Abertura Solene do Ano Judicial – Justiça, uma casa sem janelas

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  • 10 Fevereiro 2023

Os discursos da Abertura Solene do Ano Judicial refletiram cansaço e desmotivação dos diferentes players da área em relação ao estado da justiça em Portugal.

O ano de 2023 apanhou-nos a todos, de um modo geral, cansados, exaustos. A pandemia cansou-nos, a guerra na Ucrânia mata-nos a fé, a inflação abala-nos a esperança. Apenas por breves momentos admitimos sentirmo-nos ébrios pelo suave contágio do otimismo que os desejos e mensagens de Ano Novo nos prometem.

Coincidindo a Abertura Solene do Ano Judicial com o início do ano civil, os discursos da praxe ouvidos na cerimónia de abertura refletiram o mesmo cansaço e desmotivação dos diferentes players da área em relação ao estado da justiça!

Ano após ano, em cada discurso, em cada promessa ministerial, embalamos num limbo de esperança de que as dificuldades estão finalmente identificadas, de que os problemas não poderiam estar mais salientados e apontados, de que as soluções propostas foram ouvidas e estão alinhavadas e, claro, de que a alavanca orçamental nos eleve ao paraíso prometido.

A Ministra da Justiça exaltou a oportunidade de ex novo, o novo ano abrir um “novo tempo de todos os possíveis”. Para quem governa com maioria parlamentar, todos os dias são “tempo de todos os possíveis”. Espera-se até que assim seja. As oportunidades criadas pela estabilidade política e pelas verbas do PRR – Plano de Reforma e Resiliência, sendo desperdiçadas serão imperdoáveis. Como setor fundamental em cuidados paliativos, a justiça carece, a par da saúde, de uma reforma estrutural e sistemática!

A falta de celeridade na entrega da justiça é crónica em Portugal, mas é nos tribunais administrativos e fiscais que a situação é mais grave. Dizer que o número de casos pendentes é grande e que o tempo de disposição de cada processo é longo é eufemismo. A situação é caótica, ridícula e urge resolvê-la.

É fundamental, numa altura em que o Estado está tão desacreditado e sendo os tribunais administrativos e fiscais aqueles que têm por função resolver conflitos entre particulares e a administração pública, designadamente na tutela de direitos fundamentais, na fiscalização e impugnação de atos e decisões, na responsabilização dos servidores públicos, etc., que estes respondam em tempo útil.

Sem populismos, é redundante dizer que a justiça administrativa-fiscal tem um problema sério de eficácia. Em sentido oposto, a máquina tributária será talvez a máquina mais eficaz da administração pública. Ao longo dos anos, foram criados mecanismos e instrumentos de atuação que efetivamente aumentaram a capacidade de cobrança de impostos. E bem!

Mas, em contrapeso, a administração pública não é eficaz na limitação da agressividade da sua atuação, mesmo estando em causa direitos fundamentais dos cidadãos, e os mesmos mecanismos e instrumentos são os mesmos que permitem que a administração tributária atue muitas vezes sobre os cidadãos abusando do seu ius imperium, abarrotando, a jusante, as instâncias administrativas e fiscais com uma quantidade sobre-humana de processos. Esta falha de quantidade acarreta, naturalmente, uma falha no tempo de resposta jurisdicional.

Exemplo disso mesmo é o nebuloso modus operandi escolhido pela máquina tributária na tramitação processual de processos de contraordenação que tiveram origem em infrações decorrentes da falta de pagamento ou do pagamento viciado de taxas de portagem. Apesar da lei considerar como contraordenação única as várias passagens não pagas realizadas no mesmo dia, pelo mesmo veículo, na mesma infraestrutura rodoviária; na prática cada passagem tem dado origem a um processo, tendo o cidadão que se defender em cada um. A verdade é que a Autoridade Tributária, numa perversa missão de captação de receitas, sobrecarrega estes tribunais com coimas e dívidas de portagens, aumentando desnecessariamente a litigiosidade pendente.

A intervenção na justiça administrativa e fiscal é apenas uma parte importante de uma reforma há muito reclamada por todos.

O Governo anuncia a aposta do Ministério da Justiça na digitalização e na utilização da inteligência artificial, consubstanciada em mais de 200 milhões de euros de investimento e, efetivamente, tendemos a concordar que um upgrade ao nível digital e tecnológico promete uma óbvia evolução na eficiência da administração da justiça.

É, no entanto, um paradoxo, assistirmos a uma mega reforma digital e manter-se, por exemplo, a degradação dos espaços físicos dos tribunais ou a falta de material, falta de profissionais, profissionais desmotivados…

Será como colocar ar condicionado numa casa sem janelas!

Os cidadãos e a economia precisam de confiar na justiça. E os agentes da justiça apontam soluções que devem ser acolhidas.

É fundamental a estabilidade legislativa, evitando as vagas sucessivas de “pacotes” legislativos, tantas vezes incoerentes e desconexos. A permanente instabilidade legislativa constitui em si mesmo um poderoso gerador de ineficiência, de incerteza e morosidade.

É fundamental uma justiça mais célere, a desburocratização, simplificação e desmaterialização dos processos administrativos e judiciais acrescida de uma melhoria da gestão ao nível dos nossos tribunais e do seu edificado, sem esquecer o reforço dos meios humanos assegurando-se as básicas e dignas condições de trabalho.

É fundamental criar condições efetivas que permitam o acesso à justiça pela generalidade dos cidadãos e repensar o sistema das custas judiciais!

Não é concebível não pensar numa reforma estrutural, consultada e profunda. E é fundamental o governo, que tem condições para o fazer, concretizar essa reforma.

Ângela Oliveira, Advogada

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Exportações famalicenses disparam e ajudam país a atingir recordes

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  • 10 Fevereiro 2023

Com mais de 452 milhões de euros em exportações, Vila Nova de Famalicão atingiu 2.616 milhões de euros em volume de negócios, o maior registo de sempre.

Vila Nova de Famalicão registou, em 2022, o maior volume de negócios de sempre, e nos últimos dois anos, o concelho cresceu três vezes mais que a queda sofrida em 2020, aquando da pandemia Covid 19. O município consolida assim a sua posição como o concelho mais exportador da região Norte e o terceiro mais exportador do país, logo a seguir a Lisboa e Palmela.

Os números sobre o comércio internacional de Portugal em 2022 foram divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmando um crescimento recorde do comércio internacional português, com Vila Nova de Famalicão a afirmar-se como uma verdadeira locomotiva do país.

Isso torna-se claro através da análise ao diferencial entre importações e exportações que define a saúde da balança comercial. A este nível, Vila Nova de Famalicão conseguiu o feito de apresentar um saldo positivo de 886 milhões de euros, resultado da diferença entre as exportações (2 616 062 milhões de euros) e as importações (1 729 853 milhões de euros), num ano em que o país, apesar do número recorde de exportações, aumentou a sua dependência externa com as importações a superarem as exportações. A este nível, Vila Nova de Famalicão é o segundo município do ranking nacional com maior contributo líquido para a economia.

“São números que nos enchem de orgulho”, refere o Presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, dando conta que esta prestação da economia famalicense “tem um contributo importante, e terá cada vez mais, de produtos de valor acrescentado, gerados a partir da investigação das empresas e centros tecnológicos sediados no próprio território, o que é uma garantia de mais e melhor emprego no futuro”. É uma prestação que “valoriza o trabalho dos agentes económicos e as políticas que temos vindo a seguir”, acrescenta.

A este propósito, Vila Nova de Famalicão registava, em finais de 2022, um número de desempregados (3 387) ao nível da pré-pandemia, o que equivale a uma taxa de desemprego muito baixa, fixada na ordem dos 3,5%,

No que diz respeito ao peso dos vários setores nas exportações do município, os componentes para o automóvel representam o maior volume de negócios 1.201 milhões de euros, mas o setor têxtil e vestuário teve no último ano um importante crescimento de 18,41%, que muito contribuiu para o aumento significativo das exportações no concelho (615.6 milhões de euros). Ainda a este nível, os têxteis técnicos registaram um volume de negócios de 184.8 milhões de euros, crescimento de 12% face a 2021.

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IAPMEI ganha 60 dias para analisar candidaturas ao PRR para digitalizar empresas

O IAPMEI tem 40 dias úteis para analisar e decidir projetos para apoiar a digitalização de empresas, mas prazo pode ser prorrogado até ao máximo de 90 dias em candidaturas muito complexas.

Tendo em conta a complexidade dos projetos que se candidataram a apoios do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para reforçar a digitalização das empresas, o Governo decidiu dar mais tempo ao IAPMEI para poder decidir a atribuição do financiamento. Assim, em vez de 40 dias, a Agência para a Competitividade e Inovação passa a ter 90 dias para analisar e decidir as candidaturas.

“Atenta a complexidade dos projetos objeto das candidaturas a este sistema de incentivos, verificou-se ser necessário proceder à adequação procedimental prevista no regulamento, permitindo assegurar prazos adequados de análise e de decisão sobre o respetivo financiamento”, lê-se na portaria publicada esta sexta-feira em Diário da República.

Assim, no âmbito do Sistema de Incentivos Empresas 4.0, a decisão sobre o financiamento dos projetos é tomada pelo IAPMEI no prazo de 40 dias úteis a contar da data-limite para a submissão de candidatura constante no aviso de abertura de concurso. Mas este prazo “pode ser prorrogado até ao máximo de 90 dias úteis, em função da natureza e complexidade das medidas de investimento, através dos avisos de abertura de concurso”, determina a portaria assinada pelo secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Filipe Campolargo, e secretário de Estado da Economia, Pedro Miguel Ferreira Jorge Cilínio, que era um dos administradores do IAPMEI.

Depois, o IAPMEI notifica os candidatos da decisão final no prazo máximo de cinco dias úteis, a contar da data da decisão, tal como até aqui.

No âmbito desta Componente 16 do PRR, o objetivo é ajudar a “responder aos desafios relacionados com a baixa digitalização das empresas” já que, de acordo com os resultados do Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade 2020, Portugal ocupa o 19.º lugar na UE, posicionando-se abaixo da média europeia”, pode ler-se na Decisão de Execução do Conselho relativa à aprovação da avaliação do plano de recuperação e resiliência de Portugal.

As dimensões em que Portugal apresenta mais fragilidades são as do capital humano e de utilização de serviços Internet, ou ainda alguns aspetos da integração das tecnologias digitais, o que limita a capacidade e desempenho digital das empresas. Por isso, as empresas podem candidatar-se ao PRR para:

  • reforçar as competências digitais dos trabalhadores do setor empresarial;
  • modernizar o modelo de negócio e os processos de produção, incluindo a digitalização dos fluxos de trabalho, como a gestão empresarial, os produtos inovadores e a faturação;
  • criar novos canais digitais de comercialização de produtos e serviços
  • inovar e incorporar tecnologias digitais avançadas no modelo de negócio das empresas e
  • promover o empreendedorismo de base digital.

A maior parte das metas definidas a este nível no PRR têm como data limite de execução o ano de 2025.

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Contestação “valeu a pena”. Marcelo aplaude redução de custos da Jornada Mundial

O palco principal será afinal mais barato, com um custo de 2,9 milhões de euros, e o palco secundário será pago pela Igreja. 

O custo das infraestruturas para a Jornada Mundial da Juventude, que se irá realizar em Lisboa em agosto, levantou uma polémica que acabou por “valer a pena”, notou esta sexta-feira o Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa diz-se “satisfeito” com as mudanças: o palco principal será, afinal, mais barato, com um custo de 2,9 milhões de euros, e o palco secundário será pago pela Igreja.

“Acho que valeu a pena aquilo que a comunicação social, e muita gente, a sociedade portuguesa, fez como apelo, que é nestes tempos difíceis de guerra, de inflação, a subida de preços, a dificuldade da vida, era preciso de facto baixar”, sinaliza o Presidente da República, em declarações transmitidas pelas televisões.

Questionado sobre as mudanças, que foram noticiadas pelo Correio da Manhã esta sexta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa mostra-se “satisfeito pelo esforço que foi feito por todos para baixar para muito menos de metade” as despesas. O palco altar, no Parque Tejo, vai ser construído pela Mota-Engil e estava inicialmente orçamentado em 5,5 milhões de euros mas com despesas adicionais já estava próximo dos 7 milhões. Valor caiu para 2,9 milhões.

Já o palco secundário, que será montado no parque Eduardo VII, será afinal pago pela Igreja. A estrutura, destinada à cerimónia de boas-vindas ao Papa, estava inicialmente orçamentada entre 1,5 e 2 milhões de euros.

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Euribor a três meses sobe para novo máximo desde janeiro de 2009. Taxas recuam a seis e 12 meses

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

A três meses, a taxa Euribor subiu para 2,621%, um novo máximo desde janeiro de 2009. Nos prazos de seis e 12 meses, desceu para 3,080% e 3,465%, respetivamente.

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três meses para um novo máximo desde janeiro de 2009 e desceu a seis e a 12 meses face a quinta-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou esta sexta-feira, ao ser fixada em 3,465%, menos 0,021 pontos, depois de ter subido na quinta-feira para 3,486%, um novo máximo desde dezembro de 2008. Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,018% em dezembro para 3,338% em janeiro, mais 0,320 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também recuou esta sexta-feira, para 3,080%, menos 0,023 pontos, depois de ter subido na quinta-feira para 3,103%, também um novo máximo desde dezembro de 2008. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022). A média da Euribor a seis meses subiu de 2,560% em dezembro para 2,864% em janeiro, mais 0,304 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou esta sexta-feira, ao ser fixada em 2,621%, mais 0,014 pontos, um novo máximo desde janeiro de 2009. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,063% em dezembro para 2,354% em janeiro, ou seja, um acréscimo de 0,291 pontos.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 2 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro. Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Programa do Estado para criar empresas reduz prazo para manter emprego

Quem criar empresas pelo programa Empreende XXI só terá de manter os funcionários por dois anos em vez dos atuais três. Quem tiver contrato de trabalho suspenso deixa de aceder à medida.

O Governo alterou o programa Empreende XXI, que permite a criação de empresas por pessoas desempregadas com a ajuda de fundos públicos. A partir de sábado, dia 11, os projetos apenas terão de manter o posto de trabalho durante dois anos, menos um do que atualmente. Também há mudanças no valor dos apoios e o acesso à medida estará mais restrito, segundo a portaria publicada nesta sexta-feira no Diário da República.

O programa Empreende XXI foi lançado em janeiro de 2022, logo depois da pandemia de Covid-19 e na véspera do início da guerra na Ucrânia. A medida abrange pessoas entre os 18 e os 35 anos (inclusive), que nunca tenham assinado um contrato de trabalho sem termo ou que estejam desempregados, sem estarem a estudar ou a frequentar qualquer formação. Também podem ser contemplados pelo programa emigrantes que voltem a Portugal.

A primeira alteração ao programa entra em vigor a partir de sábado e refere que “os projetos devem manter a atividade da empresa e assegurar a criação do respetivo posto de trabalho dos destinatários promotores, durante um período não inferior a dois anos, contados a partir da data da assinatura do termo de aceitação”. Anteriormente, eram necessários, pelo menos, três anos de posto de trabalho a tempo inteiro.

Quem vai deixar de aceder a esta medida são os trabalhadores que tenham o contrato suspenso por falta de pagamento do salário inscritos no Instituto de Emprego e de Formação Profissional (IEFP). Este grupo foi retirado da portaria.

Também há alterações no montante dos apoios para ajudar na criação dos empregos. Até agora, os projetos só tinham apoio público se tivessem um investimento total de até 175 mil euros. Na nova versão, são elegíveis para apoio ao investimento as despesas totais até 200 mil euros.

Quem quiser as ideias para receber apoio do Estado passará a ter de recorrer ao portal do IEFP ou da Startup Portugal, entidade que coordena a estratégia de empreendedorismo em Portugal. Quem criar emprego através deste programa do Estado passará a ter de registar a empresa na plataforma de mapeamento do ecossistema de startups disponibilizada pela Startup Portugal.

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Administrador financeiro da Global Media vai sair da dona do DN, JN e TSF

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

"A minha mudança profissional será materializada a seu tempo, mantendo o meu compromisso de sempre com o grupo, para assegurar uma transição serena", diz o CFO, citado por Marco Galinha

O administrador financeiro (CFO) da Global Media (GMG), Guilherme Pinheiro, vai sair do grupo que detém as marcas Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN) e TSF, entre outros, confirmou o presidente do grupo no Linkedin. A Lusa tinha questionado na quinta-feira a GMG por escrito, bem como enviado mensagens ao administrador financeiro e ao presidente executivo, Marco Galinha, mas não obteve resposta.

Entretanto, num ‘post, na quinta-feira à noite, na rede social Linkedin, Marco Galinha confirmou a saída de Guilherme Pinheiro para “um novo desafio”, sem adiantar qual. “Vivemos um mundo de desinformação de canibalismo, mas também temos um mundo de seriedade de jornalismo correto, o Guilherme, CFO da Global Media Group, aceitou um novo desafio na vida, mas alguns quiseram passar que a Global estava mal, pois cuidem-se tem 0 de dívida bancária e está aqui para ficar, obrigado Guilherme pela dedicação e profissionalismo”, escreve Marco Galinha.

Na mesma publicação, o presidente executivo da GMG partilha “algumas palavras” do administrador financeiro: “A minha mudança profissional será materializada a seu tempo, mantendo o meu compromisso de sempre com o grupo, para assegurar uma transição serena das funções que me estão confiadas“.

Manifestando “imenso orgulho do caminho que todos” fizeram e fazem desde o primeiro dia que iniciou funções, Guilherme Pinheiro refere, citado no ‘post‘ de Marco Galinha, que, “quaisquer que sejam os indicadores de gestão” que se queira analisar, “não haja qualquer dúvida que o Grupo Global Media hoje está mais sólido do que no dia em que” ele mereceu “a confiança dos acionistas” e assumiu as suas funções na empresa.

“Hoje, produzimos mais, com melhor qualidade e de forma muito mais eficiente. A força das marcas do grupo, a qualidade dos seus profissionais e o valor dos seus ativos centenários, todos, juntos, permitiu-nos fazer este caminho de superação, apesar de todos os extraordinários desafios que as economias foram sujeitas”, afirma o CFO. “Terminamos cada ano mais sólidos do que o ano anterior e hoje a Global Media é um grupo operacionalmente rentável, praticamente sem dívida bancária e com capitais próprios reforçados”, acrescenta o administrador financeiro, citado no post, desejando a todos “uma continuação de um bom trabalho, pedindo o foco e a energia diária” que todos sabem colocar. Marco Galinha termina a sua publicação a desejar “toda a sorte do mundo e um grande obrigado”. Guilherme Pinheiro era desde 02 de novembro de 2018 CFO na Comissão Executiva da Global Media.

Em 2013, de acordo com informação disponível no site da GMG, foi nomeado administrador da Sporting Clube de Portugal — Futebol, SAD, sendo também membro da Comissão Executiva dessa entidade, cargo que manteve até junho de 2018. “Fruto da experiência adquirida na KPMG, Guilherme Pinheiro manteve ao longo dos anos um forte envolvimento no processo de reestruturação financeira e operacional da Sporting SAD e restante Grupo Sporting”, refere a nota biográfica disponível no site da GMG.

O Correio da Manhã (CM) tinha noticiado que o administrador financeiro tinha apresentado demissão do cargo. A notícia da saída do CFO do grupo acontece cerca de um mês depois de ter sido conhecido que havia jornalistas do DN que tinham sido ‘convidados’ a rescindir com a empresa. Em declarações à Lusa há exatamente uma semana, o presidente do Sindicato dos Jornalistas (SJ), Luís Simões, manifestou-se preocupado com o DN, “que, não sendo uma proposta de despedimento, foi um convite à saída de algumas pessoas”, até porque o jornal “estava numa situação complicada e com poucas pessoas”. Ainda no mesmo grupo, apontou o caso da TSF, onde os trabalhadores fizeram um plenário e pediram à entidade patronal uma revisão salarial. As preocupações estendem-se ao JN, onde existe “preocupação até pela saída do local de trabalho para outro que não oferece garantias, inclusivamente em termos de transportes“, apontou, em 03 de fevereiro, o presidente do SJ. Na altura, Luís Simões salientou que o setor dos media em Portugal “neste momento não está nada bem”.

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Taxa de inflação homóloga em janeiro revista em alta. Abrandou para 8,4%

Variação de preços em janeiro face ao mesmo mês de 2022 foi de 8,4% e não de 8,3%, conforme INE tinha referido na versão preliminar.

A taxa de inflação homóloga em janeiro foi ligeiramente revista em alta. No primeiro mês do ano, a variação do Índice de Preços no Consumidor foi de 8,4%, ao invés dos 8,3% estimados anteriormente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os bens alimentares e bebidas não alcoólicas, os restaurantes e hotéis foram os elementos que mais contribuíram para a variação de preços em janeiro.

O índice de preços no consumidor foi revisto em alta por causa do arredondamento a uma casa decimal. Na prática, verificou-se uma diferença de 0,03 pontos percentuais em entre os dados desta sexta-feira e a estimativa rápida divulgada no final de janeiro.

O indicador de inflação subjacente (que exclui os preços dos alimentos não transformados e dos produtos energéticos) baixou para 7%, menos 0,3 pontos percentuais face a dezembro.

A taxa de inflação homóloga em janeiro abrandou face a dezembro (9,6%) por causa da menor variação dos preços da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (de 18,4% para 8,1%) e dos acessórios,
equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação (de 12,9% para 11,1%).

Em sentido contrário, os preços dos bens alimentares e das bebidas não alcoólicos aceleraram ainda mais, de 19,9% para 20,6%. Também houve maior aumento dos preços na categoria dos restaurantes e dos hotéis.

Em janeiro, os restaurantes, cafés e estabelecimentos similares deram o maior contributo para a taxa de inflação, com uma variação de preços mensal de 1,79%. Ainda assim, houve maior aumento na categoria do peixe fresco ou congelado, que acelerou 4,23%, revelam os dados do INE. Em sentido contrário, os preços que mais desceram foram os da eletricidade (-22,78%) e dos voos internacionais (-22,47%).

Entre janeiro de 2023 e dezembro de 2022, o índice de preços recuou 0,8%. Contudo, a variação média dos preços nos últimos 12 meses subiu 0,4 pontos percentuais, para 8,2%.

(Notícia atualizada às 11h29 com mais informação)

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Programa de bolsas da Huawei atinge recorde de candidaturas

A segunda edição do programa somou mais de 5.000 candidaturas, que representa um crescimento na ordem dos 60%. Quase metade é de estudantes do sexo feminino.

Lançada em dezembro de 2022 e com candidaturas abertas até ao final de janeiro, a segunda edição do programa de bolsas de estudo universitárias da Huawei reuniu um total de 5.306 inscrições de estudantes, provenientes de todo o território nacional. Quase metade das candidaturas foi realizada por estudantes do sexo feminino. Na primeira edição do programa, que decorreu no ano letivo 2021/2022, o número total de candidaturas rondou as 3.000, registando-se, agora, um aumento de mais de 60% no número de inscritos.

“O elevado número de candidaturas sublinha a relevância do programa e a importância daquilo que a Huawei está a fazer. Apostar no talento português é uma das melhores formas de apoiar o desenvolvimento social e económico do nosso país”, acredita Diogo Madeira da Silva, diretor da Huawei em Portugal, responsável pelas áreas de relações públicas, comunicação e responsabilidade social.

À semelhança do ano anterior, o programa destina-se a estudantes de Engenharia, Tecnologia e áreas relacionadas, sendo que a empresa alargou o âmbito desta edição a estudantes da área das Energias Renováveis, em linha com o desenvolvimento deste negócio na Huawei Portugal.

Finalizado o prazo de inscrições, é possível entender que perto de 20% dos candidatos provêm das áreas de Informática e Eletrónica de Computadores, e mais de 300 frequentam cursos na área Industrial e de Gestão.

As instituições de ensino de onde vêm os candidatos são diversas, com o território nacional representado de norte a sul, bem como das regiões autónomas da Madeira e Açores. Entre outros, encontram-se candidatos do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, ou representantes da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

As mais de 5000 candidaturas serão agora analisadas por um júri independente, que elegerá os 50 alunos premiados, que irão receber apoio financeiro no valor de 5.000 euros cada.

A Huawei vai atribuir metade das bolsas a mulheres, à semelhança da edição do ano passado, com o objetivo de contribuir para a redução do gender gap na indústria das Tecnologias de Informação e Comunicação. No entanto, esta decisão está bastante alinhada com os registos de candidatura, uma vez que, das cerca de 5.000 candidaturas, 47% foram realizadas por estudantes do sexo feminino.

“São iniciativas como esta que contribuem ativamente para as qualificações das e dos estudantes, trabalhando também a inclusão social e assumindo-se, por consequência, como facilitadores de empregabilidade”, considera Luisa Ribeiro Lopes, presidente do .PT, coordenadora-geral do INCoDe.2030 e membro do júri.

Os vencedores das 50 bolsas de estudo da Huawei serão conhecidos e anunciados no final de março.

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Comité das Regiões quer fundos diretos para autarquias combaterem crise energética

Comité das Regiões Europeu quer que a UE disponibilize, urgentemente, fundos diretos para as autarquias regionais e locais. Para fazer face à crise energética na sequência da guerra na Ucrânia.

O Comité das Regiões Europeu quer que a Comissão Europeia disponibilize fundos diretos às autarquias locais e regionais para fazer face à crise energética que está a assolar as comunidades europeias a reboque da guerra na Ucrânia. A medida faz parte de um conjunto de propostas que constam de uma resolução urgente, adotada esta quinta-feira em Bruxelas, para acelerar a transição energética sustentável nas comunidades, nas cidades e nas regiões.

Este rol de medidas visa, assim, a acelerar a transição da União Europeia (UE) para energias limpas no que toca à produção e ao consumo, assim como aos edifícios e transportes. No último dia da 153.ª reunião plenária, no Parlamento Europeu, o Comité das Regiões alertou para o facto de “as iniciativas atuais não fornecerem aos órgãos de poder local e regional o apoio imediato de que estes necessitam”.

O Comité das Regiões Europeu quer, por isso, que a UE construa “uma verdadeira União da Energia e crie sinergias entre os instrumentos financeiros da UE”. Pede também “financiamento direto para acelerar os projetos de energias sustentáveis a nível local”. Durante a sua intervenção no plenário, o presidente do município de Varsóvia, Rafał Trzaskowski, apelou mesmo à necessidade de “haver mais meios financeiros para apoiar o número crescente de cidadãos europeus que sofrem de pobreza energética e para modernizar os edifícios a fim de aumentar a eficiência energética e a poupança de energia”.

Por isso mesmo, o governante exigiu que a Comissão Europeia disponibilize “fundos diretos às autarquias locais e regionais para acelerar a transição energética sustentável nas comunidades, nas cidades, nas regiões”.

Os membros do Comité Europeu querem, assim, implementar “um pacote social sólido e medidas de redistribuição equitativa para atenuar o impacto social da crise energética, em particular no que toca aos mais vulneráveis”. Uma das sugestões que consta do documento adotado é a “isenção do cálculo do défice, no âmbito das regras orçamentais, dos investimentos direcionados para a energia”. Assim como o “lançamento de um projeto-piloto de contratos públicos conjuntos da UE para fornecer às cidades de toda a Europa autocarros de hidrogénio”, propôs o presidente do município de Varsóvia.

Haver mais meios financeiros para apoiar o número crescente de cidadãos europeus que sofrem de pobreza energética e para modernizar os edifícios a fim de aumentar a eficiência energética e a poupança de energia.

Rafał Trzaskowski

Presidente do município polaco de Varsóvia

Já o presidente do Comité das Regiões Europeu, o português Vasco Cordeiro, defendeu que “deve haver uma aposta clara e inequívoca em acelerar a transição energética para fontes renováveis”. Em declarações aos jornalistas no final do plenário, Vasco Cordeiro referiu que “o Comité das Regiões tem salientado, em todo este processo, que agora é a oportunidade de avançar mais rápido na transição energética”.

Ainda assim, alertou, “a tentação é grande e é compreensível se se pretender, porventura, recuar para uma posição onde se julga ter maior segurança, estar mais confortável. E haver, de certa forma, um recuo para a utilização de algumas fontes de energia que já se usava no passado“.

Interpelado sobre a situação energética em Portugal, Vasco Cordeiro precisou que “tem bons exemplos de transição energética e de uma aposta nas energias renováveis”. Aliás, reiterou o presidente do Comité das Regiões Europeu: “Estamos mais bem preparados para enfrentar situações como esta [crise energética], seja com a energia solar, seja com a energia eólica”.

O Comité das Regiões Europeu é a assembleia da União Europeia dos representantes regionais e locais dos 27 Estados-Membros.

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Rússia intensifica ataques aéreos no sul e leste da Ucrânia

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

Forças russas intensificaram os ataques aéreos no sul e leste da Ucrânia, atingindo infraestrutura crítica em Kharkiv, a segunda maior cidade do país, e em Zaporijia.

As forças russas intensificaram esta sexta-feira os ataques aéreos no sul e leste da Ucrânia, atingindo infraestrutura crítica em Kharkiv, a segunda maior cidade do país, e em Zaporijia, fazendo disparar as sirenes em grande parte da Ucrânia.

O secretário do conselho de Zaporijia, Anatolii Kurtiev, disse que a cidade foi atingida 17 vezes no espaço de uma hora, o que, acrescentou, foi o período de ataques mais intenso desde o início da invasão em grande escala, em fevereiro de 2022.

Explosões foram ouvidas em várias partes da região, incluindo em Zaporijia e em Vinnytsia, enquanto na região vizinha de Dnipropetrovsk as autoridades locais alertaram para um ataque de drones, informaram fontes oficiais, citadas por agências de notícias ucranianas.

A maior central nuclear da Europa fica situada na região de Zaporijia e permanece nas mãos da Rússia, que controla parcialmente a zona.

Em Kharkiv, as autoridades ainda estão a tentar obter informações sobre eventuais vítimas e a escala da destruição, com o autarca Ihor Terekhov a dizer que pode haver interrupções no aquecimento e no fornecimento de eletricidade e água.

A agência de informação militar da Ucrânia disse que as forças russas lançaram uma ofensiva nas regiões parcialmente ocupadas de Donetsk e Luhansk, com o objetivo de obter o controlo total da zona industrial, conhecida por Donbass.

As autoridades pro-russas de Donetsk garantiram que irão conquistar “em breve” a cidade de Marinka, próxima da capital regional. “Ainda não vou dar nenhuma data, mas [Marinka] será libertada em breve”, disse o chefe da República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, citado pela agência de notícias oficial russa TASS.

Pushilin acrescentou que as tropas ucranianas construíram muitas fortificações na cidade, a cerca de 25 quilómetros de Donetsk, e que agora as forças russas estão a “romper as suas defesas” e já controlam parte de Marinka.

Em dezembro, Pushilin tinha descrito a situação em Marinka como “difícil”, cujo controlo é de grande importância para os russos, devido à proximidade com a capital da região de Donetsk.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, participou numa cimeira extraordinária entre chefes de Estado e de Governo da União Europeia, em Bruxelas, que terminou esta madrugada.

Zelensky tem insistido nas últimas semanas sobre a necessidade de o país receber aviões de combate e hoje, perante os líderes dos 27, reiterou o pedido.

Os países ocidentais resistiram até agora fornecer meios aéreos à Ucrânia, embora a França e Reino Unido não tenham excluído esta hipótese.

O primeiro-ministro português António Costa rejeitou o pedido, sublinhando que a frota que Portugal tem “está empenhada em diferentes missões, de soberania nacional e garantia da integridade do território, missões de interceção” e também nos compromissos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

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Preço do gás sobe quase 3%

  • ECO
  • 10 Fevereiro 2023

Os preços do gás estão a recuperar à medida que os investidores pesam o retorno do clima mais quente face às dificuldades de fornecimento desta matéria-prima.

O preço do gás de referência para a Europa está a subir perto de 3%. Pelas 9h22, o contrato TTF, de referência para as importações europeias, estava a subir 2,98%, para 54,280 euros por megawatt-hora, segundo a base de dados Barchart.

Os preços do gás estão a recuperar à medida que os investidores pesam o retorno do clima mais quente face às dificuldades de fornecimento desta matéria-prima, ao mesmo tempo que aumenta a concorrência com o continente asiático.

No entanto, nos últimos dias, verificou-se uma paragem não planeada numa unidade de produção no Reino Unido e há previsões de arrefecimento da temperatura para a próxima semana, o que leva a uma maior procura por esta matéria-prima e a uma menor oferta.

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