissionais, através da dinamização de várias iniciativas, ajudando assim na formação de jovens e simultaneamente contribuindo para a criação de uma pool de candidatos que respondam a essas necessidades.

Mas também o grupo, à semelhança das dificuldades sentidas por empresas que atuam no setor turístico, denota maiores dificuldades no recrutamento de pessoas. E está a desenvolver estratégias para contornar esta situação.

“Confirmamos que há uma evidente dificuldade de recrutamento. De forma a dar resposta a esse desafio, estamos a apostar na criação de parcerias com escolas profissionais, através da dinamização de várias iniciativas, ajudando assim na formação de jovens e simultaneamente contribuindo para a criação de uma pool de candidatos que respondam a essas necessidades”, adianta Ana Rita Lopes.

“Uma outra estratégia que estamos a adotar consiste na criação de programas de formação e acompanhamento no 1º ano de contrato, de forma a adaptar as equipas às exigências da nossa realidade, e contribuindo com ferramentas de desenvolvimento e motivação”, reforça a responsável de RH.

Sempre pautámos a nossa atuação interna por uma preocupação genuína com o bem-estar dos nossos colaboradores. Vivendo num contexto de pandemia nos últimos dois anos, essa preocupação ganha ainda mais importância e dimensão”, garante Ana Rita Lopes, quando questionada sobre a política de benefícios do grupo.

Essa preocupação levou a que, no ano passado, o grupo tivesse implementado um programa de saúde e bem-estar para os colaboradores. “Todos os meses dinamizamos iniciativas com parceiros assentes em quatro grandes dimensões: saúde, com ações de rastreio ou programas de nutrição; desporto, com experiências de modalidades (ex: surf) ou organização de torneios (ex: padel, bowling); social, organizando momentos de socialização entre colaboradores; e pessoal, com a dinamização de aulas de chi king, formação em suporte básico de vida, etc.”

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