“Cheira a fim de mandato”, diz Montenegro sobre Governo

Líder do PSD atira-se a António Costa e admite que o Governo possa vir a reboque das medidas dos sociais-democratas.

O líder do PSD deixou duras críticas a António Costa pela forma como o Governo está a ser gerido. Luís Montenegro abriu ainda a porta a que o executivo siga as medidas traçadas pelos sociais-democratas para lidar com a subida dos preços.

Cheira a fim de mandato e ainda estamos no início de mandato. Temos um Governo hesitante, sem vontade reformista e um Governo sempre a reboque dos acontecimentos“, acusou Luís Montenegro após a visita à feira agrícola do Norte, na Póvoa de Varzim.

Luís Montenegro afirmou ainda que “a casa do Governo está completamente desarrumada e desorientada”, criticando o executivo por hesitar em temas como a criação de um imposto extraordinário sobre os lucros excessivos e às medidas para ajudar as famílias.

No dia em que o partido apresentou o Programa de Emergência Social, o líder do PSD abriu a porta para o PS seguir as suas medidas: “Não nos importamos que o PS e o Governo venham a reboque do PSD. Quando isso acontecer, estão no bom caminho”.

Sobre o anúncio da demissão de Marta Temido e a continuidade no Governo por mais alguns dias, Luís Montenegro considerou a situação como “estranha” e falou na ainda ministra da Saúde como “alguém que se sente impotente, incapaz, que não se sente em condições para continuar” mas que tem nas mãos “decisões importantes.
Isto tem a ver com o desnorte com que o Governo tem encarado”.

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Galp dispara 4%, BCP ganha 3,5% e bolsa sobe ao fim de 9 sessões

A bolsa portuguesa subiu finalmente, depois de oito sessões em queda. Disparos da Galp e do BCP animaram última sessão da semana.

Depois de oito sessões em queda, o pior ciclo em três anos, a bolsa de Lisboa teve finalmente um desfecho positivo este sexta-feira, com a Galp a disparar mais de 4% e o BCP a ganhar mais de 3%.

O PSI somou 0,72% para 6.004,58 pontos, com oito das 15 cotadas em alta. O melhor desempenho pertenceu à petrolífera liderada por Andy Brown, cujos títulos avançaram 4,36% para 11,12 euros. Já o banco presidido por Miguel Maya valorizou 3,50% para 0,1478 euros.

Lisboa avançou, mas a subida acabou por ficar aquém dos ganhos registados na Europa. Houve cotadas nacionais sem razões para sorrir, nomeadamente do setor elétrico: a Greenvolt afundou 4,0% e a EDP Renováveis cedeu 0,87% com a casa-mãe EDP a perde 0,15%.

Greenvolt cai 4%

No cenário europeu, o Stoxx 600 fechou em alta de cerca de 2%, enquanto o alemão DAX registou ganhos acima dos 3%. Paris e Madrid também avançaram em torno de 2%. Do outro lado do Atlântico, Wall Street está em alta de 1% com os bons dados do mercado laboral divulgados esta sexta-feira.

“Nos EUA, a revelação de que o mercado de trabalho poderá ter dado alguns sinais de abrandamento, com um número do desemprego acima do esperado e com os aumentos salariais a vir em linha com o estimado, trouxeram ânimo aos mercados”, explicam os analistas da sala de mercados do BCP.

Os analistas falam num movimento de recuperação das ações depois de uma semana em que foram bastante castigadas pela perspetiva de uma recessão global por conta da crise energética e da subida agressiva dos juros por parte dos bancos centrais.

A próxima semana será interessante desse ponto de vista: o Banco Central Europeu (BCE) reúne-se na próxima quinta-feira e deverá anunciar uma subida das taxas diretoras de 50 ou 75 pontos base.

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Governo garante apoio a Ourém para prejuízos de seis milhões de euros devido aos fogos

  • Lusa
  • 2 Setembro 2022

Ministro da Administração Interna garante que Ourém se enquadra nos critérios definidos pelo Governo para receber apoio para fazer face aos prejuízos dos incêndios estimados em seis milhões de euros.

“Este município enquadra-se no quadro de resolução que o Governo adotou no sentido de ser beneficiário de apoios à reconstrução, e para salvaguardar e minorar as perdas que a população teve. Estão identificados seis milhões de euros, em números redondos, de prejuízos”, avançou o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

“Dentro desses seis milhões, há quatro milhões que tiveram a ver com a destruição de uma grande empresa de produção avícola e que irão ser objeto de apreciação por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro [CCDRC]”, adiantou o ministro da Administração Interna, após uma reunião com o autarca da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque. Também participaram o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, e o comandante distrital, além dos comandantes dos bombeiros do concelho, o presidente da Liga de Bombeiros Portugueses e da Federação dos Bombeiros de Santarém.

O governante acrescentou que o relatório já está na CCDRC que irá “apresentar ao Governo, de forma a que o Ministério da Coesão Territorial lhe possa dar o devido desenvolvimento em termos de apoio e de solidariedade”.

Confrontado com o pedido de declaração de estado de calamidade pelo presidente da Câmara de Ourém, José Luís Carneiro explicou que o “estado de calamidade tem determinado tipo de características para ser acionado”. O ministro explicou ainda que “a Serra da Estrela é um caso muito concreto, onde ardeu uma percentagem muito elevada de uma paisagem protegida e classificada. Assim, justificou-se a classificação daquela tragédia ambiental”.

Segundo José Luís Carneiro, “o Governo quis também criar condições para que outros municípios, onde os níveis de destruição ambiental, tendo sido graves, não tiveram essa gravidade de destruição do património classificado, não fiquem de fora, como é o caso de Ourém”.

José Luís Carneiro esclareceu ainda que o Ministério da Administração Interna tem responsabilidade “naquilo que tem que ver com a dimensão do combate”. Por isso, depois do levantamento dos prejuízos, vai caber aos ministérios da Coesão Territorial, do Ambiente e da Ação Climática e da Agricultura e da Alimentação, “que trabalham conjuntamente”, “fazer face àquilo que for determinado, com a comparticipação do Estado naquilo que é o conjunto da despesa identificada por parte do município de Ourém”.

O presidente do Município de Ourém apresentou ao ministro um “caderno de encargos” de seis milhões de euros, que correspondem aos prejuízos provocados pelos incêndios, “sem contar com a floresta”. Segundo o autarca, “o senhor ministro teve o cuidado de dizer que, de acordo com o levantamento que foi feito e que foi entregue na CCDRC, o Governo irá analisar posteriormente o nível de apoio que irá prestar ao concelho de Ourém”.

O edil Luís Albuquerque adiantou, contudo, que “quando se pediu o estado de calamidade, o que interessa é que haja algum apoio para fazer face a este tipo de despesas”. Mais, esclareceu: Para nós não é fundamental que haja estado de calamidade. É fundamental que haja um mecanismo que permita sermos ressarcidos do nível de despesa e de prejuízo que tivemos com estes incêndios”, acrescentou o autarca.

O ministro da Administração Interna realçou ainda que o município de Ourém tem o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil “aprovado e atualizado”, assim como o Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios. “É importante termos estes instrumentos permanentemente atualizados, porque são eles que definem e que fazem o diagnóstico das necessidades e dos meios necessários para enfrentar estes desafios”, rematou José Luís Carneiro.

Luís Albuquerque notou que no concelho de Ourém somam-se prejuízos com os animais e um pavilhão de um aviário que foram consumidos pelas chamas, assim como uma oficina, anexos, alfaias agrícolas, duas primeiras habitações, casas devolutas e as despesas da Câmara com máquinas de rasto e com transporte de água.

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Chefe da diplomacia da UE efetua visita a Moçambique na próxima semana

  • Lusa
  • 2 Setembro 2022

Josep Borrell visitará a missão de treino militar da UE em Moçambique e participará numa cerimónia de entrega de equipamento militar financiado pelo Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.

O alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, efetua uma visita a Moçambique entre 8 e 9 de setembro, prevista originalmente para janeiro passado, mas adiada devido à covid-19. Durante a sua deslocação, o chefe da diplomacia europeia tem previstos encontros com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e com a ministra dos Negócios Estrangeiros, Verónica Macamo, na quinta-feira.

Na sexta-feira, Josep Borrell visitará a missão de treino militar da UE em Moçambique (EUTM), em Catembe, margem sul de Maputo, e participará numa cerimónia de entrega de equipamento militar financiado pelo Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, juntamente com o diretor-geral do Pessoal Militar da União Europeia (EUMS) e responsável máximo das missões militares da UE, vice-almirante Hervé Bléjean.

Ainda na sexta-feira, Borrell reunir-se-á com o ministro da Defesa moçambicano, Cristóvão Chume, e visitará um projeto de cooperação financiado pela União Europeia. Esta visita do alto representante a Moçambique, que faz parte de uma missão de quatro dias a África – Borrell visitará o Quénia em 10 de setembro e a Somália no dia seguinte –, ocorre então uma semana depois da deslocação do primeiro-ministro, António Costa, que hoje mesmo manifestou, em Maputo, a disponibilidade de Portugal para enviar mais equipamento para ajudar as Forças Armadas de Moçambique no combate ao terrorismo.

Claro, há essa disponibilidade. Moçambique conhece qual é a nossa disponibilidade, é preciso saber se a nossa disponibilidade se engaja com as necessidades que Moçambique tem”, afirmou António Costa, que termina hoje uma visita oficial de dois dias a Moçambique, onde participou na V Cimeira Luso-Moçambicana.

António Costa visitou hoje as tropas portuguesas na Escola de Fuzileiros Navais e a missão de treino da União Europeia de formação das tropas moçambicanas para combate ao terrorismo na Companhia Independente de Fuzileiros, em Catembe, tendo feito uma referência à cerimónia de entrega de equipamento pela UE na qual participará Borrell. “Há uma parte do equipamento que a própria União Europeia fornece, já está em Moçambique, e creio que será entregue aquando da visita do alto representante Josep Borrell agora no próximo dia 09”, afirmou.

Apontando que “há um outro tipo de equipamento que Moçambique tem estado com necessidades”, o primeiro-ministro português afirmou ser necessário “trabalhar, quer no quadro da União Europeia quer, porventura, entre um conjunto de países da União Europeia, para se poder completar esse apoio para que toda esta operação, além da formação, depois tenha as ferramentas necessárias para a ação”.

Questionado se o equipamento que Portugal pode enviar para Moçambique inclui armamento, o primeiro-ministro admitiu essa possibilidade. Entretanto, fonte oficial do seu gabinete indicou que se trata de material militar não letal. Na quinta-feira, o Presidente da República de Moçambique pediu “equipamento moderno”, defendendo que “os apoios materiais seriam fundamentais para o combate ao inimigo”.

Na Companhia Independente de Fuzileiros, o primeiro-ministro e a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, assistiram a uma pequena demonstração do treino que é dado aos militares moçambicanos. No briefing que fez à comitiva do Governo português, o comandante da missão de formação militar da União Europeia em Moçambique, brigadeiro-general Lemos Pires, indicou que a missão conta com 119 membros de 12 países.

Lemos Pires disse que o material que vai ser doado pela União Europeia, no valor de 89 milhões de euros, é “exatamente aquilo que Moçambique quer”. A formação das 11 unidades das Forças de Reação Rápida (FRR) moçambicanas – fuzileiros e comandos – foi aprovada durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia. Arrancou no final do ano passado e tem uma duração prevista de dois anos, devendo acolher ao longo do período 140 militares formadores.

A missão responde ao pedido de ajuda do governo moçambicano para preparação de 1.100 oficiais, sargentos e soldados moçambicanos – seis companhias de operações especiais do exército e cinco de operações especiais da Marinha – para combater, em especial, em Cabo Delgado.

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“Take-A-Break”. Café Joyeux dinamiza encontros de networking para empresas

Reuniões, workshops, conferências de imprensa e apresentações de produto são alguns dos encontros que podem ter lugar neste espaço.

O Café Joyeux traz agora até à Calçada da Estrela a iniciativa “Take-A-Break”. O objetivo que encontros de networking, como reuniões, workshops, conferências de imprensa ou até apresentações de produto, aconteçam nas suas instalações, de forma a conectar as pessoas com o projeto, bem como contribuir para a construção de relações dentro das empresas.

“O Café Joyeux acredita num futuro colaborativo, onde em espaços como este nascem ideias e conversas transformadoras. Este é um projeto especial para nós e acreditamos que estes encontros vão permitir gerar oportunidades para que juntos possamos criar um mundo mais inclusivo, tornando, finalmente, a diferença numa não questão”, afirma Filipa Pinto Coelho, presidente executiva do Café Joyeux, em comunicado.

Desde 2021, o Café Joyeux forma e emprega pessoas com dificuldades intelectuais e do desenvolvimento, tais como trissomia 21 ou perturbações do espetro do autismo.

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Ministério Público pede “invalidade da Declaração de Impacto Ambiental” do aeroporto do Montijo

  • Lusa
  • 2 Setembro 2022

O “DIA não apenas extravasa a sua esfera de apreciação, avançando para a prescrição no domínio do ordenamento do território, como subverte o sistema de planeamento e programação territorial", diz MP.

O Ministério Púbico pediu esta sexta-feira a invalidade da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) relativa ao projeto de aeroporto do Montijo e suas acessibilidades, no âmbito de um processo administrativo que corre no Tribunal de Almada.

No seu parecer referente ao pedido impugnatório solicitado pelo grupo de cidadãos Negociata – Ninguém Espera Grandes Oportunidades Com Investimentos Anti-Ambiente, a que a Lusa teve acesso, o Ministério Público refere que a “DIA não apenas extravasa a sua esfera de apreciação, avançando para a prescrição no domínio do ordenamento do território, como subverte o sistema de planeamento e programação territorial, incluindo na dimensão do enquadramento europeu”.

Em dezembro de 2019, o grupo de cidadãos Negociata interpôs uma providência cautelar para suspender a Avaliação de Impacto Ambiental relativa ao novo aeroporto do Montijo e requereu que não fosse emitida a Declaração de Impacte Ambiental. A DIA foi emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) em janeiro e o mesmo grupo pediu que o procedimento cautelar fosse ampliado também à decisão da APA.

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada indeferiu a providência cautelar relativa à DIA do aeroporto no Montijo, em setembro de 2021 mas, segundo o advogado do grupo de cidadãos, Miguel Santos Pereira, a sentença “arrasava por completo a opção da localização entendendo o tribunal que a declaração de impacto ambiental nunca poderia ter sido favorável”.

A providência cautelar, explicou, foi indeferida porque não existia especial urgência nem danos para a população, uma vez que o processo está parado, tendo o Governo anunciado uma avaliação ambiental estratégica.

Entretanto, adiantou o advogado em declarações à agência Lusa, a ação popular seguiu o seu curso e agora o Ministério Público (MP) deu o seu parecer no âmbito do processo pedindo a invalidade da DIA. No seu parecer o MP escreve que adere ao pedido impugnatório da Autora (Grupo de cidadãos Negociata), “no sentido da verificação da invalidade do ato administrativo corporizado na DIA, devendo o Tribunal declarar o ato nulo ou anulá-lo”.

Para Miguel Santos Pereira, o MP é claro ao referir que “tem de ser anulada e que viola a lei”. “Com este parecer claramente acabou a opção Montijo. Agora era recomendável dar voz ao ministro Pedro Nuno Santos e fazer as coisas bem feitas e pensar no futuro. Parece ser o único elemento da governação preocupado em fazer algo para o país e não para os votos”, disse.

(atualizado às 17h05 com mais informação)

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G7 aprova acordo que impõe teto máximo sobre os preços do petróleo russo

Os ministros das Finanças do G7 anunciaram que será implementado um teto máximo ao preço do petróleo russo, mas pedem aos países ajuda na conceção e implementação da medida.

Os líderes do grupo do sete(G7) aprovaram um acordo para impor um limite máximo às compras de petróleo proveniente da Rússia. A decisão, anunciada esta sexta-feira, foi formalizada na sequência de uma reunião entre os ministros das Finanças do G7.

“Hoje confirmamos a nossa intenção política conjunta de finalizar e implementar uma proibição abrangente de serviços que permitam o transporte marítimo de petróleo bruto e produtos petrolíferos de origem russa a nível mundial – a prestação de tais serviços só será permitida se o petróleo e produtos petrolíferos forem adquiridos a um certo preço (“o preço limite”) determinado pela vasta coligação de países que adiram e implementem o limite de preços”, lê-se no comunicado do grupo.

O limite de preço foi projetado especificamente para reduzir as receitas russas e a capacidade da Rússia financiar a guerra, minimizando o impacto do conflito armado nos preços de energia, principalmente para países de rendimento baixo e médio”, refere o G7, informando que o teto sobre o preço do petróleo russo irá endurecer o sexto pacote de sanções dos 27 Estados-membros contra Moscovo.

No comunicado de sete páginas não é referido, no entanto, como será definido esse teto máximo. Pedem apenas que, “em linha com o nosso amplo e contínuo envolvimento com um grupo diversificado de países e as principais partes interessadas, convidamos todos os países a fornecer informações sobre a conceção do limite de preços e como devemos implementar esta importante medida”.

No mesmo momento, os sete países apelaram a uma “coligação abrangente” de forma a “maximizar a efetividade da medida e urgimos a todos os países que ainda importam petróleo e outros produtos refinados russos que se comprometam a fazê-lo apenas a preços iguais ou inferiores o teto de preço”.

As notícias não abalaram os preços no mercado petrolífero que, ao início desta tarde, subiam quase 3% para 94 dólares. Após o anúncio do G7, o contrato de referência para a Europa, o brent, somava 1,99% para 94,20 dólares, depois de acumular uma perda de 8% ao longo desta semana. Em Nova Iorque, o crude WTI avança 2,81% para 88,25 dólares, depois de ter atingido na véspera a cotação mais baixa desde 28 de janeiro.

Recorde-se que face às intenções do G7, o Kremlin anunciou que se recusaria a vender petróleo a países que impuserem um limite nos preços. “As empresas que impõem um teto de preço não estarão entre os destinatários do petróleo russo”, prometeu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas. “Nós simplesmente não vamos cooperar com eles em princípios que não sejam os de mercado”, sublinhou.

(Notícia atualizada às 16h27)

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PS acusa PSD de “caridadezinha e paternalismo” ao propor vale alimentar

  • Lusa
  • 2 Setembro 2022

“A ideia de um vale alimentar é uma ideia ultrapassada, de um paternalismo para com os portugueses que uma cidadania adulta não pode admitir", disse o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias.

O PS acusou esta sexta-feira o PSD de “caridadezinha e paternalismo” ao propor um vale alimentar para os pensionistas e reformados com menos recursos, criticando as alterações introduzidas ao programa de emergência social dos sociais-democratas menos de um mês após a sua apresentação.

Em declarações à agência Lusa, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, reagia ao programa de emergência social do PSD apresentado hoje por Joaquim Miranda Sarmento, no valor de 1,5 mil milhões de euros, que representou uma subida em relação ao montante inicial indicado pelo presidente dos sociais-democratas, Luís Montenegro (mil milhões de euros).

Depois de ter sido anunciado por Montenegro pela primeira vez na Festa do Pontal, em Faro, em meados de agosto, Brilhante Dias salientou que “o programa de emergência social do PPD-PSD não aguentou nem 20 dias”.

“Depois de o PPD-PSD fazer uma crítica continuada ao Governo de que não apresentava um pacote completo e que ia apresentando progressivamente medidas em áreas diferentes, o PSD hoje apresenta mais umas medidas, altera o valor e por isso acaba por ser vítima da sua própria crítica, não percebendo que quem governa com elevado nível de incerteza, à saída de uma pandemia, com uma guerra, tem muitas vezes circunstâncias em que precisa de adaptar progressivamente os instrumentos”, sustentou.

O dirigente socialista deixou ainda duras críticas a uma das propostas dos sociais-democratas que consiste num vale alimentar para os reformados e pensionistas com menos recursos: “É muito diferente apresentar uma prestação social, que é rendimento para as famílias, do que apresentar um vale alimentar”.

“Um vale alimentar é querer conduzir os mais pobres, tipificando o tipo de consumo que podem fazer, e isso nós não subscrevemos. É uma espécie de caridadezinha que é o oposto da ideia de solidariedade social que temos”, salientou. Na opinião de Brilhante Dias, os portugueses “têm cabeça, são autónomos, são independentes e numa sociedade livre em função do rendimento disponível tomam as suas opções”.

A ideia de um vale alimentar é uma ideia ultrapassada, de um paternalismo para com os portugueses que uma cidadania adulta não pode admitir e muito menos um partido progressista como é o PS não pode aceitar esse paternalismo”, acrescentou.

Questionado sobre uma das medidas defendidas pelo PSD de redução do IVA da energia para a taxa mínima (6%), e da crítica lançada pela bancada ‘laranja’ de que essa medida apenas depende da vontade do Governo, Brilhante Dias referiu que “o governo tem-se batido em Bruxelas, na União Europeia, por medidas que permitam apoiar os portugueses”, dando como exemplos o mecanismo ibérico e a negociação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“O Governo vai apresentar o pacote no dia 05 [de setembro] e nesse momento apresentará esse conjunto de medidas que terão impacto na vida dos portugueses, e o importante é todos contribuirmos com as nossas propostas para essa melhoria de vida dos portugueses”, disse.

Interrogado sobre se o PS concorda ou não com esta descida do IVA da energia para a taxa mínima, o líder parlamentar dos socialistas não fez qualquer comentário, dizendo apenas que “sobre medidas em concreto que têm essencialmente uma natureza fiscal é competência do governo”, remeteu uma vez mais para as medidas que o Governo apresentará na segunda-feira.

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Campanha de vacinação contra a Covid-19 arranca a 7 de setembro. Estas são as pessoas prioritárias

Campanha de vacinação contra a Covid-19, para o outono e o inverno, arranca no dia 7 com prioridade às pessoas com 80 ou mais anos de idade e pessoas com doenças.

A campanha de vacinação contra a Covid-19 para o outono e o inverno irá arrancar já na próxima quarta-feira, 7 de setembro, e irá dar prioridade às pessoas com 80 ou mais anos de idade, e pessoas com doenças, anunciou Graça Freitas, diretora-geral da Direção Geral de Saúde (DGS), esta sexta-feira em conferência de imprensa.

A campanha de vacinação contra a Covid-19 irá, depois, dar prioridade aos grupos de pessoas com 60 ou mais anos, aos residentes em lares de idosos e pessoas na rede nacional de cuidados continuados. A seguir, poderão ser vacinadas as crianças com 12 ou mais anos de idade com patologias de risco, as grávidas com 18 ou mais anos de idade e com doença, bem como os profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados.

Em paralelo, também se inicia a 7 de setembro a campanha de vacinação contra a gripe, onde será dada prioridade às pessoas com 65 ou mais anos, aos residentes em lares de idosos e pessoas na rede nacional de cuidados continuados. De igual modo poderão também ser vacinadas as crianças com 6 ou mais meses de idade, grávidas sem limite de idade, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados.

A DGS recomenda a vacinação em coadministração, sendo dada a oportunidade de vacinação em braços distintos. A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, garante que misturar ambas as vacinas é seguro e efetivo.

Nesta nova campanha de vacinação serão utilizadas as vacinas adaptadas contra a Covid-19, aprovadas na passada quinta-feira pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA – sigla inglesa). As vacinas em causa garantem proteção contra a estirpe original da Covid-19, bem como a variante ómicron. As pessoas elegíveis irão fazer apenas a dose atual, independentemente das doses de reforço anteriores. Isto é, Graça Freitas esclarece que após as duas doses iniciais, “basta o reforço sazonal”.

No entanto, mantém-se a prioridade para quem não fez o esquema vacinal primário, ou quem nunca fez um reforço.

Para as pessoas que ainda não receberam as duas doses iniciais contra a Covid-19, as únicas vacinas aprovadas serão as originais, avançou Graça Freitas. A vacinação sazonal contra a Covid-19 será administrada com 3 meses de intervalo desde a última dose ou infeção. No que diz respeito à vacinação contra a gripe, será usada pela primeira vez uma vacina de “dose elevada” nas pessoas mais vulneráveis.

As convocatórias para ambas as vacinas irão seguir os mesmos mecanismos utilizados anteriormente, devendo as pessoas aguardar pelo contacto da autoridade de saúde. Estão previstos 397 pontos de vacinação, com uma capacidade semanal de 280 mil pessoas, dos quais dois terços estarão em centros de saúde, e os restantes em centros de vacinação mais pequenos.

No arranque desta nova campanha de vacinação, serão chamadas 3 milhões de pessoas ao longo de um período de 100 dias, com a campanha a terminar a 17 de dezembro. As vacinas contra a Covid-19 chegam a Portugal a 6 de setembro, sendo que no dia 7 a vacinação será limitada aos centros de Braga, Gondomar, Aveiro, Pombal, Amadora, Cascais, Ajuda, Carnaxide, Mafra, Évora e Tavira. No dia 8 de setembro, o processo generaliza-se a todo o dispositivo, avançou o Coordenador do Núcleo de Coordenação de Apoio ao Ministério da Saúde (NCAMS), Coronel Carlos Penha-Gonçalves.

(notícia atualizada às 16h)

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Francesa Kiloutou entra em Portugal com compra do Grupo Vendap

Grupo francês de aluguer de equipamentos compra do português Grupo Vendap e estabelece “forte posição” num novo mercado. Kiloutou vai continuar a desenvolver o segmento português.

O grupo francês de aluguer de equipamentos Kiloutou anunciou esta sexta-feira a compra do Grupo Vendap, empresa portuguesa do mesmo ramo, assim como da dinamarquesa Holbæk Lift. A informação foi divulgada num comunicado, mas não é revelado o montante envolvido nestas operações.

“O Grupo Kiloutou, detido pelos acionistas HLD e Dentressangle, assinou um acordo para a aquisição do Grupo Vendap, líder de mercado no aluguer de equipamentos em Portugal, marcando a entrada do Grupo Kiloutou num novo mercado europeu, bem como a Holbæk Lift, um player regional na Dinamarca”, pode ler-se.

A compra do Grupo Vendap foi realizada junto de “vários fundos de investimento e investidores locais”, bem como da equipa de gestão sénior, que irá reinvestir na companhia, avança a francesa na mesma nota. A aquisição marca uma aposta do grupo Kiloutou no estabelecimento de “uma forte posição num novo país da Europa”, como parte da sua estratégia de desenvolvimento internacional.

O grupo francês estima que a Vendap tenha uma quota de mercado na ordem dos 18%. O grupo português conta atualmente com 340 colaboradores e presta serviços a pequenos e grandes clientes de setores nacionais nas áreas da engenharia civil, construção e setor público. O grupo Kiloutou procura agora continuar a desenvolver o negócio em Portugal através da abertura de novas sucursais, crescimento interno, novas aquisições e aumento da oferta.

Francisco Ferreira Do Amaral, CEO do Grupo Vendap, admitiu que ambos os grupos partilham da mesma experiência e ambição, sendo que “esta aquisição irá reforçar a nossa capacidade de desenvolvimento no mercado português”. O CEO acrescentou ainda estar “orgulhoso e feliz com este novo passo em frente”.

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Época de transferências com recorde inglês e bonança para Portugal. Veja os números

A liga inglesa continua a cavar um fosso para os restantes campeonatos, gastando nesta época tanto como a Seria A, Ligue 1 e La Liga juntas. Clubes portugueses foram dos que mais beneficiaram.

As cinco maiores ligas de futebol europeias gastaram 4,5 mil milhões de euros na aquisição de passes de jogadores durante esta época de transferências de verão, mais 52% do que no ano passado. A Premier League foi, de longe, a que mais gastou, esmagando o anterior recorde. Os clubes portugueses foram, a par dos holandeses, os maiores beneficiários.

Os clubes da primeira liga inglesa gastaram 1,9 mil milhões de libras (2,2 mil milhões de euros) na aquisição de novos talentos, segundo contas da Deloitte já com o balanço da janela de transferências, que encerrou na quinta-feira. O montante representa um aumento de 67% face ao ano anterior, ainda condicionado pela Covid-19.

O valor gasto na Premier League supera em 34% o recorde anterior, de 1,4 mil milhões de libras, registado em 2017. Mesmo juntando a janela de inverno, em janeiro, a época 2017/2018 já perde para este verão, ficando-se pelos 1,86 mil milhões.

Os novos donos do Chelsea, o consórcio liderado pelo norte-americano Todd Boehly e a Clearlake Capital, foram quem mais abriu os cordões à bolsa, investindo 255,3 milhões de libras, contra 97,5 milhões na época de 2021. O clube londrino protagonizou a segunda maior transferência da época com a aquisição do passe do defesa central Wesley Fofana ao Leicester pelo equivalente a 80,4 milhões de euros, segundo o site Transfermarkt. O reforço do setor mais recuado passou também pela compra do espanhol Marc Cucurella ao Brigthon por 65,3 milhões.

Wesley FofanaD.R.

A maior transferência da época pertence ao segundo clube que mais gastou: o Manchester United pagou 95 milhões de euros ao Ajax pelo extremo direito brasileiro Antony. Desembolsou ainda 70,65 milhões por Casimiro, do Real Madrid, numa fatura com aquisições que totalizou 202 milhões de libras, segundo a Deloitte.

“O valor recorde de gastos durante esta janela de transferências é uma indicação clara da confiança dos clubes da Primeira Liga, com os fãs a regressarem aos estádios e o início de um novo ciclo de direitos televisivos”, afirma Tim Bridge, lead partner do Sports Business Group da Deloitte. O The Times noticiou em fevereiro que a Premier League iria receber 10,4 mil milhões de libras em direitos de transmissão domésticos e internacionais para as épocas 2022/2023 a 2024/2025.

Liga italiana foi a segunda que mais gastou

Saindo de Inglaterra, a Serie A italiana foi a liga que mais gastou — 749,2 milhões de euros — apesar de não ter nenhuma compra entre as dez maiores. A Juventus destaca-se com a contratação do defesa brasileiro Bremer, ao Torino, por 41 milhões, enquanto o AC Milan pagou 32 milhões ao Club Brugge pelo médio belga Charles De Ketelaere, segundo o TransferMarkt.

A francesa Ligue 1 surge em terceiro lugar no relatório da Deloitte, com 558 milhões, seguida da La Liga com 505,7 milhões. Em Espanha, o Real Madrid protagonizou a maior transferência, com a aquisição do passe de Aurélien Tchouameni ao Mónaco por 80 milhões, mas o clube mais gastador foi, de longe, o Barcelona. As contas do CIES Football Observatory apontam para 267 milhões de euros. A Bundesliga fecha o “top 5” com 484,1 milhões.

Ao todo, as cinco maiores ligas europeias gastaram 4,45 mil milhões de euros, mais 52% do que os 3 mil milhões contabilizados na janela de verão do ano passado. Os números ficam, no entanto, ainda aquém dos anos anteriores à pandemia. Entre 2017 e 2019 foram gastos, em média, 4,7 mil milhões por ano.

Clubes portugueses foram dos que mais receberam

O fosso da Premier League para as restantes vincou-se ainda mais nesta época, já que os 2,2 mil milhões investidos foram quase tanto como os 2,3 mil milhões das restantes quatro ligas. Sozinha, a liga inglesa gastou mais que a Seria A, Ligue 1 e La Liga juntas.

“A despesa dos clubes da Premier League abafou a das outras big five, refletindo a crescente polarização nas ligas europeias. Os próximos meses deverão trazer desafios significativos aos clubes de toda a Europa à medida que as condições financeiras apertam e os orçamentos são esticados”, afirma Chris Wood, do Sports Business Group da Deloitte.

Em termos líquidos (despesas menos receitas), a Premier League gastou 1,1 mil milhões, um novo recorde. Este ano foi o primeiro da última década em que três dos big five conseguiram um saldo positivo na janela de verão: 44,7 milhões na Bundesliga, 40,6 milhões na Ligue 1 e 8,1 milhões na Série A. O que parece indicar uma maior preocupação com o equilíbrio financeiro.

Darwin NúñezEPA/PETER POWELL

Os clubes portugueses foram dos que mais beneficiaram com o impulso comprador dos congéneres ingleses. Segundo a Deloitte, a Primeira Liga e o campeonato holandês lideraram com 17% do investimento que foi para o estrangeiro, cada um. No caso nacional, o destaque vai para a transferência de Darwin Núñez do Benfica para o Liverpool por 75 milhões, de Matheus Nunes do Sporting para o Wolves por 45 milhões, de Fábio Vieira do FC Porto para o Arsenal por 35 milhões e de João Palhinha do Sporting para o Fulham por 20 milhões.

Sporting tem o saldo mais elevado

Segundo os números compilados pelo TransferMarkt, que incluem empréstimos, os clubes da Primeira Liga gastaram 171,6 milhões na aquisição de passes de jogadores, um número distante dos cinco principais campeonatos europeus. Já no que diz às vendas o número é bastante mais chorudo, com 433,15 milhões, o que dá um saldo líquido positivo de 262 milhões.

O clube mais gastador foi o Benfica, com 62,3 milhões. O extremo David Neres foi a contratação mais cara na Luz, por 15,3 milhões. Foi também o que teve mais receitas com transferências, somando 127,3 milhões, o que dá um saldo de 65 milhões.

O melhor saldo é do Sporting, que entre os 42 milhões que gastou e os 119,8 que amealhou, conseguiu 77,9 milhões, sem contar com comissões.

O jogador mais caro, o defesa português David Carmo, saltou do SC Braga para o FC Porto por 20 milhões. O clube investiu 48 milhões no plantel e recebeu 86 milhões em venda, o que dá um saldo de 38 milhões.

Os clubes portugueses continuam, de resto, a destacar-se nas receitas com transferências na última década. Segundo o último relatório mensal do CIES Football Observatory, que inclui já esta janela de verão, a Primeira Liga foi a que mais beneficiou com as compras das big five, com 2,41 mil milhões entre 2013 e 2022. O Benfica foi o clube nacional que mais recebeu neste período: 867 milhões.

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Wall Street em alta à boleia dos dados do emprego

Bolsas dos EUA abriram em terreno positivo à boleia do mercado laboral. Dados revelam criação do emprego acima do esperado em agosto, mas subida da taxa do desemprego alivia pressão sobre a Fed.

Os principais índices norte-americanos abriram a sessão desta sexta-feira em terreno positivo, numa altura em que os investidores digerem os novos dados que apontam para um mercado laboral pujante nos EUA.

O S&P 500 avança 0,92% para 4,003.54 pontos, enquanto o industrial Dow Jones soma 0,75% para 31.894,02 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq valoriza 0,94% para 11.895,88 pontos.

Nesta sessão os investidores estão a digerir os dados relativos ao mercado laboral, que indicam que foram criados 315 mil postos de trabalho em agosto, excluindo o setor agrícola, e o que representa uma abrandamento face aos 526 mil empregos criados em julho. Estes números superaram as expectativas dos analistas.

Contudo, os dados do departamento do trabalho norte-americano indicam ainda que o salário médio por hora subiu 0,3%, abaixo do esperado pelos analistas que apontavam uma uma subida na ordem dos 0,4%. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego subiu para 3,7% em agosto.

Estes dados aliviam a pressão exercida sobre a Reserva Federal norte-americana (Fed), que procura voltar a trazer a inflação para valores em torno dos 2%. “A mensagem básica é a que o mercado de trabalho pode estar a começar a esfriar e que a Fed pode não ter que agir de forma tão agressiva”, aponta David Page, analista da AXA Investment Managers, em declarações à Reuters

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