Taxas Euribor sobem a seis meses e descem a três e 12 meses
A Euribor a seis meses avançou para 2,198%, enquanto as taxas nos prazos de três e 12 meses caíram para 1,726% e 2,673%, respetivamente.
As taxas Euribor desciam esta quarta-feira a três e a 12 meses, face a segunda-feira, mas subiam a seis meses, a taxa mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação.
- A Euribor a seis meses avançou para 2,198%, mais 0,030 pontos, contra um novo máximo desde fevereiro de 2009, de 2,132%, verificado em 24 de outubro. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,837% em agosto para 1,596% em setembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
- No prazo de 12 meses, a Euribor descia, ao ser fixada em 2,673%, menos 0,013 pontos do que na terça-feira, depois de ter subido na sexta-feira para 2,778%, um novo máximo desde dezembro de 2008. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 1,249% em agosto para 2,233% em setembro.
- A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também caia esta quarta-feira, ao ser fixada em 1,726%, menos 0,011 pontos do que na terça-feira. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,395% em agosto para 1,011% em setembro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Os analistas antecipam que na reunião da Reserva Federal dos EUA (Fed) desta quarta-feira poderá sair uma nova subida das taxas de juro de 75 pontos base para 3,75%, o nível mais alto desde dezembro de 2007.
Além da reunião da Fed, que termina hoje, o Banco de Inglaterra reúne-se na quinta-feira e os mercados também antecipam uma subida das taxas de juro, atualmente em 2,25%, para travar a subida da taxa de inflação, atualmente em 10,1%.
A presidente do BCE confirmou, na terça-feira, que a subida das taxas de juro ainda não terminou e prosseguirá nas próximas reuniões de política monetária, para atingir o objetivo de médio prazo de uma inflação de 2%. “Desde julho aumentámos as taxas em 200 pontos base, o maior aumento na história do euro. Mas ainda não terminámos“, afirmou Christine Lagarde numa entrevista publicada pelo BCE.
Em 8 de setembro, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho, tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação. A evolução das taxas de juro Euribor está ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
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