Vanguard compra empresa de construção em madeira com fábrica em Esposende
Promotora imobiliária anuncia "investimento estratégico" de 25 milhões de euros que inclui aquisição da portuguesa Black Oak Company, aumentando capacidade de fabrico e equipa para 100 trabalhadores.
A Vanguard Properties chegou a acordo com a Black Oak Company para entrar no capital da empresa de construção em madeira, assumindo assim o controlo da companhia, com um investimento superior a 25 milhões de euros, anunciou, em comunicado.
“A Vanguard Properties celebrou um acordo de entrada no capital da Black Oak Company, empresa de construção em madeira que detém uma unidade industrial em Esposende. No âmbito deste investimento estratégico superior a 25 milhões de euros, a Black Oak Company passa para o controlo da Vanguard Properties”, referiu o grupo.
Assim, “a promotora imobiliária pretende expandir a fábrica com vista à duplicação da área de implementação para 20 mil metros quadrados e aumentar a capacidade instalada para uma produção anual de 200 estruturas de casas de madeira (‘woodframe’) e mil em CLT (‘cross-laminated timber’) e customizáveis”, de acordo com a mesma nota.
Segundo a Vanguard, “ao longo dos próximos meses, a fábrica em Esposende será reforçada com o aumento da força de trabalho passando de 40 para 100 colaboradores”, sendo que irá “operar no mercado com a marca KŌZŌWOOD”, destacou, referindo que é uma “estratégia de rebranding alinhada com o posicionamento nos mercados internacionais”.
Para a Vanguard este “é um investimento estratégico que alia a inovação à sustentabilidade, alterando o paradigma no imobiliário em geral e no método construtivo em particular, com casas que são Net Zero Carbon Buildings, isto é, com alta eficiência energética e uma pegada ambiental neutra ou negativa e 90% do processo de construção”.
A empresa acredita que desta forma “estará na vanguarda do setor e tem já previsto a produção de mil casas sustentáveis para os projetos Terras da Comporta e Muda Reserve, cujo início de produção está previsto para o início do quarto trimestre”.
De acordo com o grupo, “os sistemas woodframe e CLT partilham a vantagem de utilizarem um material natural, renovável e reciclável, que promove o reflorestamento, retém o dióxido de carbono e não requer a queima de combustíveis fósseis durante a sua produção”.
“O desenvolvimento de novas tecnologias na engenharia e na arquitetura já permitem que a construção a partir de estruturas em madeira seja hoje uma solução sustentável e competitiva face às estruturas de aço, betão ou alvenaria”, garantiu, indicando que “oferecem ainda maior resistência aos fogos e aos sismos, maior facilidade de transporte e montagem, melhor relação peso/resistência e maior economia dos custos”.
Para a Vanguard, as casas de madeira comercializadas “terão ainda a vantagem de serem produzidas off-site, com cerca de 90% da estrutura em madeira a ocorrer em ambiente fabril e controlado”, uma estratégia que “permite fixar os colaboradores da unidade industrial na região de Esposende, evitando deslocações desnecessárias, promovendo o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, e também reduz a poluição atmosférica, visual e ambiental”.
A Vanguard conta neste momento no seu portefólio “com 22 projetos, urbanos e turísticos”, que se localizam em Lisboa, Oeiras, Algarve e Comporta e somam “uma área bruta de construção de cerca de mil milhões de metros quadrados acima do solo” e um investimento total de cerca de 1,2 mil milhões de euros.
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