46% das empresas querem contratar mais trabalhadores no próximo trimestre

Quase metade dos empregadores nacionais mostram-se abertos a aumentarem as suas equipas nos últimos três meses do ano. Análise do ManpowerGroup não reflete ainda impacto da paragem na Autoeuropa.

Ainda que o cenário seja de incerteza, que a economia esteja a abrandar e a inflação tenha voltado a acelerar, os empregadores portugueses mostram-se otimistas quanto às perspetivas de contratação para o próximo trimestre. De acordo com a análise do ManpowerGroup divulgada esta terça-feira, 46% das empresas nacionais querem mesmo aumentar as suas equipas, nos três meses do ano que sobram de 2023.

“As intenções de contratação dos empregadores evoluem de forma positiva, com 46% das empresas a prever aumentar as suas equipas no próximo trimestre, face a 11% que antevê reduzir e a 41% que planeia manter o seu número atual de colaboradores“, detalha a empresa de recursos humanos.

Contas feitas, projeta-se uma criação líquida de emprego de 35% para o quarto trimestre do ano, valor que corresponde a uma subida de oito pontos percentuais face ao registado no trimestre anterior e face ao período homólogo de 2022.

Estes valores, sublinha ainda o ManpowerGroup, posicionam Portugal cinco pontos percentuais acima da média global e dez pontos percentuais acima da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África). “O país ocupa, assim, o segundo lugar desta região em termos de perspetivas de criação de emprego, a par dos Países Baixos e da África do Sul, e abaixo da Suíça, que apresenta a projeção mais otimista, com 38%”, é salientado na análise agora conhecida.

Já numa análise por setores, destaque para as intenções de contratação indicadas pelos empregadores dos transportes, logística e automóvel. “É o setor que apresentava as intenções de contratação mais dinâmicas, com uma projeção para a criação líquida de emprego de 49%“, é realçado.

Convém notar, contudo, que as entrevistas que servem de base ao estudo em questão foram feitas em julho, pelo que ainda não traduzem o impacto da interrupção da atividade na fábrica da Autoeuropa, em Palmela.

Em segundo lugar nessa tabela, aparece o setor das tecnologias da informação, com uma projeção de 47%. “Com este valor, os empregadores de tecnologia voltam a reforçar o sentimento de contratação relativamente ao trimestre anterior e ao período homólogo de 2022“, observa o ManpowerGroup.

Em contraste, o setor dos bens e serviços de consumo apresenta uma “projeção sólida de 26%”, mas decresce ligeiramente face ao terceiro trimestre de 2023 e ao quarto trimestre de 2022.

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