Farmacêutica GSK dá aos colaboradores 18 semanas de licença parental paga

Colaboradores têm ainda a partir deste ano direito a quatro semanas de licença paga para cuidar de familiares em primeiro grau em estado de saúde crítico.

A GSK está a dar 18 semanas de licença parental paga aos seus colaboradores. Os colaboradores têm também direito a quatro semanas de licença paga para cuidar de familiares em primeiro grau em estado de saúde crítico. Com 130 colaboradores em Portugal, a farmacêutica foi considerada, na sua categoria, a terceira melhor empresa para trabalhar pelo Great Place to Work.

“O nosso objetivo é atrair, desenvolver e reter o talento da empresa, por isso, faz todo o sentido ir ao encontro das necessidades dos “pais” e conceder-lhes este benefício”, adianta Cassandra Pineda, responsável de recursos humanos da GSK Portugal, à ECO Pessoas.

A GSK está assim “a oferecer aos colaboradores (pais e mães), 18 semanas de licença parental, pagas a 100%. Para as mães significa que têm mais 6 dias de licença, já os pais têm mais 92 dias, ou seja, mais 13/14 semanas do que aquilo que está previsto na Lei (que são 28 dias)”, refere fonte oficial.

“Acreditamos que esta medida passa uma mensagem muito clara para o exterior, a de que estamos comprometidos a ser parte da solução naquele que é um dos maiores desafios sociodemográficos da nossa sociedade: a quebra da natalidade e o envelhecimento populacional. Ao implementarmos uma política como esta, acreditamos que estamos a facilitar a decisão das famílias que pretendem ter mais filhos e, com isso, ajudar a rejuvenescer a sociedade portuguesa. Seria ótimo que outras organizações seguissem este exemplo”, refere ainda.

A Lei permite um máximo entre 120 a 150 dias consecutivos de licença parental exclusiva (da mãe ou pai), paga a 100% ou 80%, tendo as alterações ao Código de Trabalho, em vigor em maio, alterado as regras do usufruto dos dias de licença parental obrigatória do pai, de 20 dias úteis, para 28 dias consecutivos.

Ao implementarmos uma política como esta, acreditamos que estamos a facilitar a decisão das famílias que pretendem ter mais filhos e, com isso, ajudar a rejuvenescer a sociedade portuguesa. Seria ótimo que outras organizações seguissem este exemplo.

Cassandra Pineda

Responsável de recursos humanos da GSK Portugal

A GSK não é a única farmacêutica a ter avançado este ano com dias adicionais de licença parental. Este ano a Haleon, a dona de marcas como a Sensodyne ou a Centrum, aumentou para mais de seis meses (26 semanas, um total de 182 dias) a licença parental paga a todos os colaboradores. No ano passado, a tecnológica Blip, por exemplo, já tinha avançado igualmente com três meses extra de licença parental paga para além do legalmente estipulado.

Este não é o único benefício que os mais de 100 colaboradores da farmacêutica – foi reconhecida pela segunda vez, como uma das melhores companhias para trabalhar pelo Great Place to Work, na categoria das empresas que empregam 101 a 200 colaboradores, ocupando na edição deste ano a terceira posição – podem usufruir.

Desde este ano, os colaboradores têm ainda direito a quatro semanas de licença paga para cuidar de familiares de primeiro grau em estado de saúde crítico/fim de vida.

Cassandra Pineda destaca ainda outros benefícios, como o programa de voluntariado Orange Day – “em que todos os colaboradores dispõem de um dia remunerado por ano para ajudar um projeto social à sua escolha” –, o de assistência e sensibilização para a importância da Saúde Mental – em que não só “todos os nossos líderes recebem um treino específico para aumentar a sua consciencialização, as suas competências e o seu conhecimento sobre a área da saúde mental, conseguindo, assim, apoiar/ajudar as suas equipas”, como “todos os colaboradores têm acesso a uma linha de apoio, gratuita e confidencial, através da qual podem ter acompanhamento para todo o tipo de problemas e situações (crises pessoais, problemas no local de trabalho e dificuldades financeiras)” – ou o apoio à atividade física (apoio financeiro para a realização de atividades desportivas).

6 em cada 10 posições de liderança ocupadas por mulheres

“Estamos empenhados em atrair e reter os melhores profissionais e em garantir que as pessoas sentem que a GSK é uma empresa onde são valorizadas e dentro da qual se podem desenvolver”, diz Cassandra Pineda. Na empresa vigora o modelo “Performance with Choice”, em que cada colaborador pode escolher, alinhando a decisão com o seu manager, se trabalha a partir de casa ou no escritório. “Sabemos que isso é altamente valorizado internamente.”

Mais de um terço dos colaboradores (35%) estão há mais de 20 anos na empresa, 8% estão na mesma há mais de 10, ou seja, 43% das pessoas estão, pelo menos, há 10 anos anos na companhia. “Penso que isto reflete a nossa capacidade de reter talento e também a forma como as pessoas se sentem valorizadas e reconhecidas ao trabalhar na GSK. Por isso, têm este sentimento de orgulho e pertença”, destaca a responsável de RH.

Ao contrário de outros setores, o tema da paridade de género ao nível da liderança não se coloca na farmacêutica. “Em Portugal, 6 em cada 10 posições de liderança são ocupadas por mulheres e, para nós, isso não é “notícia” ou um feito extraordinário. É o resultado da política de meritocracia que rege a nossa organização e em que o género, a idade e a etnia, por exemplo, são irrelevantes. O que conta é o compromisso e o alinhamento das mesmas relativamente aos nossos valores”, refere a responsável.

Este ano a companhia deu novos passos para a criação de um ecossistema mais inclusivo. “Criámos o GSK Spectrum Portugal, grupo de suporte e apoio à comunidade LGBTIQA +, promovendo na empresa um ambiente seguro e inclusivo para todas as orientações sexuais e identidades de género”, refere Cassandra Pineda.

Com mais de uma centena de colaboradores, a responsável de RH não adianta se nesta fase a companhia está a recrutar, apenas que “nos últimos dois anos tivemos em média cerca de 30 admissões por ano, o que reflete a nossa dinâmica de contratação.”

(notícia atualizada com correção da informação prestada inicialmente pela empresa. O benefício é 18 semanas no total e não mais 4,5 meses do que previsto pela Lei)

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