Redução do défice e dívida “coloca-nos ao abrigo das turbulências do passado”
Primeiro-ministro garante, na tradicional mensagem de Natal, que Portugal está a responder à crise e que está a aproximar-se dos países mais desenvolvidos da Europa.
“A trajetória sustentada de redução do défice e da dívida coloca-nos ao abrigo das turbulências do passado“, afirmou o primeiro-ministro António Costa na mensagem de Natal deste ano de 2022, marcada pela invasão da Ucrânia. Uma referência implícita ao pedido de resgaste em 2011 com o Governo de Sócrates e à entrada da troika. A dívida pública deverá cair este ano para um valor em torno dos 118%, mas ainda assim no topo dos países do euro, enquanto o défice público deverá fechar o ano em torno dos 1,5%.
Numa curta intervenção, António Costa aponta as consequências da guerra, o primeiro ponto desta mensagem. “Este ano, a inflação atingiu níveis que não vivíamos há três décadas; as taxas de juro subiram para valores que os mais novos não conheciam; e a fatura da energia cresceu, tanto para as famílias como para as empresas“, afirma o primeiro-ministro. Mas garante que Portugal tem-se aproximado das economias mais desenvolvidas da Europa. “Só com este sentido de comunidade, de partilha, de solidariedade é que temos conseguido continuar a aproximar-nos das economias mais desenvolvidas da Europa, com o investimento das empresas, as exportações e o emprego a crescerem”, afirmou Costa, apesar de ainda há poucos dias, o INE ter revelado que, em 2021, o Produto Interno Bruto ‘per capita’ em Paridades de Poder de Compra [PPC] caiu 1,1 pontos percentuais, para 75,1% da média da União Europeia em 2021.
Neste discurso de natal, Costa aponta para a resposta à crise. “Solidariamente, temos enfrentado estas dificuldades. Famílias, empresas, instituições do setor social, autarquias, Estado, estamos a lutar, lado a lado, para não deixar ninguém para trás, para proteger o emprego, para continuar a recuperar das feridas da pandemia, na economia, nas aprendizagens, na saúde, tanto física, como mental”
Neste contexto, para António Costa, a palavra-chave para cumprir os desafios estratégicos do país é “confiança”. “Reduzir as desigualdades, acudir à emergência climática, assegurar a transição digital e vencer o desafio demográfico“.
A concluir, salientou três condições para o próximo ano: “Paz, solidariedade e confiança são as três mensagens que neste Natal de 2022 quero partilhar com todos os que vivem e trabalham em Portugal e com os portugueses que nos seguem de cada ponto da nossa diáspora“.
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