Pinto Moreira disponível para abdicar da imunidade parlamentar

Joaquim Pinto Moreira está disponível para abdicar da imunidade parlamentar. O vice-presidente da bancada do PSD foi alvo de buscas no âmbito da Operação Vórtex, levada a cabo na terça-feira pela Polícia Judiciária (PJ). Se for constituído arguido, garante que deixa a vice-presidência da bancada.

“Estou no exercício pleno dos meus direitos e absolutamente disponível para colaborar com a justiça no tempo e modo colocado. Se vier para esta assembleia um pedido de levantamento de imunidade, não me refugiarei e anuirei. Tenho todo o interesse nisso. A constituição de arguido confere-me direitos. Desconheço os factos de que sou acusado”, referiu o deputado a partir do Parlamento em declarações difundidas pela RTP3.

O parlamentar e atual presidente da comissão de revisão da Constituição confirmou ainda: “ontem, elementos da PJ dirigiram-se ao meu domicilio pessoal e levaram o meu computador pessoal e profissional, além do meu telemóvel. Não levaram qualquer documento”.

Advogado de profissão, Joaquim Pinto Moreira foi presidente da câmara de Espinho entre 2009 e 2021. Só que o licenciamento de projetos imobiliários desde 2018 está sob suspeita. A situação levou a PJ a deter o atual presidente da câmara, Miguel Reis, um funcionário e três empresários, por suspeita da prática de crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poder e tráfico de influências.

“Em momento algum prejudicarei o meu partido e o presidente do partido“, acrescentou ainda o deputado, que é conhecido pela amizade com o líder do PSD, Luís Montenegro. Nesta quarta-feira, o jornal Público escreve que a sociedade de advogados de Montenegro terá feito 10 contratos por ajuste direto com as câmaras de Espinho e de Vagos, entre fevereiro de 2014 e janeiro de 2022.