Novobanco reorganiza gestão de ativos e cria “super” gestora com 7,8 mil milhões

Banco avança com reorganização da área de gestão de ativos. Vai concentrar várias gestoras numa "super" gestora que ficará com 7,8 mil milhões de euros em ativos sob gestão.

O Novobanco prepara uma reorganização do negócio de gestão de ativos. O banco vai concentrar a atividade e o património de várias gestoras numa “super” gestora que ficará com cerca de 7,8 mil milhões de euros em ativos sob gestão, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO.

Em causa está uma operação de fusão através da qual a GNB Fundos Mobiliários ficará com a globalidade dos patrimónios da GNB – Gestão de Ativos, da GNB Gestão de Patrimónios e da GNB Real Estate. Estas últimas sociedades serão extintas, enquanto a GNB Fundos Mobiliários passará a chamar-se GNB – Gestão de Ativos.

Com esta reorganização, que poderá ter luz verde dos reguladores no início do quarto trimestre, nomeadamente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novobanco pretende simplificar a área de gestão de ativos, concentrando tudo numa única estrutura, reduzindo os custos operacionais e tirando melhor partido dos ganhos de escala.

“A fusão permitirá a criação de uma estrutura de gestão única para as diferentes linhas de negócio, permitindo a simplificação dos processos de tomada de decisão, a otimização do planeamento estratégicos e da abordagem aos diferentes segmentos de mercado, bem como uma maior capacidade de prossecução de uma estratégia de crescimento e de gestão eficiente de recursos, alinhada com a política do grupo e as melhoras práticas em matéria de sustentabilidade”, justifica a instituição no projeto de fusão consultado pelo ECO.

O banco fala num aumento da rentabilidade e eficiência, “em resultado do aumento de escala e do melhor aproveitamento das sinergias de uma estrutura mais integrada”, e ainda “num melhor posicionamento no mercado, criando uma empresa de maior dimensão em termos de ativos sob gestão”.

Quão grande será a nova gestora? Passará a ter ativos sob gestão consolidados, incluindo a Fundo de Pensões, que não está no âmbito da fusão, de 7,8 mil milhões de euros, segundo adiantou fonte oficial do banco ao ECO.

Há anos que o Novobanco está em profunda reestruturação, na sequência da venda ao Lone Star em 2017, que implicou um plano de ajustamento envolvendo a saída de trabalhadores, o fecho de balcões e ainda uma reorganização de negócios não core, incluindo no estrangeiro.

Embora já tenha saído das amarras de Bruxelas, o banco continua com um ímpeto reformista, mas agora tem a perspetiva de uma futura venda por parte do seu maior acionista — processo que poderá ser desencadeado no próximo ano.

Exemplo desse ímpeto reflete-se nos vários processos de vendas de ativos que tem em curso, incluindo o negócio imobiliário de 360 milhões de euros que inclui terrenos em Lisboa e no Algarve. O fundo americano detém 75% do capital da instituição, enquanto os restantes 25% estão nas mãos da DGTF (11,96%) e do Fundo de Resolução (13,04%).

Depois dos lucros de 560,8 milhões em 2022, o Novobanco fechou o primeiro trimestre do ano com um resultado de quase 150 milhões.

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