Turismo na UE apenas 5,6% abaixo dos níveis pré-pandemia. Portugal recuperou mais que a média europeia

O setor do turismo continuou a recuperar em 2022, encerrando o ano ainda mais próximo dos números pré-Covid. Foram 2,72 mil milhões de noites passadas em alojamentos turísticos da União Europeia (UE) no ano passado, apenas 5,6% abaixo do período pré-pandemia, mostram os dados do Eurostat. Portugal encerrou 2022 acima da média europeia, ficando cerca de 1% abaixo dos números de 2019.

O número total de dormidas em alojamentos turísticos europeus em 2022 fixou-se em 2,72 mil milhões, o que compara com os 2,88 mil milhões de noites registadas em 2019. Comparando com os anos anteriores, “isto representa aumentos substanciais face ao número de dormidas em 2020 e 2021” — 1,42 mil milhões em 2020 (+91,1%) e 1,83 mil milhões em 2021 (+48,3%).

“Ao longo de 2022, os números mensais do turismo aumentaram continuamente e, finalmente, aproximaram-se dos níveis dos meses correspondentes em 2019”, refere o Eurostat. Comparando com o primeiro semestre de 2019, as noites passadas em alojamentos turísticos da UE registaram uma descida de 11%, enquanto no segundo semestre se observou uma redução bastante menor (-1,9%).

Os dados do Eurostat mostram ainda que, em 2022, as dormidas de hóspedes internacionais ficaram mais próximas dos níveis de 2019 — 1,19 mil milhões de noites em 2022 face a 1,36 mil milhões em 2019 (-12,6%). Isto representa um “forte aumento face ao número de dormidas de turistas estrangeiros em 2020 e em 2021” — 412,5 milhões de dormidas em 2020 (+188,8%) e 587,8 ​​milhões em 2021 (+102,6%).

Relativamente às viagens domésticas, observa-se um “número recorde de 1,53 mil milhões de noites passadas”, mais 10,9 milhões face a 2019 (+0,7%).

Entre os vários Estados-membros da UE, o número de dormidas de turistas nacionais e estrangeiros em 2022 face a 2019 aumentou em três dos países — Dinamarca (38,4 milhões de dormidas em 2022 face a 34,3 milhões em 2019, +12,3%), Holanda (128,3 milhões contra 123,4 milhões, +3,9%) e Bélgica (42,7 milhões contra 42,5 milhões, +0,5%).

Depois, houve países que ainda não recuperaram totalmente do impacto da pandemia, diz o Eurostat. É, sobretudo, o caso da Letónia (3,9 milhões em 2022 em comparação com 5,5 milhões em 2019, -29,6%) e da Eslováquia (12,3 milhões em comparação com 17,2 milhões, -28,3%).

Portugal regista uma recuperação maior do que a média europeia, com o setor a ficar apenas cerca de 1% dos números de 2019. Os dados do Eurostat mostram que, em 2019, o país registou 77,6 milhões de dormidas, caindo para 30,2 milhões em 2020 e subindo para 42,4 milhões em 2021.