“Há zero de cedência à banca” nos novos certificados de aforro, assegura secretário de Estado das Finanças

O secretário de Estado das Finanças aponta também que "havia necessidade de adequar taxa de remuneração aos restantes financiamentos da dívida".

O secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, assegura que “há zero de cedência à banca” após a decisão de avançar com uma nova série de certificados de aforro que paga menos, justificando a decisão com “uma correta gestão da dívida” pública. Responsável aponta também que “havia necessidade de adequar taxa de remuneração aos restantes financiamentos da dívida”.

O Governo anunciou esta sexta-feira a decisão de suspender a atual série de certificados de aforro, com uma taxa de 3,5%, avançando depois o lançamento de uma nova série a partir de segunda-feira, com uma taxa que baixa para 2,5%. Perante críticas que esta é uma cedência à banca, que tem perdido depósitos para os certificados, que oferecem uma taxa mais atrativa, o secretário de Estado rejeita essa visão.

Numa conferência de imprensa convocada esta tarde no Ministério das Finanças, João Nuno Mendes reitera que “não há nenhuma proteção nesse sentido, não houve nenhuma pressão”. “Existe zero de cedência”, reforça, exemplificando que a forma como o Governo tem “lidado com a gestão do credito à habitação mostra que” são exigentes com a banca”.

O secretário de Estado defende ainda que o produto “se mantém bom e atrativo”. O Governo “tem que se preparar para o acréscimo dos juros e o Orçamento do Estado (OE) contribui para remunerar os certificados de aforro, tem que haver equilíbrio”, diz, acrescentando que o OE “é de todos os portugueses e não apenas dos aforradores”.

“É fundamental que as pessoas comparem com o que o sistema bancário e outras poupanças estão a oferecer”, salientou o responsável, defendendo que o produto é “muito competitivo”. “Se comparar com o final de 2021, o conjunto dos produtos era 30 mil milhões e hoje é 45 mil milhões”, o que “representou grande esforço da parte do estado para corresponder à procura”, acrescentou.

Além dos partidos, as críticas à decisão do Governo surgiram também por parte do Presidente da República, que se mostrou “preocupado” e apelou à banca que fizesse um “esforçozinho” para tornar mais atrativa a oferta para os depositantes portugueses.

(Notícia atualizada às 18h10)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

“Há zero de cedência à banca” nos novos certificados de aforro, assegura secretário de Estado das Finanças

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião