Ana Catarina Mendes diz que a “tónica” entre as instituições deve continuar a ser a “tranquilidade”
Governo afasta clima de tensão com o Presidente da República, depois do veto político de Marcelo ao diploma do Mais Habitação.
Apesar de afastar o clima de crispação, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares veio falar “em nome do Governo” para frisar que “a tranquilidade das instituições deve continuar a ser a tónica” lembrando que “tem sido essa a relação com o Presidente da República”.
Em declarações aos jornalistas a partir do Crato, transmitidas pela RTP3, Ana Catarina Mendes veio reforçar as declarações da ministra da Habitação para salientar que “do ponto de vista do Governo estas são medidas equilibradas e proporcionais, que respondem aos problemas urgentes que as pessoas estão a atravessar”.
Em resposta ao PSD – que se mostrou disponível para trabalhar em conjunto com o PS novas medidas – Ana Catarina Mendes rejeita a abertura dos sociais-democratas e diz que a proposta de Luís Montenegro é “que se voltasse à estaca zero como se não houvesse soluções. E as pessoas precisam de soluções no imediato”.
A governante lembra ainda que “há medidas que já estão a ser desenvolvidas pelos municípios em articulação com o Governo, como os apoios na área das rendas beneficiando 185 mil famílias, e que não podem parar”.
Em Varsóvia, também Marcelo Rebelo de Sousa – que disse ainda não ter conversado com o primeiro-ministro sobre o assunto – afasta o clima de crispação com o Governo dizendo que o diploma é do Parlamento e que é com o Presidente da Assembleia da República com quem tem falado sobre o tema.
“Quem aprovou esta lei foi a Assembleia da República, não foi o Governo. O Governo esteve envolvido na pré-história, já não interessa. Com quem estou a falar é com a AR e não com o Governo. Aquilo que o Governo pensa não me interessa”, remata.
No final desta semana, dia 27, o Presidente da República vai encontrar o primeiro-ministro em São Tomé onde estarão juntos a marcar presença na reunião de Chefes de Estado e de Governo na XIV Conferência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). “Pode ser que o tema seja levantado”, diz Marcelo Rebelo de Sousa.
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