Mudar crédito à habitação para outro banco está mais difícil
Com a diminuição significativa da capacidade das famílias para aceder a novo crédito, sobra apenas a opção de renegociar o contrato, o que tem motivado queixas junto da Deco e do Banco de Portugal.
As transferências de crédito podem permitir o acesso a taxas de juro mais baixas e a seguros mais baratos. Mas a subida das taxas de juro (variáveis e fixas) e as regras mais apertadas impostas pelo Banco de Portugal estão a limitar bastante a capacidade de muitos portugueses para pedirem novos empréstimos, avança o Público (acesso condicionado).
No caso de famílias com rendimentos médios, a redução abrupta no acesso a crédito acontece não só para quem está a pedir um empréstimo pela primeira vez, como também para quem o contratou no passado e pretende mudar para outro banco, de forma a reduzir os encargos, que se agravaram significativamente nos últimos meses. A maior dificuldade nesta última situação deve-se ao facto de a transferência para outra instituição financeira ser considerada um novo crédito (mesmo que o montante não sofra alteração), o que, atualmente, faz toda a diferença.
Deste modo, mesmo com as campanhas criadas por alguns bancos para atrair créditos de outros concorrentes no mercado — suportando, por exemplo, a totalidade ou grande parte dos custos de transferência, que ainda são consideráveis — e a vantagem criada pela suspensão temporária da comissão de resgate antecipado (de 0,5% sobre o capital), muitas tentativas de mudança não estão a receber “luz verde”, ficando sem outra alternativa que não seja a renegociação do contrato — o que tem motivado queixas de particulares junto do Banco de Portugal e da Deco.
Por outro lado, as instituições financeiras admitem subir os spreads mínimos no crédito de maior risco, noticia ainda o Público (acesso condicionado). De acordo com o Inquérito sobre o Mercado de Crédito de janeiro, coordenado pelo Banco de Portugal, os bancos referem que no último trimestre de 2022 adotaram critérios “ligeiramente mais restritivos no crédito à habitação”, ainda que sem alterações no crédito ao consumo e outros fins.
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