Lisboa lidera ganhos na Europa à boleia do disparo de mais de 5% da Nos e CTT

  • ECO
  • 3 Outubro 2022

Bolsa de Lisboa encerrou em terreno positivo. Wall Street abriu em alta. Preços do petróleo estão a disparar 5% esta segunda-feira.

A bolsa nacional arrancou a semana em terreno positivo, com uma valorização de 1,49%, com a ajuda da NOS e CTT. Em Wall Street o sentimento é igualmente de ganhos, com os índices a tentarem recuperar das perdas registadas em setembro.

Os preços do petróleo sobem mais de 5% esta segunda-feira, antecipando a decisão da OPEP+ de cortar a produção em mais de um milhão de barris por dia, uma redução que, caso venha a verificar-se, será a maior desde a pandemia.

A OPEP+, que integra os principais exportadores de petróleo e os aliados, como a Rússia, vai reunir na quarta-feira e é esperada uma redução substancial dos níveis de produção — entre 500 mil e um milhão de barris por dia para dar suporte aos preços.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

A reunião da ministra da Presidência com os sindicatos da Função Pública é o destaque da agenda no início desta semana.

A reunião da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, com os sindicatos para discutir os aumentos na Função Pública marca o início desta semana. Nota ainda para a divulgação de dados, em Portugal, relativos à dívida pública e aos índices de produção industrial. No estrangeiro, o Eurostat vai revelar o número de licenças de construção entre abril e junho na União Europa. Nota ainda para a entrega do Prémio Nobel da Medicina ou da Psicologia.

Reunião com sindicatos da Função Pública

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, reúnem-se com os sindicatos de trabalhadores da Administração Pública para discutirem a proposta de aumento dos salários para 2023. O STE é recebido pelas 11h30, seguido pela FESAP (15 horas) e a Frente Comum (16h30).

Dívida pública

O Banco de Portugal vai divulgar a nota de informação estatística relativa aos níveis de dívida pública de agosto. Em julho, a dívida pública, na ótima de Maastricht, tinha diminuído em 1,4 mil milhões de euros, para 279,2 milhões de euros, devido a amortizações de títulos de dívida, sobretudo de curto prazo.

Produção industrial em agosto

O Instituto Nacional de Estatística vai divulgar os índices de produção industrial relativos a agosto. Os dados permitirão descortinar se há um agravamento ou alívio dos efeitos da subida dos preços nesta área de atividade da economia.

Licenças de construção na Europa

O gabinete de estatísticas Eurostat vai revelar o número de licenças de construção emitidas pelos 27 países da União Europeia entre abril e junho de 2022. Os dados permitem avaliar se persistem os efeitos da subida dos custos dos materiais para a construção.

Início dos Prémios Nobel 2022

O anúncio do Nobel da Medicina ou da Psicologia, pelas 10h30 (hora de Lisboa), marca o arranque da edição de 2022 dos prémios entregues pelas academias da Suécia e da Noruega. Na segunda, será entregue o galardão do Instituto Karolinska, na Suécia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mota-Engil procura 50 milhões de euros para continuar a crescer além-fronteiras

A mais recente emissão obrigacionista da construtora arranca hoje. A construtora acena com um juro de 5,75% e um prémio que pode ir até 1,25 euros por obrigação.

A Mota-Engil volta hoje ao mercado obrigacionista com uma emissão associada a critérios de sustentabilidade. A construtora liderada por Gonçalo Moura Martins pretende angariar 50 milhões de euros junto dos pequenos investidores, através de um novo empréstimo obrigacionista denominado de “Obrigações Mota-Engil 2027”.

A operação arranca hoje a partir das 8h30 e decorrerá até 17 de outubro. Para convencer os pequenos investidores, a Mota-Engil coloca à disposição duas ofertas: uma Oferta Pública de Subscrição e uma Oferta Pública de Troca.

  1. Oferta pública de subscrição (OPS): Para os novos credores, a Mota-Engil assume o compromisso de pagar uma taxa de cupão anual de 5,75%, que será paga semestralmente até 20 de outubro de 2027. Os obrigacionistas poderão ainda ter direito a um prémio de 1,25 euros por obrigação, caso a Mota-Engil não seja capaz de atingir determinadas metas ligadas a práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) da empresa.
  2. Oferta pública de troca (OPT): Para os antigos credores da Mota-Engil titulares das “Obrigações Mota-Engil 2022”, títulos esses que oferecem uma taxa de cupão de 4,50% e que vencerão a 22 de novembro de 2022, a construtora aceita trocar essas obrigações pelas “Obrigações Mota-Engil 2027”. Além disso, os investidores que tomarem esta decisão ainda recebem um prémio em numerário no valor de 2,375 euros por obrigação.

De acordo com o prospeto da operação obrigacionista, a Mota-Engil espera utilizar o montante angariado para financiar a sua atividade corrente e continuar a promover a sua estratégia de expansão internacional.

Além disso, através da oferta pública de troca, a Mota-Engil conseguirá substituir parte da sua dívida com vencimento em 2022 por dívida com reembolso de capital em 2027, alongando assim a maturidade da sua dívida que está maioritariamente concentrada para vencer nos próximos três anos.

Ficha técnica das “Obrigações Mota-Engil 2027”

  • ISIN: PTMENZOM0004
  • Valor nominal: 500 euros
  • Investimento mínimo: 5 obrigações, a que corresponde um investimento mínimo de 2500 euros
  • Taxa de cupão: 5,75%
  • Remuneração adicional: 1,25 euros por obrigação, caso a Mota-Engil não cumpra a meta definida ao nível do índice dos acidentes de trabalho não mortais com baixa até 30 de junho de 2027
  • Prazo em que decorrem as ofertas: Entre 3 de março e 17 de outubro de 2022
  • Data de reembolso: 20 de outubro de 2027
  • Juros: O pagamento dos cupões será realizado semestralmente a 20 de abril e 20 de outubro de cada ano
  • Admissão: As obrigações serão admitidas à negociação na Euronext Lisboa a 20 de outubro de 2022

Principais riscos da operação para os investidores

A Mota-Engil é a maior construtora nacional e uma das 30 maiores no continente europeu, contanto no seu portefólio com operações em 24 países.

Detida em 40% pela família Mota, através da holding da família FM Sociedade Controlo, desde maio do ano passado que a empresa tem na sua estrutura acionista um gigante mundial.

Com uma posição de 32,4% do capital, a Chinesa China Communications Construction, a quarta maior construtura mundial, é o segundo maior acionista da Mota-Engil.

No campo financeiro, no final do ano passado a empresa detinha uma dívida líquida de 1,1 mil milhões de euros, menos 9,4% do que em 2020. As contas da empresa revelam ainda que 42% da dívida bruta do grupo encontrava-se contratada a taxa variável e o custo médio da dívida bruta adicionada das operações de locação, factoring e de gestão de pagamentos a fornecedores ascendia a 5,1%.

Atendendo que na Europa, tal como em todo o mundo, vive-se um período marcado pela subida da generalidade taxas de juro, é natural que o custo a da dívida da Mota-Engil também tenha sentido um incremente este ano. A construtora revela que o custo médio da dívida bruta subiu para 5,5% em junho. E se nada for feito em contrário, chegará ao final do ano com um custo ainda maior.

No exercício findo a 31 de dezembro de 2021, o impacto estimado nos resultados financeiros do grupo Mota-Engil de alterações no indexante da taxa de juro dos empréstimos obtidos por cada alteração de 1 ponto percentual tem um impacto de 7,74 milhões de euros”, lê-se no prospeto da emissão das “Obrigações Mota-Engil 2027”.

As últimas contas anuais da construtora revelam também uma empresa que em 2021 gerou 411,6 milhões de euros de EBITDA, mais 8,25% do que no ano anterior. Contudo, em junho deste ano, os resultados do grupo mostravam um “gap de liquidez” (diferença entre os ativos e passivos acima referidos em cada período de maturidade residual) a um ano de -323 milhões de euros.

A 30 de junho deste ano, por forma a manter uma reserva de liquidez adequada, a construtora revela que “dispunha de linhas de crédito contratadas e não utilizadas de cerca de 314 milhões de euros e após 30 de junho de 2022 já refinanciou ou está em processo de refinanciamento de mais 339 milhões de euros de dívida bancária”.

No capítulo dos riscos associados ao investimento em títulos de dívida da Mota-Engil, o prospeto da operação dá nota de a construtora estar sujeita ao risco de rédito de natureza operacional e de tesouraria. Isso acontece porque a “Mota-Engil tem vindo a aceitar, como forma de pagamento de faturas por trabalhos realizados, títulos de dívida pública emitidos por Estados africanos, nomeadamente Angola, Moçambique e Costa do Marfim, que representavam, em 2021, 54% do volume de negócios realizado na região de África e concentravam cerca de 27% da carteira de encomendas registada nessa região a 31 de dezembro de 2021.”

No primeiro semestre deste ano, estes mercados representavam 57% do volume de negócios realizado no segmento África – E&C e concentravam cerca de 30% da carteira de encomendas registada nesse segmento de negócio.

As contas dos pequenos investidores

A Mota-Engil tem o objetivo de emitir até 100 mil obrigações com o valor nominal unitário de 500 euros que, depois de descontado todos os encargos da operação, permitirá à construtora financiar-se em mais de 48 milhões de euros.

Para os pequenos investidores, a construtora acena com uma taxa de rendibilidade média anual de 5,75%. Mas é importante fazer as contas aos custos associados à sua negociação e aos impostos cobrados pelo Fisco antes de investir nestes títulos.

Para comprar títulos de dívida, os pequenos investidores têm de pagar comissões: de subscrição, de custódia ou guarda de títulos, de pagamento de juros e de reembolso. A essas somam-se os impostos, as despesas e as taxas inerentes a essas operações. E no caso da operação de troca, os investidores ao trocarem as “velhas” obrigações pelas “novas” têm de as vender, o que faz com que as mais-valias geradas desta “troca” sejam tributadas à taxa legal de 28% e haja lugar ao pagamento de uma segunda comissão de compra (subscrição das novas obrigações).

As “Obrigações Mota-Engil 2027” serão cotadas na Euronext Lisboa, podendo serem negociadas na bolsa de Lisboa ou no mercado secundário após a emissão dos títulos que terá lugar a 20 de outubro de 2022.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lula e Bolsonaro vão para a segunda volta das presidenciais

  • ECO
  • 3 Outubro 2022

Lula da Silva e Jair Bolsonaro ficaram aquém dos 50% dos votos e por isso os brasileiros vão outra vez a votos no próximo dia 30 de outubro.

Os eleitores brasileiros vão ser chamados a votar outra vez no próximo dia 30 de outubro, na segunda volta das presidenciais. Com 99,68% dos votos apurados, Lula da Silva está à frente nas eleições, mas com cerca de 48,35% dos votos, o que impediu uma decisão à primeira volta, que exigia 50% mais um voto. Jair Bolsonaro, o atual presidente, tem 43,27% dos votos.

Em terceiro lugar, mas com apenas 4,17% dos votos, ficou a candidata Simone Tebet, enquanto o candidato Ciro Gomes ficou foi o quarto mais votado, com 3,05%. Soraya Tronicke (0,51% dos votos), Luís Felipe D’Ávila (0,47%), Padre Kelmon (0,07%), Leonardo Péricles (0,05%), Sofia Manzano (0,04%), Vera Lúcia (0,02%) e Eymael (0,01%) foram os restantes candidatos das eleições gerais de domingo.

Os mais de 156 milhões de eleitores foram chamados este domingo às secções de voto até às 17h00 de Brasília (21h00 em Lisboa), nas 577.125 urnas eletrónicas espalhadas por 5.570 cidades do país.

O ex-Presidente mostrou-se confiante numa vitória nas eleições brasileiras e disse que a segunda volta será apenas uma “prorrogação”. “Sempre achei que iríamos ganhar as eleições e vamos ganhar as eleições. Isto para nós é apenas uma prorrogação“, afirmou numa conferência de imprensa em São Paulo após a divulgação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que indicou uma disputa entre ele e o atual Presidente, Jair Bolsonaro.

Lula da Silva disse acreditar que nada acontece por acaso e afirmou que durante toda a campanha esteve à frente nas sondagens. “Para desgraça de alguns tenho mais 30 dias para ir para a rua. Adoro fazer campanha, adoro fazer comício” e “vai ser importante porque será a chance de fazermos um debate com o Presidente da República. Acho que é uma segunda chance que o Bolsonaro me dá”, afirmou, adotando um tom confiante.

“A luta continua até à vitória final”, acrescentou, recomendando aos apoiantes, entre sorrisos, a data da segunda volta: “É dia 30, não esqueçam”.

Já o Presidente brasileiro, em declarações aos jornalistas, sublinhou que venceu a “mentira” das sondagens que o colocavam apenas com 36% nas intenções de voto e Lula da Silva com a possibilidade de uma vitória na primeira volta. “Vencemos a mentira hoje” do Datafolha, disse no Palácio da Alvorada, referindo-se ao instituto de sondagens.

“Temos um segundo turno [volta] pela frente”, frisou, acrescentando que o objetivo passa agora por procurar virar o estado de Minas Gerais, que perdeu por pouco para Lula, e diminuir a desvantagem para o estado da Bahia. O foco agora, disse, passará por mostrar à população que os planos políticos de Lula da Silva “podem ser piores” e transformar o país “numa Venezuela”.

Entendo que há uma vontade de mudar. Mas há certas mudanças que podem virar para o pior. Tentámos mostrar esse outro lado, mas parece que não atingiu a camada mais importante”, refletiu.

Bolsonaro evitou, contudo, falar sobre suspeitas de fraude eleitoral nas urnas eletrónicas, uma acusação insistente do candidato e atual chefe de Estado.

(Notícia atualizada com os resultados mais recentes e com as declarações dos candidatos que passaram à segunda volta)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Função Pública exige aumentos sem perda de poder de compra na reunião com Governo

O Governo vai iniciar as discussões com os sindicatos da Função Pública sobre a atualização salarial para o próximo ano. Sindicatos esperam propostas "negociáveis".

O Governo vai apresentar, esta segunda-feira, aos sindicatos da Função Pública as medidas para a atualização salarial para o próximo ano. O primeiro-ministro já indicou que os aumentos não vão chegar aos 7,4%, valor que preveem para a inflação, mas os sindicatos exigem propostas que reflitam esta variação dos preços. António Costa tinha falado num referencial de 2% da inflação a ter em conta para a atualização, mas tal é “ridicularizar a perda do poder de compra dos trabalhadores”, diz José Abraão.

“Esperamos que o Governo apresente uma proposta que vá no sentido de repor o poder de compra dos trabalhadores, que se traduza numa mudança de estratégia e se utilize menos a massa salarial [como referência] e traga propostas concretas” e “negociáveis”, diz o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão, ao ECO.

Do lado do Sindicato dos Quadros Técnicos (STE) é esperado que a reunião no primeiro dia da negociação “seja esclarecedora e que se consiga encontrar pontos de convergência”. Helena Rodrigues, presidente desta estrutura, reitera ao ECO que a proposta “nunca pode ficar abaixo dos 7%”. “Menos de 7% nunca”, reforça a dirigente sindical.

Já a Frente Comum aprovou esta quinta-feira a proposta reivindicativa para 2023 onde é exigido o “aumento intercalar das remunerações, no sentido de repor o poder de compra perdido em 2022”, bem como “o aumento salarial de 10%, num mínimo de 100 euros, para todos os trabalhadores, com efeitos a 1 de Janeiro de 2023″, indicam na página oficial.

Depois de um ano com uma inflação galopante, em que os funcionários públicos tiveram um aumento de 0,9%, o primeiro-ministro afirmou, em entrevista à TVI, que os funcionários públicos “não vão com certeza ser aumentados em 7,4%”, sinalizando, no entanto, que os aumentos estão sujeitos à negociação coletiva. António Costa referiu que o Governo está a trabalhar para que a inflação em Portugal “chegue o mais rapidamente possível” a 2% e admitiu que essa “é uma referência, mas não obviamente o único dado a ter em conta” para os aumentos dos funcionários públicos.

José Abraão aponta que este valor será o “objetivo a prazo na União Europeia”, mas o “Governo tem boa consciência que, mesmo sendo o objetivo a prazo, não se pode apagar 2022 relativamente ao que perdemos”, bem como em 2023, ano para qual a inflação é apontada em 5,1%, segundo as previsões do Conselho das Finanças Públicas.

“Neste quadro, o referencial de 2% para a UE é uma coisa e para nós é outra”, salienta o dirigente sindical, apontando que aumentos de 2% dos salários na Alemanha ou França, por exemplo, “já partem de base mais elevada”, mas “aqui era ridicularizar a perda do poder de compra dos trabalhadores”.

Sebastião Santana também tinha criticado esse referencial após a entrevista do primeiro-ministro, apontando em declarações ao ECO que espera que o Governo se sente à mesa com disponibilidade para negociar, sendo que se tal não acontecer “vamos ter trabalhadores a lutar pelos interesses”.

Se efetivamente os aumentos forem nesse valor, e tendo em conta as estimativas de inflação para este ano e o próximo, os funcionários públicos poderão ter uma perda de poder de compra de 8%. Isto já que este ano, o aumento salarial para a Função Pública foi de 0,9%, um valor definido tendo em conta a inflação média dos últimos 12 meses, calculada em novembro, excetuando a habitação. No entanto, a inflação do ano passado acabou por se fixar nos 1,3%. Já este ano a inflação disparou e o Governo estima que ronde os 7,4%, como indicou António Costa.

Se o aumento for de apenas 2% no próximo ano, e tendo em conta as previsões mais recentes de inflação para 2023 (da Comissão Europeia, que prevê uma inflação de 3,6% em 2023), os funcionários públicos poderão vir a perder cerca de 8% em poder de compra.

José Abraão aponta mesmo que “já se perdeu 15% até agora e com inflação galopante. Queremos discutir o ano de 2023”. “Nada indica que haja travagem muito significativa na evolução na inflação”, sublinha, pelo que é preciso que as coisas avancem “para evitar degradação”.

Tendo em conta este quadro, a Fesap defende aumentos salariais acima da inflação e que o subsídio de refeição suba para seis euros, nomeadamente “já que é o Estado que dá o exemplo para os privados”. Além disso, apoiam o aumento do salário mínimo mas consideram que este não devia ser o aplicado na Administração Pública, que é o “maior empregador do país”.

Abraão salienta ainda que se tem falado em aumentos nominais, mas tal “significa na Administração Pública a continuação da perda do poder de compra”. Aumentos reais não são aumentos nominais e não venham misturar progressos e promoções com aumento de salários”, já que são algo a que já têm direito, acrescenta. Assim, o sindicato espera que “venha para a mesa uma proposta negociável para o ano de 2023, mantendo abertura porque estamos disponíveis”.

Estas reuniões ocorrem a uma semana da apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) e a expectativa é que neste “primeiro” Orçamento da legislatura, já que o anterior foi o da “crise”, como diz Abraão, “se induza uma grande transparência, já que muitas vezes não é discriminada a despesa e por vezes acabam por “dotar serviços nos orçamentos para promoções e depois os concursos não são autorizados pelo Ministério das Finanças”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mineiro Aires lidera comissão de acompanhamento do novo aeroporto

Presidente do Conselho das Obras Públicas vai fiscalizar o trabalho da comissão técnica independente. LNEC vai dar apoio técnico e logístico à comissão técnica, cujo líder ainda não escolhido.

Já está definido o primeiro nome para o processo de escolha do novo aeroporto de Lisboa. Carlos Mineiro Aires vai ser o presidente da Comissão de Acompanhamento que fiscalizará a comissão técnica independente responsável pela realização das avaliações estratégicas ambientais das cinco localizações possíveis do novo aeroporto, apurou o ECO junto de duas fontes que conhecem o processo.

A Resolução de Conselho de Ministros já foi aprovada e aguarda ainda publicação em Diário da República, mas a escolha de Carlos Mineiro Aires, antigo bastonário da Ordem dos Engenheiros e atual presidente do Conselho Superior das Obras Públicas está tomada. A metodologia para a escolha do novo aeroporto de Lisboa, acordada entre o Governo e o PSD, pressupõe a criação de duas comissões, uma técnica e outra de acompanhamento, uma comissão de acompanhamento plural, composta por múltiplas entidades, que seguirá os trabalhos da comissão técnica independente”, afirmou o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, há dias no Parlamento.

Carlos Mineiro Aires presidirá, assim, à Comissão de Acompanhamento que vai fiscalizar a Comissão Técnica Independente, esta liderada por um coordenador geral a escolher pelo presidente do Conselho Superior das Obras Públicas, ou seja, o próprio Carlos Mineiro Alves, pelo presidente do CRUP, o Conselho de Reitores, e pelo presidente do Conselho Nacional do Ambiente.

Por sua vez, e por sugestão que partiu do Conselho de Reitores, o coordenador geral escolherá seis coordenadores de equipa de projetos das seis áreas em análise: Procura e acessibilidades; planificação aeroportuária e análise de capacidade; acessibilidades rodoviárias e ferroviárias; ambiente e avaliação ambiental; análise económica e financeira; análise jurídica.

O Conselho Superior de Obras Públicas, recorde-se, foi criado em 2018 e é um órgão independente de consulta em matéria de infraestruturas, aeroportuárias e outras. Funciona junto do Ministério das Infraestruturas e Habitação e é chamado a dar parecer obrigatório sobre programas de investimento e projetos de grande relevância.

Já o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas é uma entidade de coordenação do ensino universitário que agrega 16 instituições de ensino superior, presidida por António de Sousa Pereira, e que se pronuncia sobre políticas nacionais de educação, ciência e cultura.

Finalmente, o Conselho Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, criado em 1997, é um órgão nacional independente com funções consultivas sobre políticas de ambiente e de desenvolvimento sustentável. É liderado por Filipe Duarte Santos.

E quais são as alternativas que vão ser estudadas?

Está em causa o estudo de cinco opções que implicam localizações ou complementos ou soluções duais, de acordo com o ministro. São elas:

  1. Solução dual em que o Humberto Delgado será o aeroporto principal e o do Montijo complementar;
  2. Solução dual em que Montijo adquire progressivamente estatuto de aeroporto principal e o Humberto Delgado o de complementar;
  3. Aeroporto no campo de tiro de Alcochete e que substituiria de forma integral o aeroporto Humberto Delgado;
  4. Humberto Delgado com estatuto de principal e Santarém o de complementar;
  5. Novo aeroporto internacional em Santarém e que substitua de forma integral o Humberto Delgado.

(Nota: Por lapso, o nome do presidente da Comissão de Acompanhamento tinha uma incorreção. Ao próprio e aos leitores pedimos desculpa)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hiscox: Responsabilidade Civil e Multirriscos são preferidos das PME espanholas

  • ECO Seguros
  • 2 Outubro 2022

Responsabilidade Civil Geral, que cobre 54,4%, Responsabilidade Civil Profissional, 37,3%, e o Multirriscos centrado em danos materiais, 36,8%, são os seguros preferidos das PMEs espanholas.

O I Relatório Hiscox, sobre as PME e trabalhadores independentes espanhóis e os e os principais desafios e ameaças ao setor, elaborado pela seguradora em conjunto com a KPMG, concluiu que os seguros mais subscritos são os de Responsabilidade Civil Geral, que cobre 54,4% das pequenas e médias empresas. Segue-se o seguro de Responsabilidade Civil Profissional (37,3%) e o seguro Multirriscos de danos materiais (36,8%).

Embora 8% das PME espanholas ainda afirmem que não subscrevem nenhum tipo de proteção contra possíveis sinistros, o número tem caído acentuadamente nos últimos anos.

A inflação tornou-se a principal ameaça às PME e até 50,5% das pequenas e médias empresas acreditam que os seus negócios serão muito ou bastante afetados pela inflação, especialmente a produção (84,3%) e a construção (71,1%), o que afetará os seus custos de produção e vendas.

Segundo o inquérito Hiscox, o aumento dos preços, causado principalmente pelo conflito na Ucrânia, fez subir os custos de forma preocupante e 61% das PME espanholas acreditam que os seus custos de produção irão aumentar, tornando a atividade destas empresas cada vez menos rentável.

O relatório indica que 36,4% das pequenas e médias empresas espanholas acreditam que os seus lucros irão piorar, 39,4% acreditam que haverá uma queda no número de encomendas devido à falta de procura ou subcontratação, e 33,8% pensam que terão problemas para continuar com o negócio.

David Heras, o CEO da Hiscox, disse, na apresentação do relatório, que o principal objetivo deste é que “nos ajude a compreender como se sentem as PME“, porque só através de segurospoderemos ajudá-las com produtos e serviços que se adaptem à realidade”.

Analisando questões como as expectativas gerais das PME relativamente à evolução dos seus negócios, estas não são vistas como alarmantes, uma vez que 68,5% acreditam que o seu volume de negócios permanecerá o mesmo ou melhorará e 76,2% acreditam que o emprego permanecerá o mesmo ou melhorará, desde que sacrifiquem as suas margens de lucro.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Real Vida lança nova campanha multicanal

  • ECO Seguros
  • 2 Outubro 2022

"Não há que ter receio da vida, desde que estejamos seguros" é a ideia que a Real Vida promove com a sua campanha de marketing, que será transmitida em várias plataformas com conceito multicanal.

A confiança na vida e eliminação de receios através de uma aposta ativa nos seguros de vida, saúde e acidentes é o conceito central da nova campanha de comunicação da Real Vida Seguros.

Jorge Gabriel, embaixador da marca, expõe a ideia de que é preciso estar bem seguro para não recear a vida.

O spot de TV, com a regularidade de emissões diárias, arrancou no dia 30 de setembro, e o reforço de rádio será implementado a partir de dia 10 de outubro.

Digitalmente, a divulgação da campanha será feita em diversas plataformas, com a divulgação dos spots nas redes sociais da marca, com especial destaque para o blogue Ajuda Real, que, através de artigos de caráter preventivo, demonstram a importância e relevância dos seguros.

A Real Vida Seguros pretende, com esta campanha, continuar a afirmar o seu slogan “A Seguradora da sua Vida”, com soluções ajustadas às necessidades de proteção dos portugueses e das suas famílias.

Para os novo spots, a Real Vida Seguros selecionou o conceito: “desde que estejamos bem seguros, por muitos receios que tenhamos, não há que ter receio da vida”.

A campanha terá a voz e imagem do seu embaixador de marca, o apresentador Jorge Gabriel.

Veja o filme TV aqui .

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ASF piora cenário de risco para o setor dos seguros

  • ECO Seguros
  • 2 Outubro 2022

A análise de risco do Supervisor alerta para um aumento do risco de liquidez e para uma combinação negativa de aumento dos custos com sinistros e menor volume de prémios.

Riscos macroeconómicos e de mercado continuam em alerta máximo para a ASF, entidade supervisora dos seguros e fundos de pensões, segundo o seu Painel de Riscos do Setor Segurador referente a setembro e agora divulgado.

O painel salienta a tendência de agravamento dos riscos de liquidez bem como os de rentabilidade e solvabilidade, as únicas duas dimensões em oito analisadas que ainda estão em nível de risco médio baixo.

A síntese do Painel de Riscos da ASF permite ver a evolução anual:

As principais conclusões deste relatório da ASF destacam:

  • Os principais riscos para o setor segurador permanecem fortemente influenciados pelo atual contexto macroeconómico, nomeadamente a manutenção da guerra na Ucrânia e a persistência de elevados níveis de inflação, com impactos na atividade económica e na condução da política monetária;
  • O prolongamento da guerra na Ucrânia tem-se repercutido num aumento da taxa de inflação, que atingiu, para várias economias, valores historicamente elevados, como se observa nos casos da área do Euro (9,1%) e de Portugal (9,3%);
  • As pressões inflacionistas têm conduzido a uma aceleração do ritmo de normalização da política monetária, nomeadamente a prosseguida pelo Banco Central Europeu, que procedeu em setembro a uma nova revisão das taxas de juro de referência para 1,25%;
  • A alteração de paradigma terá impacto sobre as condições de financiamento dos agentes económicos, num contexto de aumento do endividamento público e privado decorrente da crise pandémica, condicionando, assim, a recuperação económica;
  • O agravamento do enquadramento internacional, que também se verifica nos restantes países europeus, justifica a manutenção da classificação dos riscos macroeconómicos no nível alto;
  • Nos mercados financeiros, a incerteza a nível internacional e a revisão em alta das taxas diretoras do BCE conduzem ao aumento do risco de reavaliação dos prémios de risco dos ativos financeiros, o qual poderá colocar pressões sobre a valorização das carteiras das empresas de seguros, e, como tal, na rendibilidade e solvabilidade do setor, pelo que os riscos de crédito e de mercado permanecem em médio-alto e alto, respetivamente;
  • Os riscos de liquidez mantêm-se classificados no nível médio-baixo, ainda que com uma tendência inclinada ascendente devido à ligeira deterioração do rácio de liquidez dos ativos.
  • Em matéria de rendibilidade, o setor segurador nacional apresentou, em junho, uma melhoria do resultado líquido global, notando-se, no entanto, que o rendimento integral se posicionou em terreno negativo devido à evolução dos mercados financeiros no primeiro semestre do ano, e ao correspondente impacto sobre a valorização dos ativos financeiros detidos para venda;
  • A evolução dos mercados financeiros justifica que os riscos de rendibilidade e solvabilidade apresentem uma tendência ascendente, embora classificados ainda num nível médio-baixo;
  • Verificou-se uma ligeira deterioração do rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR), que se fixou em 204,9%;
  • No conjunto do ramo Vida, verificou-se um decréscimo do valor anualizado dos prémios brutos emitidos em 9,6%, evolução que reflete o decréscimo ao nível dos produtos de Vida Ligados;
  • Apesar da quebra, a captação de poupança através destes produtos Ligados permanece em níveis historicamente elevados. Assim, esta categoria mantém a sua classificação em risco médio-alto;
  • Os riscos específicos dos ramos Não Vida, conservam-se em médio-alto. O valor anualizado da produção no segundo trimestre do ano aumentou 2% em cadeia, com os custos com sinistros a crescerem na mesma ordem de grandeza, resultando numa estabilidade da respetiva taxa de sinistralidade global;
  • Um quadro de persistência de inflação elevada deverá conduzir ao aumento dos custos com sinistros das linhas de negócio mais expostas à inflação, com impactos na rendibilidade das mesmas, para além de que a desaceleração do crescimento económico poderá condicionar a capacidade de geração de novo negócio.

O Painel de Riscos do Setor Segurador é publicado trimestralmente pela ASF.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Corretora Howden aposta no imobiliário

  • ECO Seguros
  • 2 Outubro 2022

A Howden juntou-se à APPII e visa consolidar presença no setor imobiliário em Portugal. João Mendonça, Diretor-Geral da corretora em Portugal, partilhou impressões com ECOseguros.

A Howden Portugal, consultora e corretora de seguros global, formalizou um acordo de parceria principal com a Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) com vista à consolidação da sua presença no setor imobiliário português.

Francisco Alvim, Howden Portugal M&A; Hugo Santos Ferreira, Presidente da APPII e João Mendonça, Diretor-Geral da Howden Portugal: “existem inevitáveis necessidades de cobertura de risco no setor imobiliário”.

A Howden está já presente em algumas das maiores transações feitas em Portugal de fundos imobiliários através de soluções de cobertura de risco de M&A. Sobre novos negócios que podem resultar da parceria com a APPII, João Mendonça, Diretor-Geral da Howden, disse a ECOseguros que “a partir da transação, na exploração dos portefólios – seja através da reestruturação dos ativos, seja simplesmente através da sua operação – existem inevitáveis necessidades de cobertura de risco: licenciamento, garantias, riscos de conceção e projeto, construção, ambiental, entre outros”.

O Diretor-Geral lembrou que o setor imobiliário tem uma enorme importância no PIB nacional e sublinhou que a empresa que gere já tinha, como resultado da experiência internacional, “muito know-how e presença, sobretudo no mercado de fundos e de grandes operadores imobiliários, o que nos conduziu, nos últimos anos a espelhar estas capacidades na operação em Portugal”.

João Mendonça apontou que a Howden possui um “book of business muito relevante neste setor, quer nas transações, quer no apoio a Sociedades Gestoras de Fundos Imobiliários com ativos em Portugal e em vários grandes operadores do setor”, explicou.

A Howden é um full service provider no setor imobiliário através do se departamento Real Estate Practice Group. Dispõe de uma equipa especializada multidisciplinar que providencia aconselhamento e soluções de transferência de risco que abrangem todo o investimento imobiliário, destacando-se a cobertura de riscos da transação (M&A) logo nos processos de compra e venda, a prestação de garantias, proteção de erros e omissões de projeto, a cobertura de responsabilidades dos intervenientes em todas as fases, a cobertura dos riscos de construção e de perdas de exploração antecipadas, bem como a cobertura de todos os riscos de exploração dos ativos e da sua venda institucional ou distribuição a retalho.

Francisco Alvim, responsável pela área de M&A da Howden em Portugal, declarou que a empresa se consolida, assim, como player principal num dos setores mais dinâmicos do mercado, onde temos assessorado diversos investidores nomeadamente em operações de grande volume”, concluindo que “a APPII é o parceiro certo para alavancar essa experiência e continuar a trazer soluções inovadoras para o mercado de M&A e imobiliário”.

Hugo Santos Ferreira, Presidente da APPII, partilhou que a parceria “permite que associação se capacite na consultoria de risco da transação e de vida do projeto, de A a Z, perante os Associados, que representam os maiores e mais relevantes promotores e investidores imobiliários, nacionais e estrangeiros, com atividade em Portugal e que representam 15% do PIB em volume de investimento anual“.

Sobre tipos de serviços resultantes da parceria o Diretor-Geral da Howden disse a ECOseguros que “são múltiplos. Por um lado através da consultoria – identificar os riscos e definir a forma de os gerir – medidas para os minimizar, o que transferir para seguros, o que transferir contratualmente, o que assumir no Balanço – Depois com os seguros nas suas diferentes formas. Para as fases de conceção e execução de obras ou na exploração dos espaços. Finalmente, nos casos em que os mesmos são alienados, estamos novamente em processos de M&A quando se trata de operações entre institucionais, ou através dos seguros dos compradores finais, quando se trata de vendas a retalho”.

O Diretor-Geral considera que “este acordo é o corolário natural da presença crescente da Howden Portugal nesta área de prática, na qual dispomos de soluções que abrangem todo o ciclo de vida dos projetos de investimento imobiliário”, e acrescentou que “tendo em conta a senioridade da equipa envolvida, e a amplitude de soluções disponibilizadas, devemos ser hoje em dia o broker mais apetrechado nesta área em Portugal”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OPEP+ prepara redução substancial da produção de petróleo

  • ECO
  • 2 Outubro 2022

Maiores exportadores de petróleo consideram baixar a produção entre 500 mil e um milhão de barris por dia. Decisão será anunciada na próxima semana.

Os produtores de petróleo da OPEP+ preparam-se para reduzirem substancialmente os níveis de produção, devendo anunciar na reunião de 5 de outubro um corte entre 500 mil e um milhão de barris por dia para dar suporte aos preços, de acordo com fontes do cartel citadas pela agência Reuters.

No início da semana, uma fonte adianta que Moscovo poderia sugerir uma redução da produção até um milhão de barris por dia, enquanto outra fonte próxima da OPEP indicava um número perto dos 500 mil barris. As negociações continuam em curso até à reunião.

“Talvez durante o fim de semana e segunda-feira se torne mais claro. Normalmente, as consultas concluem apenas antes do dia da reunião”, sublinhou uma fonte da OPEP+, citada pela agência.

A OPEP+, que integra os principais exportadores de petróleo e os aliados, como a Rússia, já tinha decidido baixar a produção em 100 mil barris por dia na reunião de setembro, no primeiro corte desde 2020.

Os preços do petróleo têm estado em queda nas últimas semanas, depois dos máximos de vários anos em março, com os investidores a recearem o impacto de um forte abrandamento económico na procura.

O barril de Brent, referência para as importações nacionais, fechou nos 87,96 dólares na sexta-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lula e Bolsonaro já votaram e mostram confiança no resultado

  • Lusa e ECO
  • 2 Outubro 2022

Os dois principais candidatos nas eleições brasileiras já votaram, pouco depois da abertura das urnas. Lula da Silva e Jair Bolsonaro demonstraram confiança no resultado.

No Rio de Janeiro, o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou aos jornalistas que vencerá as eleições presidenciais já na primeira volta que decorre este domingo. “Vai ser já no primeiro turno”, garantiu Bolsonaro depois de questionado pelos jornalistas se iria respeitar o resultado da votação.

O candidato à reeleição chegou vestido com um t-shirt verde e amarela da seleção “canarinha” para votar na Vila Militar, Zona Oeste do Rio de Janeiro, pouco depois das 08h50 (12h50).

A expectativa é de vitória hoje. Nesses 45 dias, fui praticamente em todos os estados do Brasil. Ontem, em Joinville, algo nunca visto no Brasil, tanta gente na rua. Eleições limpas, sem problema nenhum”, declarou.

Por seu turno, o candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votou na manhã deste domingo em São Bernardo do Campo, cidade que é seu berço político, na região metropolitana de São Paulo, no sufrágio que pode definir sua volta ao poder no Brasil.

“Essa é a eleição mais importante. Estou muito feliz”, disse aos jornalistas. “Há quatro anos eu não pude votar porque eu tinha sido vítima de uma mentira nesse país. Eu estava detido na polícia federal exatamente no dia da eleição. Tentei fazer com que a urna fosse até a cela para eu votar, não levaram. E quatro anos depois, eu estou aqui, votando com reconhecimento da minha total liberdade e com a possibilidade de voltar a ser Presidente da República desse país, para tentar fazer esse país voltar à normalidade”, acrescentou.

Líder nas sondagens de intenção de voto, Lula da Silva estava acompanhado do seu candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin, de sua mulher, a socióloga Rosângela da Silva, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do candidato do PT ao Governo de São Paulo, Fernando Haddad.

Após votar, o candidato do PT beijou o comprovante de votação e deixou a sala.

Com chances de vencer na primeira volta, Lula da Silva tem entre 50% e 51% das intenções de voto, segundo sondagens divulgadas no sábado pelo DataFolha e o Ipec, respetivamente, e é seguido pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, com 36% e 37% das intenções de voto, Ciro Gomes (5% e 5%, nas duas sondagens) e Simone Tebet (6% e 5%).

Ao contrário das eleições anteriores, todas as assembleias de voto abriram às 08h00 de Brasília (12h00 em Lisboa), numa espécie de subordinação de todas as mesas ao fuso horário da capital brasileira.

Os mais de 156 milhões de eleitores poderão votar até às 17h00 de Brasília (21h00 em Lisboa), nas 577.125 urnas eletrónicas espalhadas por 5.570 cidades do país.

Além de Lula da Silva e Bolsonaro, disputam as presidenciais brasileiras os candidatos Ciro Gomes, Simone Tebet, Luís Felipe D’Ávila, Soraya Tronicke, Eymael, Padre Kelmon, Leonardo Pericles, Sofia Manzano e Vera Lúcia.

Caso nenhum dos candidatos presidenciais ultrapasse 50% dos votos válidos, os dois mais votados voltam a enfrentar-se numa segunda volta em 30 de outubro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.