Galp vai “resolver com o Estado” alargamento do mercado regulado de gás
A Galp volta a opor-se à decisão do Governo de as famílias poderem regressar ao mercado regulado de gás natural, para protegerem-se de tarifas mais altas. Tema será resolvido com o Estado, diz CEO.
O CEO da Galp GALP 1,02% , Filipe Silva, reiterou as queixas do seu antecessor, Andy Brown, à medida do Governo para aliviar os preços do gás às famílias portuguesas, através do acesso alargado ao mercado regulado.
Para o gestor, “todos os consumidores tiveram direito a um preço altamente descontado”, o que é “altamente discriminatório” do ponto de vista concorrencial, apontou Filipe Silva. “É uma questão que vamos ter de resolver com o Estado português. Não estamos contentes”, afirmou.
Estas declarações foram proferidas na conferência A nova energia verde, organizada pela CNN Portugal, na qual o CEO da Galp foi orador. Filipe Silva sublinhou que o maior consumo energético dos portugueses continua a ser ao nível dos combustíveis fósseis e que “não há produto mais taxado em Portugal do que” estes.
Confrontado com a possibilidade de baixar as margens sobre os combustíveis, depois de ter assumido que “as margens têm sido boas” nos últimos dois anos, o CEO da Galp respondeu remetendo para as ofertas cruzadas da Galp (pacotes que incluem combustíveis, painéis solares e gás, por exemplo), que são mais baratas que os preços individualizados na estação de serviço. Defendeu-se também, apontando uma “concorrência super agressiva” com preços diferenciados.
Não há produto mais taxado em Portugal do que os combustíveis fósseis.
Offshore? Só com preços atrativos
A Galp “vai precisar de muito mais eletricidade verde para além da que já tem”, e é nesse sentido que, tal como já tinha sido anunciado, está atenta ao concurso para instalar capacidade eólica offshore.
Depois do fracasso de um leilão semelhante em Londres, que ficou vazio, o líder da Galp avisou que, “se o Governo quer um concurso com vários candidatos, tem de garantir um preço mais caro do que hoje temos no mercado aberto“.
O líder da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, reiterou o interesse em avaliar a participação no concurso, uma decisão também dependente do caderno de encargos.
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