Nova CEO do Meo diz que “principal desafio será continuar o legado”
Escolha da gestora "foi unânime" junto dos acionistas, frisou Alexandre Fonseca, o ainda CEO da dona do Meo, destacando que na decisão pesou "o seu "trabalho reconhecido e meritório".
“O principal desafio será continuar (o legado), adicionando capítulos de sucesso à história que temos na Altice Portugal”, diz Ana Figueiredo, a nova CEO da dona do Meo, na conferência de imprensa de apresentação da nova estrutura de liderança da Altice Europa e da Altice Portugal. Gestora terá “toda a autonomia para implementar a sua estratégia”, assegurou o atual CEO, Alexandre Fonseca.
Ana Figueiredo — a segunda mulher a assumir como CEO da dona do Meo, depois de Cláudia Goya — vem da operação do grupo na República Dominicana, onde atuava como CEO desde 2018. “Regressar a esta casa é regressar a uma casa”, diz a gestora. “Venho desta casa e cresci na Altice Portugal”, realça a nova CEO, que entrou em 2003 na então Portugal Telecom.
Garantir que a operadora mantém o pioneirismo ao nível de serviços é uma das missões, explicou, recordando que a engenharia portuguesa esteve presente na construção de rede da operação na República Dominicana.
A escolha da gestora “foi unânime” junto dos acionistas, frisou Alexandre Fonseca, o ainda CEO da dona do Meo até abril, destacando que na decisão pesou “o seu “trabalho reconhecido e meritório”. A gestora terá “toda a autonomia para implementar a sua estratégia”, reforçou.
Com mais de 18 anos de experiência profissional no setor das telecomunicações, Ana Figueiredo assume a 2 de abril a liderança da maior operadora de telecomunicações em Portugal num momento em que país se debate ainda com uma pandemia e, na Europa eclodiu a guerra na Ucrânia. Além disso, o grupo está a concluir um processo de reorganização, com a saída de cerca de 200 pessoas.
Face a este contexto, tem a estrutura operacional e de pessoas que precisa para entregar os objetivos? “É um contexto incerto, não sabemos quanto tempo irá demorar este conflito, que impactos económicos e financeiros poderá ter”, respondeu a responsável. “A estrutura, em seu devido tempo, se tiver de sofrer algum ajuste será (ajustada)”, apontou.
Regulador: “vou pedir reunião”
“Sempre procuramos a via do diálogo com os reguladores”, disse a gestora quando questionada sobre se tenciona pedir uma reunião com a Anacom, o regulador do setor com o qual a operadora tem mantido relações tensas em vários dossiês.
“Se me receberem terei todo o gosto em reunir”, rematou ainda, admitindo que irá mesmo pedir uma reunião com o regulador liderado por João Cadete de Matos.
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