Leis laborais e impostos dificultam retenção de talento, diz líder da Meo
Nova CEO da Altice Portugal alerta que as telecoms sabem atrair talento, mas têm dificuldade em retê-lo "ao nível laboral e tributário". Trabalhadores são "assediados" por "indústrias mais sexy".
A nova presidente executiva da Altice Portugal, que veio da República Dominicana e assumiu funções há pouco mais de um mês, defendeu esta quinta-feira que o setor enfrenta “escassez” de talento. Apesar de ser capaz de o atrair, o desafio é retê-lo, um problema para o qual contribuem, por exemplo, os impostos.
“Não temos dificuldade em atrair [talento], mas dificuldade em retê-lo. Infelizmente, em algumas matérias não somos competitivos, como ao nível laboral e tributário”, o que reduz a competitividade do país “em termos de salário líquido”, afirmou Ana Figueiredo, no debate dos CEO das operadoras de telecomunicações, inserido no congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).
O setor sempre soube atrair talento, mas esse talento está a ser assediado por outras indústrias, que são mais sexy.
O líder da Nos concordou na perda de competitividade no talento pela via fiscal. Na mesma ocasião, Miguel Almeida disse: “Hoje, [tendo em conta] o que pagamos bruto a um colaborador, noutro país, [ele] acaba por levar bem mais dinheiro para casa.”
Ana Figueiredo defendeu também que “Portugal tem um trabalho a fazer na literacia digital”. Nas competências básicas, e apesar de ser necessário “um esforço nas escolas”, existe uma “população envelhecida” que não pode ser deixada para trás.
Mas “também temos de desenvolver competências avançadas”, indicou, rematando: “O setor sempre soube atrair talento, mas esse talento está a ser assediado por outras indústrias, que são mais sexy.”
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