BCP excede requisitos mínimos de rácios de capital exigidos pelo BCE

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2022

O Tier 1 exigido para 2023 é de 11,38% face aos 12,3% que o banco diz ter implementado na mesma data.

O BCP indicou esta quarta-feira que excede os requisitos mínimos de rácios de capital exigidos pelo BCE a partir de 1 de janeiro de 2023 em “matéria de CET1, Tier 1 e rácio total”, segundo um comunicado ao mercado.

Assim, o BCP informou que tinha recebido a decisão do Banco Central Europeu (BCE) no âmbito do Supervisory Review and Evaluation Process (SREP) sobre os requisitos mínimos prudenciais que deverão ser respeitados em base consolidada a partir de 01 de janeiro de 2023”.

“Adicionalmente, o BCP tinha sido anteriormente informado pelo Banco de Portugal sobre a reserva de fundos próprios que lhe é exigida na qualidade de “outra instituição de importância sistémica” (O-SII)”, disse o banco, numa nota publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“As decisões referidas anteriormente estabelecem, no que respeita aos requisitos mínimos de fundos próprios a observar a partir de 01 de janeiro de 2023″ rácios determinados “em função do valor total dos ativos ponderados pelo risco (RWA)”, explicou.

Segundo o banco, os ‘buffers‘ (almofadas de capital) exigidos “incluem a reserva de conservação de fundos próprios (2,5%), a reserva contra cíclica (0%) e a reserva para outras instituições de importância sistémica (O-SII: 1,0%)”. Assim, “tendo em conta os rácios observados em 30 de setembro de 2022, o BCP excede os rácios mínimos exigidos em matéria de CET1, Tier 1 e rácio total”.

De acordo com os dados publicados pelo banco, o Common Equity Tier 1 (CET1) exigido pelo BCE é de 9,41%, sendo que o BCP contava no dia 30 de setembro com 11,4%. Já o Tier 1 exigido para 2023 é de 11,38% face aos 12,3% que o banco diz ter implementado na mesma data, sendo o total determinado pelo BCE de 14,00%, quando a instituição conta com 15,1%.

Os rácios de capital são indicadores de solvabilidade de um banco, sendo contabilizados em função dos ativos ponderados pelo risco. O Common Equity Tier 1 é uma medida de avaliação da solvabilidade de um banco.

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