Dois meses depois, novo aeroporto está na mesma

Pedro Nuno Santos anunciou há dois meses a solução para o novo aeroporto, Costa revogou a decisão porque queria um acordo com o PSD, mas o processo continua parado.

No dia 29 de junho ao início da tarde, o ECO revelou que o Governo tinha decidido avançar com um novo plano aeroportuário, que passava pela construção do aeroporto complementar do Montijo e, a prazo, com o novo aeroporto em Alcochete em substituição da Portela. Pedro Nuno Santos divulgou um despacho ao final desse dia com os detalhes dessa opção e, logo na manhã seguinte, António Costa revogou o despacho e isso quase levou à demissão do ministro. Era, para o primeiro-ministro, obrigatório uma discussão com o PSD e com o seu novo líder, Luís Montenegro, mas passados exatamente dois meses, está tudo literalmente parado. Sem decisão sobre aeroporto complementar, menos ainda um novo aeroporto.

A história daquelas 24 horas é (mais ou menos) conhecida, uma crise política e um pedido de desculpas público e notório do ministro das Infraestruturas, depois de anunciar uma medida e divulgar um despacho assinado pelo seu secretário de Estado com os passos a seguir. Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se desconfortável com o anúncio que desconhecia e Costa voltou a repetir que não tomaria uma posição sem prévias discussões com Luís Montenegro, que seria formalizado em congresso nos dias seguintes, Já em julho, no dia 22, Costa e Montenegro reuniram pela primeira vez e pouco ou nada saiu: “Sobre o aeroporto trocámos informações de que cada um dispõe e ficámos de voltar a falar brevemente sobre o tema. O Dr. Luís Montenegro também está a fazer audições no PSD”, disse o primeiro-ministro, o único que falou após o encontro. Passado mais de um mês, continua tudo na mesma.

Por um lado, há um concurso de Avaliação Estratégica Ambiental (AAE) em terreno de ninguém. O concurso para a AAE tinha sido ganho por um consórcio internacional composto pela empresa portuguesa de engenharia COBA e pela Ingeniería Y Economía Del Transporte – INECO, conforme noticiou o ECO, Pedro Nuno Santos queria a sua anulação e um novo estudo realizado pelo LNEC para o Montijo e Alcochete, só que a decisão de Costa deixou tudo na mesma. Há um consórcio vencedor, o concurso está válido, mas nada avançou. Por outro lado, o PSD ainda não comunicou a António Costa a sua decisão, e passaram exatamente dois meses sobre o anúncio falhado do ministro das Infraestruturas.

Nas últimas semanas, o presidente do partido ouviu várias personalidades, associações e empresas sobre alternativas ao atual aeroporto de Lisboa. Luís Montenegro mantém o silêncio sobre uma decisão, e já disse publicamente que a dirá primeiro a António Costa, mas a solução do Montijo acaba por ser, também para o PSD, a menos má. Por causa do tempo que já se passou — o PS é governo há sete anos –, e porque o setor do turismo continua a pressionar uma decisão. A possibilidade de reabrir novos estudos — para um aeroporto em Beja ou Alverca, por exemplo — seria um trunfo para o PS e o Governo acusarem o PSD de ser responsável pelo atraso numa solução aeroportuária. De resto, os social-democratas percebem que uma solução como a do Montijo será exequível nos próximos dois a três anos como complementar à Portela, enquanto uma solução como a de Alcochete, construído de raiz, demoraria anos e não é claro como se pode financiar, porque Bruxelas não autoriza um prolongamento do contrato de concessão da Vinci/ANA. E as diferentes contas apontam para um investimento global entre os seis mil e os dez mil milhões de euros, incluindo aeroporto e infraestruturas de acesso.

As alternativas de Luís Montenegro são, por isso, limitadas. O PSD defendeu, no consulado de Passos, a solução do aeroporto complementar do Montijo, e posteriormente, Rui Rio admitiu viabilizar a solução do Montijo se houvesse uma Avaliação Ambiental Estratégica, o referido concurso que está agora num impasse. É também por causa deste histórico que o PSD deverá acabar por subscrever a opção do aeroporto complementar do Montijo, mas mantendo a exigência da avaliação estratégica.

Depois do repto de António Costa, o líder do PSD não se comprometeu com datas para o anúncio de uma decisão, mas o tempo esgota-se. A proposta de orçamento para 2023 será apresentada até 15 de outubro, portanto, a janela de oportunidade para a afirmação política do PSD sobre a política aeroportuária — e o partido vai incluir o TGV nesta discussão — começa a contar já esta semana.

Desde 1969, recorde-se, já foram avaliadas 17 soluções para o reforço da capacidade aeroportuária. E ainda recentemente a Confederação do Turismo de Portugal divulgou um estudo da EY que conclui que atraso na construção de uma nova infraestrutura aeroportuária representa uma perda potencial de riqueza de 6,8 mil milhões de euros até 2027 e menos 27,7 mil empregos. Os vários agentes do setor têm apelado a uma decisão e urgente.

 

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Marta Temido apresentou a demissão

  • ECO
  • 30 Agosto 2022

A ministra da Saúde apresentou a demissão depois da sucessão de casos no SNS, particularmente nas urgências de obstetrícia. Costa já aceitou o pedido.

A ministra da Saúde, Marta Temido, apresentou esta noite de segunda-feira a demissão “por entender que deixou de ter condições para se manter no cargo“. Num comunicado enviado pelo Ministério da Saúde, Temido não detalha as razões concretas para a saída, mas a demissão é anunciada no dia em que foi revelado que uma grávida tinha morrido depois de ser transferida do Hospital de Santa Maria por falta de vagas na neonatologia.

A ministra que chegou a ser apresentada como uma das estrelas do Governo por causa da gestão da pandemia — António Costa levou-a mesmo ao último congresso do PS para formalizar a sua adesão ao partido como militante — sai agora ao fim de menos de seis meses do Governo em funções. Abriu um confronto deliberado com o setor privado — sempre usado como bode expiatório dos problemas do SNS — e revelou-se incapaz de gerir a estrutura de recursos humanos do SNS. Costa aceitou o pedido de demissão de Temido, agradeceu o trabalho no período da Covid e ainda não indicou quem lhe sucederá. “O Governo prosseguirá as reformas em curso tendo em vista fortalecer o SNS e a melhoria dos cuidados de saúde prestados aos portugueses“, escreve o primeiro-ministro numa nota à comunicação social.

A situação de rotura do Serviço Nacional de Saúde nos últimos meses, especialmente na área da obstetrícia, criou um quadro político insustentável. Temido chegou a nomear uma comissão para avaliar mudanças no SNS e no início de julho apresentou o novo estatuto do SNS, promulgado com reservas pelo Presidente da República. Marcelo escreveu, na promulgação, que “é preciso recuperar os anos perdidos” desde a aprovação da Lei de Bases da Saúde, em 2019, e que “retardar” a “entrada em vigor” do documento “seria incompreensível para os portugueses”. Mas, apesar desses “aspetos positivos”, persistem dúvidas: “O diploma levanta dúvidas em três domínios fundamentais que importa ter em atenção: tempo, a ideia da direção executiva e a conjugação entre a centralização nessa direção e as promessas de descentralização da saúde”.

O novo estatuto do SNS foi a última tentativa de Temido para dar uma resposta à crise, depois de o próprio ministro das Finanças ter afirmado que o problema do SNS não resultava da falta de dinheiro. “O que está a acontecer relativamente ao nosso Serviço Nacional de Saúde não decorre de nenhum condicionamento financeiro que lhe tenha sido imposto, pelo contrário”, declarou então o ministro das Finanças, Fernando Medina, aos jornalistas portugueses à entrada para uma reunião do Eurogrupo, no Luxemburgo. E deu números: O orçamento para 2022 registou um aumento de 700 milhões de euros no SNS. Mas os problemas avolumaram-se, com uma sucessão de urgências a fecharem e centenas de profissionais de saúde a apresentarem a chamada “escusa de responsabilidade”.

Há dias, mais de 400 internos de Medicina Interna escreveram uma carta aberta a Marta Temido, anunciado que se recusam a fazer mais de 150 horas extraordinárias previstas na lei. “Estamos em formação e precisamos de tempo para outras coisas que não seja apenas assegurar escalas de urgência. Só queremos que seja cumprido o que está na lei e garantir que os utentes têm o melhor tratamento possível, com a segurança de não estarmos sobrecarregados e de não conseguirmos desempenhar o nosso trabalho“, lê-se na referida carta.

Numa das últimas intervenções públicas, questionada sobre os encerramentos nas urgências, Temido respondeu: “Não podemos perder a fé de que vamos melhorar as coisas”. Agora, terá de ser outro governante a garantir a estabilização do SNS.

Antes das eleições, António Costa tinha prometido um governo mais compacto, tipo ‘task force’, para um novo mandato, mas estes primeiros meses de governação acabaram por ser exatamente o contrário. A sucessão de episódios de vários ministros, como Pedro Nuno Santos no caso do aeroporto e de Fernando Medina na contratação de Sérgio Figueiredo ou até por causa das declarações da ministra da Agricultura Maria do Céu Antunes sobre a CAP, revela um Governo descoordenado e de casos, apesar da maioria absoluta.

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Wall Street fecha em baixa ainda a reagir a Jackson Hole

  • Lusa
  • 29 Agosto 2022

Todos os três principais índices dos EUA já viram os seus ganhos de agosto serem eliminados. "Powell não atirou um copo de água na cara a Wall Street, derramou um balde de água gelada", diz analista.

A bolsa nova-iorquina encerrou esta segunda-feira em ligeira baixa, e o Dow Jones, o principal indicador, caiu 0,57%, numa altura em que os investidores antecipam mais aumentos nas taxas de juros pela Reserva Federal dos EUA para conter a inflação.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 184,41 pontos, para 32.098,99 pontos, enquanto o seletivo S&P 500 caiu 0,67%, para 4.030,61 pontos. Já o Nasdaq Composite Market, onde estão listadas as principais empresas de tecnologia, caiu 1,02%, para 12.017,67 pontos.

Na sexta-feira, o presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, apontou que o banco central deve continuar a elevar as taxas de juros e a mantê-las num patamar mais alto até que a inflação esteja sob controlo.

Os movimentos em Wall Street sugerem que as ações dos EUA podem vivenciar mais turbulência no futuro, segundo alertou o The Wall Street Journal. “As ações dos EUA continuaram a cair após a forte queda da semana passada, motivada por comentários de Jerome Powell”, salientaram, por sua vez, os analistas da Schwab.

Patrick O’Hare, do Briefing.com, destacou que o Fed parece determinado a “utilizar as taxas de juro e a não cortá-las no futuro, mesmo que isso signifique dificuldades para as famílias”. Para o analista, “Powell não atirou um copo de água na cara a Wall Street, derramou um balde de água gelada”. Todos os três principais índices dos EUA já viram os seus ganhos de agosto serem eliminados.

Alguns acionistas esperavam que o Fed começasse a reduzir os aumentos das taxas de juros a partir de setembro, mas as declarações de Powell esta sexta-feira terminaram com essa expectativa. As autoridades do Fed aumentaram as taxas de juros em 0,75 pontos percentuais em cada uma das duas últimas reuniões, mais recentemente em julho, para uma taxa entre 2,25% e 2,5%.

Na reunião de final de setembro, espera-se que o Fed eleve as taxas, embora a dúvida persista sobre se o fará em 0,5 ou 0,75 pontos percentuais. Apenas dois dos 11 setores de Wall Street fecharam no ‘verde’: energia (1,57%) e serviços públicos (0,25%).

Já os setores da tecnologia (-1,28%) e imobiliário (-0,87%) destacaram-se pelas perdas. Entre as 30 empresas listadas no Dow Jones, fecharam em baixa a Salesforce (-3,04%) e 3M (-2,09%), enquanto as que mais faturaram foram Walmart (0,97%) e Chevron (0,75%).

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Benfica vende direitos de Roman Yaremchuk por 16 milhões ao Club Brugge

  • ECO
  • 29 Agosto 2022

A este valor podem ser acrescentados mais três milhões de euros caso sejam alcançados objetivos relacionados com a performance desportiva do Club Brugge e do jogador.

O Benfica SAD fechou um acordo com o Club Brugge para a venda dos direitos do jogador ucraniano Roman Yaremchuk. Em comunicado ao mercado, os encarnados indicam que a venda do passe do avançado foi concluída por 16 milhões de euros, acrescida de “um valor adicional de € 3.000.000 (três milhões de euros), dependente da concretização de objetivos relacionados com a performance desportiva do Club Brugge e do jogador”.

Na mesma na nota, publicada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD do Benfica informa que tinha comprado previamente 25% dos direitos económicos do jogador ao KAA Gent, por três milhões de euros.

No acordo com o clube belga, o Benfica “terá ainda direito a receber 10% do valor de uma futura transferência do referido jogador, caso o valor dessa transferência seja igual ou superior a € 10.000.000”.

O jogador ucraniano regressa assim à liga belga, um ano depois de ter trocado o Gent pelo clube da luz. Na altura o Benfica pagou 17 milhões de euros por 75% do passe e celebrou um contrato de trabalho com o jogador até 30 de junho de 2026 – a cláusula de rescisão, incluída no contrato do jogador, era de cem milhões de euros.

O Clube Brugge “terá o direito a reter o mecanismo de solidariedade para posterior distribuição aos clubes que participaram na formação do jogador e a Benfica SAD terá encargos com serviços de intermediação de 5% do valor da venda deduzido do montante da solidariedade”, conclui ainda o comunicado do Benfica SAD.

(atualizado às 22h09)

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Iraque declara recolher obrigatório

  • Lusa
  • 29 Agosto 2022

Dezenas de apoiantes de Moqtada al-Sadr invadiram o Palácio da República, para expressar o seu descontentamento após o clérigo iraquiano ter anunciado a sua “retirada definitiva” da política.

O Iraque declarou esta segunda-feira o recolher obrigatório após tiroteios na caótica Zona Verde de Bagdade, que já provocaram pelo menos dois mortos e 22 feridos, quando o líder Moqtada al-Sadr anunciou a sua retirada da cena política. Dezenas de apoiantes de Moqtada al-Sadr invadiram o Palácio da República, em Bagdade, para expressar o seu descontentamento após o clérigo iraquiano ter anunciado a sua “retirada definitiva” da política.

Os apoiantes do líder religioso e político entraram no Palácio da República, localizado na ultra-segura Zona Verde da capital iraquiana, levando as forças de segurança a disparar, fazendo pelo menos duas mortes e ferimentos em 22 outras pessoas, de acordo com fontes médicas. Antecipando o cenário de confrontos, Al-Sadr ordenou aos elementos do seu círculo mais próximo para que não se pronunciem sobre os eventos em curso, nem usem as redes sociais para promover mais ações de violência.

O clérigo xiita também aconselhou os apoiantes a não empunharem bandeiras do partido, que ficou oficialmente dissolvido com a decisão anunciada por Al-Sadr. Os ocupantes do Palácio da República acomodaram-se em poltronas, saltaram para a piscina do edifício, com as forças de segurança a começar por disparar bombas de gás lacrimogéneo, para tentar dispersar os manifestantes.

A situação na Zona Verde de Bagdade mantém-se caótica, apesar do decretar do recolher obrigatório, efetivo a partir desta segunda, quando a polícia começou a usar munições reais, aumentando o clima de confronto que já se vivia entre apoiantes de Al-Sadr e partidários dos partidos oposicionistas. Desde as eleições de outubro do ano passado que o Iraque está sem Governo e sem um novo Presidente, depois de o partido de Al-Sadr ter vencido, mas com apenas 73 lugares dos 329 do Parlamento.

Muqtada al-Sadr anunciou a sua “retirada definitiva” da cena política no Iraque, perante a crise política. “Decidi deixar de intervir nos assuntos políticos. Anuncio a minha retirada final e o encerramento de todas as sedes das instituições políticas (do movimento sadrista)”, disse o influente clérigo e líder do principal partido no Iraque.

O anúncio de al-Sadr ocorreu apenas 48 horas depois de ter exigido a exclusão da cena política de todos os partidos que atuam no Iraque desde 2003, como condição para superar a crise que se vive desde as eleições de outubro. O partido de al-Sadr tentou uma aliança com outras forças parlamentares para eleger o Presidente e o primeiro-ministro, que ficariam encarregados de formar um Governo, o que acabou por não ser possível, devido ao bloqueio dos opositores xiitas, próximos do regime iraniano.

Os deputados sadristas demitiram-se em bloco, em junho, mas, perante a eleição de um Presidente e de um primeiro-ministro propostos pelos opositores, os seguidores de Al-Sadr ocuparam o Parlamento, em 30 de julho. A ocupação durou uma semana e, após um apelo do clérigo, os sadristas retiraram-se do Parlamento e têm estado acampados em frente ao edifício, para exigir a dissolução da Câmara e novas eleições.

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PSD diz que Governo é o “mais desgovernado” dos últimos 20 anos

  • Lusa
  • 29 Agosto 2022

O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, disse ainda que este é um Governo "sem responsabilidade, e é um governo sem senso".

O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, considerou esta segunda-feira que o Governo é o “mais desgovernado” dos últimos 20 anos, tendo ainda criticando que “falta autoridade” política ao primeiro-ministro, António Costa. “Portugal tem hoje o Governo mais desgovernado dos últimos 20 anos, um Governo sem comando, um governo sem responsabilidade, e é um governo sem senso”, disse.

Hugo Soares, que falava na sessão de abertura da 18.ª edição da Universidade de Verão do PSD, que vai decorrer até domingo, em Castelo de Vide (Portalegre), considera que “falta autoridade” política a António Costa, relembrando os “episódios” relacionados com a localização do novo aeroporto em Lisboa e o Ministério das Infraestruturas.

“É um governo sem comando porque, aparentemente, o senhor primeiro-ministro discordou da decisão do senhor ministro [Pedro Nuno Santos], que não é um ministro qualquer, é um dos que se diz que pode suceder ao primeiro-ministro, desautoriza-o e o senhor ministro continua no Governo impávido e sereno, como se nada tivesse acontecido”, disse.

Além de criticar a política de contratações feitas pelo ministro das Finanças e a postura de António Costa sobre esta matéria, Hugo Soares disse que este é um Governo “sem responsabilidade”, dando como exemplo a relação entre a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

Em causa estão as declarações da ministra no dia 10 de agosto, quando instada pelos jornalistas a responder a críticas dirigidas à tutela pelo secretário-geral da CAP, que disse ser “inexistente” a resposta do Governo para mitigar o impacto da seca no setor da produção e alimentação animal, a ministra devolveu a pergunta. “É melhor perguntar porque é que durante a campanha eleitoral a própria CAP aconselhou os eleitores a não votar no Partido Socialista”, retorquiu.

Para Hugo Soares, trata-se de um Governo “gasto” e “sem responsabilidades”, porque destas afirmações da governante “ninguém tirou nenhuma responsabilidade” política. O secretário-geral do PSD acusou ainda o Governo de “falta de responsabilidade” nos setores da Saúde, recordando que a ministra da tutela, Marta Temido, considerou recentemente que os problemas que têm afetado o Serviço Nacional de Saúde são consequência de decisões tomadas “há várias décadas”, apontando aos anos 80 do século passado.

“Ela disse isto e ninguém tirou nenhuma responsabilidade”, lamentou. Hugo Soares disse ainda que este é um Governo “sem senso”, dando como exemplos as declarações da secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, em relação aos incêndios e à área ardida, e da ministra Maria Vieira da Silva em relação ao futuro da Serra da Estrela após os incêndios florestais.

“Este Governo além de não ter comando, além de não ter responsabilidade e além de não ter senso tem, em muitas matérias, aspetos de imoralidade que o PSD não vai deixar de denunciar”, garantiu. A 18.ª edição da Universidade de Verão do PSD decorre até domingo, numa iniciativa tradicional de rentrée dos sociais-democratas que não se realizou em 2020 e 2021 devido à pandemia de covid-19.

O encerramento da Universidade de Verão está marcado para domingo às 12:00, contando com intervenções de Alexandre Poço, Carlos Coelho e Luís Montenegro. Este será o segundo momento alto do PSD neste verão, depois de Luís Montenegro ter recuperado a tradicional Festa do Pontal, a meio de agosto, em Quarteira, e na qual compareceu o antigo líder do partido Pedro Passos Coelho.

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Chega debate e vota moção de confiança em Conselho Nacional a 17 e 18 de setembro

  • Lusa
  • 29 Agosto 2022

Em simultâneo vai decorrer a primeira assembleia plenária, “como forma de participação direta dos militantes no caminho a seguir pelo partido”.

O Chega vai debater uma moção de confiança à liderança de André Ventura num Conselho Nacional extraordinário em 17 e 18 de setembro, no qual todos os militantes poderão intervir mas apenas os conselheiros poderão votar.

Em comunicado divulgado esta segunda, é referido que a direção nacional do Chega requereu a “convocação de um Conselho Nacional extraordinário com o objetivo de discutir, avaliar e votar a moção de confiança proposta pelo presidente” do partido. A reunião vai decorrer nos dias 17 e 18 de setembro, na Batalha (distrito de Leiria).

Esta reunião do órgão máximo entre congressos vai ser aberta a “todos os militantes” que queiram participar, mas segundo transmitiu à Lusa fonte oficial do partido apenas poderão votar a moção de confiança os dirigentes que já integram o Conselho Nacional, no qual o líder tem larga maioria.

Entendendo que é fundamental que não subsistam dúvidas internas quanto à legitimidade do presidente e ao estilo de liderança que este tem afirmado, quer em termos partidários, quer parlamentares, a direção nacional solicitou igualmente à mesa nacional que o XI Conselho Nacional seja aberto à participação de todos os militantes, de todas as regiões do país, para que o debate seja completo, global e o mais abrangente possível”, defende o partido.

Por isso, em simultâneo vai decorrer a primeira assembleia plenária (figura que não consta dos estatutos), “como forma de participação direta dos militantes no caminho a seguir pelo partido”. Ventura anunciou a apresentação de uma moção de confiança após as críticas do deputado Gabriel Mithá Ribeiro, que se demitiu de vice-presidente da direção após ter sido afastado da coordenação do gabinete de estudos do partido.

No comunicado, o Chega indica que “todos os militantes em situação regular poderão participar e intervir, nos termos do regulamento interno a aprovar pela mesa”. Os trabalhos vão arrancar com a apresentação da moção de confiança pelo presidente do partido, que será votada “através de voto secreto em urna fechada” no final do debate.

“Os resultados serão anunciados pela mesa nacional logo após validada a contagem pela mesa e pelo conselho de jurisdição nacional”, é indicado. O líder do Chega, André Ventura, anunciou no domingo que vai apresentar uma moção de confiança para que os órgãos competentes do partido se pronunciem sobre a forma como a formação tem sido dirigida.

O líder de extrema-direita considerou ser “evidente que há hoje no partido uma fação”, que ele pensa ser minoritária, e que contesta a atual direção. “Pretendo apresentar uma moção de confiança ao partido, a marcar de forma urgente, onde todos possam participar e ter a sua posição para definir se este é o caminho que querem, o caminho que nos trouxe até aqui”, disse André Ventura, à margem da sessão de encerramento da Academia de Verão da Juventude do Chega.

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Câmara da Guarda deixa de regar 33% da área dos jardins da cidade para poupar água

  • Lusa
  • 29 Agosto 2022

A Câmara da Guarda vai deixar de regar uma área de 33% dos jardins da cidade e de repor água nas fontes decorativas e reduzir o consumo nos espaços desportivos para poupar água devido à seca.

“Estamos a reduzir, no imediato, em 1/3 a área de rega nos jardins da cidade e vamos acompanhar permanentemente a necessidade de aumentar esta redução até ao limite de 100%. No imediato, 33% dos jardins da cidade vão deixar de ser regados”, disse, esta segunda-feira, o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa.

O autarca falava na apresentação das “Medidas de Contenção Fundamentais para a Moderação dos Consumos de Água no Concelho da Guarda”, realizada no auditório do edifício sede da Divisão de Ambiente. “Se nós queremos água para beber, que saia na torneira, não a podemos continuamente desperdiçar nos jardins”, justificou.

Sérgio Costa adiantou que, devido à falta de água, as localidades de Avelãs de Ambom, Rocamondo e Traginha estão a ser abastecidas diariamente por camiões cisterna, porque as captações locais secaram. O edil referiu ainda que já foi solicitado à empresa Águas do Vale do Tejo a adaptação de duas Estações de Tratamento de Águas Residuais para fornecimento de águas residuais tratadas para rega.

No imediato, 33% dos jardins da cidade vão deixar de ser regados.

Sérgio Costa

Presidente da Câmara Municipal da Guarda

Ao nível do setor pecuário, foram reativadas antigas captações em três freguesias (Pousade e São Miguel e São Pedro do Jarmelo) para o abeberamento de animais.

Em relação às piscinas municipais, Sérgio Costa disse que “foi já dada ordem para diminuir a renovação ou a reposição da sua água até ao limite da manutenção dos parâmetros legais, com a eventual necessidade do seu encerramento”. Quanto às fontes decorativas da cidade, “mesmo estando a funcionar em circuito fechado, não será feita qualquer reposição de água por evaporação, podendo levar ao seu desligamento”.

O município também vai reduzir gradualmente o consumo nos espaços desportivos, “seja por rega, seja pela utilização dos balneários”.

Sobre a recomendação do Governo para o aumento de tarifas em relação aos grandes consumidores domésticos, atendendo “ao fraco impacto no concelho”, o presidente da Câmara da Guarda referiu que o município fará “uma análise técnica adequada de forma a analisar outras possíveis formas alternativas de poupança de água”.

Sérgio Costa lembrou que são proibidos os usos de água da rede pública em tanques e fontanários públicos e apelou aos cidadãos “para o uso consciente e ponderado da água”.

Rui Melo, da Divisão de Ambiente, avançou, por sua vez, com outras medidas que estão a ser equacionadas como a telegestão da rede de rega e a aplicação de um sistema de gestão da rega inteligente. A plantação de árvores e a utilização da telemetria e da telegestão para redução de perdas da água da rede pública são outras iniciativas a considerar.

O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta Machado, também presente na sessão, fez o ponto de situação da seca a nível nacional e disse que a barragem do Caldeirão, que abastece a cidade e o concelho da Guarda, está “em estado crítico e em vigilância”, por apresentar um volume de água armazenado de 53%.

A seca prolongada no continente está a afetar as culturas, levou a cortes no uso da água e obrigou aldeias a serem abastecidas com autotanques. Desde outubro de 2021 até agosto choveu praticamente metade do que seria o normal, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

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NASA admite lançamento de novo foguetão lunar na sexta-feira

  • Lusa
  • 29 Agosto 2022

Depois da missão abortada esta segunda-feira, a NASA espera que problemas técnicos num dos motores se resolvam na plataforma de lançamento nas próximas 48 a 72 horas.

A agência espacial norte-americana (NASA) admitiu lançar o novo foguetão lunar SLS na sexta-feira caso consiga resolver até quinta-feira, na plataforma de lançamento, os problemas técnicos que levaram esta segunda ao seu cancelamento.

O diretor da missão, Mike Sarafin, disse em conferência de imprensa que será possível o lançamento na sexta-feira – segunda data que tinha sido admitida anteriormente pela NASA caso a descolagem fosse hoje abortada – desde que os problemas técnicos se resolvam na plataforma de lançamento nas próximas 48 a 72 horas.

Justificando o cancelamento do voo de teste do SLS, sem tripulação e que tem acoplada no topo a nave Orion, que há de orbitar a Lua, a NASA refere, em comunicado, que um dos quatro motores do módulo central do engenho não atingiu a temperatura adequada para a descolagem.

Mike Sarafin adiantou que a equipa técnica irá reunir-se na terça-feira e analisar os dados para perceber o que falhou, fazer correções e “decidir o que é melhor”. “É preciso mais tempo”, afirmou Sarafin, em declarações aos jornalistas transmitidas pela NASA TV, afastando, no entanto, o cenário de substituição do motor.

“Estamos a fazer o que não se fazia há 50 anos, com nova tecnologia, novas equipas”, enfatizou, assinalando que o novo foguetão coloca “enormes desafios técnicos”. A concretizar-se, o lançamento do SLS, sucessivamente adiado ao longo dos anos, marca o início do programa lunar Artemis, com que os Estados Unidos pretendem regressar à superfície da Lua em 2025, um ano depois do previsto, colocando no solo a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro.

Antes disso, a NASA quer levar astronautas novamente para a órbita lunar em 2024. O SLS é o foguetão mais potente da NASA desde o Saturno V, que levou astronautas norte-americanos à Lua, entre 1969 e 1972. Além de sexta-feira, 02 de setembro, a NASA tem uma terceira data possível de lançamento, a próxima segunda-feira, 05 de setembro.

Desde 17 de agosto que o foguetão está na plataforma de lançamento, na base espacial da NASA, em Cabo Canaveral, na Florida. A viagem desde o hangar até à plataforma – um percurso de seis quilómetros – demorou cerca de 10 horas. Tratou-se da terceira viagem do foguetão, de 98 metros de altura, até à plataforma de lançamento.

Um teste de contagem decrescente em abril foi prejudicado por uma fuga de combustível, que hoje se repetiu, e a outros problemas, obrigando a NASA a enviar o foguetão de novo ao hangar para reparação. O ensaio foi repetido em junho na plataforma com melhores resultados. Justificando as várias tentativas de lançamento, o administrador da NASA, Bill Nelson, disse na conferência de imprensa que um voo espacial “é arriscado” e que é preciso testá-lo “para o tornar o mais seguro possível”.

Enaltecendo o trabalho dos técnicos, Bill Nelson lembrou que vários problemas foram solucionados hoje, mas que há “um que necessita de mais tempo para ser resolvido”. Com o programa lunar Artemis, a NASA espera “estabelecer missões sustentáveis” na Lua a partir de 2028 com o intuito de enviar astronautas para o planeta Marte na década de 2030. A partida para estas missões lunares ou para Marte será feita de uma estação espacial a instalar na órbita da Lua, a Gateway.

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Dois pilotos da Air France suspensos depois de lutarem dentro do ‘cockpit’

  • Lusa
  • 29 Agosto 2022

O piloto e co-piloto entraram em conflito pouco depois da descolagem e agarraram-se um ao outro pelos colarinhos num voo de Genebra para Paris.

Dois pilotos da Air France foram suspensos de funções depois de terem lutado fisicamente no cockpit num voo de Genebra para Paris em junho, afirmou um funcionário da Air France. Apesar do confronto físico, o voo em questão continuou e aterrou em segurança, acrescentou o mesmo funcionário, citado pela agência AP.

Segundo o jornal francês La Tribune, o piloto e co-piloto entraram em conflito pouco depois da descolagem e agarraram-se um ao outro pelos colarinhos, depois de um deles ter aparentemente atingido o outro. A tripulação de cabine interveio e um membro passou o voo na cabina de pilotagem, juntamente com os pilotos, avançou o meio de comunicação francês.

A notícia do confronto surge depois de a agência de investigação aérea francesa, BEA, ter emitido um relatório na quarta-feira acusando alguns pilotos da Air France de não respeitarem rigorosamente os procedimentos de segurança.

O relatório centrou-se numa fuga de combustível num voo da Air France, de Brazzaville (República do Congo) para Paris em dezembro de 2020, quando os pilotos não cortaram a energia do motor ou tentaram aterrar o mais cedo possível, tal como mandam os protocolos de segurança.

O avião acabou por aterrar em segurança no Chade, mas o relatório da BEA calculou que o motor poderia ter pegado fogo. Segundo o relatório, que teve em conta outros três casos semelhantes entre 2017 e 2022, concluiu-se que alguns pilotos agem com base na sua própria análise da situação em vez de seguirem os protocolos de segurança.

Em resposta, a Air France disse estar já a realizar uma auditoria de segurança e comprometeu-se a seguir as recomendações da BEA, como permitir que os pilotos estudem posteriormente o voo e tornar os manuais de formação mais rigorosos sobre o cumprimento dos procedimentos.

A companhia aérea observou que, apesar de fazer milhares de voos diariamente, apenas foram mencionados quatro incidentes de segurança no relatório. Os sindicatos de pilotos da Air France insistiram também que a segurança é um valor primordial para todos os pilotos da companhia e apoiaram as ações dos profissionais durante as situações de emergência.

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“Chegue mais tarde” no primeiro dia de aulas

A Volvo e a Rádio Comercial desafiam as empresas a dar tolerância de ponto no primeiro dia de aulas, ajudando assim a diminuir o stress associado ao momento e diminuindo a sinistralidade.

No primeiro dia de aulas, chegue mais tarde ao trabalho. O repto é lançado pela Volvo e pela Rádio Comercial, que criaram o movimento #cheguemaistarde, através do qual pretendem alertar para a necessidade de segurança e tranquilidade no dia do regresso às aulas, desafiando as empresas a seguirem o exemplo da marca automóvel, que vai dar tolerância de ponto a todos os colaboradores nesse dia.

“Que todos chegam à escola sem pressas ou acidentes e que também as crianças têm a segurança da total dedicação dos pais neste dia tão importante para todos”, é o objetivo da ação, que pretende envolver as chefias e responsáveis de recursos humanos das empresas.

A Rádio Comercial juntou-se ao movimento #cheguemaistarde, estando a equipa da estação ao apelar à adesão por parte das empresas.

“Sabemos que mais de metade dos acidentes são devidos, em grande parte, ao stress, sendo que perto de 25% acontecem nas primeiras horas da manhã (Fonte: ASNR, Relatório sinistralidade 2021). A pressa de chegar ao destino e a ansiedade de sabermos que o tempo não estica e que há horas a cumprir, independentemente do que acontece à nossa volta ou das necessidades dos que nos são próximos, são alguns dos motivos apontados”, explicam as empresas, que querem “fazer do primeiro dia de aulas, o mais seguro do ano”.

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Gasolina vendida 2,3 cêntimos acima do preço eficiente e gasóleo 1,6 cêntimos abaixo

  • Lusa
  • 29 Agosto 2022

O preço eficiente antes de impostos é de 1,012 €/l para a gasolina 95 simples e de 1,281 €/l para o gasóleo simples, diz a ERSE. Após impostos, o preço eficiente fica nos 1,806 €/l e nos 1,986 €/l.

A média dos preços nas gasolineiras ficou, na semana de 22 a 28 de agosto, no caso da gasolina, 2,3 cêntimos acima do preço médio semanal determinado pela ERSE e 1,6 cêntimos abaixo no gasóleo.

Assim, de acordo com a informação do Relatório Semanal de Supervisão dos Preços de Venda ao Público, publicado esta segunda pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “relativamente à semana anterior verificou-se que a média dos Preços de Venda ao Público anunciados nos pórticos, e reportada no Balcão Único da Energia, esteve 2,3 cent/l acima do Preço Eficiente, dessa semana, no caso da gasolina 95 simples e 1,6 cent/l abaixo no caso do gasóleo simples”.

De acordo com o regulador, “em termos percentuais, a gasolina 95 simples foi anunciada nos pórticos 1,3% acima do Preço Eficiente e o gasóleo simples foi anunciado 0,9% abaixo do Preço Eficiente”. O preço eficiente “é um preço médio semanal determinado pela ERSE e resulta da soma das seguintes componentes: os preços dos combustíveis nos mercados internacionais de referência e os respetivos fretes marítimos, a logística primária, incluindo nesta parcela as reservas estratégicas e de segurança do Sistema Petrolífero Nacional, os sobrecustos com a incorporação de biocombustíveis e a componente de retalho acrescida dos impostos respetivos”, explicou a ERSE.

A entidade destacou que “ainda relativamente à semana anterior”, no que respeita aos preços com descontos que são preços médios publicados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), “a gasolina 95 simples apresentou um desvio de – 2,2% face ao Preço Eficiente e o gasóleo simples – 5,1%”.

Desta forma, “em termos absolutos, estas estimativas situam-se, para a gasolina 95 simples em – 4,0 cent/l, e para o gasóleo simples em – 9,1 cent/l abaixo dos respetivos Preços Eficientes”. De acordo com a informação publicada pela ERSE, para esta semana (29 de agosto a 04 de setembro), “o Preço Eficiente antes de impostos é de 1,012 €/l para a gasolina 95 simples e de 1,281 €/l para o gasóleo simples. Após impostos, o Preço Eficiente fica nos 1,806 €/l e nos 1,986 €/l, para a gasolina 95 simples e para o gasóleo simples, respetivamente”.

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