Comissão prevê que inflação em Portugal dispare para 6,8%
É uma forte revisão em alta para a inflação em Portugal este ano, de 4,4% para 6,8%. Mesmo assim, as previsões da Comissão dizem que Portugal será o quinto país da União com a subida menos acentuada.
Já era previsível e aconteceu. Nas previsões de Verão, Bruxelas aumenta de 4,4% para 6,8% a previsão de inflação para Portugal este ano e para o próximo ano o cenário repete-se. Se nas previsões de Primavera a Comissão Europeia previa uma inflação de 1,9% para 2023, agora estima uma inflação e 3,6% para o próximo ano.
Os números para este ano de Bruxelas ultrapassam as previsões mais recentes do Banco de Portugal (que prevê 5,9% para 2022) e do FMI (que projeta 6,1%). As projeções do Governo, que já estão desatualizadas, apontavam para uma inflação de 3,7% este ano, ou 4% (harmonizada) para efeitos de comparação europeia.
Mesmo assim, nas previsões de Bruxelas, Portugal consegue ficar no grupo dos cinco países que este ano vão ter a inflação mais baixa, só atrás da França, Malta, Finlândia e Suécia. As projeções da Comissão mostram assim que a inflação em Portugal este ano e em 2023 ficará abaixo da média da Zona Euro e da União Europeia.
Para a Zona Euro as previsões deste ano e para 2023 foram aumentadas para 7,6% e 4%, respetivamente, e para o conjunto da União Europeia, as estimativas apontam agora para um valor de 8,3% em 2022 e 4,6% em 2002.
Na nota enviada à imprensa, a Comissão Europeia recorda que a inflação bateu um recorde em junho por causa do aumento dos preços de energia, sendo que a pressão dos preços “já se alastrou a outros bens e serviços”.
Por causa do aumento do preço do gás, e do impacto que terá na fatura elétrica, a inflação homologa na Zona Euro deverá atingir um pico de 8,4% no terceiro trimestre deste ano, e depois começa a abrandar até baixar da fasquia dos 3% no último trimestre de 2023.
Para Portugal, recorde-se que esta semana o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que a inflação em junho foi de 8,7% (ou 9% para efeitos de comparação com os restantes países europeus). A variação média dos últimos 12 meses foi 4,1%.
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