Fosun de saída? “Medo é uma cena que não assiste” ao BCP

Miguel Maya diz que banco mantém o apoio dos seus acionistas, incluindo a Fosun, que se prepara para alienar alguns investimentos na Europa para lidar com a dívida de 38 mil milhões.

“O medo é uma cena que não nos assiste”, respondeu o CEO do BCP, Miguel Maya, depois de questionado se receava que a Fosun venda a sua participação de quase 30% por conta das dificuldades financeiras que o grupo chinês atravessa.

O conglomerado da China está a preparar a venda de ativos face à pressão de uma dívida de 38 mil milhões de euros e os investimentos em Portugal estão a ser considerados, avançou a agência Bloomberg na semana passada.

“O que eu tenho sentido dos acionistas é um suporte ao banco ao longo de todo este processo”, prosseguiu Miguel Maya na apresentação dos resultados do BCP. “Já se falou várias vezes na Sonangol e depois ouvia sempre a Sonangol dizer o contrário do que aparecia escrito nos jornais. A Sonangol continua com uma posição no BCP. A Fosun reiterou o apoio e interesse no investimento do BCP”, rematou o gestor.

A Fosun já veio assegurar publicamente que não vai vender a sua posição no BCP. Também garantiu isso em privado, revelou Miguel Maya. “Para mim é suficiente. Não fiz mais nenhuma pergunta porque não careço de mais nenhuma resposta”, adiantou.

Mais do que a eventual incerteza na estrutura acionista, o líder do BCP disse estar concentrado em criar as condições para ter “um banco mais moderno, inovador, com capacidade de merecer a preferência dos clientes, com capacidade de remunerar melhor os trabalhadores e os acionistas”.

Já se falou várias vezes na Sonangol, e depois ouvia sempre a Sonangol dizer o contrário do que aparecia escrito nos jornais. A Sonangol continua com uma posição no BCP. A Fosun reiterou o apoio e interesse no investimento do BCP.

Miguel Maya

CEO do BCP

“O que temos de fazer é, através da geração orgânica de capital, conseguir criar condições para fazer crescer e valorizar o banco. Gostaríamos muito de contar – e temos a expectativa – de continuar a contar com os acionistas, como temos vindo a contar até ao dia de hoje”, afirmou.

O BCP registou lucros de 97 milhões de euros entre janeiro e setembro, o que representa uma subida de 63% em relação ao mesmo período do ano passado.

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