Engenheiros da IP fazem greve em março e obras podem atrasar

Sindicato dos Trabalhadores das Infraestruturas Rodoviárias pede reunião ao Presidente da República. Funcionários queixam-se de "esvaziamento de carreiras especializadas" e de baixos salários.

As obras nas estradas poderão sofrer atrasos ao longo do mês de março. O Sindicato dos Trabalhadores das Infraestruturas Rodoviárias (STIR) entregou à Infraestruturas de Portugal (IP) um pré-aviso de greve às horas extraordinárias para o período entre 1 e 31 de março. O ECO sabe ainda que terá sido pedida uma audiência ao Presidente da República sobre esta matéria, bem como os riscos de potenciais atrasos nos prazos de execução.

Dos associados do STIR fazem parte fiscais de obras, desenhadores, topógrafos, técnicos superiores e engenheiros, fundamentais para o desenho das obras rodoviárias que estão em marcha para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) – no valor de 520 milhões de euros – e ainda um total de 1,980 mil milhões de euros no Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI2030).

Estes trabalhadores consideram que os aumentos propostos pela administração da IP, de 3,9%, “ficaram muito abaixo das expectativas, inclusivamente abaixo dos aumentos aprovados pelo Governo para as carreiras gerais da Administração Pública”. Os funcionários consideram os aumentos como “discriminatórios” e, para alguns trabalhadores da empresa, “já passou a ser uma questão de subsistência”.

Os membros do STIR consideram ainda que “a falta de reconhecimento e valorização do trabalho, aliado às novas e difíceis sobrecargas de trabalho decorrentes da necessidade de cumprimento das grandes metas do Governo, quer do PRR, quer do PNI2030, tem levado a um esvaziamento de carreiras especializadas da IP, sem possível reposição dos seus quadros face aos baixos vencimentos praticados. Há vagas abertas há mais de meio ano que não são preenchidas”.

Os trabalhadores exigem uma “compensação financeira pela perda do poder de compra de 2022“, acrescida de um “aumento de 85 euros com efeitos a 1 de setembro de 2022”, horário semanal de 35 horas, atualização do subsídio de refeição para 8,32 euros e aumento dos valores mínimos de carreiras para carreira técnica superior e o grau de “doutor”.

“Temos consciência do difícil período que a empresa atravessa, mas não podem ser os trabalhadores a assumir as sobrecargas de trabalho inerentes à falta de dimensionamento das equipas, quando acresce a desmotivação pela falta de reconhecimento e valorização
do seu trabalho”, conclui o comunicado interno a que o ECO teve acesso.

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3,5 milhões de pessoas na UE ficaram sem emprego no 3.º trimestre de 2022. Fim do contrato de trabalho é o principal motivo

O fim do contrato de trabalho a termo foi principal motivo mencionado para justificar a transição para o desemprego.

Entre julho e setembro do ano passado, 3,5 milhões de pessoas na União Europeia, entre os 25 e os 54 anos, ficaram sem emprego. Independentemente do nível de educação, mais de metade dos profissionais apontam o fim do contrato de trabalho a termo como o principal motivo para a transição para uma situação de desemprego, revelam os dados publicados pelo Eurostat esta quinta-feira.

“Mais de dois terços das pessoas que ficaram, recentemente, sem emprego (68,9%) deixaram-no por razões inerentes ao mercado de trabalho, o que se traduz no fim de um contrato de trabalho a termo, despedimento ou encerramento da empresa por razões económicas”, pode ler-se no documento.

Este conjunto de motivos, embora tenha sofrido uma queda de 3,2 pontos percentuais comparativamente ao período homólogo, representa a maior fatia no que toca ao motivo de ficar sem emprego, sobretudo entre os profissionais com níveis de educação mais baixos (74,6%). Seguem-se os que possuem altos níveis de ensino (67,8%) e médios (66,2%).

O fim do contrato de trabalho a prazo é, contudo, a principal razão mencionada para ter ficado sem emprego entre julho e setembro do ano passado. Mais de metade destes profissionais (53,1%) viu-se obrigada a deixar o seu trabalho por este motivo, o que representa, ainda assim, uma diminuição de 3,9 pontos percentuais em comparação com o mesmo trimestre de 2021 (57%).

Esta justificação representa a maior fatia em todos os níveis de educação, ainda que tenha afetado mais significativamente os profissionais com baixos níveis de escolaridade (57,1%), seguidos daqueles que têm elevados níveis de educação (56,3%) e um nível considerado médio (47,5%).

Despedimento ou fecho da empresa

A segunda causa mais comum para deixar o trabalho foi o ‘despedimento ou o encerramento da empresa por razões económicas’, um motivo que abrangeu 545 mil pessoas (15,8% dos trabalhadores que abandonaram recentemente o emprego, contra 15,1% no terceiro trimestre de 2021).

Deixar o emprego por ‘outras razões’ foi o terceiro motivo mais mencionado, afetando 478 mil pessoas (13,9%), seguido da ‘educação ou motivos pessoais’ (311 mil pessoas; 9%) e ‘motivos familiares, de doença ou reforma’ (283 mil pessoas; 8,2%).

Comparando com o período homólogo, é de salientar ainda o aumento de 1,9 pontos percentuais (de 246 mil para 311 mil pessoas) do peso de deixar o emprego devido a ‘educação ou motivos pessoais’, o que engloba de cuidar de amigos, querer mais tempo livre, não precisar de trabalhar, viajar, mudar de local de residência, entre outros. Este aumento foi mais pronunciado entre aqueles que possuem um baixo nível de educação (2,6 pontos percentuais, para 5,9%) e aqueles com um elevado nível de educação (2,5 pontos percentuais, para 10,8%).

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Mais pobres gastam quase 31% do rendimento disponível em habitação

  • Mariana Marques Tiago
  • 16 Fevereiro 2023

Em 2021, os portugueses em situação de risco de pobreza gastavam 30,7% do rendimento disponível em habitação, segundo dados do Eurostat.

Os portugueses que se encontram em situação de risco de pobreza (isto é, abaixo do limiar de 60% da mediana do rendimento disponível equivalente em cada país, na definição europeia) gastam 30,7% do rendimento disponível em habitação.

Os dados remetem ao ano de 2021 e foram esta quinta-feira divulgados pelo Eurostat. Comparativamente, Portugal encontra-se numa melhor posição do que a média da União Europeia (UE), que corresponde a 37,7% dos rendimentos.

As estatísticas do gabinete europeu foram lançadas no mesmo dia em que se discute em Conselho de Ministros o novo pacote de medidas para a habitação, setor visto como um dos grandes flagelos no país e considerado pelo Governo um pilar do Estado Social.

Percentagem dos rendimentos gastos na habitação por pessoas em risco de pobreza em 2021

O país onde as pessoas em risco de pobreza mais gastam com a habitação é a Grécia (60% dos rendimentos). Segue-se a Dinamarca (56,5%), Países Baixos (48%) e a Suécia (44,4%). Portugal ocupa o 16.º lugar da tabela, nove lugares abaixo da vizinha Espanha, onde 39,8% dos rendimentos das pessoas nesta situação são gastos na habitação.

Por oposição, o país da UE onde as pessoas em risco de pobreza menos gastam com a habitação é Malta: apenas 18% dos rendimentos.

Percentagem dos rendimento gastos na habitação pela população em geral, em 2021

Considerando os gastos da população geral com a habitação, os dados do Eurostat indicam que 18,9% dos rendimentos da população da aliança europeia são canalizados para a habitação. No caso português, especificamente, esta percentagem desce para 15,1%.

A Grécia, Dinamarca e Países Baixos ocupam uma vez mais o top três dos países da UE onde há uma maior percentagem de gastos dos rendimentos com a habitação: 34,2%, 26,3% e 23,9%, respetivamente.

Na tabela geral, Portugal é o 9.º país da UE onde a menor percentagem dos rendimentos são canalizados para gastos com a habitação.

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Euribor sobe para novos máximos a três, seis e 12 meses pela quarta sessão consecutiva

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2023

A taxa Euribor subiu a três, seis e 12 meses, pela quarta sessão consecutiva para novos máximos de mais de 14 anos, ao serem fixadas, respetivamente, em 2,703%, 3,192% e 3,567%.

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três, seis e 12 meses, pela quarta sessão consecutiva para novos máximos de mais de 14 anos, ao serem fixadas, respetivamente, em 2,703%, 3,192% e 3,567%.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu, ao ser fixada em 3,567%, mais 0,025 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008. Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%. Após ter disparado a 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,018% em dezembro para 3,338% em janeiro, mais 0,320 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo a 6 de junho, também avançou esta quinta-feira, para 3,192%, mais 0,026 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022). A média da Euribor a seis meses subiu de 2,560% em dezembro para 2,864% em janeiro, mais 0,304 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou esta quinta-feira, ao ser fixada em 2,703%, mais 0,021 pontos, um novo máximo desde janeiro de 2009. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,063% em dezembro para 2,354% em janeiro, ou seja, um acréscimo de 0,291 pontos.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia a 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, a 2 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado a 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente a 27 de outubro e a 8 de setembro. A 21 de julho, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% a 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% a 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Segurança Social suspende questionário polémico sobre vida familiar dos trabalhadores

  • ECO
  • 16 Fevereiro 2023

Segurança Social suspendeu "de imediato" o formulário que estava a ser utilizado para recolher informações de atividades profissionais e de tempos livres dos funcionários e respetivos familiares.

A ministra Ana Mendes Godinho garante que a Segurança Social suspendeu “de imediato” o formulário que pretendia recolher informações sobre as atividades profissionais e de tempos livres dos funcionários e respetivos familiares, para despistar potenciais conflitos de interesses.

“Naturalmente, face a todas as situações que foram neste momento sinalizadas, a Segurança Social suspendeu de imediato o pedido destas informações e está a rever para ser o mais minimalista possível”, afirmou na quarta-feira a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em declarações citadas pelo Observador.

Ana Mendes Godinho sinalizou ainda que o formulário em questão era usado “desde 2017 pela Segurança Social”, mas está a ser revisto “para ser o mais minimalista possível”, com o intuito de garantir o cumprimento “dos planos anticorrupção. “A Segurança Social está neste momento a fazer a sua avaliação para que a declaração dos próprios trabalhadores seja revista”, reiterou.

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Apesar dos progressos, 22% das mulheres não tem independência financeira. E mais de metade duvida que consiga inverter situação

Salários que não acompanham o custo de vida e trabalho extra não remunerado, como cuidar de crianças e idosos, são apontados como os principais fatores que dificultam a independência financeira.

Apesar de as mulheres portuguesas estarem atualmente numa melhor situação, no que toca à independência financeira, do que as de gerações anteriores, 22% ainda consideram que não têm independência financeira. E mais de metade destas (62%) duvida que seja possível inverter a situação no futuro. Ainda assim, os valores apurados em Portugal ficam abaixo da média europeia (65%) e de países como a Espanha (66%), Alemanha (82%), França (76,5%) e Itália (75%), onde a esperança de conseguir alcançar a independência financeira é mais reduzida, conclui o mais recente estudo realizado pela Mastercard “Mulheres e Finanças”.

“É incrível constatar que ainda há 41% das mulheres que refere que depende de outros por não ganhar dinheiro suficiente, por ganhar muito pouco e não conseguir poupar (38%) ou não receber qualquer rendimento porque não trabalha (27%). Este estudo revela-nos que estes são os principais motivos para a falta de independência financeira das mulheres, mas também verificamos que as mulheres consideram ter menos independência financeira do que os homens por fazerem trabalho extra não remunerado, como cuidar de crianças e idosos, ou por terem decidido ser mães a tempo inteiro (30%)”, comenta Maria Antónia Saldanha, country manager da Mastercard em Portugal, em declarações à ECO Pessoas.

Com o avançar da idade, a esperança de reverter a situação da dependência vai desvanecendo: 37% das mulheres inquiridas entre os 25 e os 39 anos não acredita vir a alcançar essa independência financeira no futuro, uma percentagem que sobe para 65% na faixa etária entre os 40 e 59 anos.

Oito em cada dez mulheres encara independência financeira como objetivo

Ser independente financeiramente é, contudo, um objetivo para oito em cada dez mulheres portuguesas inquiridas (84%). Um valor que fica mesmo acima da média europeia (70%) e de países como a Espanha (74%) ou Roménia (76%).

“Espero que esta seja uma conclusão muito positiva e de grande esperança que podemos retirar deste estudo”, afirma Maria Antónia Saldanha. “Quando 78% das mulheres em Portugal refere que se sente financeiramente independente, claramente coloca Portugal acima de outros países como Espanha (75%), Alemanha (70%) ou Suíça (71%). Aliás, também considero muito positivo ver que, quando questionadas sobre a importância de terem esta independência financeira, as mulheres portuguesas são as que manifestam um maior desejo (84%). Este desejo pode ser a base para continuarmos a construir uma mudança de paradigma. Esta percentagem é também muito relevante porque é superior a qualquer outro país em análise.”

Se alcançar a independência financeira é muitíssimo importante para as mulheres no nosso país, cabe-nos a todos criarmos as condições para que cada vez mais mulheres possam alcançar essa independência. Deixo aqui o repto para que mais empresas contribuam e possamos ver grandes melhorias num futuro próximo.

Maria Antónia Saldanha

Country manager da Mastercard em Portugal

“E, sendo assim, se alcançar a independência financeira é muitíssimo importante para as mulheres no nosso país, cabe-nos a todos criar as condições para que cada vez mais mulheres possam alcançar essa independência. Deixo aqui o repto para que mais empresas contribuam e possamos ver grandes melhorias num futuro próximo”, acrescenta.

Entre as principais razões que justificam que quase 80% das mulheres portuguesas inquiridas afirmem ser financeiramente independentes, está o facto de terem os seus próprios rendimentos (87%), disporem de poupanças para fazer face a qualquer problema financeiro (25%) ou utilizarem ferramentas financeiras (10%).

“O estudo destaca também que a evolução em Portugal tem sido positiva ao longo dos anos, já que sete em cada dez mulheres considera ser mais independente financeiramente do que as mulheres da sua família de gerações anteriores, ligeiramente acima da média europeia (67%) e atrás apenas da Bulgária (74%), Roménia (74%) e Espanha (74%)”, salienta a Mastercard. Por outro lado, 20% das mulheres considera ter o mesmo nível de independência que as suas antecessoras e 10% diz ter menos.

Para 63% das mulheres portuguesas, dinheiro significa maior liberdade, sobretudo por não terem de depender financeiramente de ninguém, mas também por proporcionar a concretização de objetivos (32%) e um menor stress perante dívidas e/ou investimentos (27%).

No que toca às preferências de consumo, mais de metade (59%) afirma preferir gastar o seu dinheiro em experiências ao invés de produtos, sobretudo as mulheres na faixa etária dos 25 aos 39 anos (68%). Apesar disso, a maior parte do rendimento (83%) é gasto com despesas com habitação, alimentação e combustível. O restante dinheiro é gasto em experiências, como jantar fora ou viajar (6%), seguido da aquisição de vestuário (3%).

Olhando para investimentos futuros, mais de uma em três mulheres portuguesas manifestou interesse em ser proprietária de uma casa (39%), valor que sobe para 49% no caso das mulheres entre os 25 e 39 anos. Já a faixa etária dos 60 aos 75 anos manifestou vontade de investir em algo que contribua para o bem-estar da família (37%).

Em matéria de poupança, duas em cada três mulheres (65%) admitem ter poupanças e/ou investimentos, embora mais de metade (58%) admita usá-las para pagar despesas correntes, sugerindo que o seu rendimento não é suficientemente alto para sustentar o seu custo de vida. O grupo que mais poupa é o dos 25-39 (63%), seguido das mulheres entre os 60 e os 75 anos (57%) e das que têm entre os 40 e os 59 anos (56%). Cerca de 35% das mulheres confessa não conseguir poupar e 7% não tem qualquer rendimento mensal.

Conhecimentos financeiros insuficientes

Apesar dos progressos verificados ao nível da independência económica, mais de metade das mulheres entrevistadas em Portugal (55%) acha que os seus conhecimentos financeiros são muito básicos ou nulos. Concretamente, 38% afirma ter conhecimentos básicos e 7% nenhum conhecimento, apenas atrás das francesas, italianas ou espanholas.

Os dados mostram também que mais de metade das mulheres entrevistadas tem dificuldade em entender vários conceitos económicos como investimentos (59%), tecnologia e aplicações de banca (34%), impostos (27%) e hipotecas (18%).

No campo tecnológico, a realidade é mais animadora. Oito em cada dez portuguesas considera que a tecnologia desempenha um papel importante ou essencial na gestão das suas finanças, um valor superior ao de países como a Espanha (68%), Áustria (65%) ou Alemanha (63%). E, quando inquiridas sobre as ferramentas mais úteis para gerir as suas finanças, sete em cada dez mulheres portuguesas afirma utilizar o online banking, sendo as mulheres mais jovens
(idades entre os 25 a 59) as que mais utilizam. Entre os principais motivos estão a comodidade (77%), facilidade de acesso (52%), simplicidade e rapidez (35%).

Apesar disso, a percentagem que utiliza serviços financeiros online (76%) fica abaixo quando comparada com a média europeia (83%), espanhola (86%) ou romena (85%). Também se verificam ligeiras diferenças na utilização destes serviços em termos de faixas etárias: 78% das mulheres entre os 25 e os 39 anos utiliza os serviços bancários online, um valor que cai para 72% na faixa etária entre os 60 e 75 anos. Das mulheres que usam o online banking, quase metade (42%) afirma que o faz desde os cinco a dez anos.

Entre os recursos digitais que as mulheres acham que mais as ajudariam a gerir as suas finanças são apontadas as aplicações dos bancos (38%), além das apps de gestão de poupanças ou controlo dos gastos (37%).

O estudo, realizado em 12 mercados europeus, incluindo Portugal, teve por base entrevistas realizadas pela Alpha Research, entre julho e agosto de 2022, a um total de 12.000 mulheres, entre as quais 1.000 em Portugal.

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Albergaria-a-Velha investe 15 milhões de euros até 2030 para alavancar economia local

Município de Albergaria-a-Velha investe 15 milhões de euros até 2030 na implementação da estratégia para o empreendedorismo e desenvolvimento económico do concelho.

A Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha vai investir 15 milhões de euros até 2030 na implementação da estratégia para o empreendedorismo e desenvolvimento económico do concelho. O plano é apresentado esta quinta-feira e contempla ações alicerçadas na promoção da indústria, valorização dos recursos endógenos e promoção do turismo sustentável, além da captação e fixação de capital humano.

“Alinhada com o paradigma da sustentabilidade, transição verde e digital, da competitividade e coesão do território, a Estratégia Albergaria 2030 responde aos desafios do presente e do futuro”, começa por afirmar o presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha. António Loureiro considera que “as grandes mudanças económicas e sociais exigem definir o planeamento das ações e investimentos a desenvolver, durante a próxima década”.

O município identificou duas dezenas de ações para pôr em prática, no terreno, no âmbito do empreendedorismo, inovação tecnológica e social, economia circular, valorização dos produtos, e recursos locais e sua biodiversidade. Assim como na captação e expansão de empresas, e na retenção, atração e qualificação de capital humano.

Estas ações exigem a articulação da autarquia com empresas do tecido empresarial, entidades locais do setor da economia social, e associações de natureza social, cultural, desportiva e recreativa. Além de escolas, agentes turísticos e universidades.

Alinhada com o paradigma da sustentabilidade, transição verde e digital, da competitividade e coesão do território, a Estratégia Albergaria 2030 responde aos desafios do presente e do futuro.

António Loureiro

Presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha

Para levar a bom porto esta meta, o município vai criar o Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Económico de Albergaria-a-Velha, constituído por stakeholders das mais diversas áreas. De acordo com a autarquia, a este Conselho compete a monitorização e avaliação da Estratégia e Plano de Ação Albergaria 2030.

Será ainda constituída uma equipa técnica permanente para apoio, acompanhamento e implementação do plano de ação, de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos propostos deste plano estratégico.

Eixos de intervenção da estratégia

A Estratégia Albergaria 2030 assenta em três eixos de intervenção: empreendedorismo, desenvolvimento económico e capital humano. O objetivo é “otimizar os recursos e a resposta aos desafios, num espírito de cooperação e parceria entre as várias entidades com âmbito de intervenção no território”, explica o autarca do CDS/PP.

O município traça um perfil de Albergaria-a-Velha, dando conta que apresentava, em 2021, um saldo da balança comercial de cerca de 50 milhões de euros, com um volume de exportações na ordem dos 488,3 milhões de euros.

Ainda segundo a autarquia, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) de Albergaria-a-Velha cresceu cerca de 45%, entre 2009 e 2020. Em termos de posicionamento na região de Aveiro, o concelho ocupava, em 2020, a sexta posição, apresentando um VAB a rondar os 2,5 mil milhões de euros.

Dotar o concelho de um espaço industrial que responda às necessidades e procura de investidores, permitindo a fixação de novas empresas e a melhoria da competitividade das empresas instaladas é outro dos propósitos desta estratégia municipal.

O tecido empresarial de Albergaria-a-Velha é constituído sobretudo por empresas de comércio, reparação de veículos automóveis e motociclos (22%), empresas de atividades administrativas e de serviços de apoio (11,5%). Assim como empresas ligadas à produção animal, caça, floresta e pesca (9,9%) e outras da indústria transformadora (9,5%).

A criação de uma rede de embaixadores empresariais para potenciar o que de melhor se faz em Albergaria-a-Velha, ao nível do contexto económico e industrial, é outras das estratégias do plano a implementar até 2030. Estes serão os representantes do tecido empresarial, alavancando empresas e atividades económicas no contexto regional, nacional e internacional.

Entre as novidades desta estratégica está o programa de incentivos diferenciado para apoiar e acelerar a implementação das melhores ideias de negócio em áreas estratégicas como o empreendedorismo verde, a inovação social, inovação tecnológica e a economia circular que serão selecionadas por um painel de especialistas.

As grandes mudanças económicas e sociais exigem definir o planeamento das ações e investimentos a desenvolver, durante a próxima década.

António Loureiro

Presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha

A criação de uma “Academia Empreende +”, mediante a implementação de um programa de empreendedorismo nas escolas, e a aposta na modernização e criação de espaços de incubação inovadores, além de um programa para o empreendedorismo social são mais algumas das apostas da autarquia.

O município tira outro trunfo da cartola ao avançar com o “Programa “Albergaria + Empreendedorismo + Inovação” que visa o desenvolvimento de um conjunto de atividades que permitem estimular o empreendedorismo, a inovação e o aparecimento de novas empresas ou ideias de negócio.

Outra novidade deste plano consiste na criação de um serviço especializado e diferenciador, em formato físico e digital, de apoio ao empreendedor e ao empresário, dando apoio técnico de proximidade, denominado “Balcão Empreende +”.

O município quer ainda “apoiar a criação de empresas em áreas de negócio de base agrícola e gestão ativa da floresta, apostando, assim, no paradigma da transição verde e digital”. A ideia é incentivar a instalação de negócios competitivos e inovadores no concelho. Mas, para isso, também precisa de mão-de-obra qualificada e de fixar talento.

Outra das apostas incide na dinamização do mercado habitacional com o propósito de atrair e fixar população, dando mote a Albergaria-a-Velha como um “município de referência para viver e trabalhar“. Nessa linha orientadora, surge o programa “Habitar Albergaria” para promover o acesso à habitação, criando condições para o desenvolvimento de soluções habitacionais.

A apresentação do plano conta com participação de Paulo Portas, antigo vice-primeiro-ministro, que faz uma intervenção subordinada ao tema “Economia: perspetivas globais e políticas nacionais e locais em prol da competitividade das nossas empresas”.

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Membro do BCE defende aumentos menores das taxas de juro 

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2023

Fabio Panetta afirmou em Londres que o BCE deve "calibrar a política monetária" e fazer aumentos menores das taxas de juro à medida que a inflação na Zona Euro alivia.

Fabio Panetta, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu, afirmou esta quinta-feira em Londres que o BCE deve “calibrar a política monetária” e fazer aumentos menores das taxas de juro à medida que a inflação na Zona Euro abranda.

O economista avisou que, embora existam sinais de redução dos preços da energia e produtos alimentares e alívio dos problemas com as redes de abastecimento mundial, vai demorar até se refletirem no consumidor.

Panetta lembrou que continua a existir uma incerteza económica e geopolítica a nível mundial, e que é difícil perceber o impacto real do aumento das taxas de juro nos últimos meses em simultâneo pelos principais bancos centrais mundiais.

“O BCE não deve comprometer-se incondicionalmente com futuras decisões” sobre a política monetária, defendeu, propondo em vez disso “calibrar a política monetária de uma forma que seja dependente dos dados, virada para o futuro e adaptável a desenvolvimentos em evolução”.

Num evento organizado pelo centro de estudos britânico Centre for European Reform, Panetta alertou para o risco de o BCE “apertar demasiado” as taxas de juro e desencadear uma recessão em grande escala.

“Ao suavizar os aumentos das nossas taxas de política – ou seja, movendo-nos em pequenos passos – podemos assegurar que calibramos ambos os elementos com maior precisão à luz da informação recebida e da nossa função de reação”, argumentou.

Panetta salientou que não significa que o BCE não está determinado em combater a inflação, mas deve certificar-se de que vai na “direção certa”. “Enfrentamos tanta incerteza em ambas as direções que eu consideraria imprudente avançar e avançar muito rapidamente sem ter a certeza de que se está a avançar na direção certa”, explicou.

O BCE indicou a intenção de subir as taxas de juro diretoras em 50 pontos base novamente na reunião de março devido ao aumento da inflação na Zona Euro, exacerbada pela invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 2 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, colocando a taxa de juro das principais operações de refinanciamento em 3%.

O acréscimo foi igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. Em janeiro, a inflação recuou pelo terceiro mês consecutivo na zona euro, ficando em 8,5%, o que se deve essencialmente à diminuição dos preços da energia. Mas a melhoria é relativa, dado que a inflação subjacente, que exclui os preços da energia e dos alimentos, se mantém em 5,2%.

A Comissão Europeia reviu em ligeira baixa as projeções da inflação na Europa para 2023, estimando que, ultrapassado o ‘pico’ do aumento dos preços, a taxa se fixe nos 5,6% na zona euro (2,5% em 2024) e nos 6,4% na União Europeia.

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Inscrições para Prémios Lusófonos da Criatividade com 15% de desconto

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  • 16 Fevereiro 2023

As inscrições para o 2º quadrimestre da 10ª edição dos Prémios Lusófonos da Criatividade estão com 15% de desconto, até ao dia 24 de Fevereiro.

As inscrições para o 2ª quadrimestre da 10ª edição dos Prémios Lusófonos da Criatividade abriram no passado dia 1 de fevereiro, mas, até ao dia 24 de fevereiro de 2023, todos os que se inscreverem têm um Early Bird de 15% de desconto. Contudo, até ao dia 24 de março o evento continua a receber inscrições, ainda que já sem o desconto.

Até ao momento, o festival tem recebido inscrições das mais conhecidas agências de língua oficial portuguesa. A participação neste quadrimestre coloca as agências lusófonas cada vez mais perto de se consagrarem Agências do Ano, um Prémio atribuído no 3º quadrimestre, que assinala o fim de mais uma Edição dos Prémios Lusófonos da Criatividade.

O evento de Entrega de Prémios tem já confirmada a presença de várias marcas parceiras, tais como: PHUNK, Adega Mãe, FLAG, Fruut, Control, Nicola, Grupo Saborosa, Bic, Tetley e tem data marcada para dia 11 de Abril de 2023.

Pode acompanhar as novidades do evento através das plataformas digitais do mesmo e, ainda, pelo facebook e instagram.

Mas o que são os Prémios Lusófonos da Criatividade?

Os Prémios Lusófonos da Criatividade são um festival internacional de criatividade sediado em Portugal, o único no mundo dedicado exclusivamente a premiar, homenagear e debater os mercados publicitários e de comunicação dos países de língua portuguesa.

Os “Lusos” têm a missão de enaltecer o melhor trabalho feito por agências, profissionais, estúdios e produtores em todos os países que comungam a língua portuguesa. Este festival que tem sido um pilar importante no mercado, na promoção de aproximação entre estes mercados e trazendo à capital do país alguns dos maiores nomes da indústria.

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“Podemos sempre continuar a melhorar” regime fiscal para jovens, admite secretário de Estado

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais defende que as medidas para os jovens "têm sido uma das prioridades" do Executivo, mas que o Governo pode "sempre" continuar a melhorar.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais garantiu que as medidas para os jovens têm sido “uma das prioridades” do Governo, mas admitiu também que se pode “sempre continuar a melhorar” esses regimes fiscais, num seminário sobre fiscalidade na Ordem dos Economistas. Nuno Félix defendeu ainda a importância dos impostos na “equidade, justiça fiscal e distribuição da riqueza”.

O responsável pela pasta fiscal destacou alguns incentivos aos jovens, como o “regime do IRS Jovem permite redução da tributação para os primeiros anos de trabalho ou incentivos mais orientados para o regresso dos profissionais”, reiterando que é preciso o contributo destes “para a economia e para o país”.

Nuno Félix salientou ainda a “importância dos impostos para a sociedade e Estado”, algo sobre o qual disse fazer “pedagogia” quando vai ao Parlamento, nomeadamente para equidade, justiça fiscal e distribuição da riqueza. Mas para haver criação de riqueza, “têm de existir empresas”, admitiu.

“Quando olhamos para o sistema fiscal e quando discutimos temos necessidade maior de olhar para o impacto no todo”, reiterou, defendendo assim a necessidade de perceber os efeitos das mexidas no sistema para as várias áreas da sociedade.

Assim, o secretário de Estado defendeu também medidas para a competitividade da economia e das empresas: “É importante olharmos para regimes e a sua tradução prática”, reiterou. “Temos regimes extraordinariamente competitivos do ponto de vista fiscal”, considerou o responsável, destacando o apoio à investigação e também o “conjunto de incentivos à capitalização das empresas”, como o Incentivo à Capitalização de Empresas (ICE).

Esta visão é contraposta por Armindo Monteiro, vice-presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que num painel após a intervenção do secretário de Estado defendeu que “não é possível falar competitividade fiscal se tivermos em conta o que existe hoje”. “Não vemos no OE qualquer incentivo para quem quer criar empresa em Portugal”, sublinhou.

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Promoção da igualdade remuneratória entre Homens e Mulheres

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  • 16 Fevereiro 2023

Os dados estatísticos, quer nacionais, quer internacionais, demonstram que continuam a existir discriminações e desigualdades complexas e persistentes no mercado de trabalho entre homens e mulheres.

Frequentemente, as mulheres ganham menos que os homens para fazer trabalho igual ou de valor igual. As causas associadas são múltiplas e muitas vezes estão interligadas, podendo refletir fatores estruturais, legais, sociais, culturais e económicos, como as escolhas e as qualificações, a ocupação profissional, o setor de atividade, as interrupções na carreira, a dimensão da empresa onde se trabalha, bem como o tipo de contrato de trabalho e a duração da jornada.

As mulheres estão sub-representadas em determinadas profissões e setores de atividade, bem como nas áreas de gestão e em cargos de decisão, onde os níveis salariais são mais altos.

Contudo, fruto da positiva evolução da humanidade, assistimos a um marco relevante onde se procura cada vez mais combater a disparidade salarial e valorizar a presença das mulheres no mercado de trabalho.

Em 2019 entrou em vigor a Lei n.º 60/2018 que aprova medidas de promoção da igualdade remuneratória entre mulheres e homens por trabalho igual ou de igual valor. Neste sentido, a entidade empregadora deve assegurar a existência de uma política remuneratória transparente, assente na avaliação das componentes das funções, com base em critérios objetivos, comuns a homens e mulheres, nos termos do artigo 31.º do Código do Trabalho.

Reconhecendo a extrema importância desta temática, 1.540 empresas com 50 ou mais trabalhadores apresentaram uma desigualdade salarial entre homens e mulheres igual ou superior a 5% – segundo dados da própria Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT). Estas empresas foram notificadas e terão o prazo de 120 dias para apresentar o plano de avaliação das diferenças remuneratórias onde deverá constar o plano de correção das diferenças salariais não justificadas.

Neste contexto, a equidade e a igualdade salarial são pontos-chave, não só dentro da estratégia de remuneração, mas também na proposta de valor e na própria Cultura das Organizações. É assim, fundamental para a EY ajudar as empresas a estarem alinhadas com os regulamentos atuais e a caminhar para a direção certa com objetivo de eliminar o fosso salarial.

Beatriz Marques, Manager EY, People Advisory Services

A título de benchmark e aliando a sólida experiência em projetos de semelhante natureza em inúmeros setores de atividade, partilhamos algumas recomendações para assessorar as organizações na implementação da nova lei da igualdade salarial através de:

1. Avaliação das funções da Organização recorrendo à metodologia “EY Point Factor” que tem como objetivo medir a contribuição de valor de cada uma das funções, assegurando que funções do mesmo valor têm o mesmo salário;

2. Análise AS Is com o intuito de realizar um diagnóstico da situação atual da organização e identificar as principais red flags no que se referem aos desvios entre homens e mulheres que desempenham funções com níveis de responsabilidade iguais ou equivalentes;

3. Elaboração de um relatório com os principais findings, identificação de recomendações e definição de um plano de ação com medidas corretivas que possam eliminar iniquidades identificadas.

Em suma, esta é uma oportunidade histórica para fazer a diferença na sua organização e contribuir para um mercado de trabalho mais justo e transparente. Se gostaria de mudar a sua estratégia e assegurar a igualdade salarial, entre em contacto connosco.

Beatriz Marques, Manager EY, People Advisory Services

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A importância da tecnologia na distribuição profissional de seguros

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  • 16 Fevereiro 2023

A tecnologia tem vindo a tornar-se cada vez mais presente em diversos setores da sociedade, e o mercado de seguros não é exceção.

A utilização de soluções tecnológicas na distribuição profissional de seguros tem trazido muitos benefícios, aumentando a eficiência e a qualidade do atendimento ao cliente.

Em primeiro lugar, a tecnologia permite a automatização de diversos processos, desde a apresentação da proposta de seguro até a liberação de pagamentos em caso de sinistro. Isso significa que muitas tarefas que antes eram feitas manualmente, como a coleta de dados e a verificação de informações, agora são realizadas de forma mais rápida e precisa, o que resulta em atendimento mais eficiente e satisfatório para o cliente.

Além disso, a tecnologia permite a realização de simulações e análises detalhadas, o que ajuda a identificar as melhores opções de seguro para cada cliente. Isso é possível graças ao uso de inteligência artificial e big data, que permitem a coleta e análise de grandes quantidades de informações em questão de segundos.

Outra vantagem da utilização da tecnologia na distribuição profissional de seguros é a possibilidade de atender a clientes de forma remota, sem a necessidade de um contato presencial. Isso foi especialmente importante em tempos de pandemia, quando a necessidade de distanciamento social tornou o atendimento presencial muito difícil.

Além disso, a possibilidade de atendimento online também facilita a vida dos clientes, que podem resolver questões relacionadas com os seus riscos e coberturas sem precisar se deslocar a uma agência de mediação.

É também importante destacar que a tecnologia contribui para a segurança dos dados dos clientes, já que permite a implementação de medidas de proteção, como criptografia e autenticação de usuários.

Além disso, a utilização de plataformas digitais permite a monitoração em tempo real das operações, o que facilita a identificação e solução de eventuais problemas.

Manuel Moita de Deus, CTO NacionalGest

Podemos, portanto, afirmar que a tecnologia aumentou o seu valor crítico para a nossa atividade, ganhando uma importância central nas estratégias de crescimento comercial, pois a incorporação de soluções tecnológicas permite uma maior eficiência e agilidade nos processos, além de oferecer novas oportunidades para aproximar corretores e seguradoras dos clientes.

Antigamente, a distribuição de seguros era feita de forma muito manual, com mediadores e corretores a terem de se deslocar até às residências ou empresas dos clientes para apresentar os produtos e obter informações. Além disso, a contratação de um seguro era um processo demorado e burocrático, já que era necessário preencher formulários e aguardar aprovações.

Com a evolução da tecnologia, a situação mudou drasticamente. Hoje, é possível realizar todo o processo de venda e contratação de seguros de forma online, o que agiliza o processo e oferece mais comodidade para o cliente. Além disso, a utilização de softwares especializados permite ao corretor aceder a informações em tempo real, fazer simulações e apresentar propostas personalizadas ao cliente.

Outro aspeto importante é a possibilidade de automatização de tarefas repetitivas e burocráticas, como a geração de simulações e contratos. Isso liberta tempo para que o corretor possa dedicar-se a atividades mais estratégicas, como a prospeção de novos clientes e a manutenção de relacionamentos com os atuais.

A tecnologia também é fundamental na busca por transparência e confiança no setor de seguros. Com a utilização de plataformas digitais, é possível disponibilizar informações claras e atualizadas sobre os produtos, permitindo que o cliente tome uma decisão informada e confiante. Além disso, a tecnologia possibilita a gestão de reclamações e sinistros de forma mais eficiente, garantindo a satisfação dos clientes.

A incorporação da tecnologia na distribuição profissional de seguros também possibilita a segmentação de públicos e a personalização de propostas. Através de análise de dados e inteligência artificial, é possível identificar as necessidades e desejos de cada cliente, oferecendo produtos e serviços mais adequados às suas reais necessidades e interesses

Em resumo, a tecnologia tem-se tornado cada vez mais presente na distribuição profissional de seguros e não será viável um operador apresentar-se de forma credível sem ter uma infraestrutura tecnológica corretamente dimensionada, com sistemas fiáveis e certificados, ao serviço de utilizadores devidamente formados e treinados.

Por estas razões de presente e de futuro, a NacionalGest tomou providências adequadas ao desenvolvimento de soluções tecnológicas que suportam eficazmente as suas operações e, sobretudo, garantem as necessárias condições para continuarmos a crescer na relação com os clientes, merecendo a sua melhor confiança nas nossas capacidades.

Manuel Moita de Deus, CTO NacionalGest

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