Inflação volta a acelerar para 10,2% em outubro. É a mais alta desde maio de 1992
A inflação atingiu taxa mais elevada desde maio de 1992. Inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, acelerou para 7,1%.
A inflação voltou a acelerar em outubro, atingindo 10,2%, de acordo com a estimativa rápida divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira. É a taxa mais elevada desde maio de 1992, segundo indica o gabinete de estatísticas nacional. A subida de preços já não está só concentrada na energia, já que a inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, acelerou para 7,1%.
A inflação subjacente, que não inclui os produtos com variações mais flutuantes, está assim em máximos de 28 anos, segundo a previsão do INE.
Estes valores contrariam as previsões do Banco de Portugal, que estimava que a variação no índice de preços tinha atingido “o ponto máximo” no terceiro trimestre. A taxa de inflação homóloga foi de 9,3% em setembro, atingindo agora dois dígitos.
Já a “taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá aumentado para 27,6% (taxa superior em 5,4 p.p. face ao mês precedente, destacando-se os aumentos de preços do gás natural)”. Por outro lado, o índice que mede os preços dos produtos alimentares não transformados acelerou para 18,9% (16,9% em setembro), taxa mais elevada desde junho de 1990.
Quanto ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, o indicador utilizado nas comparações europeias, terá registado uma variação homóloga de 10,7% (9,8% no mês anterior).
Estes números são ainda provisórios, sendo que o INE vai divulgar os dados definitivos referentes ao IPC do mês de outubro de 2022 no próximo dia 11 de novembro.
(Notícia atualizada às 11h16)
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