Swiss Re abandona a NZIA
Sobe para três, o número de membros cofundadores que decidiram abandonar a NZIA - a Munich Re, a Zurich e agora a Swiss Re.
A Swiss Re é a mais recente resseguradora a rejeitar a Net-Zero Insurance Alliance (NZIA). A suíça foi uma das resseguradoras fundadoras quando a NZIA foi lançada, na Cimeira do Clima do G20 em Veneza, em 2021.
Na altura, o CEO da companhia disse que a cofundação da Aliança era uma forma de “trabalhar com outras resseguradoras e seguradoras para desenvolver seu compromisso com a transição para uma economia de baixo carbono, por meio de sua experiência em subscrição”, e que a NZIA era o “próximo passo lógico na corrida para uma política zero-carbono“.
Em 2023, as rejeições da NZIA estão a aumentar, com nomes relevantes da indústria de seguros e resseguros a deixar a Aliança. Uns mencionam preocupação com questões relacionadas a antitrust, que, argumentam, poderiam surgir à medida que o mercado avança na agenda carbono zero, tendo em conta a pressão decorrente de iniciativas ESG.
A pressão sobre os membros da NZIA tem vindo a aumentar e um consórcio de procuradores-gerais dos estados republicanos dos E.U.A. escreveu às seguradoras da Aliança, manifestando preocupações quanto à legalidade dos compromissos de colaboração com outras seguradoras e proprietários de ativos, a fim de “promover uma agenda climática ativista”.
Ao anunciar o abandono da organização, com efeitos imediatos a partir desta segunda-feira, a Swiss Re afirma: “o nosso compromisso com a estratégia de sustentabilidade permanece inalterado”.
O mesmo sentimento foi expresso por outras resseguradoras que, apesar de deixarem a Aliança, garantem não mudar na missão de promover práticas sustentáveis e princípios net-zero.
Em abril, a Hannover Re anunciou que, após cuidadosa consideração, tinha optado por deixar a NZIA, tornando-se a terceira resseguradora de alto perfil a deixar a aliança convocada pela ONU em menos de um mês.
Embora a Hannover Re não tenha apresentado uma razão pormenorizada para abandonar a NZIA, a Munich Re já tinha salientado anteriormente que preocupações antitrust limitavam o âmbito dos seus objetivos de descarbonização, enquanto a Zurich referiu, no seu comunicado de saída, o desejo de concentrar os seus recursos no apoio aos seus clientes.
Atualmente, três dos membros cofundadores abandonaram a NZIA – a Munich Re, a Swiss Re e a Zurich.
Publicações do setor segurador interrogam-se se será possível manter a Aliança com um número cada vez menor de membros. “Devemos esperar que todas as empresas continuem a avançar com os seus próprios objetivos de zero emissões líquidas e de sustentabilidade”, escreve a Reinsurance News.
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