Morais Leitão lidera faturação. VdA, PLMJ, Uría e Abreu completam o top 5

As 30 maiores firmas de advogados em Portugal faturaram 517,88 milhões em 2021, segundo dados sem IVA. Mas maioria dos escritórios dizem que é uma mera estimativa da Iberian Lawyer.

Morais Leitão, Vieira de Almeida (VdA) e PLMJ ocupam as primeiras posições na tabela dos resultados da faturação de 2021 das 30 maiores firmas de advogados a operar em Portugal. A estimativa foi feita pela Iberian Lawyer e pela primeira vez sem IVA incluído. Segundo a revista ibérica, o ano de 2021 registou uma faturação no total de 517,88 milhões de euros.

Porém, a maioria dos escritórios contactados pela Advocatus consideram que é uma mera estimativa da Iberian Lawyer e não confirmam sequer esses valores. Mas também não os divulgam.

Morais Leitão, VdA e PLMJ somam 176,8 milhões de euros, cerca de um terço da faturação do top 30. “Apesar de haver algum crescimento significativo, e em alguns casos de dois dígitos, mostra o quão saturado o mercado português se tornou e quão difícil é para as empresas aumentarem a sua quota de mercado“, refere a revista ibérica.

Em 2020, as maiores sociedades de advogados a operar em Portugal terminaram o ano com a faturação a atingir os 538,83 milhões de euros, estando a VdA a liderar a tabela com 70 milhões de euros. Mas segundo os novos dados apresentados, a Morais Leitão passa a liderar a tabela, destacando-se com uma faturação de 63 milhões de euros, um crescimento de 3,23%.

“2021 foi um ano surpreendente para a Morais Leitão. Em relação ao número de negócios em M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, o escritório registou 24 transações, segundo dados da Mergermarket. Alguns dos destaques foram as transações de assessoria à Mota Engil, EDP e Galp. Em termos de novas contratações, o ex-general counsel da Galp, Rui Oliveira Neves, voltou para ‘casa’ depois de uma temporada de oito anos fora”, sublinha a Iberian Lawyer.

Próxima do topo da tabela ficou a VdA com uma faturação de 60,8 milhões de euros, que se traduz num crescimento de 3,05% face a 2020. Em terceiro lugar surge a PLMJ com 53 milhões de euros. A faturação da PLMJ cresceu 5,83%, entre 2020 e 2021.

A Morais Leitão não confirmou os valores à Advocatus, sublinhando que são meras estimativas. PLMJ e Vieira de Almeida não responderam.

Com 38 milhões de euros posiciona-se em seguida a Uría Menéndez – Proença de Carvalho. A sociedade ibérica encontra-se no top 5 das sociedades com a faturação mais elevadas em 2021, tendo crescido 4,85% comparativamente a 2020.

A completar o top 5 está a Abreu Advogados com uma faturação de 37,8 milhões de euros, um aumento de 11,76%. “Confirmamos dados publicados no que respeita à nossa faturação sem IVA”, disse fonte oficial do escritório.

“A Abreu alcançou um crescimento de dois dígitos em anos consecutivos e, com uma nova liderança, o seu futuro parece brilhante. Apesar de não aparecer entre os principais dealmakers ou firmas em Portugal, a Abreu tem demonstrado um crescimento consistente e partilhou com a Iberian Lawyer que a divisão das receitas entre ‘domestic‘ e ‘abroad stands‘ é de quase 50/50″, refere a revista ibérica.

Comparativamente às restantes sociedades ibéricas a operar em Portugal, a Uría Menéndez – Proença de Carvalho ocupa o primeiro lugar, deixando para trás a Cuatrecasas, em sétimo lugar com 21 milhões de euros, a Garrigues, em nono lugar com 19,8 milhões de euros, Gómez-Acebo & Pombo, em vigésimo lugar com 7,4 milhões de euros, a Antas da Cunha ECIJA, em vigésimo terceiro lugar com 6,3 milhões de euros, e a Andersen Tax e Legal, em último lugar com 2,5 milhões.

Da parte da Cuatrecasas, fonte oficial do escritório garante que os números públicos de receitas são apenas aos anuais totais e globais, “juntamente com a informação, também já tornada pública, de que o crescimento se deu em literalmente todos os territórios em que a sociedade está presente”.

“O valor da UM-PC publicado é uma estimativa deles”, explica também fonte oficial da Uría Menéndez-Proença de Carvalho. Tal como a CMS e a Miranda, em resposta à questão da Advocatus.

Fonte oficial da SRS Advogados, confirmou à Advocatus que o valor real de faturação do escritório gerido por Pedro Rebelo de Sousa é de 16 milhões e não os 13 milhões estimados pela Iberian Laywer.

Já a Caiado Guerreiro, que se encontra em 11º lugar nesta tabela, confirma os valores. Tal como a PRA, com uma faturação de 8,2 milhões.

Dados baseados nas informações coletadas através dos escritórios de advocacia e estimativa da Iberian Lawyer.

Cerejeira Namora registou o maior crescimento

O maior crescimento entre as sociedades foi para a vigésima sétima classificada, a Cerejeira Namora, Marinho Falcão. O escritório faturou em 2021 o valor de 4,7 milhões de euros, um aumento de 35% face a 2020.

No top 5 das firmas que tiveram um maior crescimento em 2021 estão ainda a GPA – Gouveia Pereira, Costa Freitas & Associados, com 26,34%, a Antas da Cunha Ecija, com 25%, a Linklaters, com 14,81%, e a PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, com um crescimento de 14,4%.

Todos estes valores são apenas estimados pela Iberian Lawyer

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