Câmara de Faro assina contrato de empreitada de 49 fogos para realojar famílias

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

Os 49 fogos habitacionais vão ser edificados na freguesia de Montenegro pela empresa Construções Gabriel A. S. Couto, à qual foi adjudicada a construção, com um custo previsto de 5 milhões de euros.

A Câmara de Faro assinou um contrato de empreitada, orçado em cerca de cinco milhões de euros, que vai permitir construir habitações para realojar 49 famílias residentes na praia de Faro, anunciou esta terça-feira a autarquia.

Os 49 fogos habitacionais vão ser edificados na freguesia de Montenegro pela empresa Construções Gabriel A. S. Couto, S. A., à qual foi adjudicada a construção, com um “custo previsto de 5.050.000 euros, mais IVA” e um “prazo de execução de 730 dias”, adianta o município algarvio em comunicado.

A autarquia salienta que a construção dos fogos vai contar com financiamento do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), através do apoio concedido pelo programa 1.º Direito, do Instituto de Habitação de Reabilitação Urbana (IHRU).

As habitações vão permitir realojar “famílias que atualmente residem na praia de Faro, em regime de arrendamento apoiado pelo município”, refere a autarquia algarvia, acrescentando que o contrato de empreitada foi assinado em 2 de fevereiro, pelo presidente do município, Rogério Bacalhau, após a aprovação em reunião de câmara da adjudicação da obra, em 9 de janeiro.

A empreitada constava de um contrato assinado entre o IHRU e a autarquia, em Faro, em junho de 2022, de acordo com o município. Na nota, a Câmara de Faro considera que o contrato constitui um “avanço há muito esperado da construção de um complexo habitacional” que vai ter “impacto na vida de 49 famílias do concelho” com carências habitacionais detetadas na Estratégia Local de Habitação (ELH) municipal.

A ELH, necessária para as autarquias se candidatarem ao programa 1.º Direito do IHRU e beneficiarem dos fundos do PRR, conta com “várias candidaturas” e inclui as duas que foram assinadas com o Instituto em junho de 2022, prevendo a construção de um total de 71 novos fogos no concelho.

Além dos 49 fogos agora adjudicados, ficou também contratualizada com o IHRU a construção de 22 habitações na Rua Ludovico Menezes. Citado no comunicado, o presidente da Câmara de Faro salienta que a autarquia tem também “em curso” outros projetos no âmbito da revisão da Estratégia Local de Habitação, inicialmente lançada em 2018, como a construção de “cerca de 270 novos fogos para vendas a custos controlados em Estoi”.

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Há 44 locais críticos no Plano de Reabilitação de Linhas de Água de Leiria

  • ECO e Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

Plano Estratégico de Reabilitação de Linhas de Água de Leiria identificou 44 locais críticos no concelho. Este documento pode "garantir que a probabilidade de inundações ou cheias seja menor".

O Plano Estratégico de Reabilitação de Linhas de Água (PERLA) de Leiria identificou 44 locais críticos no concelho, avançou o vereador do Ambiente e da Proteção Civil da autarquia local. Luís Lopes adiantou ainda que o concelho tem “uma enorme quantidade de linhas de água“, no total de 1.600 quilómetros, que carecem de intervenção.

O PERLA, que começou a ser elaborado no verão de 2021 e que agora foi concluído, foi apresentado esta terça-feira, em reunião do executivo da Câmara Municipal de Leiria, a que se segue a discussão em Assembleia Municipal.

Segundo o vereador, existem vários sítios ao longo dos rios Lis e Lena que, “com relativa facilidade, têm acumulação de sedimentos; o que significa que a água vai sair com maior facilidade” quando há episódios meteorológicos mais severos.

“É um território vastíssimo que, por um lado, traduz que temos um enorme património em termos de água e ela está disponível. E isso requer, também, da nossa parte, que seja bem cuidada e bem tratada, precisamente para que esteja disponível e para que não tenhamos problemas”, adiantou. Entre esses problemas pode estar a impossibilidade de se conseguir direcionar a água quando é precisa ou casos de inundações e cheias, precisou.

Para Luís Lopes, o PERLA é igualmente um instrumento de monitorização que se vai traduzir em “ações de fiscalização” e de verificação do estado das linhas de água.

O vereador explicou que se se tiver apenas e só o plano de manutenção das linhas de água a decorrer (estimativa anual de custos de 270 mil euros) e com anos estáveis do ponto de vista hidrológico que não obriguem a outro tipo de intervenção, a autarquia conseguiria “manter num ciclo de seis anos as manutenções necessárias para que todas estas linhas de água sejam perfeitamente normais em termos de funcionamento”.

Destacando que o documento dá “uma estabilidade muito grande em termos de gestão” das linhas de água, Luís Lopes apontou ainda que a autarquia dispõe agora de um documento orientador que permite “fazer um planeamento efetivo para 2023, 2024, 2025 e por diante“.

“Estamos bastante mais seguros, quer nós, politicamente, quer tecnicamente, em relação à tipologia de intervenção a aplicar, de que forma, em que local e em que período”, acrescentou.

“Portanto, no fundo, é uma orientação sustentada, técnica e também orçamental para todas as intervenções que sejam necessárias fazer no âmbito das linhas de água”, sintetizou, realçando o contributo para a segurança das populações.

De acordo com o autarca, o documento, que elenca 54 medidas de intervenção (como retirada de invasoras, reperfilamento ou plantação de espécies ripícolas), permite “garantir que a probabilidade de inundações ou cheias é menor”. O vereador adianta ainda que “o PERLA tem informação absolutamente fundamental para aqueles que são proprietários de terrenos confinantes com linhas de água ou que moram próximo de linhas de água”.

“Se eu for proprietário, tenho aqui informação que eu próprio posso utilizar para fazer intervenção e garantir que a linha de água está perfeitamente cuidada”, realçou. Mais, concluiu o vereador: “Se eu não tenho essa propriedade, mas moro próximo da linha de água, também posso ir consultar o que é que, efetivamente, pode ser feito, quem é o responsável e acaba por ser transversal a todo o território”.

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Trabalhadores da Dan Cake Portugal em greve a 9 de fevereiro

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

Os trabalhadores reivindicam aumentos de 90 euros, criticando o que diz serem as “atualizações salariais diferenciadas” feitas pela “empresa”.

Os trabalhadores da Dan Cake Portugal na Póvoa de Santa Iria estarão em greve no dia 9 de fevereiro, reivindicando atualizações salariais de 90 euros.

Em declarações à agência Lusa, Rui Matias, da direção do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB) informou que “as trabalhadoras da Dan Cake estarão em greve no dia 9 de fevereiro à porta da empresa na Póvoa de Santa Iria, a partir das 8 horas da manhã e durante todo o dia”.

De acordo com Rui Matias, os trabalhadores reivindicam aumentos de 90 euros, criticando o que diz serem as “atualizações salariais diferenciadas” feitas pela “empresa”. “Foi uma decisão unilateral da parte da empresa, com base em supostas atualizações que não aconteceram e que irá ter repercussões futuras”, afirma, apontando para aumentos “entre dois a 40 euros em cima de salários mínimos”.

O SINTAB aponta para um universo de “150 trabalhadoras, mais 50 trabalhadoras precárias”.

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Swiss Re separa unidades de resseguros

  • ECO Seguros
  • 7 Fevereiro 2023

A companhia anunciou uma reorganização que irá dividir o negócio de resseguros em duas partes. Pretende-se melhorar a eficiência.

A unidade de negócio de resseguros da Swiss Re foi dividida em resseguros de bens e acidentes (P&C Re) e resseguros de vida e saúde (L&H Re) para racionalizar a estrutura organizacional da resseguradora.

“A configuração mais simples, com caminhos de decisão mais curtos, resultará também numa maior concentração no cliente”, garantiu o CEO do grupo, Christian Mumenthaler.

A P&C Re e a L&H Re, respetivamente, são lideradas por Urs Baertschi e Paul Murray. O último é, atualmente, o chefe executivo de resseguro da Swiss Re na Ásia-Pacífico, enquanto Baertschi serve como CEO de resseguro para a Europa, Médio Oriente e África.

A reestruturação planeada entrará em vigor a 3 de abril, de acordo com comunicado da Swiss Re.

Entretanto, as equipas de gestão de clientes ao serviço dos clientes de resseguro globais do grupo, soluções para o setor público, iptiQ, e soluções de resseguro estarão sob a recém-formada unidade de negócios de clientes globais e soluções que será liderada por Moses Ojeisekhoba, chefe de resseguro da SwissRe. O profissional apontou: “as responsabilidades do chefe do grupo de subscritores serão reatribuídas às CUOs da P&C Re e da L&H Re, bem como à gestão de risco do grupo, com vista a continuar o foco do grupo na excelência da subscrição. As funções dos presidentes regionais serão redefinidas, uma vez que os cargos deixarão de existir na nova estrutura”.

Andreas Berger continuará a liderar as soluções empresariais da SwissRe na qualidade de chefe executivo dessa unidade de negócios.

“As mudanças planeadas vão destacar as responsabilidades de desempenho e trarão claras eficiências”, disse o CEO do grupo, Christian Mumenthaler. “A configuração mais simples, com caminhos de decisão mais curtos, resultará também numa maior concentração no cliente”, assegurou.

 

 

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Manifestações mobilizaram 2 milhões de pessoas em França

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

Se o Governo insistir no aumento da idade de reforma, os sindicatos prometem "ações com maior relevância, mais longas, greves mais duras, mais numerosas, mais maciças".

Os sindicatos franceses cumpriram esta terça-feira mais uma jornada de greve geral, contabilizando cerca de 2 milhões de pessoas em manifestações em diferentes cidades do país, e mostraram-se prontos a endurecer protestos contra a reforma do sistema de pensões.

“Se o Governo insistir [na reforma], apesar das nossas mobilizações, vamos ter sim de passar à velocidade máxima com ações com maior relevância, mais longas, greves mais duras, mais numerosas, mais maciças”, disse aos jornalistas Philippe Martinez, delegado-geral da CGT, uma das maiores centrais sindicais francesas, na manifestação que decorreu em Paris.

A manifestação em Paris foi a maior no país, com os sindicatos a defenderem que participaram cerca de 400 mil pessoas. Neste cortejo pela capital participou também Laurent Berger, líder da CFDT, a maior central sindical de França, que defendeu que o movimento “tem de se amplificar” para ser ouvido pelo Governo.

Ao mesmo tempo que decorria a manifestação, a Assembleia Nacional continuava a discutir a reforma do Governo e as alterações apresentadas pela oposição. O primeiro artigo do documento foi aprovado esta terça com uma margem muito curta, com 246 votos a favor e 229 votos contra, mostrando a fragilidade da maioria relativa do partido de Emmanuel Macron.

No hemiciclo, a primeira-ministra Elisabeth Borne acusou esta tarde a oposição de “negar a realidade” e também a demografia, garantindo que continua aberta a mudar esta reforma caso os partidos estejam dispostos a negociar. Há mais de 20 mil alterações apresentadas pela oposição que devem ser discutidas nas próximas duas semanas.

Os protestos chegaram à Assembleia Nacional, mas em forma de uma ação mais radical com a organização Attac France, que se opõem a esta reforma, a pintar nas portas do edifício “60 anos”, a idade reivindicada pela esquerda para a reforma.

A idade de reforma está atualmente nos 62 anos, mas deverá passar com esta reforma a 64 anos. A estátua que simboliza “A Lei”, junto da Assembleia Nacional, também foi vandalizada. Na quarta-feira, a greve continua pelo menos entre os trabalhadores dos caminhos-de-ferro, com vários comboios a terem sido suprimidos. Já para sábado, dia 11 de fevereiro, está prevista uma nova manifestação, mas sem convocação de greve geral.

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Mediadora Famasegur compra carteira de seguros da Actual Risco

  • ECO Seguros
  • 7 Fevereiro 2023

Depois de Famalicão e Trofa, a 38ª maior mediadora no ranking ECOseguros chega à cidade do Porto juntando a carteira da Actual Risco. Promete alargar mais a rede ainda este ano.

A Famasegur, empresa de mediação de seguros com sede em Vila Nova de Famalicão, acaba de adquirir a carteira da mediadora Actual Risco, expandindo a sua representação para a cidade do Porto.

Três protagonistas da consolidação de negócios em Portugal: António Vieira, Administrador da Famasegur, António Eduardo, gerente da Actual Risco e Francisco Gonçalves, diretor de Agentes e Parcerias na Famasegur.

“Este é um grande passo para nós, sempre alinhados com a nossa estratégia de crescimento e de alargamento da nossa rede de intervenção”, comenta António Vieira, Administrador da Famasegur, acrescentando que a empresa, que partilha com José Araújo, está “empenhada em trabalhar a carteira da Actual Risco com soluções competitivas e benéficas para cada um dos clientes pelo que, esta aquisição, será uma mais-valia para todas as partes”.

Criada em 2006, a Famasegur cresceu organicamente 20% e ultrapassou o milhão de euros de receitas. Para além de Famalicão tem presença na Trofa e agora no Porto. A Actual Risco, liderada por António Eduardo Rodrigues, tem 18 anos e faturou mais de 100 mil euros em 2021.

António Vieira afirma que a Famasegur, que é multimarca e com clientes divididos entre particulares e empresas, irá este ano “apostar no alargamento da sua rede de agentes e parceiros como estratégia para estar mais próxima das pessoas e das suas necessidades únicas”. “O nosso dia a dia é muito voltado para um acompanhamento muito personalizado a cada pessoa ou empresa que nos contacta”, conclui.

A Famasegur está em 38º lugar no ranking ECOseguros de 2021, tendo melhorado quatro posições em relação a um ano antes.

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BE critica reprivatização da TAP “em cima do joelho”

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

O bloquista reiterou as críticas à privatização da TAP, recordando que o primeiro-ministro, António Costa, disse que esta “era uma empresa estratégica”.

O líder parlamentar do BE considerou esta terça-feira que a reprivatização da TAP “parece tomada em cima do joelho” e contra o que o Governo já defendeu, criticando a sua entrega a privados após ter sido salva com dinheiro público.

No encerramento das Jornadas Parlamentares do BE, que terminaram em Aveiro, Pedro Filipe Soares foi questionado sobre os recentes desenvolvimentos em relação à TAP, depois de o ministro das Finanças, Fernando Medina, ter revelado que o processo de privatização da companhia aérea TAP irá “em breve” ao Conselho de Ministros.

Esta decisão de reprivatização parece tomada em cima do joelho, sem qualquer tipo de justificação, sem qualquer tipo de critério, contra tudo o que foi defendido pelo Governo e apenas com um propósito, que é uma empresa que foi salva com dinheiro público, que agora começa a dar lucros, ser entregue a privados para os privados lucrarem com ela”, criticou.

Segundo o líder parlamentar do BE, esta é uma situação semelhante ao que aconteceu com a banca, quando o dinheiro dos contribuintes foi usado “para limpar os buracos dos privados e depois entregaram novamente aos privados para lucrar”.

“Estamos a ver agora isso com a TAP, com a destruição deste vetor estratégico da empresa e novamente com a entrega a privados depois do dinheiro público ter sido usado para salvaguardar os destinos da empresa. É inaceitável e inconcebível”, condenou.

Na análise de Pedro Filipe Soares, há dois tópicos que “aparentemente o PS quer gerir em paralelo ou de forma articulada” com a comissão de inquérito sobre a companhia aérea e que os bloquistas, proponentes deste inquérito, querem “dissociar plenamente”.

“Por um lado, a Inspeção-Geral de Finanças e a investigação que está a fazer não tem a ver com a comissão de inquérito. (…) Outra matéria que também para nós não é relacionada, mas que percebemos que o PS o quer relacionar é a privatização da TAP”, disse. O bloquista reiterou as críticas a esta privatização, recordando que o primeiro-ministro, António Costa, disse que esta “era uma empresa estratégica”.

“Disse-o em 2016, 2017, quando fez o processo de nacionalização parcial da empresa, reafirmou-o quando, em 2020, fez o processo de nacionalização total da empresa. É por nós incompreensível que, em pouco mais de dois anos, se mude de forma tão drástica de opinião porque nós continuamos a considerar a TAP estratégica no que significa para a economia nacional e no que significa para o acesso ao país”, acrescentou.

Pedro Filipe Soares assegurou que o partido vai lutar contra a privatização da empresa, mas reiterou que a comissão de inquérito não é o instrumento para o fazer. “A comissão de inquérito não está nem dependente da auditoria da Inspeção Geral de Finanças, nem dependente de tal consulta ao mercado que o Governo quer fazer e nós não aceitaremos o repto do atual ministro das Infraestruturas de não fazermos as perguntas que consideramos que são necessárias fazer em função de uma privatização que é lesiva para os interesses do Estado e a qual nós combateremos”, sintetizou.

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Impresa quer aumentar receitas em 15% a 20% até 2025

  • + M
  • 7 Fevereiro 2023

O grupo Impresa, liderado por Francisco Pedro Balsemão, quer triplicar as receitas no digital. A transformação dos processos e métodos de trabalho são outros objetivos.

Francisco Pedro Balsemão, CEO do Impresa, quer aumentar as receitas do grupo em 15% a 20% até 2025. O objetivo, que faz parte do plano estratégico do grupo que teve início em outubro, pressupõe – tendo em conta os valores de 2021, ano em que a Impresa teve de receitas 190,2 milhões de euros, uma vez que as contas de 2022 ainda não estão fechadas – um crescimento que pode aproximar-se dos 40 milhões de euros.

Este novo plano tem como objetivo o aumento das receitas e da margem da Impresa, complementando as nossas atuais fontes de receitas com novas fontes de receitas e novas abordagens às atuais formas de atingir os nossos objetivos. A meta, para o final de 2025, é alcançarmos um crescimento de 15 a 20% na nossa faturação”, diz o responsável no artigo de opinião publicado esta terça-feira no Meios&Publicidade.

Para tal, o grupo vai focar-se em em duas prioridades, “no acelerar do desenvolvimento da sua atividade e fontes de receitas digitais e na transformação dos seus processos e métodos de trabalho. “Até 2025, o grupo pretende triplicar o peso das receitas oriundas do digital.

Para esse efeito, a Impresa vai continuar a sua aposta na Opto, com mais conteúdos e melhor experiência para o utilizador, aumentando a faturação via subscrição e robustecendo o modelo de publicidade com o lançamento de canais FAST (free ad-supported streaming services, ou canais digitais lineares). A proposta de valor da SIC Notícias vai ser reforçada, com uma maior centralidade e diversificação no digital”, escreve o CEO do grupo.

Francisco Pedro Balsemão revelou também que em breve será lançada a “comunidade Expresso”, “oferecendo mais benefícios aos seus assinantes digitais, como a interação com jornalistas, comentários aos conteúdos e newsletters personalizadas”. Vai também existir um reforço da oferta áudio, “com novos podcasts e reforçando a sua rentabilização através de novas abordagens comerciais”. Uma “Comissão Executiva Sombra”, composta por oito elementos que têm menos de 30 anos, apresentará propostas dirigidas aos targets mais jovens.

Sobre a consolidação, tema que o próprio levantouem meados de janeiro no no almoço-debate do International Club of Portugal, em Lisboa, Francisco Pedro Balsemão escreveu que “o mercado no qual operamos inclui demasiadas empresas que geram constantes prejuízos ou, pior, que são meros projetos de poder, e portanto pode e deve estar sujeito a consolidação ou reestruturação“. Daí ter referido o tema em janeiro, “precisamente no sentido de assinalar que o nosso país tem demasiadas empreitadas opacas sem qualquer sustentação”. No entanto, “e, se é verdade que a concorrência desleal é um problema que afeta o setor, a concentração indevida também o será, ambas prejudicando o pluralismo e carecendo de intervenção regulatória”, acrescenta no artigo.

“Do nosso lado, por sermos o único grande grupo que vive só e apenas para a comunicação social, continuaremos a ser um farol que ilumina o caminho da liberdade de imprensa e da democracia em Portugal”, diz o CEO do grupo dono da SIC e do Expresso.

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Só 12% dos gestores de fundos é capaz de bater o mercado a dez anos

Os fundos de ações têm-se mostrado incapazes de ganhar mais que o mercado. Mas há alturas em que as estrelas se alinham e os gestores brilham. Foi isso que sucedeu em 2022 e pode acontecer em 2023.

Longe vai o ano de 1976 em que John Bogle inventou o primeiro fundo de índice e que pela primeira vez alertou a gestão ativa para o que estava para chegar. A pressão sobre os gestores de fundos de investimento começou 17 anos depois, em 1993, com o lançamento do primeiro fundo cotado, também conhecidos como exchange trade-funds (ETF).

Desde então, a gestão ativa passou a ter de enfrentar uma dura realidade: a possibilidade de os investidores aplicarem as suas poupanças em fundos mais baratos que replicam o mercado e que, de acordo com várias estatísticas, oferecem ganhos maiores que a gestão ativa.

É isso que revelam os dados históricos recolhidos pela SPIVA em vários países. Segundo o departamento de estudos da S&P, apenas 45% dos gestores de ações norte-americanas foi capaz de bater o seu índice de referência no período de um ano. E quando se alarga para um período de cinco e dez anos, o rácio de sucesso dos gestores cai drasticamente para 15% e 5%, respetivamente.

O mesmo nível de ineficácia é alcançado pelos gestores de ações europeias no longo prazo, mas com a agravante de se mostrarem ainda menos eficazes no curto prazo. Segundo a SPIVA, no período de um ano, apenas 11% dos gestores de ações europeias conseguiu bater o índice S&P Europe 350. A cinco e dez anos, em média, o rácio de pontaria dos gestores europeus melhora apenas um ponto percentual, com 12 em cada 100 fundos a mostrar-se mais rentável que o índice.

Os números são muito negativos para a gestão ativa. De acordo com dados compilados pela empresa de research Strategas Securities, nos últimos 18 anos, apenas por cinco ocasiões (28%) a maioria dos gestores foi capaz de bater o índice de mercado. Uma dessas vezes ocorreu no ano passado, com os gestores a interromperem um longo período de 12 anos em que a maioria dos gestores revelou-se incapaz de bater o mercado.

Estas estatísticas mostram que os gestores de fundos (gestão ativa) podem até ser capazes de bater o mercado num ano (como sucedeu em 2022) ou até durante alguns anos (como ocorreu entre 2007 e 2009), mas quando se considera um largo período de tempo isso não acontece – mais ainda quando se tem em conta as comissões cobradas pela gestão dos fundos de investimento.

Porém, há períodos em que os gestores brilham, como sucedeu no ano passado. Isso acontece quando se regista dois movimentos particulares no mercado: há uma disparidade considerável entre todas as ações e quando não há um sentimento generalizado no mercado que leva as ações a movimentarem-se sem uma tendência comum.

O momento que as bolsas vivem atualmente é um espelho dessas duas condições. Cabe agora aos “bons” gestores serem capazes de captar as oportunidades que o mercado cria e beneficiarem os seus investidores, preferencialmente com ganhos acima dos que o mercado oferece.

(Conteúdo integrante da edição de 6 de fevereiro da newsletter de finanças pessoais do ECO, Portefólio Perfeito, que pode subscrever neste link.

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AMP deixou por executar 15% das verbas do PART para os transportes em 2021

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

Dos 30,8 milhões de euros submetidos no âmbito do programa, foram executados 23,1 milhões de euros em 2021, ano marcado pela pandemia da Covid-19.

A Área Metropolitana do Porto (AMP) deixou por executar 15% dos 30,8 milhões de euros submetidos nos planos de aplicação do Programa de Apoio à Redução Tarifária de 2021, segundo o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).

De acordo com o “3.º Relatório de avaliação do impacto do PART [Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos]”, consultado pela Lusa, dos 30,8 milhões de euros submetidos no âmbito do programa, foram executados 23,1 milhões de euros em 2021, ano ainda marcado pela pandemia da Covid-19.

Os valores correspondem a uma taxa de execução total de 85%, sendo a AMP, juntamente com as comunidades intermunicipais (CIM) do Douro, Tâmega e Sousa, Beira Baixa e Lezíria do Tejo as únicas com taxas de execução abaixo dos 100%. Também no que diz respeito às verbas provenientes do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), o relatório aponta que, “à exceção da AM Porto, CIM do Douro e CIM da Lezíria do Tejo, as restantes regiões apresentaram taxas de execução de 100%”.

As verbas do PART são provenientes tanto do OE como de uma contribuição dos municípios, cujo mínimo obrigatório de 20% de comparticipação previsto para 2021 em relação ao OE foi cumprido pela AMP. O relatório revela também que, na AMP, 68% do financiamento executado, cerca de 15,7 milhões de euros, se destinou a apoio aos serviços essenciais de transportes, num ano marcado pelos confinamentos associados à covid-19.

32% da execução do programa, cerca de 7,4 milhões de euros, destinou-se às medidas de redução tarifária, cuja origem remonta ao início do PART, em abril de 2019. O documento refere ainda que não foi dedicado financiamento a medidas de aumento da oferta de transportes públicos.

No total do país, “a maior parte do financiamento PART 2021 destinou-se à manutenção do serviço público de passageiros em níveis que visaram satisfazer necessidades mínimas de mobilidade”. “A taxa de execução das verbas do OE situou-se em 97,1%, para um montante de investimento de 134,6 milhões de euros”, tendo a taxa de comparticipação dos municípios sido de 28,2%, “totalizando um montante de 37,9 milhões de euros”.

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Portugal já perdeu quase 650 milhões com atraso na decisão do novo aeroporto

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

O cálculo é realizado desde 14 de julho e atualizado ao segundo no contador eletrónico que foi inaugurado na 2.ª circular, em Lisboa, junto ao Aeroporto Humberto Delgado.

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) apontou esta terça-feira que Portugal já perdeu quase 650 milhões de euros pela não decisão de um novo aeroporto, valor que está agora visível num contador eletrónico junto à 2.ª circular, Lisboa. O cálculo é realizado desde 14 de julho e atualizado ao segundo no contador eletrónico que foi inaugurado na 2.ª circular, em Lisboa, junto ao Aeroporto Humberto Delgado, sendo resultado de um estudo da CTP com a EY.

“O ano passado iniciámos um estudo com a Ernst & Young [EY] para tentar medir qual o impacto da não decisão de um aeroporto e, desde logo, pensámos na ideia de colocar este contador, que já estava no nosso site, para que as pessoas em geral e o poder político em particular pudessem ter noção do custo da não tomada de uma decisão sobre o aeroporto”, apontou o presidente da CTP, Francisco Calheiros, em declarações aos jornalistas, em Lisboa.

Desde julho e até às 16:30 desta terça o número aproxima-se dos 650 milhões de euros, sendo resultado de uma análise que contou com a participação de todos os stakeholders (partes interessadas), nomeadamente agências de viagens, hotelaria, aviação, aeroportos, animação, restauração, entre outros. “Calculámos quantas frequências estávamos a perder [devido à falta de slots], qual o tráfego médio e o gasto médio por turista” para apurar o número divulgado, explicou.

Francisco Calheiros sublinhou que a opção mais rápida, com o aeroporto complementar do Montijo (Portela+1), leva Portugal a perder 7.000 milhões de euros em receitas e 20.000 postos de trabalhos. Assim, reiterou a necessidade de uma decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa, considerando ser “uma vergonha” Portugal esperar 50 anos por uma nova solução.

O presidente da CTP adiantou ainda que o funcionamento do contador eletrónico está previsto para até ao final do corrente ano, altura em que se espera que haja uma decisão sobre esta matéria. De acordo com o estudo da CTP e da EY, entre 2010 e 2019, antes da pandemia de covid-19, o número de passageiros movimentados, anualmente, em Lisboa, mais do que duplicou (122%) para 31 milhões.

Em 2020 e 2021, a atividade no Aeroporto de Lisboa sofreu uma “contração significativa” devido à pandemia e aos seus efeitos ao nível do turismo e da mobilidade internacional. Esta análise conclui ainda que o “estrangulamento na capacidade” do atual aeroporto é visível, por exemplo, através dos atrasos nas partidas e chegadas.

Dados do Eurocontrol, reportados a 2019, indicam que Lisboa estava no grupo dos aeroportos europeus com maiores atrasos nas chegadas (4,13 minutos) e partidas (4,27 minutos). A confederação do Turismo integra a Comissão Técnica Independente (CTI), que vai levar a cabo a avaliação ambiental estratégica para a expansão aeroportuária na região de Lisboa. Beja e Alverca entraram na lista de possíveis localizações para o novo aeroporto de Lisboa, que ascendem agora a sete.

“Vamos analisar outras opções que, entretanto, também já nos chegaram como propostas […] e a resolução do Conselho de Ministros previa isso, que nós decidíssemos que outras propostas iríamos analisar e, portanto, vamos analisar também, pelo menos mais Alverca e mais Beja, que já nos chegaram”, disse, no dia 28 de janeiro, em entrevista à Lusa, a professora Rosário Macário, que integra a CTI que vai levar a cabo a avaliação ambiental estratégica para a expansão aeroportuária da região de Lisboa.

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Powell antecipa mais aumentos de juros num processo que será “turbulento”

O presidente da Fed admite que a inflação está a abrandar mas tendência ainda não se verifica em todos os setores.

O presidente da Reserva Federal dos EUA admite que a “desinflação” já está em curso mas não em todos os setores da economia, pelo que o processo será “turbulento”, num discurso no The Economic Club of Washington, D.C. Jerome Powell antecipa também mais aumentos das taxas de juro para levar a inflação mais próxima da meta de 2%.

“Antecipamos que os aumentos das taxas em curso vão ser apropriados”, reitera o chairman da Fed. Powell explica que apesar do processo de desinflação ter começado, nomeadamente no setor de bens, ainda é necessário utilizar os instrumentos para que seja uma descida sustentada.

Há cerca de “56% da economia onde não se está a ver desinflação e isso vai demorar algum tempo”, destaca, particularmente no setor dos serviços (excluindo a habitação). “Vamos ter de manter juros a um nível restritivo por um certo tempo”, alerta.

Questionado sobre a meta de 2%, Jerome Powell assegura que o valor não vai mudar: “Estamos a usar instrumentos para chegar lá, esperamos que 2023 seja ano de declínio significativo da inflação”. Mesmo assim, a inflação subjacente, que exclui os produtos mais voláteis, está nos 4,4%, pelo que o abrandamento “vai demorar”, não decorrendo apenas este ano mas também no próximo.

Quanto à resiliência do mercado laboral, o presidente da Fed admite que “a maior parte dos analistas diria que para descer inflação, na história há algum abrandamento nas condições do mercado laboral”. “Mas este ciclo é diferente e confundiu tentativas de prever”, contrapõe, pelo que o impacto pode ser diminuído.

No início de fevereiro, a Reserva Federal norte-americana reduziu pela segunda vez consecutiva o ritmo de subida das taxa de juro do dólar, aumentando a Fed Funds em apenas 25 pontos base para o intervalo de 4,5%-4,75%.

Apesar do alerta de que as subidas de juros iriam continuar, os mercados reagiram bem à reafirmação de Powell de que a desinflação tinha começado. O Dow Jones estava no vermelho e inverteu a tendência para ganhar 0,4% e o S&P 500 sobe 0,8%.

(Notícia atualizada às 18h20)

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