Riqueza da família Amorim encolheu em 52 milhões no ano passado

A riqueza da família Amorim fixou-se nos 4,3 mil milhões de euros no ano passado, colocando-a no 580º lugar da lista dos mais ricos da Forbes.

A única representante portuguesa na lista das 25 maiores fortunas do mundo em 2022, elaborada pela revista norte-americana Forbes, é a família Amorim, em 580.º lugar. Muitas das pessoas na lista viram a fortuna encolher no ano passado e esta família portuguesa seguiu a tendência, perdendo 52 milhões no ano passado.

A riqueza da família Amorim, com negócios na cortiça, com a Corticeira Amorim, na energia, com a Galp Energia, e no turismo, com empreendimentos como os restaurantes JNcQUOI, fixou-se nos 4,3 mil milhões de euros no ano passado.

Este montante colocou a família no 580.º lugar da lista no ano passado, mas a Forbes tem também uma lista que vai sendo atualizada diariamente e, neste momento, o nome de Maria Fernanda Amorim e família surge em 568.º, com uma fortuna de cerca de 4,38 mil milhões de euros.

Evolução da riqueza da família Amorim

Como destaca a Forbes, a Corticeira Amorim foi fundada em 1870 e tem dominado a indústria da cortiça desde então. Ainda assim, o maior ativo da família Amorim é uma participação estimada de 18% na empresa portuguesa de petróleo e gás Galp Energia, presidida pela filha mais velha de Maria Fernanda Amorim, Paula Amorim.

A Galp Energia praticamente duplicou os lucros em 2022, ano que ficou marcado pela crise energética e pelo início da guerra na Ucrânia. O resultado líquido da petrolífera foi positivo em 881 milhões de euros, o maior da sua história e um crescimento de 93% face ao ano anterior. Observando só o desempenho do quarto trimestre, os lucros da Galp cresceram 143% em termos homólogos, para 273 milhões de euros.

É de salientar que no ano passado, Paula Amorim doou o montante total da sua remuneração à Fundação Galp.

Já os lucros da Corticeira Amorim cresceram 31,6% em 2022, face a 2021. A empresa liderada por António Rios Amorim registou um resultado positivo de 98,4 milhões de euros e as vendas da companhia de Mozelos superaram pela primeira vez a fasquia dos mil milhões de euros: foram 1.021 milhões de euros, mais 21,9% do que em 2021.

Apesar do crescimento dos lucros destas empresas, a riqueza da família sofreu com a crise. Não foi a única, sendo que como a Forbes salienta, este foi o segundo ano consecutivo em que o número de multimilionários no mundo diminuiu — de 2.668 em 2022 para 2.640 este ano — e a riqueza total também recuou, em 500 mil milhões de dólares, para 12,2 biliões. Quase metade dos multimilionários do planeta está mais pobre do que há um ano.

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