Produção automóvel nacional cresce 9,4% até ao final do terceiro trimestre

Acumulado dos nove meses de 2022 regista 219.640 veículos produzidos em Portugal. Em setembro, a produção nacional foi 7,1% superior face a igual período do ano anterior.

A produção automóvel nacional cresceu 9,4% até ao final do terceiro trimestre de 2022, face a igual período de 2021, segundo dados divulgados esta sexta-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

No acumulado dos primeiros nove meses de 2022, saíram das fábricas portuguesas um total de 219.640 veículos, o que representa um aumento de 9,4% face a igual período do ano anterior. Por sua vez, foram produzidos em Portugal 22.503 automóveis em setembro, um valor que supera o registado no mês homólogo de 2021 em 7,1%.

Os dados de 2022 demonstram ainda que 97,8% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino a exportação, em especial o mercado europeu, que recebe 91,7% da produção nacional. Dentro deste mercado líder, 22,8% dos veículos têm como destino a Alemanha, seguido de 15,1% para França, 11,5% para Itália, e Espanha com 9,4% da produção.

Já no que diz respeito à montagem de veículos pesados, em setembro foram fabricados 13 veículos, o que representa uma queda de 27,8% face a igual mês do ano anterior. Em termos acumulados, nos nove meses de 2022 foi registada uma quebra de 8,3% na montagem de veículos pesados, face a período homólogo de 2021, o que representa 143 unidades entre janeiro e setembro.

Já no que diz respeito à montagem de veículos pesados, em setembro foram fabricados 13 veículos, o que representa uma queda de 27,8% face a igual mês do ano anterior. Em termos acumulados, nos nove meses de 2022 foi registada uma quebra de 8,3% na montagem de veículos pesados, face a período homólogo de 2021, o que representa 143 unidades entre janeiro e setembro.

Nos primeiros nove meses do ano foram exportados 30,8% dos veículos pesados fabricados em Portugal, ou seja, um total de 44 unidades. Dentro deste universo, 54,5% destinaram-se à Alemanha e 45,5% foram para o Reino Unido, sendo estes países os únicos destinos em registo. Apenas foram montados veículos pesados de passageiros pelo nono mês consecutivo.

Dentro da produção de veículos pesados, apenas foram produzidas unidades pesadas de passageiros pelo nono mês consecutivo.

(notícia atualizada às 15h51 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Luísa Salgueiro eleita para a Comissão Executiva da “maior organização mundial de governos locais”

Luísa Salgueiro eleita para a Comissão Executiva da United Cities and Local Governments, considerada a "maior organização mundial de governos locais", para um mandato de quatro anos.

A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) foi eleita para a Comissão Executiva da United Cities and Local Governments (UCLG) – Cidades e Governos Locais Unidos –-, considerada a “maior organização mundial de governos locais”, avança a ANMP em comunicado.

Esta eleição aconteceu, esta sexta-feira, no âmbito do 7.º Congresso Mundial da UCLG, que reúne mais de três mil líderes locais e regionais de 80 países, em Daejeon, na Coreia do Sul.

Além da também presidente da Câmara Municipal de Matosinhos foram nomeados, em simultâneo, mais eleitos locais de outros países, para um mandato de quatro anos que “procurará impulsionar ações pela paz, solidariedade e salvaguarda das aspirações das comunidades locais“, de acordo com a ANMP.

Segundo a associação de defesa dos municípios, a UCLG, com sede em Barcelona, Espanha, foi fundada em 2004, a partir da junção da União Internacional de Autoridades Locais (UICL) e das Organizações das Cidades Unidas (UTO)”, reunindo governos locais e associações regionais e municipais de todo o mundo.

A ANMP adianta ainda que esta entidade “promove a cooperação entre governos locais e na comunidade internacional, prosseguindo o desenvolvimento dos valores da autonomia local, os objetivos e interesses das comunidades locais e suas organizações, no sentido de assegurar uma organização mundial eficiente e democrática”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vai nascer um “bairro alfacinha” de 300 milhões no Campo Grande

Campo Novo é o novo empreendimento da Norfin em Lisboa. Investimento de 300 milhões conta com três condomínios residenciais e quatro edifícios de escritórios unidos por uma zona de comércio.

Vai nascer na área do Campo Grande “um novo conceito de bairro alfacinha”. O Campo Novo é o mais recente empreendimento da Norfin, em Lisboa, e representa um investimento de 300 milhões de euros. O conceito promete não só fomentar como também ligar a “tradicionalidade dos bairros lisboetas” com a “modernidade da cidade contemporânea”, explica a gestora de investimentos.

Com um total de 80.000 m2 de construção acima do solo, o projeto irá contar com três condomínios residenciais (30.300 m2) e quatro edifícios de escritórios (37.600 m2), interligados por uma zona de comércio (12.100 m2). Além destes espaços, o Campo Novo vai ainda contemplar uma área de jardins com 20.000 m2 e mais de 2.200 lugares de estacionamento.

O investimento será maioritariamente assegurado pelo fundo norte-americano King Street Capital Management, que detém o terreno juntamente com o Grupo Arrow Global, dono da Norfin. Francisco Sottomayor, CEO da Norfin, descreve o projeto como um “polo residencial, empresarial e comercial” histórico, nomeadamente pela sua dimensão e pelo novo conceito que acarreta.

Fonte: Norfin

A área residencial será composta por três condomínios com 245 apartamentos entre T1 e T4, com jardins privativos, piscina, rooftop, salas de co-work, kids’ club, ginásio e acesso direto à zona comercial; os preços de venda arrancam nos 380 mil euros. Os moradores poderão contar ainda com o acesso a lugares para carregamento de veículos elétricos e estacionamento para bicicletas com acesso à ciclovia.

No entanto, Miguel Saraiva, diretor executivo, fundador e arquiteto da Saraiva & Associados – a empresa responsável pelo projeto da área residencial -, garante que não será feita uma “rutura com os bairros existentes”. O responsável remata que o projeto irá avançar antes com um novo bairro contemporâneo “onde se pode viver com uma grande qualidade de vida”.

Já a área empresarial prevê quatro edifícios com certificação Leed Gold – que reconhece edifícios de design sustentável -, sendo que cada um dispõe de rooftop com 450 m2. O objetivo desta área passa por atrair empresas em busca de “escritórios vanguardistas, com fortes preocupações de sustentabilidade, com luz natural e com uma oferta completa de serviços”, avança a Norfin em comunicado.

Os escritórios serão projetados pela Reify, detida pela Sonae Sierra, contando com mais de 30 anos de experiência na criação e gestão de espaços urbanos. Para Jorge Morgadinho, diretor executivo da Reify, os escritórios do Campo Novo “oferecem um conceito de espaços flexíveis respondendo às necessidades de trabalho de hoje”. Por este motivo, o diretor executivo considera que estes espaços são o “convite perfeito” para empresas e pessoas que procurem uma nova centralidade.

A zona comercial, por sua vez, irá unir a área residencial e empresarial com 18 lojas, 15 restaurantes, sete quiosques e um supermercado. Esta área será gerida pela Sonae Sierra e o conceito visa conjugar “a qualidade, a proximidade do comércio tradicional e a conveniência do retalho moderno”, acrescenta a mesma nota.

Cristina Santos, diretora executiva da área de Property Management da Sierra, refere ser um motivo de orgulho para a empresa poder contribuir para a “regeneração urbana desta zona emblemática da capital, em linha com a sua nova estratégia de negócio”. Neste sentido, a diretora executiva assegura que a Sierra irá garantir uma oferta comercial de proximidade e complementar entre si, respondendo às necessidades das comunidades locais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa de absentismo entre professores ronda os 8%, maioria com baixa médica

  • Lusa
  • 14 Outubro 2022

O governante indicou que a taxa de absentismo “se tem mantido estável”. Trata-se sobretudo de baixas médicas.

A taxa de absentismo entre os professores tem-se mantido estável nos últimos anos, segundo o ministro da Educação, que disse esta sexta-feira que esse número ronda, atualmente os 8%, a maioria por baixa médica. “De acordo com o último levantamento, a taxa de absentismo ronda os 8%”, afirmou João Costa já na segunda parte do debate parlamentar sobre política setorial, que se prolongou por mais de três horas.

O ministro da Educação respondia à deputada Carla Castro, da Iniciativa Liberal, que voltou a levar à discussão o tema das baixas médicas, levantado por alguns partidos, como o PSD e o BE, que quiseram também conhecer o ponto de situação da contratação das 7.500 juntas médicas anunciadas em agosto e que, segundo João Costa, estão atualmente em fase de adjudicação.

Afirmando que, com a constituição dessas juntas médicas, o Ministério da Educação levanta “uma poeira” de suspeição sobre os docentes que pedem baixa, Carla Castro pediu um balanço atualizado da taxa de absentismo entre os professores e a sua evolução ao longo dos últimos anos.

O governante indicou que a taxa de absentismo “se tem mantido estável” e, de acordo com um esclarecimento do gabinete do Ministério da Educação à Lusa, trata-se sobretudo de baixas médicas, incluindo também faltas de curta duração.

Pelo PS, que à semelhança de outros partidos dividiu o seu tempo por vários deputados, Bruno Aragão considerou que “o melhor preditor do comportamento futuro é sempre o comportamento passado”, criticando que os problemas referidos pela oposição nesta área sejam sempre apresentados como se tudo estivesse por fazer, dando o exemplo de debates no parlamento sobre amianto, manuais escolares ou psicólogos nas escolas, questões que afirma que o PS resolveu.

Para o deputado socialista, não se pode dizer que Portugal tem “a melhor geração de sempre” e depois dizer que foi “a pior escola de sempre” que a preparou, admitindo que ainda há trabalho a fazer e aproveitando para questionar o ministro sobre a implementação do plano de recuperação das aprendizagens devido à pandemia de covid-19.

João Costa destacou a componente de monitorização do programa, um dos eixos do Plano 21|23 Escola+, afirmando que essa monitorização está a ser feita, já com um conjunto de análises quantitativas que daí resultaram, como os estudos de aferição amostral e o estudo de diagnóstico realizados pelo IAVE.

Sobre este tema, a deputada Cláudia André, do PSD, já tinha considerado que os dados que resultam dessas avaliações são insuficientes, por não incluírem “todas as escolas e todos os alunos”, sublinhando que, ainda assim, “revelam grandes lacunas”.

Também Carla Castro, da Iniciativa Liberal, referiu a recuperação das aprendizagens, afirmando que o partido não se revê “no otimismo sobre o evoluir do plano” e no que respeita aos processos de avaliação e aferição. “Temos de ser bastante mais ambiciosos”, defendeu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Web Summit esgota bilhetes a quase duas semanas do arranque

Cimeira tecnológica nunca tinha esgotado tão cedo. Vai contar com o mesmo número de participantes de 2019, o último ano antes da pandemia.

Já não há bilhetes para a Web Summit de 2022. Nunca tinha esgotado tão cedo uma edição da cimeira tecnológica. No entanto, o evento vai ter o mesmo número de participantes de 2019. Entre 1 e 4 de novembro vão estar mais de 70 mil participantes na FIL e no Altice Arena, em Lisboa, refere o comunicado da organização, divulgado nesta segunda-feira. Além disso, estarão presentes 2.300 startups de mais de 100 países, assim como 1.040 oradores.

“No início de 2021, parecia que a Web Summit poderia não sobreviver a esse ano. Como equipa, seguimos juntos e, de alguma forma, conseguimos fazer a edição de 2021. Nos últimos 18 meses temos tido uma recuperação extraordinária, da quase morte em 2021 para o nosso melhor ano de sempre, em 2022″, refere o líder da Web Summit, Paddy Cosgrave.

Fica por cumprir, no entanto, a ambição do Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa pretendia que estivessem 100 mil participantes na edição deste ano. Contudo, não houve nenhuma expansão do espaço da FIL, conforme o ECO escreveu no final de setembro.

A dimensão do recinto, no entanto, vai crescer. “Para a Web Summit 2022 estamos a aumentar a pegada total do evento para o maior número de sempre. O nosso recorde anterior tinha sido estabelecido em 2019, com 183.292 metros quadrados. Em 2022, vamos crescer para 204.386 metros quadrados”, escreveu Paddy Cosgrave no início de setembro através de uma publicação na rede social LinkedIn.

Além da Altice Arena, o evento vai utilizar “exatamente o mesmo espaço que ocupou em 2019” na FIL: “os pavilhões 1, 2, 3, 4 e multiusos [entre os pavilhões 2 e 3], áreas exteriores entre pavilhões, a Praça Sony, o PT Meeting Center e a Praça FIL. Sabemos que a rua pública entre o Pavilhão 4 e a Praça Sony também será ocupada, à semelhança do que aconteceu em 2019”, esclareceu ao ECO, na altura, fonte oficial da Fundação AIP, dona da Feira Internacional de Lisboa.

A edição deste ano também vai ficar marcada pelo surgimento de quatro novos palcos:

  • Verified – para receber criadores de conteúdos e influenciadores;
  • Book Summit – para receber pensadores, escritores e académicos das áreas da crítica literária, não-ficção e ficção;
  • Security Summit – espaço para falar sobre regulação e cumprimento das regras no metaverso, cibersegurança e Web3;
  • Crypto – palco para falar sobre “a próxima grande evolução da internet”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal de Contas português vai ser auditor externo do laboratório de partículas CERN

Instituição portuguesa foi a escolhida num concurso público internacional dirigido aos Tribunais de Contas dos vários Estados-membros. Vai ser auditor externo do CERN entre 2023 e 2025.

O Tribunal de Contas (TdC) português foi o escolhido para ser o auditor externo do laboratório de física de partículas CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear), em Genebra, na Suíça. A instituição portuguesa vai cumprir um mandato de três anos, que arranca a 1 de janeiro de 2023 e se prolonga até 2025.

“A candidatura portuguesa foi entregue há mais de um ano, na sequência de um concurso público internacional dirigido aos Tribunais de Contas dos vários Estados Membros e acabou por ser a escolhida no final do mês de setembro”, adianta o TdC, em comunicado.

A equipa do Tribunal de Contas que vai trabalhar com o CERN, conhecido por ter o maior e mais potente acelerador de partículas do mundo, ao longo do triénio 2023-2025 inclui seis pessoas coordenadas por uma Juíza Conselheira, adiantam.

“Esta não é a primeira vez que o Tribunal de Contas é auditor externo” de organizações internacionais, recorda o órgão, entre os quais a ESA (Agência Espacial Europeia), ESO (Organização Europeia para a Observação Astronómica do Hemisfério Sul), IUE (Instituto Universitário Europeu), EUMETSAT (Organização Europeia de Satélites Meteorológicos), EUROCONTROL (Organização Europeia de Navegação Aérea), EMBL (Organização Europeia de
Biologia Molecular), CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e Organização Ibérica de Nanotecnologia.

O CERN junta-se agora a esta lista, desenvolvendo um trabalho que se aplica em áreas como a energia, tecnologias de informação e comunicação, saúde e engenharia. A organização dedicada à investigação nuclear abrange 23 Estados-membros e outros estados associados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

Rádio Comercial segue na liderança das audiências

Analisando por grupos, o Bauer Media Audio Portugal obtém nesta quarta vaga do estudo uma AAV de 30,5% (o Grupo Renascença Multimédia de 26,8% e Grupo RTP de 7%.

A Rádio Comercial mantém-se como a estação mais ouvida do país, ao registar uma audiência acumulada de véspera (AAV) de 21%, em setembro. Em relação ao mês homólogo a rádio liderada por Pedro Ribeiro cresceu 1,6 pontos percentuais (p.p.). Os dados compilados entre 3 de maio e 28 de setembro (quarta vaga) revelam uma queda de um ponto percentual face à vaga anterior (3 de março e 28 de junho), período no qual bateu todos os recordes de audiência. O reach semanal situa-se agora nos 41,5% e o share de audiência nos 28,5%.

Na segunda posição, com uma AAV de 19,3%, prossegue a RFM. A estação do grupo Renascença Multimédia regista uma variação positiva de 0,3 p.p. na comparação homóloga e um decréscimo de 0,4 p.p. em relação à vaga homóloga deste ano. O reach semana é de 39,8% e o share de audiência de 22,7%.

Na terceira posição surge a M80, detida tal como a Comercial pelo grupo Bauer Media, com uma AAV de 7,8%, percentagem que traduz um decréscimo de 0,1% em relação à vaga anterior do estudo, divulgada em julho, e um crescimento homólogo de 0,1 p.p.. O reach semanal é de 18,5% e o share de audiência de 8,1%.

A Rádio Renascença, com uma AAV de 6,4%, aparece na quarta posição, seguindo-se, a fechar o top 5 do Bareme Rádio (estudo regular de audiências elaborado pela Marktest), a Cidade FM, com uma AAV de 5,2%.

Seguem-se a Antena 1 (4,5%), Mega Hits (3,5%), TSF (3,4) e a Antena 3 (2,3%). Com uma AAV de 0,9% surge agora a Smooth FM, a Rádio Observador e a Rádio NoAr. Nas posições seguintes está a Rádio Nova Era e a Rádio Meo Sudoeste (0,6%) e, por fim, a Antena 2 e a Rádio Amália (0,5%), terminando o estudo com estas estações.

Analisando por grupos, o Bauer Media Audio Portugal obtém nesta quarta vaga do estudo uma AAV de 30,5%, o Grupo Renascença Multimédia de 26,8% e Grupo RTP de 7%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há quatro escritórios de advogados portugueses no top mundial dos mais inovadores do FT

A Vieira de Almeida, a PLMJ, a Abreu Advogados e a Morais Leitão são os quatro escritórios de advogados portugueses que surgem entre os mais inovadores no ranking anual do Financial Times.

No que toca à inovação, existem quatro escritórios de advogados portugueses no ranking anual do Financial Times. A Vieira de Almeida (VdA), a PLMJ, a Abreu Advogados e a Morais Leitão são as sociedades destacadas internacionalmente.

A VdA é a sociedade de advogados que surgem, entre as portuguesas, em primeiro lugar, ocupando a posição 23 no ranking geral. O escritório de advogados liderado por Paula Gomes Freira obteve uma pontuação total de 68.8.

No 28.º lugar surge a PLMJ. A firma liderada por Bruno Ferreira alcançou uma pontuação de 64.1. Em 31.º e 36.º ficaram classificadas a Abreu Advogados, com 62.1, e a Morais Leitão, com 56, respetivamente.

A nível global, o escritório com melhor classificação foi o britânico Ashurst, com uma pontuação de 86.7.

Os escritórios de advogados foram classificados com base nos critérios de inovação, pessoas (políticas de recursos humanos, diversidade de género, políticas de inclusão e de regresso ao trabalho), digital (uso de dados e tecnologia), menções de clientes (número de recomendações recebidas por criatividade jurídica, abordagem na prestação de serviços jurídicos e impacto positivo) e crescimento financeiro. A análise ficou a cargo da RSGI.

O FT Innovative Lawyers Europe 2022 é um sistema de classificação, relatório e premiação de advogados. O FT e seu parceiro de pesquisa, RSGI, desenvolveram uma metodologia única para classificar advogados em inovação. Escritórios de advocacia e equipes jurídicas internas foram convidados a fazer apresentações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Truss demite ministro das Finanças e chama Hunt para estabilizar Reino Unido

  • ECO
  • 14 Outubro 2022

Liz Truss decidiu afastar Kwasi Kwarteng, responsável pelo plano financeiro que causou o caos nos mercados. Já há sucessor na pasta das Finanças do Governo britânico: Jeremy Hunt.

Liz Truss demitiu esta sexta-feira Kwasi Kwarteng de ministro das Finanças, após 38 dias no cargo. “O que fiz hoje foi para assegurar que temos estabilidade económica” no Reino Unido, explicou a primeira-ministra britânica aos jornalistas, assegurando que se vai manter na liderança do Governo, apesar da enorme pressão externa e interna. Já há sucessor na pasta das Finanças: Jeremy Hunt.

“Estou absolutamente determinada em cumprir o que prometi: promover um maior crescimento económico no Reino Unido e maior prosperidade para enfrentarmos a tempestade que temos pela frente”, vincou Truss numa curta conferência de imprensa, dizendo que fez o mais correto ao avançar com uma troca nas Finanças: “Agi decisivamente para assegurar estabilidade económica. Isso é de crucial importância para as pessoas e empresas em todo o país”.

Ao mesmo tempo, anunciou uma inversão de marcha na decisão de congelar os impostos sobre as empresas, o que significa que a taxa vai aumentar de 19% para 25% em abril, medida que permitirá arrecadar uma receita fiscal adicional de 18 mil milhões de libras. Truss reconheceu que partes do seu mini-orçamento “foram além e mais rapidamente do que os mercados estavam à espera”.

“Precisamos de agir agora para assegurar aos mercados a nossa disciplina orçamental”, sublinhou.

Depois de tomar posse a 6 de setembro, Kwarteng fica na história do Reino Unido como o ministro das Finanças com menos tempo em funções desde 1970, num esforço de Truss para recuperar a sua credibilidade e a do seu Executivo, que parecem cercados pelos mercados e pelo próprio Partido Conservador.

Kwarteng estava em viagem nos EUA, a propósito de um evento promovido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) com ministros das Finanças de todo o mundo, mas teve de encurtar a visita a Washington para se apresentar com urgência em Downing Street para Liz Truss lhe comunicar a sua demissão.

“Pediu-me para me afastar como seu ministro das Finanças. Eu aceitei”, diz a carta de demissão que apresentou junto de Truss e que Kwarteng publicou no Twitter.

Em resposta, Truss disse: “Como amigo e colega de longa data, lamento profundamente perdê-lo no governo. Partilhamos a mesma visão.”

O plano financeiro de Kwarteng para a economia britânica foi apresentado no mês passado e incluía cortes fiscais de mais de 50 mil milhões de euros para animar a economia, mas foi mal recebido pelos investidores, receosos com o impacto das medidas nas contas públicas.

As obrigações do Tesouro afundaram, assim como a libra britânica caiu para mínimos de muitos anos, obrigando o Banco de Inglaterra a intervir no mercado através da compra de títulos de dívida para evitar que os fundos de pensões fossem arrastados para o caos financeiro.

Desde que o plano de choque foi anunciado que Truss e Kwarteng enfrentavam uma crescente pressão para reverter as medidas, com a primeira-ministra a procurar a sobrevivência dentro do partido, já que as sondagens apontavam para uma enorme perda de confiança dos eleitores nos conservadores. Há quem discuta publicamente a sua saída, após substituir Boris Johnson há poucas semanas.

Truss terá agora de encontrar, juntamente com o novo ministro das Finanças – Jeremy Hunt, ex-secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Saúde –, um novo pacote de cortes na despesa pública e aumentos de impostos no sentido de recuperar a credibilidade junto dos investidores e da Câmara dos Comuns, que terá de dar luz verde.

“Se o Governo não fizer uma inversão de marcha, os mercados irão reagir mal”, disse Rupert Harrison, gestor da Blackrock e antigo conselheiro do ex-ministro das Finanças George Osborne no Twitter.

A economista do Credit Suisse Sonali Punhani adiantou que os investidores precisam de ver um plano orçamental credível, no valor de 60 mil milhões de libras em reversões de cortes de impostos anunciados por Kwarteng e mais reduções nos gastos do Governo.

“Será um desafio apresentar cortes nesta dimensão, mas para serem credíveis, estes cortes têm de ser anunciados mais cedo do que tarde”, frisou Punhani, citado pela agência Reuters.

(Notícia atualizada às 16h00)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quase 40% das empresas tiveram prejuízos no último ano

Em 2021, os negócios portugueses continuavam menos rentáveis do que antes da pandemia. Vendas recuperaram e autonomia financeira prosseguiu trajetória de crescimento, mostram dados do BdP.

A percentagem de empresas que apresentaram resultados líquidos negativos em 2021 foi de 39,1% em Portugal, tendo descido face ao ano anterior (44,5%), que coincidiu com o início da pandemia, mas ficando ainda acima do valor de referência pré-Covid (36,9%). Está agora ao nível de 2015, após a saída da troika.

Os dados do Banco de Portugal mostram ainda que um terço das empresas (33%) apresentaram EBITDA negativo (38% em 2020) e que em 14,8% dos negócios o EBITDA gerado não foi suficiente para cobrir os gastos de financiamento, quase quatro pontos acima na comparação homóloga.

Ainda assim, na sequência do aumento de atividade e dos níveis de rendibilidade, o banco central indica que “os indicadores de risco apresentaram sinais de melhoria”, tendo a redução da percentagem de empresas em potencial situação de risco sido transversal à generalidade dos setores.

As estatísticas apuradas com base na Informação Empresarial Simplificada (IES) confirmam que, em 2021, o volume de negócios das empresas aumentou 15,2% face a 2020 e 4,6% em relação a 2019. Porém, na comparação com o nível anterior à pandemia, os setores ligados ao turismo ficaram ainda aquém desse registo.

O boletim publicado esta sexta-feira pelo BdP revela ainda que a rendibilidade do ativo (rácio entre o EBITDA e o total do ativo) subiu para 7,6% em 2021, igualando 2019; e que a rendibilidade dos capitais próprios (rácio entre o resultado líquido e o capital próprio) atingiu 8,3%, mais do que duplicando a percentagem de 2020 (3,5%) e ultrapassando os 7,4% observados em 2019.

Os setores mais penalizados com a quebra da atividade em 2020 — como é o caso dos transportes e armazenagem, e do alojamento e restauração — alcançaram valores de EBITDA positivos em 2021, mas ainda permaneceram com resultados líquidos e rendibilidade dos capitais próprios negativos.

Antes do início da guerra na Ucrânia, as empresas portuguesas mantiveram a trajetória de aumento da autonomia financeira. “No seu conjunto, continuaram a reforçar os capitais próprios, e a autonomia financeira (medida pelo peso do capital próprio no balanço) aumentou para 38,7% (38% em 2020). Este incremento observou-se na generalidade dos setores, com destaque para o dos transportes e armazenagem, que apresentou um aumento de 4,6 pontos percentuais, para 23,4%”, lê-se no relatório do BdP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo cria reserva estratégica de gás natural

  • Lusa
  • 14 Outubro 2022

Governo criou uma reserva estratégica de gás natural e estabeleceu medidas extraordinárias e temporárias de reporte de informação e de garantia da segurança de abastecimento de gás.

O Governo criou uma reserva estratégica de gás natural e estabeleceu medidas extraordinárias e temporárias de reporte de informação e de garantia da segurança de abastecimento de gás, para vigorarem por dois anos, segundo o diploma publicado esta sexta-feira.

“Não pode excluir-se que eventos extraordinários possam vir a colocar em causa a garantia de abastecimento de gás natural ao Sistema Nacional de Gás (SNG), pelo que importa instituir preventivamente medidas excecionais e temporárias”, explica o Governo, no preâmbulo do decreto-lei publicado em Diário da República.

O diploma determina que os encargos associados à constituição e manutenção da reserva estratégica, incluindo a utilização de infraestruturas reguladas, são integralmente suportados pelos comercializadores de gás em regime de mercado e pelos comercializadores de último recurso retalhistas, mediante prestações pecuniárias mensais a efetuar em benefício da Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), com base nos consumos efetivos da sua carteira de clientes.

“Em caso de perturbação da segurança do abastecimento cabe ao membro do Governo responsável pela área da energia, sob proposta do gestor técnico global do sistema, determinar a mobilização da reserva estratégica”, lê-se no diploma.

A ENSE pode proceder à venda parcial da reserva estratégica mediante autorização do membro Governo responsável pela área da energia, mas a venda da reserva estratégica a preço inferior ao do custo médio de aquisição exige ainda autorização do membro do executivo responsável pela área das finanças, e deve ser devidamente fundamentada, segundo o novo regime.

No preâmbulo do diploma, o Governo começa por lembrar que o conflito armado na Ucrânia tem provocado instabilidade no setor energético, colocando desafios adicionais no que respeita não só aos preços, mas também no domínio da segurança de abastecimento de gás.

A instituição de obrigações adicionais de reporte de informação e um mecanismo de último recurso para garantia de abastecimento pelo comercializador do SNG, o maior agente em volume de gás comercializado, estão previstos no diploma, que estabelece a categoria de operador dominante no SNG, bem como o procedimento aplicável à identificação destes operadores, que podem, mediante uma portaria da tutela da energia, ficar sujeitos a obrigações específicas.

Entre estas obrigações estão a cedência de capacidade contratual de aprovisionamento subjacente a contratos de aquisição de gás natural celebrados com entidades de países terceiros à União Europeia e que sejam contratos de longo prazo em regime de ‘take or pay’, a imposição da diversificação das origens de aprovisionamento e, ainda, a possibilidade de obrigação de celebração de acordo de criação de mercado no âmbito do mercado organizado de gás com obrigação de apresentação de ofertas de compra e de venda.

“A determinação destas obrigações depende de um exercício de avaliação da necessidade, proporcionalidade e adequação”, explica o executivo no diploma.

O executivo estabelece, ainda, uma reserva de segurança adicional destinada a garantir a capacidade de cumprimento pelo comercializador das suas obrigações perante a respetiva base de clientes, explicando serem diferentes das reservas de segurança que são calculadas com base nos consumos previstos dos designados ‘consumidores protegidos’.

“Diferentemente, as reservas de segurança adicionais previstas no presente decreto-lei têm por base, para além destes consumidores, toda a base de clientes de cada comercializador, atento o interesse público de garantia da segurança de abastecimento”, justifica.

Para além disso, também no domínio da segurança de abastecimento de gás, o Governo decide reforçar as reservas do SNG “fazendo acrescer às reservas de segurança existentes uma reserva estratégica” da titularidade do Estado.

Ainda neste âmbito, o diploma cria um mecanismo competitivo de participação livre de grandes consumidores finais de gás destinado a assegurar a colocação no mercado dos excedentes voluntariamente gerados pela redução de consumo daqueles consumidores e que será acionado pelo gestor técnico global do sistema quando se verifique uma falha de abastecimento em resultado do incumprimento por parte de um comercializador do SNG, que não possa ser suprida pela aquisição do gás necessário para o efeito em mercado organizado gestor técnico global do sistema.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Menos de um terço dos frigoríficos é eliminado corretamente

  • Lusa
  • 14 Outubro 2022

A não recolha adequada dos gases de refrigeração dos frigoríficos levou à libertação de 78,6 toneladas de gases, equivalente a 226 mil toneladas de dióxido de carbono.

Menos de um terço dos frigoríficos velhos foi eliminado corretamente em 2020, levando à libertação de gases com efeito de estufa equivalentes a 2,6 milhões de viagens de carro Lisboa-Porto, ida e volta, indica um estudo divulgado esta sexta-feira.

O estudo, da associação ambientalista Zero, é divulgado a propósito do Dia Internacional dos Resíduos Elétricos, e dá conta de que a não recolha adequada dos gases de refrigeração dos frigoríficos levou à libertação de 78,6 toneladas desses gases, que são equivalentes a 226 mil toneladas de dióxido de carbono.

Os gases de refrigeração utilizados nos frigoríficos possuem, muitos deles, um elevado potencial de aquecimento global, nota a Zero num comunicado sobre o estudo e sobre o Dia Internacional dos Resíduos Elétricos, instituído para sensibilizar a população mundial para a importância da reciclagem e reutilização dos resíduos em causa.

Deixar que esses gases se libertem “equivale aos gases de estufa libertados em 2,6 milhões de viagens ida e volta de um carro a gasolina entre Lisboa e o Porto”, salienta-se no comunicado.

Segundo os dados da associação, em 2020 apenas foram recolhidos e encaminhados para tratamento adequado 27,8% dos frigoríficos que foram descartados nesse ano, pelo que nos restantes o gás na espuma e nos compressores dos frigoríficos acaba por ser libertado para a atmosfera.

Mas a Zero alerta também que cerca de 40% dos frigoríficos que chegam às empresas de tratamento já não possuem compressor (motor), sendo que em muitos dos casos os compressores contêm pouco ou nenhum gás, uma vez que possuem os circuitos exteriores danificados.

No estudo a Zero identifica três razões para a “má gestão dos frigoríficos”, uma delas porque a maioria dos comerciantes não recolhe o frigorífico velho quando entrega um novo.

Apesar a lei obrigar a essa recolha, diz a Zero que os dados indicam que a lei não está a ser cumprida e que só 30% dos frigoríficos usados estão a ser recolhidos e encaminhados para tratamento.

Outro motivo para a má gestão, ainda de acordo com o comunicado, prende-se com o ecovalor pago por quem coloca os frigoríficos no mercado ser demasiado baixo para cobrir os custos de recolha e tratamento, e o terceiro com a falta de inspeção das empresas (sucateiros) que recebem ilegalmente frigoríficos usados e não tiram nem tratam os gases de refrigeração.

No Dia Internacional dos Resíduos Elétricos o Electrão, uma das entidades gestoras de, nomeadamente, equipamentos elétricos e eletrónicos, divulgou também um estudo internacional que dá conta que em cada casa europeia existem em média 74 pequenos equipamentos elétricos, 13 deles fora de uso, ainda que sete deles funcionem (só não são utilizados).

O estudo, entre junho e setembro deste ano, baseou-se num inquérito em seis países: Portugal, Países Baixos, Itália, Roménia, Eslovénia e Reino Unido.

Num comunicado o Electrão cita estimativas que indicam que estão em utilização no mundo cerca de 16 mil milhões de telemóveis, com cerca de 5,3 mil milhões a ser transformados em resíduos até final do ano, ainda que só uma pequena parte seja corretamente encaminhada para reciclagem.

Além de telemóveis, outros pequenos aparelhos elétricos são muitas vezes colocados no lixo comum, perdendo-se assim materiais raros que podiam ser reaproveitados, nota-se no comunicado.

Segundo o Electrão os telemóveis lideram em Portugal os equipamentos elétricos que os portugueses mais acumulam em casa sem utilizar, seguindo-se os acessórios de informática e os pequenos eletrodomésticos.

O estudo indica que o que principalmente leva os portugueses a conservar equipamentos que não usa é a crença de que poderá usar esses objetos no futuro.

A propósito do dia que hoje se comemora o Electrão desenvolveu uma instalação de equipamentos elétricos na zona de Belém, em Lisboa, para alertar para a importância da reciclagem dos equipamentos elétricos usados e para o papel e a responsabilidade que cada cidadão tem nesta ação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.