Custos de construção sobem 11,2% em janeiro, mas preços dos materiais abrandam
Custos de construção de habitação nova subiram 11,2% em janeiro face ao mês homólogo, acelerando pelo segundo mês consecutivo. Preços dos materiais de construção abrandaram para 10,4%.
Os custos de construção de habitação nova voltaram a acelerar em janeiro, pelo segundo mês consecutivo, mas houve um abrandamento no aumento dos preços dos materiais.
De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), construir uma casa nova era 11,2% mais caro no primeiro mês de 2023 do que um ano antes, taxa que é 0,3 pontos percentuais (p.p.) superior à de dezembro.
Evolução da taxa homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova
No sentido inverso, os preços dos materiais de construção registaram um crescimento homólogo de 10,4%, abrandando 3,7 p.p. relativamente ao mês anterior. Com um peso global de 6,0 p.p. no cálculo do índice, também um decréscimo face a dezembro, os materiais que mais contribuíram para esta variação foram o cimento, cujo preço teve uma subida homóloga de cerca de 30%; as madeiras e derivados, com variações acima de 20%; e o betão pronto, com um aumento perto dos 20%.
Já o custo da mão-de-obra disparou 12,4% em janeiro quando comparado com o mesmo mês do ano passado, o que representa uma aceleração de 5,7 p.p. face a dezembro. Sobre o “significativo aumento” deste componente — cuja contribuição para o cálculo do índice passou de 2,9 p.p. em dezembro para 5,2 p.p. no mês seguinte –, o gabinete estatístico nota que “não pode ser dissociado do aumento do salário mínimo (7,8%)” no início do ano.
Ainda de acordo com o INE, a taxa de variação mensal do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) foi de 1,4% em janeiro, enquanto o custo dos materiais se manteve inalterado e o custo da mão-de-obra aumentou 3,5%.
(Notícia atualizada às 11h55)
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