Importações de gás liquefeito pela Europa aumentaram 60% em 2022
A maior parte deste gás importado veio dos EUA (mais 143%) e do Qatar (mais 23%), segundo o Instituto para a Economia e Análise Financeira da Energia.
As importações europeias de gás liquefeito aumentaram 60% em 2022, devido à redução significativa das provenientes da Federação Russa, ilustrou um relatório divulgado na quarta-feira.
A maior parte deste gás importado veio dos EUA (mais 143%) e do Qatar (mais 23%), segundo o Instituto para a Economia e Análise Financeira da Energia (IEEFA, na sigla em Inglês).
A França é o principal importador de gás liquefeito russo na Europa, segundo o documento. “Enquanto as entregas de gás russo à União Europeia baixaram em 2022, alguns Estados continuaram a importar gás liquefeito russo, indo contra o objetivo comum de garantir a segurança energética e o fim da dependência dos recursos russos”, apontou o IEEFA. Este objetivo foi estabelecido na sequência da invasão da Ucrânia pela Federação Russa.
A importação de gás destinado à produção de eletricidade aumentou consideravelmente na Europa em 2022, para compensar “uma falta de chuva, que reduziu a produção hidroelétrica nos Estas da União Europeia”, e “as avarias na centrais nucleares em França”, sublinhou-se no documento.
Se a França é o primeiro importador europeu de gás liquefeito russo e dos EUA, o Reino Unido é o principal cliente do Qatar.
No total, a UE importou 155 mil milhões de metros cúbicos (mmmc) de gás liquefeito em 2022. Segundo as estimativas da Agência Internacional de Energia (AIE), o consumo total de gás da UE pode atingir 360 mmmc em 2022, uma baixa sensível face aos 412 mmmc de 2021.
Em dezembro, a AIE preveniu que em caso de paragem total dos fornecimentos de gás russo e sem esforço para reduzir o seu consumo, a UE pode ter falta de gás no inverno de 2023/2024.
Receios existem também sobre a concorrência protagonizada pela Ásia, uma vez que a procura de gás pela China pode subir acentuadamente devido à reabertura da economia chinesa. E se as temperaturas do próximo inverno forem mais severas na Europa, as necessidades podem aumentar ainda mais e o gás vir a faltar.
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