Da construção à educação, estas são as profissões com maior divisão de géneros
Há ainda determinadas profissões em que a divisão entre sexos é clara, com taxas de masculinização e feminização perto dos 100%. É o caso dos trabalhadores da construção e professores, respetivamente.
Numa década, o número de profissionais mulheres no grupo de “representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos” aumentou em mais de 8%, tendo ainda, entre 2011 e 2021, sido reforçada em 5,4% a taxa de feminização do trabalho no grupo “técnicos e profissões de nível intermédio”, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta terça-feira. Mas há ainda profissões em que a divisão entre géneros é evidente, com taxas de masculinização e feminização perto dos 100%.
“Em 2021, e seguindo o padrão de 2011, os grupos profissionais ‘profissões das forças armadas’, ‘trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices’ e ‘operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem’ registavam uma predominância expressiva do sexo masculino, com valores acima dos 80%”, lê-se no documento.
Em contrapartida, nos grupos “especialistas das atividades intelectuais e científicas”, “pessoal administrativo”, “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores” e “trabalhadores não qualificados”, a mão de obra era maioritariamente feminina, com valores próximos de 60%.
Uma análise mais detalhada permite, contudo, identificar algumas profissões onde a taxa de masculinização é muito elevada. É o caso dos “trabalhadores qualificados da construção das estruturas básicas e similares” e dos “trabalhadores qualificados em acabamentos da construção e similares”, que atingem valores acima dos 99%.
Por outro lado, “auxiliares de educadores de infância e de professores” foi o grupo profissional que registou a maior proporção de mulheres (95,9%), seguindo-se os “professores dos ensinos básico (1.º ciclo) e educadores de infância”, “trabalhadores de cuidados pessoais nos serviços de saúde” e “trabalhadores de limpeza em casas particulares, hotéis e escritórios”, com valores na ordem dos 93%.
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