Jerónimo Martins e Sonae sobem no ranking das maiores retalhistas do mundo
Donas do Pingo Doce e do Continente ganham terreno na lista das 250 maiores retalhistas do mundo, elaborada pela consultora Deloitte e controlada por americanas e alemãs, com uma “intrusa” chinesa.
A Jerónimo Martins – dona do Pingo Doce (Portugal), da Biedronka (Polónia) e da Ara (Colômbia) – e a Sonae, que detém o Continente no ramo alimentar e outras marcas no retalho especializado, consolidaram as respetivas posições na mais recente edição do estudo Global Powers of Retailing 2023, elaborado pela consultora Deloitte.
O grupo de origem familiar liderado por Pedro Soares do Santos subiu duas posições em relação ao ano anterior e ocupa agora o 47º posto a nível mundial. Uma performance suportada no crescimento de 8,3% das receitas consolidadas, para 24.697 milhões de dólares, de acordo com a metodologia aplicada e o período em análise (ano fiscal de 2021).
Com receitas consolidadas de 8.136 milhões de dólares no exercício fiscal encerrado a 30 de junho do ano passado, o que correspondeu a um aumento de 3,4% face ao anterior, considerando apenas a atividade retalhista, o conglomerado nortenho comandado por Cláudia Azevedo e presente em 62 geografias ganha também uma posição e passa a ocupar o 143º lugar nesta lista que integra as 250 maiores empresas retalhistas do mundo.
Num outro índice, divulgado em janeiro e elaborado pela Universidade de St. Gallen e pela consultora EY, a Jerónimo Martins (detida a 56% pela família Soares dos Santos) e a Sonae (controlada pela família Azevedo através da holding Efanor, que detém 53% do capital) apareceram entre a elite das 500 maiores empresas familiares do mundo. Estas empresas portuguesas, que têm a presidência executiva entregue a elementos da família, figuravam, respetivamente, no 69º e no 231º lugar do Family Business Index de 2023.
No último ano fiscal, os 250 maiores retalhistas do mundo alcançaram uma taxa de crescimento total de 8,5%, num total de 5,65 biliões de dólares. O ranking mundial continua a ser liderado pela Walmart, com a Amazon e a Costco a completarem o pódio. No top 10, dominado por empresas norte-americanas e alemães, que viu o crescimento abrandar para 8%, destaca-se a retalhista chinesa JD: ocupa agora a 7ª posição, duas acima da edição de 2022.
O Global Powers of Retailing da Deloitte identifica anualmente os 250 maiores retalhistas do mundo e analisa o desempenho obtido pelo setor ao nível do volume de negócios, crescimento e rentabilidade nas várias geografias, segmentos de atividade e formatos de loja, bem como as principais tendências de mercado. A mais recente edição deste estudo mostra que as retalhistas digitais estão a beneficiar com o aumento do comércio online, ainda que as empresas tentem trazer os consumidores de volta às lojas físicas numa era pós-Covid.
“Apesar de os comportamentos dos consumidores estarem a regressar a níveis pré-pandémicos, existem tendências que vieram para ficar não só nos hábitos mais digitais e omnicanal, mas também numa maior preocupação com operações e produtos sustentáveis. Numa altura em que a personalização é um fator diferenciador para os consumidores, os retalhistas terão de utilizar a tecnologia e a inovação para criar uma experiência de compra integrada e adaptada as necessidades de cada consumidor”, indica, em comunicado, o partner da Deloitte, João Paulo Domingos.
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