Lidl aumenta 10% o salário de entrada dos trabalhadores no próximo ano
O aumento representa um investimento de 8,4 milhões de euros na folha salarial em 2023, acima dos 7,5 milhões de aumentos em salários este ano.
O Lidl vai aumentar em 10% o salário de entrada dos operadores de loja e entreposto que, já a partir de janeiro do próximo ano, passam a ganhar 820 euros brutos. O aumento representa um investimento de 8,4 milhões de euros na folha salarial em 2023. Depois da Mercadona, a cadeia alemã é a segunda a anunciar aumentos nos salários de entrada para um ano em que o Governo estima, no Orçamento do Estado, uma inflação de 4%. O aumento está acima dos 7,8% previstos para o salário mínimo nacional, para os 760 euros.
“Os nossos colaboradores são o nosso principal foco, pois sem eles o Lidl não seria o que é hoje. Podermos anunciar este aumento salarial, neste período particularmente difícil que atravessamos, era para a empresa de extrema importância, pois assim continuamos a garantir a criação de um emprego estável e de qualidade, que acreditamos marca a diferença na vida das nossas pessoas”, diz Maria Román, administradora de recursos humanos do Lidl Portugal, em comunicado.
Em 2022 a cadeia alemã investiu 7,5 milhões em salários, depois de ter subido, em média, 3% as remunerações dos mais de 9.000 colaboradores no país. Para 2023, “face ao atual contexto socioeconómico”, decidiu reforçar o montante global de investimento para 8,4 milhões, sendo 93% deste montante destinado aos colaboradores de lojas e entrepostos.
O salário de entrada desses trabalhadores sobe para 820 euros, mas os colaboradores nos restantes escalões serão aumentados. Assim, quem está no último escalão passará a receber 1.000 euros”, um aumento de 100 euros, aos quais acrescem os subsídios de férias e Natal.
“As posições que não tiverem uma atualização salarial receberão, pelo menos, 3% do valor bruto anual do seu vencimento, sob a forma de prémio, em março de 2023“, informa a cadeia.
Ao nível de benefícios para os trabalhadores, o retalhista refere ainda o seguro de saúde – com um “valor de mercado de 440 euros”, extensível ao agregado familiar, “em condições muito vantajosas”, independentemente da carga horária do trabalhador – e o subsídio de refeição de 7,63 euros/dia, que representa mais 150 euros/mês por colaborador.
Aumentos acima da inflação
Com esta decisão, o Lidl é a segunda cadeia de retalho alimentar a anunciar aumentos para 2023 acima da inflação prevista pelo Governo no Orçamento do Estado.
Esta quinta-feira, a Mercadona anunciou que iria aumentar 11% o salário de entrada dos trabalhadores, fixando o valor em 1.034 euros brutos/mês. Valor acima dos 2,7% de aumentos realizados em 2022 pela cadeia em Portugal
O retalhista espanhol refere ainda a sua “política de progressão salarial” que resulta num “aumento de 11% anual que permite atingir um salário no valor de 1.414 euros brutos mensais (com duodécimos) num máximo de quatro anos de antiguidade”.
Os trabalhadores podem ainda receber “um prémio anual por objetivos que corresponde a um salário extra, nos primeiros quatro anos, e dois salários extra nos anos seguintes”.
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