Chega adia cimeira da extrema-direita agendada para este mês em Lisboa
André Ventura justificou a decisão com o que diz ser a "perseguição a que alguns dos principais convidados têm estado sujeitos, envoltos em manobras de manietação".
O Chega decidiu adiar a “Cimeira Mundial da Direita”, encontro com figuras da extrema-direita de vários países que o partido estava a organizar e estava prevista para meados de maio, em Lisboa.
“O Chega terá que suspender e reagendar para data posterior a Cimeira Mundial das Direitas que estava prevista para os dias 13 e 14 de maio“, anunciou o líder do Chega num vídeo divulgado à comunicação social, gravado em Budapeste, onde vai participar na Conferência de Ação Política Conservadora, iniciativa com representantes de partidos de extrema-direita, e reunir-se com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.
No vídeo, André Ventura justificou a decisão com o que diz ser a “perseguição a que alguns dos principais convidados têm estado sujeitos, envoltos em manobras de manietação”. “Em respeito por muitos destes convidados, sobretudo norte-americanos e recentemente o ex-Presidente do Brasil Jair Bolsonaro e a sua comitiva, que se viram impedidos de viajar por determinações do Estado brasileiro, o Chega decidiu reagendar a cimeira para data posterior”, indicou.
André Ventura criticou “o espírito de agressividade, de condicionamento e de ameaça que em certos países reina” e manifestou “indignação e estupefação face ao ataque cirúrgico, focado e coincidente com a data em que muitos deles iriam viajar para o estrangeiro, para Lisboa”.
“Vamos voltar a organizá-la com mais força e com mais firmeza, porque nós sabemos que o futuro não é o socialismo, o futuro é a direita a Governar as suas nações no respeito pela sua identidade, pela suas tradições e a promover o crescimento e a prosperidade que os nossos cidadãos esperam”, indicou o presidente do Chega. A “Cimeira Mundial da Direita” estava agendada para os dias 13 e 14 de maio, e iria decorrer no Centro de Congressos de Lisboa. Os bilhetes custavam cinco euros militantes do partido e 10 euros para não militantes.
O programa desta iniciativa não foi relevado mas, de acordo o presidente do Chega, estava prevista a presença do ex-Presidente do Brasil Jair Bolsonaro e do vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini. O partido indicou também, no seu ‘site’, que tinham confirmado a presença Mark Ivanyo, diretor-executivo dos Republicans for National Renewal, o eurodeputado Gerolf Annemans (Identidade e Democracia, família política europeia do Chega), além de membros dos partidos Fidesz (Hungria), Vox (Espanha), EKRE (Estónia) e AUR (Roménia).
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