Quase 26 mil funcionários públicos vão reformar-se até 2023
Secretária de Estado diz que 26 mil trabalhadores do Estado vão atingir idade da reforma em dois anos. Não se compromete com aumentos ao nível da inflação e anuncia nova plataforma de emprego público.
O Governo avança que quase 11 mil funcionários públicos vão atingir este ano a idade da reforma, dos quais 2.800 são das carreiras gerais e os restantes das carreiras especiais, e que em 2023 mais cerca de 15 mil trabalhadores do Estado podem reformar-se, calculando desta forma uma perda de 26 mil pessoas em dois anos.
“A nossa ideia é reforçar o planeamento para percebermos [onde será preciso reforçar dos recursos humanos]. Cada setor vai ter de fazer esse esforço de antecipação das necessidades, atendendo às saídas e às necessidades que se mantêm. Na educação já existe esse planeamento”, sublinha Inês Ramires, secretária de Estado da Administração Pública, em entrevista ao Público (acesso pago).
O número de funcionários públicos estão no nível mais elevado desde 2005, com o aumento de 15 mil trabalhadores entre março de 2021 e de 2022 assente quase totalmente nas áreas da saúde, educação, ciência e tecnologia, e forças de segurança. Porém, a governante assinala que, “apesar de [se estar] a atingir os valores de 2011, o peso do emprego das administrações públicas na população empregada é menor e o perfil [dos trabalhadores] mudou muito”, com as funções do Estado a serem “repensadas” por causa da pandemia.
Sem se comprometer com aumentos salariais ao nível da inflação para o próximo ano — as atualizações serão conjugadas com as medidas para reter os funcionários públicos, que terão um “grande impacto orçamental” –, a secretária de Estado anunciou uma nova plataforma para substituir a Bolsa de Emprego Público (BEP) e que “permitirá desmaterializar a aplicação dos métodos de avaliação”, passando a ser os serviços a fazer a entrevista de avaliação de competências para o preenchimento do perfil.
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