Quebra nas importações chinesas não trava subida do petróleo. Brent sobe para 108 dólares

Investidores estão a digerir dados que apontam para menor procura por petróleo na China, mas também a hipótese de um embargo ao petróleo russo na UE gerar uma redução no lado da oferta.

Nem a quebra na procura de petróleo pela China é capaz de aliviar os preços do petróleo. Depois de uma subida expressiva na terça-feira, o Brent volta a aumentar em torno de 3,5% para 105,3 dólares. Já o WTI soma 3,2%, para 103,82 dólares.

A China, que é o maior importador de crude do mundo, anunciou esta quarta-feira que comprou 42,71 milhões de toneladas no mês passado, o equivalente a 10,06 milhões de barris por dia. Trata-se de uma quebra de 14% em termos homólogos.

A notícia chegou a aliviar os preços do petróleo no arranque desta sessão, particularmente volátil. Mas os investidores deparam-se com um cenário em que, por um lado, há uma redução na procura e, por outro, perspetiva-se uma quebra na oferta, numa altura em que a União Europeia estuda sancionar Moscovo com a proibição das importações de petróleo russo.

O recuo nas importações chinesas estará relacionado com as medidas do regime de Pequim para tentar travar a propagação de uma vaga de Covid-19. A política de tolerância zero à Covid, caracterizada pelos longos e alargados confinamentos em regiões onde há casos, já está a suscitar receios de uma recessão na segunda maior economia mundial.

(Notícia atualizada às 18h51 com novas cotações)

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