Costa leva construção, agroalimentar, energia e turismo na visita de 5 e 6 de junho a Angola
António Costa vai realizar visita oficial a Angola a 5 e 6 de junho. Ministro da Economia diz ao ECO que espera que haja “foco em projetos concretos, inclusive no investimento em ambos os países”.
Estão confirmadas as datas da visita oficial de António Costa a Angola. A convite do presidente angolano, João Lourenço, o chefe do Executivo português vai estar no país africano a 5 e 6 de junho, estando previstos “encontros políticos institucionais, com empresários e com a comunidade portuguesa”, segundo uma nota enviada às redações pelo gabinete do primeiro-ministro.
Quase cinco anos depois da última visita oficial, realizada em setembro de 2018, esta viagem a Luanda tem como objetivo “o reforço das relações bilaterais entre Portugal e Angola a nível político, económico e cultural, com a valorização de áreas como a engenharia e construção, o agroalimentar, a energia e o turismo”.
Estes foram precisamente alguns dos setores que o ministro angolano para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, destacou esta manhã durante o Fórum Económico Portugal-Angola 2023, que aconteceu num hotel do Porto. E em que aconselhou os empresários do país a firmarem parcerias com companhias portuguesas, por serem “boas oportunidades para terem uma boa prestação noutros mercados e contribuir para diversificar as exportações”.
“Precisamos que Portugal nos ajude a ter uma economia menos dependente do petróleo [representa mais de 95% dos recursos de exportação e mais de 60% das receitas tributárias]. Convidamos os empresários portugueses a investir nos nossos solos férteis para que, numa primeira fase, Angola se possa tornar autossuficiente na produção de alimentos. Convidamos também a investir na agroindústria, na indústria têxtil e de vestuário, na farmacêutica, no turismo, na educação, na saúde, nas pescas ou na construção”, exemplificou o responsável angolano.
Na abertura do fórum agendado precisamente para antecipar a visita de António Costa a Angola, Manuel Nunes Júnior garantiu ainda que “o investimento privado estrangeiro será sempre muito bem-vindo, com vista a aportar não só o capital financeiro, mas sobretudo o conhecimento e as tecnologias necessárias ao processo de desenvolvimento” do país.
Vamos levar muitas empresas portuguesas a Angola, há sinergias que se estão a criar e espero que haja foco em projetos concretos, inclusive no investimento em ambos os países.
Questionado pelo ECO sobre a possibilidade de ser iniciada uma nova fase de investimentos angolanos em Portugal, como aconteceu no passado em áreas como a energia ou a banca, António Costa Silva começou por dizer que “são as autoridades angolanas que têm de decidir”. Mas lembrou que Angola é atualmente apenas o 13º investidor em Portugal, enquanto Portugal é o terceiro maior investidor em Angola. “Há aqui alguma assimetria”, notou o ministro da Economia, acrescentado que “o investimento angolano é muito bem-vindo”.
É possível retomar o ímpeto do passado? “Penso que sim. Todos estes acontecimentos [fórum empresarial e reuniões bilaterais entre empresas] estão relacionados com a preparação da viagem do primeiro-ministro no início de junho. Vamos levar muitas empresas portuguesas a Angola, há sinergias que se estão a criar e espero que haja foco em projetos concretos, inclusive no investimento em ambos os países”, respondeu Costa Silva, em declarações à margem do evento realizado no Porto.
Depois a visita de dois dias a Angola, o primeiro-ministro desloca-se a África do Sul, onde estará no dia 7 de junho, no âmbito do programa das comemorações do 10 de junho junto da comunidade portuguesa residente na África do Sul, juntamente com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
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