Matemática no ensino secundário vai mudar em setembro de 2024

  • Lusa
  • 7 Junho 2022

As diferenças entre as “quatro matemáticas” que existem atualmente – para os cursos de ciências, humanidades, artes e cursos profissionais – vão esbater-se no início do secundário.

Mudanças na Matemática do secundário vão entrar em vigor em 2024 e, a manterem-se propostas que entraram esta terça-feira em discussão pública, no 10.º ano os alunos dos diferentes cursos terão um “primeiro período de aulas muito semelhante”. As diferenças entre as “quatro matemáticas” que existem atualmente – para os cursos de ciências, humanidades, artes e cursos profissionais – vão esbater-se no início do secundário, caso se mantenham as propostas de revisão das Aprendizagens Essenciais de Matemática.

A informação foi avançada aos jornalistas por Jaime Carvalho Silva, coordenador do grupo de trabalho responsável pelas propostas sobre o que devem ser as Aprendizagens Essenciais no 10.º, 11.º e 12.º anos e no ensino profissional. “Infelizmente, a Matemática por vezes condiciona muitas das escolhas dos estudantes” no momento de escolher a área a seguir no ensino secundário, disse.

Para contrariar a fuga de alunos chegou a ser considerada a hipótese de a Matemática do 10.º ano ser igual para todas os cursos, mas a ideia caiu. “Há apenas 1/3 do ano que é praticamente comum”, explicou Jaime Carvalho Silva, acrescentando que “o primeiro período é muito semelhante”.

Segundo o ministro da Educação, João Costa, que participou na conferência de imprensa de apresentação das Aprendizagens Essenciais de Matemática, a versão final do documento só estará pronta “no final deste ano” e o diploma “será homologado ainda este ano civil”. A consulta pública termina em 15 de setembro e depois, durante dois meses, o grupo de trabalho responsável pelas propostas “irá analisar tudo o que for feito”, disse Jaime Carvalho da Silva.

No calendário está também a formação de professores: “Foi tudo pensado desde o primeiro momento”, garantiu esta terça João Costa a jornalistas, acrescentando que em setembro arranca a formação das Aprendizagens Essenciais no ensino básico e, logo depois, será a vez do ensino secundário.

Jaime Carvalho da Silva explicou que estas propostas tentam trazer um “equilíbrio entre aplicações visíveis de Matemática, mas também vão resgatar um pouco da matemática clássica”. O grupo de trabalho defende mudanças tais como ser uma disciplina “para todos”, que os alunos consigam utilizar no seu dia-a-dia.

Entre as propostas do grupo de trabalho, composto por matemáticos, professores e especialistas em educação, surge a ideia de uma “Matemática para todos”, onde os “formalismos e os níveis de abstração excessivos deverão ser evitados”. Outra das “ideias inovadoras do currículo” é o de as escolas terem uma “Matemática para a cidadania”, até porque os alunos devem ter “ferramentas de análise dos processos sociais que estão na base do exercício de uma cidadania ativa”.

As aprendizagens essenciais deverão introduzir temas como “modelos e processos eleitorais” e “análise de modelos financeiros”, assim como valorizar o desenvolvimento da “literacia estatística”. Sobre a literacia financeira, os autores da proposta salientam a importância de os alunos serem capazes de usar a matemática em matérias como os salários, impostos, descontos ou promoções. “Valorizar o pensamento computacional” é outra das “ideias inovadoras do currículo”.

“A Matemática é a disciplina que mais recursos consome”, disse João Costa, lembrando que é a que tem mais horas semanais de aulas e mais horas de apoios e que “persiste em ser a disciplina com mais insucesso”. A entrada em vigor será feita de “forma progressiva”, primeiro com os alunos do 10.º ano, depois com os do 11.º e finalmente com os do 12.º, disse João Costa.

O trabalho de revisão da disciplina começou há seis anos, quando mais de 1/3 dos alunos chumbava a Matemática e muitos deixavam de seguir cursos de Ciências e Tecnologia e Ciências Socioeconómicas por causa da Matemática. Jaime Carvalho da Silva acrescentou que o grupo de trabalho não apresentou alterações para a Matemática Aplicada às Ciências Sociais (MACS), que é destinada aos alunos do curso de Línguas e Humanidades. O coordenador admitiu que a sua “bandeira” é que todos os alunos tenham Matemática no secundário.

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Zillenials privilegiam seguros nos planos de benefício de empresa

  • ECO Seguros
  • 7 Junho 2022

Necessidades dos trabalhadores jovens vão além dos benefícios tradicionais. Interessam-se pela posição do empregador sobre ambiente, ética e diversidade. Querem benefícios que assegurem bem-estar.

Os Zillennials, expressão associada ao grupo etário dos nascidos entre 1993 e 1998, estão a exigir uma cultura de empresa e um ambiente de trabalho que se alinhe melhor com os seus valores pessoais. Sendo a que se mostra menos satisfeita profissionalmente, mais de metade (53%) destes jovens considera que ter um emprego que não os realiza é uma das maiores causas de stress, estes jovens “são mais criteriosos do que outras gerações na avaliação dos seus empregadores, considerando todos os aspetos da experiência laboral, além dos benefícios tradicionais”, aponta um estudo da seguradora MetLife realizado nos EUA.

Entre 10 pontos que estes jovens consideram obrigatórios ou prioritários num plano de benefícios de empresa, o estudo lista seis que são coberturas de seguros e plano pensões.

Confrontados com esgotamento (burnout) e isolamento social dois anos após o início da pandemia, 53% procurou ajuda para a saúde mental no último ano (vs. 31% de todos os trabalhadores inquiridos). A geração Z tem opinião mais vincada, face aos outros trabalhadores, de que o seu empregador faz apenas o “mínimo possível” para os ajudar a adaptar-se aos novos contextos de trabalho, conclui o relatório MetLife Employee Benefit Trands Study – EBTS (EUA).

As tendências reveladas pelo estudo devem merecer a atenção dos empregadores e que podem aproveitar para fazer uma reflexão sobre as suas próprias práticas laborais. (…), os jovens estão a estabelecer um novo padrão para avaliar a experiência no trabalho. A análise das expectativas desta geração pode servir como um barómetro para o sucesso das políticas de talento,” nota Oscar Herencia, Vice-presidente da Metlife para o sul da Europa e diretor geral para Espanha e Portugal.

A 20ª edição do estudo sobre Tendências nos Benefícios de Trabalhadores nos EUA foca a necessidade de “apoiar experiência global dos trabalhadores.” As novas necessidades dos Zis vão além dos benefícios tradicionais, incluindo-se um maior interesse na posição do empregador face a questões ambientais e éticas (45%), bem como de diversidade, equidade e inclusão (40%) – expectativas “obrigatórias” para este grupo etário. Uma cultura de trabalho que aborde e melhore a saúde social e mental dos trabalhadores “também se tornou uma das principais considerações para os Zillennials,” afirma a MetLIfe referindo que o reconhecimento da importância da vida pessoal, e as políticas que colocam limites ao horário de trabalho dos trabalhadores, aumentaram em importância nos últimos dois anos.

Defendendo a necessidade de um “reforço dos benefícios para melhorar o bem-estar e a satisfação no trabalho,” o estudo afirma que o caminho é de “uma abordagem holística aos benefícios, dado que um em cada quatro dos Z (27%) diz ter considerado mudar de emprego para aceder a um pacote de benefícios melhorado (vs. 19% de todos os trabalhadores). Os benefícios tradicionais continuam a assumir grande importância para a geração Z e “isto é particularmente verdade no caso de seguros de vida e seguros de hospitalização, que saltaram 25 pontos percentuais, 23 pontos percentuais, e 19 pontos percentuais desde 2017 entre esta faixa etária, respetivamente”.

Questionados sobre que benefícios melhorariam o seu bem-estar, os Zillennials apontaram as licenças pagas e não pagas (74%); programas de equilibro da vida profissional e pessoal (67%); benefícios de bem-estar mental, incluindo programas de assistência e reembolso de sessões terapêuticas (62%); e programas de apoio às suas necessidades financeiras (55%), como principais prioridades.

“Para melhorar a satisfação e a retenção de talento, os empregadores precisam de atribuir maior importância aos benefícios. O objetivo é oferecer um pacote completo que dê resposta às principais necessidades das novas gerações. Caso contrário, arriscam-se a ficar para trás na guerra pelo talento,” concluiu Oscar Herencia.

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Energia e tecnologia dão impulso a Wall Street

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Junho 2022

Os principais índices de Wall Street fecharam em alta, depois de um início de sessão no "vermelho". Apple valorizou mais de 1%, apesar da aprovação de Bruxelas de um carregador comum para telemóveis.

As bolsas norte-americanas inverteram a tendência negativa do início da sessão e encerraram em alta, graças ao impulso das ações tecnológicas e do setor da energia. A cadeia de lojas Target pesou sobre as ações de retalho.

Esta terça-feira, o índice de referência S&P 500 subiu 0,95% para 4.160,47 pontos, o industrial Dow Jones avançou 0,79% para 33.174,90 pontos, e o tecnológico Nasdaq valorizou 0,99% para 12.180,99 pontos.

Apesar de o Parlamento Europeu ter aprovado durante a manhã a criação de um carregador universal para telemóveis, tablets e headphones, a Apple teve ganhos de 1,76%, para os 148,71 dólares. Na tecnologia, também a Microsoft, a Tesla e a Alphabet (“casa-mãe” da Google) negociaram em terreno positivo.

Já a Target perdeu 2,44%, para os 155,98 dólares, num dia em que anunciou que estava a cancelar encomendas de fornecedores, particularmente para bens domésticos e vestuário, de modo a “limpar” o inventário acumulado antes da época de compras de férias.

Embora os mercados estejam a recuperar das perdas profundas que tiveram nas últimas semanas, os investidores continuam receosos com a inflação nos EUA, aguardando pelo relatório do índice de preços ao consumidor de maio, previsto para sexta-feira.

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Unicâmbio prevê superar este ano lucro de 2019

  • Lusa
  • 7 Junho 2022

A rede de 32 balcões que a Unicâmbio tem na Alemanha vai faturar 10 milhões de euros este ano.

A Unicâmbio revelou esta terça-feira que prevê ultrapassar este ano o lucro de 1,3 milhões de euros de 2019, ano anterior à pandemia, e que as 32 lojas na Alemanha vão faturar 10 milhões de euros. “Temos boas perspetivas para 2022, tudo se encaminha para isso [ultrapassar o resultado líquido de 2019], embora estejamos num ano de incerteza”, disse o presidente do Conselho de Administração da Unicâmbio, Paulo Jerónimo, num encontro com jornalistas em Lisboa.

Além disso, o responsável pela portuguesa Unicâmbio, que celebra 30 anos de atividade, destacou o negócio que a empresa detém na Alemanha, onde opera sob a marca Ucambio, um “mercado 10 vezes maior que Portugal”. Em 28 de dezembro de 2021, a Unicâmbio anunciou que tinha aberto 32 lojas na Alemanha, numa operação em parceria com a Western Union, admitindo que mais poderiam ser abertas de futuro, disse, na altura, à Lusa o fundador e administrador Carlos Lilaia.

Segundo disse Carlos Lilaia em dezembro, a Unicâmbio foi convidada pela Western Union para abrir negócio fora de Portugal e escolheu a Alemanha, tendo aberto as 32 lojas entre outubro e novembro, aproveitando o elevado número de estrangeiros que aí trabalham.

Esta terça, a empresa adiantou que a operação na Alemanha alcançará este ano o breakeven (ponto em que as receitas igualam a despesas), enquanto o retorno do investimento (pay back), que não revelou quanto foi, deverá ser atingido em 2024. A rede de 32 balcões vai faturar 10 milhões de euros este ano.

Para Paulo Jerónimo, tratou-se de assumir uma “grande responsabilidade, num tempo de incerteza”, sendo que a operação na Alemanha representa um salto qualitativo na internacionalização da empresa especializada no mercado de transferências de dinheiro e trocas cambiais.

A empresa liderada por Paulo Jerónimo, Carlos Lilaia e Adriana Jerónimo, por seu lado, apresentou um lucro de 300 mil euros em 2021, após ter tido prejuízos de 1,3 milhões de euros em 2020, ano da pandemia de covid-19, quando um ano antes tinha contabilizado um lucro de 1,3 milhões de euros.

Na sequência da crise da pandemia, a Unicâmbio lançou-se em novos negócios, caso do comércio de ouro usado em Portugal, atividade que quer replicar na Alemanha, já que este país é uma referência a este nível. “Este negócio tem potencial e estamos acima do que tínhamos previsto”, realçou ainda o responsável.

Além do negócio do ouro, a Unicâmbio entrou na concessão crédito pessoal. Para tal, a empresa de câmbios estabeleceu uma parceria com o BBVA para dar crédito pessoal aos seus clientes em Portugal até 5.000 euros.

Quanto ao número de empregados, a Unicâmbio tem atualmente 146 na Alemanha, 290 em Portugal, além de em Angola e Marrocos, somando um total de 450 trabalhadores.

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Provavelmente a RTP vai ter prejuízos este ano, antecipa Nicolau Santos

  • Lusa
  • 7 Junho 2022

Nicolau Santos apontou o "aumento brutal dos custos de energia, subiram três milhões de euros", ou seja, "três vezes mais" do que inicialmente estava orçamentado.

O presidente do Conselho de Administração da RTP afirmou esta terça-feira que “provavelmente” a empresa “vai ter prejuízos” este ano, sublinhando que os encargos “têm vindo a crescer”, mas garantiu que o grupo público “não está à beira do cataclismo”. Nicolau Santos falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Os constrangimentos orçamentais da RTP para cumprir o Serviço Público de rádio e televisão, tal como está explanado no Contrato de Concessão, mas também muito para lá daquilo que fazemos”, alteraram-se “significativamente em 2022 e vai levantar problemas em termos resultados no final deste ano“, alertou Nicolau Santos.

Em primeiro lugar, assiste-se a “um aumento brutal dos custos de energia, subiram três milhões de euros, acima do que estava previsto, ou seja, três vezes mais do que inicialmente tínhamos orçamentado”, apontou. Em segundo, a guerra da Ucrânia, em que as “diversas equipas de rádio e de televisão estão presentes” no país “têm obviamente de ser apoiadas financeiramente pela RTP e a situação, como calculam, é de enorme custo”, disse.

Isto porque, as instalações hoteleiras “levam muito dinheiro, as viagens, tudo isto numa situação de guerra é bastante mais caro e obviamente que não tínhamos contemplado no orçamento deste ano uma guerra” na Ucrânia, prosseguiu.

Outro constrangimento são os fornecedores de tecnologia, que “estão a mudar os preços a dois dígitos” e “são brutais os investimentos”, salientou, dando o exemplo que a RTP tem quatro carros de exteriores, que cobrem os grandes eventos fora de portas. “Cada carro de exterior custa sete milhões de euros”, sendo que neste momento dois têm tecnologia “antiquada”, já que só dois estão em HD (alta definição). “Precisávamos de ter mais, mas temos que pensar seriamente se neste momento vamos fazer um investimento de sete milhões de euros para comprar um novo carro de exteriores”, referiu.

Além disto tudo, “temos algo que não acontece desde 2014 na RTP”, que são aumentos salariais. Este ano vai haver aumentos salariais, “também por aqui teremos um novo encargo”. Portanto, esta situação “vai obrigar a RTP a fazer escolhas difíceis nos próximos anos se não houver alterações ao seu financiamento”, alertou.

Apesar do quadro geral, “provavelmente a RTP, depois de muitos anos, vai ter prejuízos” face a estas situações que são “absolutamente surpreendentes”, pois “não contávamos com elas”, mas “são uma tendência de fundo”. Nicolau Santos disse que está a trabalhar para “minimizar ao máximo esses resultados negativos”.

O gestor recordou ainda o que se está a passar com a BBC. “A BBC anunciou uma profunda reestruturação”, que vai contemplar o encerramento de dois canais lineares, negociação para a saída de cerca de 1.000 colaboradores, e vai “apostar ainda mais no streaming e no digital. Esta é uma aposta que está a ser feito por vários serviços públicos de rádio e televisão europeus, é uma aposta que tem seguramente custos pessoais, custos orçamentais, mas é um caminho que aparentemente é o correto e que devemos trilhar para conseguir contemplar públicos que hoje em dia” não vê e nem ouve televisão e rádio nos modos tradicionais, mas noutras plataformas, prosseguiu.

“E nós precisamos de apostar aí”, salientou, defendendo a necessidade de discutir e focar a estratégia de Serviço Público para o futuro. Na sua intervenção, Nicolau Santos fez uma “pequena digressão” sobre aspetos que considerou importantes como o facto da RTP apoiar a produção independente de filmes, séries e documentários com 15 milhões de euros todos os anos, tendo sido no ano passado 18 milhões.

Isto garante “o emprego a milhares de pessoas, empregos que teriam desaparecido durante a pandemia se não fosse a RTP”, sublinhou. “Nenhum operador privado tem este nível de comprometimento com a produção independente, depois a RTP contribuir decisivamente para o conhecimento do país e para a sua coesão social e cultural”, apontou, como também dá apoio aos artistas nacionais e aos eventos culturais e é a estação “dos grandes eventos nacionais”, elencou.

“A RTP tem neste momento um problema de contratação de profissionais. Como sabem houve uma regularização de trabalhadores considerados precários, pelo qual 250 pessoas entraram na RTP nos últimos anos”, disse o gestor. “A massa salarial da RTP por essa via cresceu 10 milhões de euros, isto são encargos muito grandes, ao mesmo tempo que se manteve a contribuição do audiovisual, que está congelada desde 2016, e as nossas limitações em termos de captação comercial, como sabem, estão limitadas aos seis minutos por hora”, prosseguiu.

Ou seja, “os encargos têm vindo a crescer claramente e a maneira de resolver isso tem sido ir à grelha e fazer menos do que aquilo que estávamos a fazer, portanto este é um caminho que não vai levar a um bom fim se não tomarmos opções estratégicas, decidir exatamente o que queremos fazer e, nesse aspeto, nós vamos olhando para aquilo que hoje dia oferecemos para lá do Contrato de Concessão (…) e consideramos que eventualmente há coisas que vamos deixar de fazer se efetivamente não houver um outro modo de financiamento e novas receitas”, argumentou.

Nicolau Santos disse andar à procura de novas receitas e o Contrato de Concessão “será muito importante” no sentido de encontrar a possibilidade de “monetizar” algumas áreas da empresa e dos serviços disponibilizados. O presidente da RTP salientou que este momento deve servir para “abrir uma grande discussão sobre o que deve ser o Serviço Público de rádio e televisão em Portugal”.

O que é que queremos, o que é que o país entende que futuro a televisão e a rádio pública devem ter em Portugal, se isso contribui efetivamente para a qualidade da nossa democracia e da nossa sociedade, ou não, se os privados podem fazer aquilo que a RTP faz e que eles hoje em dia não fazem, mas esse é efetivamente o debate que penso que está na ordem do dia”, defendeu o gestor e jornalista.

“Até lá, estaremos seguramente à frente da RTP tentando fazer o melhor pela empresa e definir caminhos como aqueles que temos em cima da mesa e que estarão plasmados na proposta do Contrato de Concessão que vamos entregar ao ministro” da Cultura, concluiu.

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Gaps de proteção: Insurance Europe quer ação conjunta e coordenada em 3 áreas

  • ECO Seguros
  • 7 Junho 2022

Pensões de reforma, catástrofes naturais e ciber-risco são áreas com importantes lacunas de proteção, apontou a 12ª Conferência Internacional da federação europeia de seguros, exigindo ação coordenada

Andreas Brandstetter, presidente da Insurance Europe: É necessário que os quadros regulatórios sejam adequados aos objetivos e que as regras não resultem em obstáculos ao desenvolvimento de soluções oferecidas pelos seguros.

Em todo o mundo, as sociedades e a economia registam significativo gap de proteção em áreas comuns, cuja abordagem requer uma ação conjunta envolvendo a indústria seguradora, o público e os legisladores (governos), defende Andreas Bandstetter, presidente da Insurance Europe. Em Praga, sob auspício da Czech Insurance Association e com proposta de discussão fechar lacunas de proteção existentes (Closing the Gaps-Protection for All), a comunicação de Brandstetter à 12ª Conferência Internacional da federação europeia de associações de seguros, focou:

  • Falta de financiamento dos sistemas públicos de pensões: Em todo o mundo, os governos enfrentam um enorme desafio na provisão de fundos para assegurar o rendimento dos cidadãos reformados, uma vez que a proporção de trabalhadores em relação aos reformados [rácio de dependência] está a diminuir na maioria dos países, tendência que, como se sabe, tem impacto na sustentabilidade dos sistemas de pensões baseados na repartição.

Neste cenário, Brandsteter afirmou que o desenvolvimento dos designados sistemas multi-pilar, em que as seguradoras desempenham um papel fundamental como fornecedores de planos de pensões do segundo e terceiro pilares (1º pilar corresponde ao sistema público de previdência), contribuirá para tornar os sistemas nacionais de pensões (Segurança Social) mais sustentáveis. Para que isso aconteça, “os decisores políticos devem ser claros quanto à necessidade de o público poupar mais para a reforma, e depois encorajá-los a fazê-lo através de incentivos fiscais” ou, por exemplo, planos voluntários.

  • Falta de cobertura para catástrofes naturais: Embora a situação varie significativamente consoante a geografia, os gaps de proteção contra catástrofes naturais agravam-se com eventos de escala cada vez mais chocante, podendo ser particularmente graves para as economias emergentes.

Esperando que os decisores políticos façam o seu melhor para limitar as alterações climáticas, “é vital que sejam tomadas medidas urgentes para adaptar as sociedades a um clima já em mudança.” Embora a responsabilidade seja principalmente das autoridades públicas, “as seguradoras podem também ajudar aos esforços de adaptação através da sua ampla capacidade de modelação e, sempre que possível, o público deve tomar medidas para tornar as suas casas mais resistentes a eventos de catástrofes naturais”.

  • Gap de cobertura face ao risco cibernético: Os ciberataques têm mostrado como as sociedades e economias estão expostas aos ciber criminosos. “Existe, portanto, uma clara necessidade de aumentar a resiliência cibernética,” referiu o também o Presidente e CEO da seguradora austríaca UNIQA, admitindo que se assiste a uma consciencialização crescente sobre a necessidade de proteção contra riscos cibernéticos tanto nas empresas como por parte do público.

Mas “é necessário fazer mais”, afirmou, lembrando que um número crescente de seguradoras está a disponibilizar produtos. Mas, Brandstetter também aponta a existência de barreiras, em particular, a falta de dados disponíveis para modelação e tarifação dos riscos, uma realidade que está a limitar o desenvolvimento do mercado, pelo que os decisores políticos podem ajudar a resolver esta questão permitindo às seguradoras o acesso a dados de incidentes cibernéticos num formato agregado e anónimo. Isto ajudaria as seguradoras a aumentar a sua capacidade de modelização e, por conseguinte, a proteção que podem oferecer.

Finalmente, o responsável da Insurance Europe sublinhou a necessidade de os legisladores (governos e supervisores) assegurarem que os quadros regulamentares são adequados ao objetivo e que as regras não resultem em obstáculos ao desenvolvimento de soluções de proteção oferecidas pelas seguradoras, nem para a sua capacidade de investir na economia. Além disso, as regras não devem desencorajar as seguradoras na utilização de ferramentas, como inteligência artificial e um maior volume de dados disponíveis, o que pode ajudar a reduzir ainda mais as lacunas de proteção, reforçou.

 

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Quinta urbana em Cascais quer produzir oito toneladas de cogumelos com as borras de café da Delta

Após o sucesso em Lisboa, o projeto de economia circular expande para o concelho vizinho onde pretende produzir oito toneladas de cogumelos por ano.

Nasceu em Cascais a segunda quinta urbana de produção sustentável de cogumelos que pretende impulsionar a economia circular no concelho. O Nãm, projeto criado pelo empreendedor belga Natan Jacquemin, dá assim o primeiro passo de expansão do negócio depois da estreia em Lisboa, e pretende produzir, nesta fase inicial, até oito toneladas de cogumelos por mês através da recolha de cerca de duas toneladas de borras de café da Delta.

“A missão da Nãm é de mostrar que podemos reconciliar economia e ecologia. Acreditamos que isso é o maior desafio deste século”, explicou o fundador da iniciativa ao ECO/Capital Verde, esta terça-feira, na inauguração do espaço.

Para o governante, projetos e iniciativas que, tal como a Nãm, procurem reutilizar resíduos e promovam práticas de conceção ecológica, podem gerar poupanças líquidas de cerca de 600 mil milhões de euros às empresas da União Europeia, criar 170 mil empregos diretos no setor da gestão de resíduos e, ao mesmo tempo, contribuir para a redução de até 4% das emissões totais de gases de efeitos estufa.

“Por vezes, pequenos projetos mas, obviamente, somados e acrescentados com outros de maior dimensão, permitem alcançar resultados extraordinários, se nos dedicarmos”, referiu Duarte Cordeiro durante o seu discurso.

Contentor de produção dos cogumelos Nãm através das borras de café da Delta (foto cedida)

 

Na fábrica de Marvila – onde Natan arrancou com o projeto ainda durante o auge da pandemia, em 2020 – e juntamente com a unidade de produção de Famões, em Odivelas, a Nãm foi responsável por produzir 30 toneladas de cogumelos anualmente através de 100 toneladas de borras de café reutilizadas. Em termos de impacto ecológico, estes números equivalem a 480 árvores plantadas e menos 1.200 carros em circulação. Tudo isto, permite uma redução anual de consumo de 48 toneladas de dióxido de carbono (CO2). Já em termos de empregabilidade, a startup conta agora com cerca de 10 colaboradores, sendo que cada quinta urbana tem, pelo menos, um agricultor responsável pela produção e venda de cogumelos.

“O nosso objetivo sempre foi recolher borras de café e construir uma rede de agricultores urbanos, não só em Lisboa, como no país inteiro”, explicou o fundador. “E Cascais é a primeira fase para expandir essa rede”, garantiu. Além desta ambição, Natan espera que o projeto permita criar parcerias com escolas e restaurantes locais.

A fábrica nascida ao lado do Mercado da Vila de Cascais, (onde serão vendidos os cogumelos produzidos), tem como premissa a recolha controlada e certificada da borra de café da Delta e a sua posterior utilização para a produção sustentável e consciente de cogumelos. Além da venda deste fungo alimentar, pelo preço médio de 10 euros, o projeto utiliza o composto residual enquanto fertilizante biológico para utilização nas hortas comunitárias de Cascais.

Joana Balsemão, vereadora do Ambiente da Câmara de Cascais explica ao ECO/Capital Verde que depois da visita da autarquia ao polo de Marvila, a intenção foi de replicar a iniciativa no concelho por perceber “as ondas de impacto” e considerá-lo como uma “alavanca para a transição verde e um novo modelo territorial e social”.

Quanto à próxima quinta, o jovem belga não revela detalhes, embora admita já ter pensado em potenciais localidades onde seja possível concretizar o mote de “nada se perde, tudo se transforma”.

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Francisco Assis diz que pobreza laboral é problema grave e injusto

  • Lusa
  • 7 Junho 2022

O presidente do CES lembrou o problema de falta de evolução da produtividade do país e que o Conselho está a promover um estudo sobre o tema.

O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, considerou esta terça-feira que a pobreza laboral é um problema muito grave e injusto, que resulta dos baixos salários, que, para aumentarem, precisam do crescimento da economia. “Atribuímos grande importância à pobreza laboral, que é muito grave e injusta”, respondeu Francisco Assis ao deputado comunista Bruno Dias, numa audição parlamentar sobre o parecer do CES sobre a Conta Geral do Estado de 2020.

Pouco antes, Assis tinha sido questionado pelo deputado Rui Afonso, do Chega sobre a elevada carga fiscal, baixos rendimentos e pobreza laboral e tinha lembrado a intenção anunciada pelo Governo de celebrar este ano um acordo de Concertação Social sobre competitividade e rendimentos, que deverá fazer crescer os salários.

O presidente do CES lembrou, a propósito, o problema de falta de evolução da produtividade do país e que o Conselho está a promover um estudo sobre o tema. O agravamento da pobreza e das desigualdades, a elevada carga fiscal foram temas transversais às perguntas feitas pelos deputados da oposição e Jorge Paulo Oliveira, do PSD questionou também a falta de cumprimento do Governo socialista relativamente à receita fiscal, divida e investimento público previstos.

Francisco Assis salientou que o CES não toma decisões e os seus pareceres são resultado de um consenso conseguido no Plenário, constituído por 77 pessoas. “A nossa preocupação no CES é sempre a de obter o máximo de informação, rigor e discussão”, disse.

No início da audição na Comissão de Orçamento e Finanças, o presidente do CES lembrou que o parecer em debate é relativo ao primeiro ano de pandemia e considerou que não se pode comparar esta crise com outras anteriores.

O relator do parecer, Óscar Gaspar, que o acompanhou na audição, considerou que o ano de 2020 “foi um ano especial”, que teve “uma resposta excecional do ponto de vista orçamental”. O Plenário do CES aprovou o seu parecer sobre a Conta Geral do Estado 2020 em 11 de janeiro.

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Preços da EDP descem em média 2,9% em julho

  • Lusa
  • 7 Junho 2022

A alteração terá efeito a partir de 10 de julho de 2022 e assegura uma redução média de 2,9% nos preços dos clientes da EDP Comercial, avança a empresa.

A EDP Comercial vai descer os preços, em média, em 2,9% a partir de julho, sendo que para a categoria de clientes mais representativa descem 2,6%, de acordo com fonte oficial do grupo. “Ao longo dos últimos anos, a EDP Comercial tem procurado garantir estabilidade aos seus clientes residenciais no decurso do ano”, destacou a mesma fonte, referindo que “devido ao impacto substancial do contexto internacional no custo de aquisição de energia, a empresa atualizou preços excecionalmente em maio”.

“No entanto, a EDP considera ter condições para, a partir de julho, reduzir os seus preços em média em 2,9%, 2,6% para o perfil 1 da ERSE [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos] e mais representativo da carteira da EDP”, destacou, indicando que “esta atualização pretende repor as condições que os clientes tinham no início do ano”.

Num email enviado aos clientes, a EDP Comercial disse que “perante o atual contexto, que justificou a implementação de várias medidas extraordinárias, como a recente revisão das tarifas de acesso às redes, a EDP Comercial considera que tem condições para reduzir o preço final da eletricidade” dos contratos, detalhando que “esta alteração terá efeito a partir de 10 de julho de 2022 e assegura uma redução média de 2,9% nos preços dos clientes da EDP Comercial”.

Em 27 de maio, fonte oficial da EDP disse à Lusa que a empresa ia reduzir os seus preços, em média, em 2,6% a partir de julho, depois de os ter atualizado “excecionalmente em maio”, sendo que esta redução aplica-se, então, aos clientes do perfil 1 da ERSE, o mais representativo da empresa.

A elétrica anunciou, em março, um aumento de 3% dos preços da eletricidade, uma atualização “em linha com o recente anúncio de ajuste da tarifa do mercado regulado”, apontou a empresa.

Em abril, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) divulgou uma proposta excecional de descida do preço da eletricidade em mercado regulado de 2,6% a partir de julho, indicou, em comunicado. A ERSE indicou ainda que, “face ao preço médio de 2021, os consumidores observam em 2022 um acréscimo de 1,1% no preço de venda final (os preços em 2022 integram a decisão tarifária de janeiro de 2022, a revisão trimestral ocorrida em 01 de abril de 2022 e a proposta ora apresentada com preços a vigorarem a partir de 01 de julho de 2022)”.

Desta forma, disse a entidade, “os consumidores domésticos de eletricidade observam assim, em cinco anos, uma redução acumulada” de “3,7% no preço final”. Por sua vez, os consumidores com tarifa social continuam a beneficiar de um desconto de 33,8%.

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Caixa emite 300 milhões em dívida verde a quatro anos

  • ECO
  • 7 Junho 2022

O banco público realizou esta terça-feira a emissão de 300 milhões de títulos em dívida verde, a quatro anos, com possibilidade de reembolso antecipado ao fim de três anos.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) emitiu esta terça-feira 300 milhões de euros em dívida verde, com um cupão de 2,875%, a quatro anos e possibilidade de reembolso antecipado ao fim de três anos, de acordo com um comunicado do banco público ao mercado.

A operação hoje realizada tem a particularidade de ser a primeira emissão “verde” realizada pela Caixa“, refere o banco na nota publicada no site da CMVM, recordando, porém, que se trata da segunda dentro dos critérios ESG (ambientais, sociais e de governo societário).

Assinalando que a emissão “verde” direciona os fundos captados para financiar empréstimos no setor ambiental, o banco liderado por Paulo Macedo detalha que visa promover a eficiência energética ao financiar habitações com certificado energético das classes A+, A e B.

No comunicado, é ainda referido que a emissão “foi colocada exclusivamente junto de investidores institucionais“, tendo recebido ordens de investidores de 12 países, entre os quais se destacam França (21%), Espanha (20%), Portugal (14%), Alemanha (11%) e Reino Unido (10%).

Quanto ao tipo de investidores, salientam-se os fundos de investimento com cerca de 80% do total da emissão. “A característica sustentável da emissão permitiu atrair o interesse de investidores ESG que representaram 78% da alocação da emissão”, acrescenta o banco estatal.

Em setembro de 2021, o banco público estreou-se na emissão de obrigações sustentáveis. Na altura, colocou 500 milhões a 0,4% no prazo de seis anos.

(Notícia atualizada às 20h25)

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Mapfre oferece seguros em condições especiais ao pessoal da Microsoft España

  • ECO Seguros
  • 7 Junho 2022

Desenhada especialmente para os funcionários da tecnológica, a solução abrange seguro auto, viagens e habitação. Se contratadas pela Verti, marca digital da Mapfre, apólices têm preço fixo por 3 anos.

José Manuel Inchausti, CEO da Mapfre Iberia e Alberto Granados, presidente da Microsoft España, assinam acordo na sede da seguradora, em Madrid.

Os empregados da Microsoft em Espanha vão aceder a seguros em condições mais atrativas, fornecidos pela Mapfre, nos ramos automóvel, viagens, habitação e animais de companhia, conforme protocolo assinado em Madrid, entre a seguradora e a filial local da fabricante de software.

No âmbito do acordo rubricado por José Manuel Inchausti, CEO da Mapfre Iberia e Alberto Granados, presidente da Microsoft España, a oferta será incluída no programa de benefícios existente para os funcionários da tecnológica. Através de uma plataforma interna, o pessoal da empresa poderá aceder diretamente a uma página web da Mapfre personalizada para aqueles empregados, cujas consultas serão tratadas por uma equipa da seguradora, pronta para prestar aconselhamento especializado.

A oferta desenhada para a Microsoft corporiza-se em soluções sem comissões e com condições para “clientes preferenciais”, as quais incluem cartão-oferta de até 30 euros por cada produto contratado com a Mapfre. Estes cartões poderão ser utilizados em estabelecimentos e lojas de retalho como Amazon, Ikea e MediaMarkt, entre outros.

O protocolo prevê ainda acesso, com condições igualmente especiais, aos produtos da Verti, operadora digital do grupo Mapfre. Se contratadas através deste canal, as apólices adquiridas pelas pessoas da Microsoft beneficiam de manutenção de preço durante 3 anos.

 

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Marcelo responde a Moreira: enviar OE 2022 para trás teria um “custo enorme”

O Presidente da República diz que "talvez se justifique" enviar uma "mensagem à Assembleia da República" a pressionar um debate sobre a descentralização. Marcelo descarta não promulgação do OE.

Marcelo Rebelo de Sousa quer que os deputados voltem a debater as transferências para a descentralização e admite enviar uma mensagem à Assembleia República para esse fim, disse em declarações transmitidas pela RTP3. O Presidente da República avisa que irá promulgar o Orçamento do Estado (OE 2022), ao contrário do que lhe tinha pedido o autarca do Porto. “O custo para os portugueses, e para Portugal, de mandar para trás a lei do Orçamento, para depois vir para trás outra vez, é um custo enorme“, disse aos jornalistas.

Talvez justifique que envie, dentro de uns dias, uma mensagem à Assembleia da República para sugerir ou solicitar um debate alargado sobre a descentralização e sobre o que se transfere de poderes e os recursos para a transferência, porque tem sido, até agora, um fator de unidade nacional”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. “Os partidos estão de acordo. Não vale a pena agora dividirem-se – nem municípios nem portugueses – contra uma causa que é comum”, frisou.

Em relação ao pedido de Rui Moreira para não promulgar o OE2022 até ser “corrigido”, o Presidente da República deixou bem claro que, pela sua experiência e “apesar de haver dúvidas ou objeções ou insuficiências para o futuro, o custo de não promulgar é muito superior à vantagem que se pode retirar de mandar para a Assembleia da República”. Depois, prosseguiu, “estar um mês mais no [Parlamento], esperar 15 dias para apreciar e mandar para Belém”, acaba por ser “um custo” que pode prejudicar os portugueses. E quanto a custos, avisou, já existem os resultantes da guerra e da pandemia.

Para o Chefe de Estado, é preciso ponderar bem. “O que significa que só tomo a decisão depois de receber em Belém a lei do Orçamento”, advertiu, avisando: “Só decido o que faço perante a lei“. Se, por um lado, Marcelo coloca “num prato da balança aqueles pontos de discordância e de dúvida nesta matéria”, já no outro pesa a necessidade de o OE “entrar imediatamente em vigor“. Até porque, já “se esperou tanto tempo, e é fundamental para os reformados e pensionistas receberem, a partir de 1 de julho, os retroativos extraordinários”, além de ser crucial “para as ajudas sociais serem concedidas e para a Administração Pública funcionar”.

O que significa que só tomo a decisão depois de receber em Belém a lei do Orçamento.

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República

O Presidente da República avisou ainda que “esta causa pode implicar – se for essa a conclusão que se chega – alterações financeiras para o futuro“. Mais, sublinhou: “Tinha falado dessas alterações para o Orçamento para o ano que vem, porque estamos quase em cima do OE que está votado. Ainda não chegou online para promulgação, porque está em redação final”.

Por isso mesmo, Marcelo apela ao diálogo, porque entende que é unânime entre todos o facto de haver “vantagem em aproximar as decisões das pessoas; portanto, descentralizar e a descentralização tem de ser acompanhada de recursos”. Aliás, advertiu, “não é só transferir poderes, é também transferir meios”.

E em relação a este ponto, notou, “é preciso pensar aquilo que se transfere de poderes“, pelo que “o diálogo entre a Associação Nacional de Municípios Portuguesa (ANMP) e o Governo é muito importante e de parte a parte deve haver abertura” para o fazer. Mas “sem drama” e para que “se possa abrir portas”, avisou, realçando a importância de o “Parlamento debater com atenção aquilo que se descentraliza, até quando se descentraliza e que meios se dão para a descentralização“.

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