Bruxelas saúda reconhecimento “importante” do nuclear e do gás como sustentáveis
“A inclusão das atividades transitórias de gás e nuclear é uma pequena, embora necessária, parte de toda a taxonomia da UE, que se centra nas energias renováveis”, destaca a Comissão Europeia.
A Comissão Europeia considerou esta quarta-feira “importante” o reconhecimento, pelos eurodeputados, da classificação “pragmática e realista” do nuclear e do gás como fontes de energia economicamente sustentáveis do ponto de vista ambiental (taxonomia) na União Europeia (UE).
“Este voto foi um reconhecimento importante da nossa abordagem pragmática e realista que ajuda muitos Estados-membros no seu caminho de transição para a neutralidade climática”, segundo um comunicado do executivo comunitário.
“A inclusão das atividades transitórias de gás e nuclear é uma pequena, embora necessária, parte de toda a taxonomia da UE, que se centra nas energias renováveis”, destaca ainda o comunicado, onde é sublinhado que “as energias renováveis continuarão a ser o foco para os investidores”.
O Parlamento Europeu validou esta quarta-feira a classificação de nuclear e do gás como fontes de energia economicamente sustentáveis do ponto de vista ambiental, ao rejeitar uma moção de objeção à polémica proposta da Comissão Europeia.
Para a proposta do executivo comunitário ser vetada, a moção precisava de reunir 353 votos (maioria absoluta) na votação realizada no hemiciclo de Estrasburgo, França, mas teve apenas 278 votos a favor (328 contra e 33 abstenções), pelo que o ato delegado sobre a taxonomia (sistema de classificação para investimentos ‘verdes’) deverá entrar em vigor a partir de 01 de janeiro do próximo ano, caso o Conselho (Estados-membros) também não levante objeções até à próxima segunda-feira.
Em março passado, a Comissão Europeia propôs um regulamento delegado denominado “taxonomia climática da UE” para incluir atividades específicas nos domínios da energia nuclear e do gás, sob determinadas condições, na lista de atividades económicas sustentáveis do ponto de vista ambiental, o que desencadeou uma forte polémica e divisões, incluindo nas bancadas parlamentares.
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