Regime de “part time” acaba para técnicos de manutenção da TAP
O ministro das Infrestruturas anunciou no Parlamento que a TAP e os técnicos de manutenção chegaram a acordo para pôr fim ao regime de "part time". Greve a horas extraordinária levantada.
O ministro das Infraestruturas anunciou esta manhã no Parlamento o fim do regime de part time aplicado aos técnicos de manutenção da TAP no âmbito do Acordo de Emergência assinado em 2021, depois de sindicato a companhia terem chegado a acordo. Greve às horas extraordinárias será levantada.
O desfecho próximo das negociações já tinha sido indicado pela TAP numa mensagem da comissão executiva esta semana aos trabalhadores, em que apontava este acordo como uma das medidas para reduzir os atrasos e cancelamentos no Humberto. A confirmação chegou esta manhã durante a audição de Pedro Nuno Santos no Parlamento, revelando que as partes fecharam na terça-feira um entendimento.
A redução do horário de trabalho, com o consequente corte no salário, foi uma das medidas aceites pelos técnicos de manutenção no Acordo de Emergência assinado em março de 2021 no âmbito do plano de reestruturação da companhia aérea, de forma a evitar despedimentos. A anulação da medida já vinha a ser reivindicada pelos trabalhadores perante a forte recuperação do tráfego e o aumento das necessidades de manutenção.
“Com a decisão de terminar o part time, o SITEMA e os 666 Técnicos de Manutenção de Aaeronaves (TMA) que representa na TAP levantam também a greve às horas extraordinárias que estava em curso desde agosto de 2021″, afirma o Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (Sitema) num comunicado divulgado ao início da tarde“.
O estrutura sindical diz, no entanto, que continuará a “exigir a reposição dos cortes salariais de 20%, que são totalmente despropositados e estão a tornar-se um forte entrave à normal operação da TAP e a levar a que cada vez mais TMA abandonem a companhia”.
O sindicato alega que “a TAP recuperou grande parte do tráfego perdido em 2019 e os níveis de trabalho estão acima daquilo que era a realidade pré-pandemia. Existem menos TMA e o volume do trabalho é semelhante, ou até maior, do que o existente antes da pandemia”.
O ministro das Infraestruturas foi ouvido na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, por requerimento do PSD, a propósito da classificação atribuída pelo site alemão AirHelp aos aeroportos portugueses, com o Humberto Delgado a ser considerado o pior em 132 infraestruturas em todo o mundo. O Sá Carneiro foi considerado o oitavo pior. O debate acabou por se centrar na polémica à volta da revogação pelo primeiro-ministro do despacho com a proposta de Pedro Nuno Santos para o reforço da capacidade aeroportuária em Lisboa.
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