Rendibilidade das empresas voltou a bater recorde no primeiro trimestre

Primeiro trimestre foi o nono consecutivo de aumento da rendibilidade das empresas. Autonomia financeira também melhorou, apesar dos maiores custos com financiamento.

A rendibilidade das empresas continuou a aumentar no arranque do ano e atingiu os 9,4%, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta terça-feira. É o nono trimestre consecutivo de aumento para as empresas, cuja autonomia financeira também aumentou, apesar dos custos de financiamento estarem a subir, e um novo máximo histórico da série, que começou em 2006.

Fonte: Banco de Portugal

A rendibilidade das empresas é medida pelo rácio entre os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) e o total do ativo. Este indicador aumentou em todos os setores de atividade face ao primeiro trimestre de 2022, exceto na construção. Nas subidas, destacam-se os transportes e armazenagem (+3,2 pontos percentuais), a eletricidade (+3,1 pp) e o comércio (+2,3 pp).

O crescimento foi maior nas nas grandes empresas, onde a rendibilidade passou de 9,3% para 12,0%, enquanto nas micro, pequenas e médias empresas (PME) evoluiu de 8% para 8,6% no primeiro trimestre.

O BdP disponibiliza também dados sobre a autonomia financeira das empresas, que aumentou para 42,6% no primeiro trimestre de 2023. Este resultado deve-se principalmente à “retenção dos resultados gerados pelas empresas”.

Enquanto isso, com a subida das taxas de juro determinada pelo Banco Central Europeu, o custo dos financiamentos obtidos aumentou pelo terceiro trimestre consecutivo (passou de 2,7% no segundo trimestre de 2022 para 3,3%). Já a “cobertura de gastos de financiamento das empresas (que quantifica o número de vezes que o EBITDA gerado pelas empresas é superior aos seus gastos de financiamento) reduziu-se pelo segundo trimestre consecutivo (passou de 10,1 no terceiro trimestre de 2022 para 9,4 no primeiro trimestre de 2023)”, indica o organismo.

Fonte: Banco de Portugal

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