Grupos multinacionais representaram 83% do VAB das sociedades em 2021

Sociedades integradas em grupos têm uma produtividade aparente do trabalho e remuneração média anual superiores às restantes sociedades, segundo o INE.

As sociedades pertencentes a um grupo aumentaram em 2021, tendo-se registado também um crescimento no volume de negócios e no valor acrescentado bruto (VAB), tendo uma produtividade aparente do trabalho e remuneração média anual superiores às restantes sociedades, revela o Instituto Nacional de Estatística. Os grupos multinacionais destacam-se ao representar 83,0% do VAB das sociedades.

Estes dados fazem parte de um novo destaque do INE focado nas sociedades que estão em grupos, devido à “relevância e o potencial impacto da internacionalização no desempenho económico das empresas”, sendo parte de um projeto europeu promovido pelo Eurostat.

As estatísticas traçam então o retrato destas sociedades integradas em grupos, ainda que representem apenas 8,2% do total de sociedades. Apesar de ser uma fatia pequena, “concentravam 41% do pessoal ao serviço, 62,9% do volume de negócios, 59,1% do valor acrescentado bruto e 65% do excedente bruto de exploração (EBE) (8,5%, 41,8%, 63,7%, 60,5% e 68,3% no ano anterior, respetivamente)”.

Os grupos multinacionais destacam-se, sendo que “concentravam 47,7% das sociedades pertencentes a um grupo (20% e 27,7% relativamente aos grupos multinacionais domésticos e estrangeiros, respetivamente), representavam 75,4% do pessoal ao serviço, 83,3% do volume de negócios e 83% do VAB”.

Os dados do INE mostram ainda que “as sociedades integradas em grupos pagavam, em média, mais 7.039 euros de remuneração anual que as restantes sociedades” em 2021, tendo ainda uma produtividade aparente do trabalho duas vezes superior.

É no setor dos serviços financeiros que se encontra mais integração em grupos, sendo quase um terço do total. Seguem-se os setores da informação e comunicação e indústria e energia (12% e 11,4%, respetivamente).

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Cinco empresas querem explorar bares dos comboios da CP

  • Lusa
  • 18 Abril 2023

Foi preciso alterar o caderno de encargos para aparecerem interessados em operar os bares dos comboios Alfa Pendular e Intercidades, assume transportadora pública.

A CP avançou nesta terça-feira que existem “cinco empresas interessadas” na exploração dos bares dos comboios de longo curso e rejeitou “perentoriamente” que tivesse uma reunião agendada na segunda-feira com os trabalhadores sobre o concurso para a nova concessão.

“A CP esclarece perentoriamente que não havia qualquer reunião agendada para ontem [segunda-feira] com a FESAHT [Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal]”, afiançou fonte oficial da empresa numa resposta escrita enviada à agência Lusa.

Segundo a operadora ferroviária, “o sindicato foi recebido há poucos dias pelo presidente da CP, na passada quinta-feira foi recebido por um administrador da CP, na sexta-feira foram recebidos pelo senhor secretário de Estado das Infraestruturas e falaram ao telefone com a vice-presidente da CP. Portanto, não havia qualquer reunião agendada para ontem, pois não havia nada de novo a acrescentar”.

Na segunda-feira, a FESAHT anunciou que a CP tinha cancelado a reunião que estaria agendada para as 09:00 desse dia entre o presidente da empresa e os representantes dos trabalhadores dos bares dos comboios, relativamente ao novo concurso para a prestação de serviços de exploração de cafetaria e bar a bordo dos comboios Alfa Pendular e Intercidades.

Esta concessão estava entregue à Apeadeiro 2020, mas o serviço está suspenso há já várias semanas, pois a concessionária deixou de pagar salários aos trabalhadores em fevereiro e anunciou que vai pedir a insolvência.

Face a esta situação, os trabalhadores estão em greve desde 01 de março e têm-se mantido em vigília nas estações de Campanhã, no Porto, e de Santa Apolónia, em Lisboa, reclamando que os seus salários e contratos sejam assegurados diretamente pela CP, pelo menos enquanto não haja um novo concessionário.

Em declarações à Lusa na segunda-feira, Francisco Figueiredo, da direção nacional da FESAHT, afirmou que a transportadora “cancelou ontem [domingo], já às tantas da noite”, a reunião que estava agendada, “alegando que não tinha nenhuma informação para dar” e dizendo que “lá para quinta ou sexta-feira poderia dar uma resposta”.

Salientando que “os trabalhadores estão com dois meses e meio de salários em atraso e não podem esperar mais tempo”, a FESAHT acusou a CP de “dar informações contraditórias e imprecisas” sobre o concurso e exigiu uma solução.

“A CP está a dar informações contraditórias e imprecisas. Nenhuma empresa apresentou qualquer proposta [para uma nova concessão dos bares]. Os trabalhadores sentem-se enganados”, afirmou Francisco Figueiredo.

“A CP anda-nos a enganar. Disse que houve cinco concorrentes, mas depois o secretário de Estado [das Infraestruturas, Frederico Francisco], confessou que, efetivamente, não houve concorrentes nenhuns”, acrescentou.

Relativamente a estas alegações do sindicato, a CP confirmou, na nota enviada hoje à Lusa, que “o que lhes foi dito pelo senhor secretário de Estado das Infraestruturas é verdade” e que, “de facto, na primeira fase do concurso, não houve qualquer empresa a concorrer”.

“Houve um procedimento com convite a quatro entidades. Entretanto, o caderno de encargos foi alterado e, neste momento, existem cinco empresas interessadas. O prazo para a apresentação de propostas termina amanhã, quarta-feira, e a CP mantém-se empenhada em encontrar uma solução para a prestação de serviços dos bares dos comboios”, precisou.

De acordo com o dirigente da FESAHT, a situação configura “uma reversão da exploração, face à resolução do contrato e concessão” com a anterior operadora, estabelecendo o artigo 285.º do Código do Trabalho que “a CP tem de assumir os trabalhadores e pagar os salários em atraso”.

Para a FESAHT, “a CP fala em concurso atrás de concurso, mas isso não vai levar a lado nenhum”: “Nestas situações de conflito, muitas vezes as empresas não querem ir a estes concursos, porque têm responsabilidades sociais, etc”, diz Francisco Figueiredo.

No passado dia 03 de abril, a CP anunciou ter lançado uma consulta prévia para escolher um novo concessionário para os comboios de longo curso, depois da resolução do contrato com a Apeadeiro 2020, afirmando esperar que, “no prazo de duas a três semanas, o serviço de cafetaria e bar a bordo dos comboios Alfa Pendular e Intercidades seja retomado e a situação laboral dos trabalhadores envolvidos seja regularizada”.

Em comunicado, operadora recordou que “procedeu à resolução do contrato para a prestação de serviços de exploração de cafetaria e bar a bordo dos comboios Alfa Pendular e Intercidades que detinha com a empresa Apeadeiro 2020” e disse ter avançado nesse dia “com uma consulta prévia, convidando várias entidades para apresentarem propostas, com o objetivo de celebrar um novo contrato”.

“No intuito de proteger os direitos dos trabalhadores da anterior concessionária”, a transportadora referiu que “o caderno de encargos desta consulta prévia […] prevê […] que o novo adjudicatário pague aos respetivos trabalhadores quaisquer créditos laborais vencidos e não pagos pela Apeadeiro 2020”, referiu, na altura, a CP.

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Bankinter lança campanha focada no reforço ao apoio às empresas

A campanha é da Proximity e conta com o planeamento de meios da Havas Media. Estará no ar até meados de julho, na televisão, rádio e plataformas digitais.

O Bankinter lançou uma nova campanha com foco no “conjunto de soluções inovadoras que o banco disponibiliza às empresas, no âmbito do apoio à internacionalização empresarial e capacitação para acesso aos fundos europeus do PRR e PT2030”.

O banco com quem as melhores empresas trabalham” é o mote da campanha com que o Bankinter pretende reafirmar o seu contributo para a promoção do crescimento económico e das empresas, “destacando soluções de simplificação do dia-a-dia e de financiamento”, lê-se em nota de imprensa.

José Luís Vega, diretor de banca de empresas e membro da comissão executiva do Bankinter Portugal, citado em comunicado, refere que “o apoio às empresas constitui uma parte fundamental do ADN do Bankinter e esta campanha destaca a vocação do banco como promotor de referência do crescimento empresarial, através de um acompanhamento de proximidade, de soluções competitivas e de um conjunto de ferramentas que procuram simplificar o quotidiano das empresas”.

Lançada no mês em que o Bankinter celebra o seu sétimo aniversário em Portugal, a campanha foi criada pela Proximity e conta com o planeamento de meios da Havas Media. Estará no ar até meados de julho, na televisão, rádio e plataformas digitais, além de marcar presença numa página dedicada para o efeito no site oficial do Bankinter Portugal.

Entre as soluções apresentadas pelo banco inclui-se a proposta de valor de negócio internacional, “com uma equipa especializada de apoio às empresas e uma plataforma que lhes permite iniciarem e acompanharem de forma digital e autónoma as respetivas importações e exportações, assegurando a emissão dos documentos para o efeito”.

O banco apresenta também soluções transacionais, para pagamentos, otimização de gestão, de tesouraria ou de crédito e investimento.

Tendo em conta as oportunidades de financiamento proporcionadas pelos fundos do PRR e do PT2030 para a economia portuguesa, o Bankinter afirma ter celebrado várias parcerias com consultoras especializadas de modo a apoiar as empresas no acesso a estes instrumentos financeiros, “contribuindo para uma melhor compreensão dos mecanismos, processos de candidatura e para a identificação dos fundos mais adequados a cada projeto”.

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Governo quer urgências e privados a passarem certificados de incapacidade temporária

  • Lusa
  • 18 Abril 2023

O Ministério da Saúde está a trabalhar com a Segurança Social para que os certificados de incapacidade temporária possam ser passados nas urgências dos hospitais e também pelos médicos privados.

O Ministério da Saúde está a trabalhar com a Segurança Social para que os certificados de incapacidade temporária possam ser passados nas urgências dos hospitais e também pelos médicos privados, anunciou o diretor executivo do SNS.

“Não faz sentido fazer que o doente, depois de ir às urgências, tenha de se deslocar ao seu centro de saúde para pedir o Certificado de Incapacidade Temporária [CIT]”, disse Fernando Araújo, que falava na abertura da apresentação do Índice de Saúde Sustentável, desenvolvido pela Nova Information Management School (Nova IMS), no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Fernando Araújo disse ainda que outra das medidas em preparação é o alargamento dos prazos dos CIT: “há doentes que, por exemplo, tiveram um AVC e que já sabem que vão ficar mais tempo sem poder trabalhar. Não faz sentido também obrigá-los a ir todos os meses ao centro de saúde”.

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) apontou diversas medidas em preparação e outras já aplicadas para melhorar o funcionamento dos serviços públicos de saúde, falando de uma “revolução silenciosa” no SNS, designadamente em termos de organização, como a extinção das Administrações Regionais de Saúde.

Outra das medidas que Fernando Araújo disse estar em preparação, neste caso com a Direção Geral de Saúde, é o recurso às farmácias comunitárias para a vacinação covid-19 na próxima época outono-inverno.

O Índice de Saúde Sustentável conclui que o investimento no SNS em 2022 permitiu um retorno de 7,8 mil milhões de euros para a economia, graças ao impacto dos cuidados de saúde no absentismo e na produtividade. Segundo os dados divulgados, este retorno foi superior (mais 300 milhões) ao valor apurado em 2021 (7,5 mil milhões).

A perceção dos utentes quanto à evolução do SNS na última década é positiva, mas esta ideia não é acompanhada pelo julgamento que fazem dos tempos de espera para consultas, exames e urgências, que consideram ter piorado. Segundo o Índice de Saúde Sustentável, 38% considera que, relativamente ao que se passava há 10 anos, o SNS está melhor, mas as listas de espera não tiveram uma evolução positiva.

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Grupo Mercan investe 56 milhões de euros em hotel no Porto

Grupo canadiano Mercan abre primeiro hotel no país da marca Renaissance Hotels, no Porto, num investimento de 56 milhões de euros.

O grupo canadiano Mercan Properties inaugura, na zona da Lapa, no Porto, o Renaissance Porto Lapa Hotel, numa estreia em Portugal da Renaissance Hotels, marca do portfolio global da Marriott Bonvoy — com mais de três dezenas de marcas de hotéis em todo o mundo –, num investimento de 56 milhões de euros. A unidade hoteleira criou 119 empregos diretos e outros 120 indiretos durante a construção do hotel.

Renaissance Porto Lapa Hotel, que se situa nas imediações da Igreja da Lapa, dispõe 163 quartos e suítes e surge como “novo e reabilitado espaço verde“. Um restaurante, dois bares — um deles no rooftop —, uma piscina aquecida no 5.º piso, um ginásio e um espaço para eventos fazem ainda parte das valências desta unidade hoteleira.

Este projeto resulta da captação de investimento estrangeiro, na ordem dos 56 milhões de euros, e proporciona à histórica cidade do Porto, e em especial à zona da Lapa, uma nova atmosfera, através da criação de um novo e reabilitado espaço verde, que poderá ser utilizado por todos os habitantes da cidade do Porto.

Jordi Vilanova

Presidente da Mercan Properties

Segundo o presidente da Mercan Properties, Jordi Vilanova, “este projeto resulta da captação de investimento estrangeiro, na ordem dos 56 milhões de euros, e proporciona à histórica cidade do Porto, e em especial à zona da Lapa, uma nova atmosfera, através da criação de um novo e reabilitado espaço verde, que poderá ser utilizado por todos os habitantes da cidade do Porto”.

Jordi Vilanova adianta que “o grupo Mercan cedeu um total 3.000 metros quadrados para reabilitação e expansão das infraestruturas viárias da cidade”, como é o caso da reabilitação da Rua de Cervantes e da Rua Alves Redol.

Com arquitetura da autoria da Visioarq Arquitetos, o hotel tem design da conceituada Broadway Malyan com tons rosa pastel e dourados champanhe, assim como apontamentos de azul petróleo, em homenagem ao rio Douro. Pode-se ainda observar originais obras de arte de artistas internacionais e portugueses, com destaque para obras de Pedrita Studio, Isabel Mello e uma peça única, em ferro ondulado e luzes néon, de Clemens Behr.

Filipe Silva, presidente da AHM – Ace Hospitality Management, responsável pela gestão do espaço, considera que “o Renaissance Porto Lapa Hotel vem revolucionar a oferta hoteleira em pleno centro do Porto, por ter características transversais a vários tipos de clientes”.

A Mercan Properties Group é responsável pelo desenvolvimento de projetos imobiliários na indústria do turismo em Portugal e tem em carteira 27 projetos em diversas localidades do país, como Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Lisboa, Amarante, Santiago do Cacém, Évora, Beja e Algarve.

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MODAPORTUGAL celebra excelência da indústria de confeção e vestuário

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  • 18 Abril 2023

Um concurso europeu de jovens criadores, a entrega dos Prémios de Excelência Empresarial 2022 e a certeza de que o setor da confeção, vestuário e moda está mais vivo e resiliente que nunca.

Assim se resume a oitava edição do evento MODAPORTUGAL, promovido pelo CENIT – Centro de Inteligência Têxtil e ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e de Confeção, que decorreu em dezembro, no Palácio da Bolsa, no Porto.

Luís Hall Figueiredo, Presidente do CENIT, descreve o evento MODAPORTUGAL como “um investimento na promoção do setor da confeção e vestuário português, mas também de toda a Indústria do Têxtil e Vestuário”. Esta é, nas suas palavras, “uma fileira industrial que é extremamente resiliente, que, apesar de estar a passar por muitas vicissitudes, vai, este ano, manter novamente o record de exportações”. Palavras essas confirmadas, mais tarde, no discurso de Pedro Cilínio, Secretário de Estado da Economia: “Em 2021, o setor teve o melhor ano de sempre ao nível das exportações e, durante o ano de 2022, não só as exportações estão acima do verificado no período homólogo, como deverão atingir o seu máximo histórico, contribuindo, desta forma, para uma meta global da economia que é superar os 50% do peso das exportações face ao PIB”.

“Este desempenho surge perante um conjunto de desafios, num contexto geopolítico complexo, que se traduziu em perturbações nas cadeias logísticas internacionais, com fortes pressões inflacionistas e com particular evidência no preço da energia”, parabenizou o Secretário de Estado da Economia. “A capacidade de resposta das nossas empresas, da qual esta fileira é exemplo, dá-nos a confiança para continuar a caminhar rumo a uma economia resiliente e empreendedora, assente em empresas competitivas no mercado global, suportada no conhecimento e na inovação, fortemente exportadora, renovada em contínuo por um ecossistema empreendedor dinâmico, aliciante para o investimento privado e atrativa para o talento português e internacional”, reforçou.

O porta-voz do CENIT concluiu que este “é um setor que está vivo, que está saudável e que vai continuar a enfrentar desafios difíceis, como já enfrentou no passado”. Referenciou ainda o exemplo das empresas premiadas, “que são empresas que têm feito um trabalho notável e que demonstram tudo aquilo de que somos capazes nesta fileira.” Ao todo, foram seis as empresas distinguidas na gala de entrega dos Prémios de Excelência Empresarial 2022, uma iniciativa que tem como objetivo destacar as melhores do ano em diferentes áreas de competitividade.

Com um modelo de negócio assente nos princípios de cocriação e circularidade, a Valérius venceu, pela segunda vez consecutiva, o reconhecimento na categoria Investimento. O projeto Valérius 360 (que teve início em 2019 e se prolongou até 2021) foi o principal beneficiário do total investido, que resultou no nascimento de um revolucionário centro de reciclagem que transforma resíduo têxtil e dead stocks em malhas renascidas. “Acreditamos que será um seguro de vida da nossa empresa, uma vez que as normativas que se avizinham estão relacionadas com o cuidado do fim de vida das peças e a Valérius 360 poderá ser uma solução para as marcas nos seus track back programmes”, referiu Patrícia Ferreira, CEO da Valérius. “Só através da inovação e do desenvolvimento de produtos com valor acrescentado se pode elevar o “made in Portugal” e continuar a ser uma indústria atrativa para os players internacionais”, concluiu Patrícia Ferreira.

A têxtil Sónix recebeu a distinção na área da Sustentabilidade. “Tentamos ser sempre o mais eficientes possível. Monitorizamos consumos de energia, apostamos em energias reutilizáveis, fazemos o reaproveitamento das águas pluviais e também das águas quentes da tinturaria para aquecimento das zonas administrativas”, começa por enumerar Samuel Costa, administrador da empresa. “Face à mudança de paradigma do consumidor, privilegiamos também o desenvolvimento de produto. Apostamos na tecnologia, nomeadamente recorrendo ao sistema de armazenamento automático ou da tricotagem 3D. Recorremos à modelagem 3D, com o objetivo de evitar desperdícios, evitar dead stocks e reduzir os custos de desenvolvimento”, continuou. “Temos como objetivo projetar a Indústria Têxtil e do Vestuário para o mundo, como referência na satisfação dos clientes, proativa no desenvolvimento de novos produtos e na linha da frente na pesquisa e oferta de produtos sustentáveis”, sublinhou.

A Be Simple foi distinguida na categoria Indústria 4.0. Um reconhecimento que surpreendeu Sílvia Leal, CEO da empresa que se dedica à produção de vestuário, com especialização em malhas técnicas desportivas, fatos de banho, yoga e lingerie. “O foco da Be Simple sempre foi estar à frente, fazer um produto distinto e este reconhecimento é mais uma prova de que estamos no caminho certo”, referiu. Entre as inovações que valeram a distinção, a responsável destaca o desenvolvimento de um “sistema interno integrado que permite a todos os intervenientes visualizar o processo de produção da peça em tempo real”. Destacou ainda que, “hoje, a Be Simple possui uma versatilidade de produto enorme, não só porque consegue produzir dentro de portas produtos tão distintos como uma camisa, umas calças e um biquíni, mas também porque está estruturada para satisfazer um cliente nas grandes quantidades e em pedidos mais pequenos”.

A Belisotex foi reconhecida por registar o maior aumento do Volume de Negócios, tendo fechado o ano de 2021 nos 34 milhões de euros. A tendência de crescimento que lhe valeu este prémio voltou a comprovar-se no ano seguinte, tendo a empresa terminado 2022 com um volume de negócios de aproximadamente 40 milhões de euros. “O objetivo é manter esta fasquia atual”, referiu Belmiro Jorge Oliveira, Diretor Financeiro desta fábrica especializada na produção de artigos em malha. “A principal estratégia foi reagir muito rapidamente a todas as alterações de mercado, de maneira a percebermos como é que poderíamos oferecer mais valor aos nossos clientes. Isso traduziu-se, quase sempre, na maior velocidade de planeamento e execução. A nossa disponibilidade nos prazos de entrega tornou-se ainda mais valiosa, num período de tanta incerteza, e foi uma das principais valências que nos ajudou a atingir estes resultados”, justificou.

No que toca ao aumento das exportações, a Becri foi a empresa portuguesa que se destacou. Um título recebido com “um enorme prazer” pelo CEO, José Costa, “que demonstra o reconhecimento dos resultados financeiros e o esforço de toda a equipa”. Dedicada ao fabrico de artigos em malha, nas suas mais variadas composições e complementados com diferentes tipos de bordados, estampados, lavagens ou tingimentos, a Becri foca o seu posicionamento na exigência e na diversificação. “Hoje, trabalhar na Indústria Têxtil e do Vestuário é trabalhar para uma indústria nobre e que exige arte por parte das pessoas. Já não vendemos minutos, hoje Portugal vende serviços com valor acrescentado”, explicou José Costa. “Prova disso é que, nos últimos dez anos, com menos mão-de-obra e com menor número de empresas, conseguimos crescer e aumentar as exportações. Atingimos um patamar de excelência da Indústria Têxtil e do Vestuário e da marca ‘made in Portugal’”, destacou o CEO.

A marca portuguesa “Isto.” destacou-se na área do E-commerce. O reconhecimento foi entregue a Pedro Palha, CEO da marca. “É um enorme reconhecimento para uma marca com cinco anos, ser distinguida por um júri com tamanha credibilidade e experiência”, comentou. Inicialmente sem qualquer ligação à indústria têxtil (os backgrounds da equipa fundadora são gestão, marketing e design), a “Isto.” depressa encontrou os fornecedores e produtos certos em Portugal. Aliás, “parte da existência da marca assenta precisamente na produção e na valorização da indústria têxtil portuguesa”, referiu o fundador. A estratégia é a mesma desde o primeiro dia: “criar produtos de qualidade, utilizar fibras naturais e de excelência, chegar a mais clientes e novas geografias, sempre com sustentabilidade financeira e muita honestidade”, comentou, sublinhando que “a transparência é o fator mais essencial e distintivo para o sucesso da marca”.

Nova meta a atingir até 2030

O Secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, aproveitou a cerimónia para comentar que o setor se depara “com exigentes desafios num contexto de competição global, que requerem importantes transformações estruturais, para que continue a ser um setor de referência da economia nacional”. Enumerou e destacou como apostas: a digitalização e a automatização dos processos produtivos; a sustentabilidade e circularidade dos produtos – que pode ser obtida através da reciclagem, da extensão da vida dos produtos, da utilização de materiais sustentáveis e de baixa pegada ambiental e a inovação dos produtos, com posicionamento em mercados e em segmentos cada vez mais sofisticados, gerando mais valor acrescentado.

“A moda rápida passou de moda!” e “O vestuário não deve ser descartável!” – são frases-chave do manifesto de César Araújo, presidente da ANIVEC, que, com a mesma convicção, afirmou que toda a Indústria Têxtil e do Vestuário se mantém “firme nos esforços para uma produção mais sustentável e circular.” Durante o seu discurso, anunciou uma ambiciosa meta até 2030: “Que todos os produtos de vestuário colocados no mercado da União Europeia sejam duradouros, reparáveis e recicláveis; fabricados, em grande medida, a partir de fibras recicladas; livres de substâncias perigosas e produzidos respeitando os direitos sociais”. O líder da ANIVEC referiu, ainda, que “Portugal deve posicionar-se como um dos principais fornecedores, a nível mundial, de produtos têxteis e de vestuário sustentáveis.”

Fashion Design Competition: Suíça conquista primeiro lugar

A iniciativa MODAPORTUGAL reconheceu também os novos talentos da moda, através de uma nova edição do concurso europeu de jovens criadores. O Fashion Design Competition contou com a participação de 20 designers, provenientes das mais conceituadas escolas de moda de seis países europeus (Finlândia, França, Itália, Portugal, Reino Unido e Suíça). Norman Mabire-Larguier, finalista da Universidade Head Genève, foi o grande vencedor da noite. Mas “foi muito discutido”, explicou Eduarda Abbondanza, presidente do júri internacional composto por representantes provenientes dos países a concurso. O estudante da Suíça conquistou o consenso, “não só pelo seu lado conceptual, mas, sobretudo, pela sua capacidade de construção ao nível do vestuário”, partilhou.

“Estou muito feliz por a minha coleção ter sido premiada no MODAPORTUGAL Fashion Design Competition, é um grande reconhecimento do meu trabalho”, afirmou Norman Mabire-Larguier. O designer de moda descreve a coleção como “o resultado de uma busca e de um processo que é tão íntimo e pessoal” que prefere que “sejam as peças a falar por si”. [UNTITLED] explora “o trágico e exaustivo caminho que é a auto-aceitação”, através do uso de preto total, transparências delicadas e silhuetas que se apertam como camisas-de-força ou autoabraços, lembrando casulos prestes a rasgar. O aluno da Universidade Head Genève não foi, no entanto, o único vencedor, já que o MODAPORTUGAL atribui também um prémio por país.

As propostas a concurso foram apresentadas em formato desfile, ao qual se seguiu o jantar durante o qual, a apresentadora Sílvia Alberto anunciou os nomes premiados: da Suíça foi também vencedora Zoé Marmier, com a sua marca Agapornis. De Itália, destacou-se Fengqin Yue, estudante da Polimoda. Zoé Gerolymos, aluna do Institut Français de la Mode, foi a premiada de entre os representantes da França. Taneli Ukura, da Aalto University, foi a galardoada da Finlândia. O eleito do Reino Unido foi Dayoung Jang, estudante do London College of Fashion. Já a portuguesa a levar o reconhecimento para casa foi Andreia Reimão, finalista do Modatex.

Fábricas portuguesas surpreendem

Nos dias que antecederam a apresentação das coleções ao júri internacional, os estudantes e respetivos tutores tiveram a oportunidade de visitar fábricas têxteis e de vestuário portuguesas, como a Adalberto, a Calvelex, a Petratex, a Riopele, a Valérius 360 e o Citeve. Foram dois dias intensivos, com um objetivo comum: aproximar o sangue novo da moda à Indústria Têxtil e do Vestuário portuguesa. Na vanguarda da produção sustentável, as empresas que partilham a forte aposta na inovação, transparência e responsabilidade social, surpreenderam e conquistaram os seus possíveis futuros clientes.

César Araújo, Presidente da ANIVEC e CEO da Calvelex, esclareceu que “o evento MODAPORTUGAL traz ao nosso país o que chamamos de ‘semente’, que são os jovens que aportam não só novas perspetivas do negócio da moda, como ajudam a pensar o futuro da indústria, já que são eles também os seus futuros clientes e colaboradores”, referiu. “A indústria portuguesa do têxtil, do vestuário e do calçado é uma das melhores do mundo, mas precisamos de reforçar esta ponte com os jovens designers de moda. Esta união entre a indústria e a ‘semente’ tem de ser uma constante para todo o ecossistema”, acrescentou.

Luísa Lírio, Comercial da Petratex, reiterou que “é sempre bom trocar ideias com as novas gerações, absorver opiniões diferentes e mais frescas”.

Também Cristina Castro, Relações Públicas do Citeve – Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário, aplaudiu a iniciativa e sublinhou a importância da sua realização. Nas suas palavras, “esta é uma ótima forma de mostrar e comprovar a possíveis novos utilizadores a qualidade e os processos inovadores do setor”.

Ângela Teles, Gestora de Produto Sustentável e Projetos de Inovação da Riopele, concordou que este evento “permite a troca de impressões entre a indústria e os jovens designers de moda, sendo bastante educacional para ambas as partes”.

Por sua vez, Joana Girão Oliveira, Diretora de Marketing da Adalberto, reforçou a importância de “apoiar os recém-designers neste mercado tão dinâmico que é a moda, vê-los crescer e crescer com eles”.

Eugénia Teixeira, Head of Sustainability & Circularity do Grupo Valérius, realçou ainda que é fundamental motivar os novos criadores “a pensar em todas as fases do processo e conceção do produto moda, assim como a analisar o seu ciclo de vida e o impacto das diversas fibras no momento de escolha de matérias-primas”. Surpreendidos com toda a fileira da Indústria Têxtil e do Vestuário portuguesa, “estes jovens chegam sem conhecer a realidade das nossas fábricas e saem apaixonados e com a certeza de que Portugal é um excelente território de desenvolvimento e de produção de vestuário!”, concluiu César Araújo.

 

 

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Compra do Grupo Hospital de Loulé pelo fundo de investimento MedCapital com apoio da CMS e TELLES

A CMS assessorou o fundo de investimento MedCapital, gerido pela C2 Capital Partners, na compra do Grupo Hospital de Loulé, que foi apoiado pela TELLES.

O fundo de investimento MedCapital, gerido pela C2 Capital Partners e dedicado ao setor da saúde, comprou o Grupo Hospital de Loulé, um grupo hospitalar no Algarve. A CMS esteve do lado do comprador. Já a TELLES assessorou o Grupo Hospital de Loulé.

Em comunicado, a CMS explicou que com esta operação a MedCapital passa a contar com a maioria do capital (60%), enquanto que os restantes 40% mantêm-se na estrutura acionista inicial.

“A participação da CMS consistiu na condução de um processo de due diligence, negociação da estrutura e documentação necessária à transação de aquisição da posição de controlo e na celebração de acordo entre o novo acionista maioritário e os acionistas minoritários”, refere a CMS.

A equipa da CMS envolvida na operação foi liderada pela sócia de Corporate M&A Margarida Vila Franca e contou com Carlos Henriques Saraiva, associado de Imobiliário; David Apolónia, associado sénior de Corporate M&A; Duarte Lebre de Freitas, counsel de Direito Público; Francisca Pereira da Cruz, associada de Corporate M&A; Leonor Barata da Cunha, associada de Trabalho & Fundos de Pensões; Sandra Teixeira Arsénio, associada de Imobiliário; Santiago Iturriaga, estagiário de Corporate M&A; Sara Rocha, associada de TMC; e Sofia Costa Lobo, associada sénior de Trabalho & Fundos de Pensões.

Já a equipa da TELLES, que esteve do lado do vendedor, foi liderada pelo sócio de direito Público Pedro Almeida e Sousa e pela sócia de Corporate M&A Cristina Ferreira. A equipa contou com o apoio de Catarina Isidro, associada de Corporate M&A, e Nuno Marques, counsel de M&A.

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Bondalti apresenta nova identidade

A nova identidade é marcada pela cor azul do planeta Terra, da água e do céu. A Bondalti assumiu “Tomorrow Matters” como assinatura para "sublinhar o papel da empresa nos desafios do futuro".

A Bondalti alterou a sua identidade visual, mudança que “reflete a sua nova ambição de internacionalização e expansão para novas áreas de negócio, assumindo um compromisso de crescimento sustentável”, refere a empresa química em nota de imprensa. O novo conceito foi desenvolvido pela Dentsu Creative.

A partir desta terça-feira, a Bondalti conta assim com uma nova identidade, “marcada por uma nova ambição de crescimento sustentável”, internacionalização e diversificação do universo de negócios, que se divide agora em três áreas: Bondalti Chemistry (químicos industriais), Bondalti Water (tratamento e reciclagem de águas) e Bondalti Energy (hidrogénio e lítio verdes).

João de Mello, presidente do conselho de administração da Bondalti, citado em comunicado, explica que a empresa “está a impulsionar uma intensa mudança, baseada numa renovada ambição de forte crescimento, quer do seu negócio core, quer de novas iniciativas empresariais nos domínios do tratamento de águas industriais e das energias verdes”.

A modernização da imagem da marca Bondalti é, neste contexto, uma expressão da nossa estratégia de criação de valor sustentável com impacto positivo na sociedade e da nossa vontade em liderar os grandes desafios que hoje se colocam à humanidade, nomeadamente a implementação de modelos de economia circular e a transição energética”, acrescenta.

João de Mello, presidente do conselho de administração da Bondalti, junto da nova identidade visual da empresa.

A cor dominante da nova identidade visual é o azul do planeta Terra, da água e do céu e foi assumida a assinatura “Tomorrow Matters”, no sentido de se “sublinhar o papel da empresa nos desafios do futuro, bem como a forma inovadora e disruptiva como trabalha e desenvolve as matérias (“matters”) do amanhã”, lê-se em nota de imprensa.

Graficamente, o logo conta com um novo símbolo, circular e mais humanizado, um “O” estilizado que passa a integrar a designação Bondalti.

“O ‘O’ é o ponto de partida, simbolizando a união entre o Planeta e as Pessoas, procurando simultaneamente remeter para os universos da Bondalti: movimento, parceria, sustentabilidade, circularidade, indústria, bem como carbono zero, evocando a neutralidade climática que a companhia se propõe atingir até 2050”, explica-se ainda.

Esta nova etapa na vida da Bondalti é também assinalada através de um novo website que conta com uma imagem e organização renovadas. Para além dos conteúdos corporativos, é agora possível ter acesso à oferta comercial da empresa nas suas diferentes áreas de atividade.

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Bondalti lucrou 52 milhões em 2022, mais 172% que no ano anterior

A empresa química do grupo José de Mello registou uma subida de 172% nos lucros, em 2022, apesar de os custos energéticos terem aumentado 29%.

A gigante do setor da química industrial do grupo José de Mello registou um lucro de 52 milhões de euros em 2022, traduzindo-se num aumento de 172% quando comparado com o ano anterior (19 milhões de euros).

Segundo o comunicado divulgado esta terça-feira, num ano marcado pelo início da guerra na Ucrânia, a empresa registou um aumento de 29% dos custos energéticos. Ainda assim, a Bondalti revela que as vendas cresceram 34% para 595 milhões de euros, o que permitiu uma melhoria das margens operacionais. O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu os 103 milhões de euros (+66% face a 2021) e o resultado líquido 52 milhões de euros, o qual inclui 5 milhões de euros de mais valias de vendas de ativos não estratégicos.

O balanço indica, assim, que a empresa alcançou, no final de 2022, uma redução da dívida líquida de 112 para 69 milhões de euros, da qual mais de 90% se refere a taxa fixa.

A nota acrescenta que, no acumulado dos 12 meses de 2022, o investimento da gigante situou-se nos 16 milhões de euros, mais 45% que no ano anterior, na sua maioria afeto à modernização das infraestruturas industriais, com destaque para o início da reconversão da tecnologia de eletrólise no complexo industrial de Estarreja, cujo projeto global ascenderá a cerca de 40 milhões de euros.

A nota divulgada indica ainda que os resultados são reflexão de “uma forte dinâmica comercial, que permitiu a expansão para novos mercados e clientes”, bem como a “consolidação dos negócios do tratamento e reciclagem de águas e o aumento de produção” com a nova fábrica de cloro em Espanha e cuja operação teve início em 2019. Graças a esta unidade de produção, indica a empresa, a Bondalti tornou-se “no maior produtor ibérico de cloro”.

Além disso, tanto a área química como o negócio da água registaram importantes crescimentos nas suas vendas, respetivamente 32% e 36%, acrescenta a nota.

João de Mello, presidente da companhia, refere em comunicado que “os bons resultados alcançados”, “são demonstrativos da competitividade da Bondalti nos mercados internacionais”, realçando a capacidade da empresa de conseguir “navegar os tempos de turbulência que temos vivido, marcado por incrementos significativos no preço das matérias-primas e da energia.

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Euribor cai a três e a seis meses e sobe a 12 meses

  • Lusa
  • 18 Abril 2023

A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três e a seis meses, depois de ter atingido novos máximos desde novembro de 2008 nos dois prazos na sessão anterior, e subiu a 12 meses.

A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três e a seis meses, depois de ter atingido novos máximos desde novembro de 2008 nos dois prazos na sessão anterior, e subiu a 12 meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou ao ser fixada em 3,793%, mais 0,029 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado a 9 de março. Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%. Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022. A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,534% em fevereiro para 3,647% em março, mais 0,113 pontos.
  • Em sentido contrário, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo a 6 de junho, baixou hoje, para 3,562%, menos 0,016 pontos, contra 3,578% na segunda-feira, um novo máximo desde novembro de 2008. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022). A média da Euribor a seis meses subiu de 3,135% em fevereiro para 3,267% em março, mais 0,132 pontos.
  • A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também recuou para 3,200%, menos 0,019 pontos e contra 3,219% na segunda-feira, um novo máximo desde novembro de 2008. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,640% em fevereiro para 2,911% em março, ou seja, um acréscimo de 0,271 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Autoridades de gestão dos programas operacionais do PT2020 já foram extintas

Cabe à comissão diretiva dos programas regionais elaborar "uma lista nominativa e devidamente fundamentada dos trabalhadores que transitam" para o novo secretariado técnico.

Com a transição de quadros comunitários, a ministra da Coesão já procedeu à extinção das autoridades de gestão dos Programas Operacionais Regionais do continente do Portugal 2020, transferindo as competências e os trabalhadores para autoridade de gestão de cada Programa Regional do continente do Portugal 2030.

A extinção da autoridade de gestão dos Programas Operacionais Regionais do continente, foi decidida a 25 de janeiro, “sendo as suas competências, direitos e obrigações assumidas, sem necessidade de qualquer outra formalidade, pela autoridade de gestão de cada Programa Regional do continente do Portugal 2030, sem prejuízo das condições particulares a observar na transferência de competências e de recursos humanos e da data concreta de extinção da anterior autoridade de gestão serem fixados por despacho da Ministra da Coesão Territorial”, lê-se nos cinco despachos publicados esta terça-feira em Diário da República.

As autoridades de gestão dos Programas Regionais do continente do Portugal 2030 — que deixaram de ter a designação de Operacionais — foram criadas a 10 de fevereiro, e têm por missão “assegurar a gestão, o acompanhamento e a execução” dos respetivos programas.

Além de extintas as autoridades de gestão dos Programas Operacionais Regionais do continente, são extintos os secretariados técnicos e as equipas de projeto ou o seu equivalente.Os recursos humanos, nomeadamente os secretários técnicos, técnicos superiores, assistentes técnicos, assistentes operacionais e coordenadores de projeto que integram” os secretariados técnicos dos vários programas “transitam” para os secretariados técnicos dos novos programas regionais.

Cabe à comissão diretiva dos programas regionais elaborem “uma lista nominativa e devidamente fundamentada dos trabalhadores que transitam” para o novo secretariado técnico. E têm até 2 de maio para submeter essa lista para homologação, já que o despacho determina que o façam “no prazo de dez dias úteis a contar da data da publicação” destes despachos.

Os recursos humanos transitam “com o mesmo vínculo, direitos, suplementos, subsídios e regalias remuneratórias, não podendo ser prejudicados nas promoções e progressões adquiridas até ao momento da transição, nem prejudicados nos procedimentos concursais a que tenham concorrido”, determinam ainda as regras.

Os cinco despachos assinados por Ana Abrunhosa, que tutela os programas regionais, ressalvam ainda que “os secretários técnicos e coordenadores das equipas de projeto mantêm as suas atuais funções até à nomeação dos secretários técnicos e coordenadores das equipas de projeto” dos novos programas regionais. Por outro lado, “são mantidos, enquanto necessário e o mais tardar até à apresentação à Comissão Europeia da declaração de encerramento das contas” dos Programas Operacionais Regionais do continente do Portugal 2020, os organismos intermédios, sendo que os encargos financeiros associados aos PO Regionais, incluindo organismos intermédios, são assegurados pelas respetivas assistências técnicas, “o mais tardar até 31 de dezembro de 2023”. A partir dessa data, será pela assistência técnica de cada um dos Programas Regionais do Portugal 2030.

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PLMJ debate o tema “Proprietários e Entidade Exploradora – um desafio sustentável?”

  • ADVOCATUS
  • 18 Abril 2023

Margarida Osório Amorim, sócia da PLMJ, Cristina Siza Vieira, CEO da Associação da Hotelaria de Portugal, e Daniel Correia, diretor-geral de real estate do grupo UIP, juntaram-se na Advocatus Summit.

Para falar sobre o tema “Proprietários e Entidade Exploradora – um desafio sustentável?”, Margarida Osório Amorim, sócia da área de Turismo da PLMJ, Cristina Siza Vieira, CEO da Associação da Hotelaria de Portugal, e Daniel Correia, diretor-geral de real estate do grupo UIP, juntaram-se num painel na 6.ª edição da Advocatus Summit Lisboa.

Até dia 27 de abril, será lançado no site da Advocatus e ECO, diariamente, dois novos painéis. Ao todo serão 15 painéis que contam com participação, e patrocínio, das principais sociedades de advogados a operar em Portugal.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou com o patrocínio de Abreu Advogados, AFMA, AVM Advogados, CMS Portugal, Cruz Vilaça Advogados, Cuatrecasas, Gama Glória, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, PRAGMA, Sérvulo & Associados, SRS Legal, TELLES e Vieira de Almeida. E ainda a Moneris.

Conheça aqui o programa da Advocatus Summit

Painel 1 – “O futuro da DAC6: o dever de colaboração dos contribuintes, a reserva da vida privada e o sigilo profissional dos advogados”

  • Com Pedro Vidal Matos, sócio coordenador da área de fiscal da Cuatrecasas, António Gaspar Schwalbach, sócio da área de fiscal da Cuatrecasas, e Vasco Branco Guimarães, doutor em Direito Fiscal Europeu e professor de Direito Fiscal e Internacional Fiscal na Faculdade de Direito da Universidade Lusíada de Lisboa. Veja aqui o vídeo.

Painel 2 – Por mares nunca dantes navegados: a produção de energia eólica offshore

  • Com Sara Castelo Branco, of counsel da Miranda & Associados, Filipe Matias Santos, diretor de serviços jurídicos na ERSE, e João Oliveira, legal counsel na BP Legal. Veja aqui o vídeo.

Painel 3 – “Proprietários e Entidade Exploradora – um desafio sustentável?”

  • Com Margarida Osório Amorim, sócia da área de Turismo da PLMJ, Cristina Siza Vieira, CEO da Associação da Hotelaria de Portugal, e Daniel Correia, diretor-geral de real estate do grupo UIP.

Painel 4 – “O grande desafio climático da água: um problema de escassez ou de gestão?”

18 de abril

  • Com Adolfo Mesquita Nunes, sócio da Gama Glória, Vera Eiró, presidente da ERSAR, José de Melo Bandeira, CEO da Veolia, Nuno Brôco, presidente da AdP Valor, e moderado por Débora Melo Fernandes, sócia da Gama Glória.

Painel 5 – “O crédito não produtivo (NPL) e os desafios ao setor financeiro”

19 de abril

  • Com Manuel Raposo, partner & executive managing director da Finsolutia, João Machado, diretor legal da Whitestar, Bruno Carneiro, co-founder and chief executive officer da Servdebt, moderado por Rodrigo Formigal, sócio, e João Soares Carvalho, associado da Abreu Advogados.

Painel 6 – “Portugal: o novo destino para investimentos em I&D, realidade ou ficção?”

19 de abril

  • Com Ana Ferreira Neves, of counsel da TELLES, João Pinho de Almeida, consultor da TELLES, e Miguel Bento Ribeiro, associado da TELLES.

Painel 7 – “Sociedades multidisciplinares: um caminho sem retorno?”

20 de abril

  • Com Francisco Goes Pinheiro, sócio da AVM Advogados, Rui Pedro Almeida, CEO da Moneris, e moderado por Filipa Ambrósio de Sousa, diretora executiva da Advocatus.

Painel 8 – “Financiamento das empresas portuguesas: qual o Estado da Arte?”

20 de abril

  • Com Francisco Cabral Matos, sócio da VdA, Joana Lobato Heitor, associada coordenadora da VdA, Maria Carrilho, associada sénior da VdA, e Sebastião Nogueira, associado coordenador da VdA.

Painel 9 – “Licenciamento de renováveis: o que esperar da nova simplificação”

21 de abril

  • Com Manuel Cassiano Neves, sócio de Energia & Alterações Climáticas da CMS, Maria José Espírito Santo, subdiretora geral para a área da Energia na Direção Geral de Energia e Geologia, Afonso Coelho, senior business development manager da Lightsource BP Portugal, e moderado por Bernardo Cunha Ferreira, sócio de Energia & Alterações Climáticas da CMS.

Painel 10 – “Human Centric Legaltech: a tecnologia como acelerador da democratização da justiça e da capacitação dos profissionais do setor”

21 de abril

  • Com Anabela Pedroso, ex-secretária de Estado da Justiça, Marisa Monteiro Borsboom, vice-presidente da ELTA (European Legal Tech Association), Raul do Vale Martins, coordenador da Estrutura de Missão Portugal Digital, e moderado por Nuno Martins Cavaco, partner da Moneris Innovation Lab.

Painel 11 – “Laboral: O trabalho digno, da teoria à prática”

24 de abril

  • Com Fernanda Campos, inspetora-geral da ACT, Cristina Martins da Cruz, juíza de Direito e docente no Centro de Estudos Judiciários, Mariana Caldeira de Sarávia, sócia da SRS Legal, e César Sá Esteves, sócio responsável pelo departamento de direito do trabalho da SRS Legal.

Painel 12 – “Fundos: o que esperar da abertura dos concursos do PRR?”

24 de abril

  • Com Francisco Barona, sócio da Sérvulo, João Arantes de Oliveira, presidente do Conselho de Administração da H Capital Partner, e Marco Lebre, fundador e CEO da Crest Capital Partners.

Painel 13 – “ESG: green ou greenwashing?”

26 de abril

  • Com Rui Oliveira Neves, sócio da Morais Leitão, Manuela Moreira da Silva, professora adjunta na Universidade do Algarve, e Ana Cláudia Coelho, PwC | Sustainability and Climate Change Partner.

Painel 14 – “Imobiliário: como vai reagir o mercado em 2023?”

26 de abril

  • Com Clélia Brás, sócia da PRA – Raposo, Sá Miranda e Associados, e Paulo Caiado, presidente da direção executiva da Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

Painel 15 – “Corporate Governance, mito europeu ou realidade nacional?”

27 de abril

  • Com Pedro Ávila, sócio da PRAGMA, Rita Leandro Vasconcelos, advogada da Cruz Vilaça Associados, e Sofia Belard, sócia da AFMA, moderado por Rita Proença Varão, founder da Law Momentum.

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